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domingo, 7 de maio de 2023

APELO À DESOBEDIÊNCIA CIVIL NO SENEGAL CONTRA A REJEIÇÃO DA MÃO EXTERNA DE MACKY SALL: A última resistência de Ousmane Sonko?

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Em resposta à mão estendida do Presidente Macky Sall, que recentemente se disse aberto a consultas políticas, o líder do PASTEF (Patriotas Africanos do Senegal pelo Trabalho, Ética e Fraternidade), Ousmane Sonko, opôs-se a um fim para não receber. Para ele e seu partido, a oferta de diálogo político do natural de Fatick não passa de uma manobra do inquilino do palácio presidencial, visando recolocá-lo no jogo eleitoral, poucos meses antes do fim de seu segundo mandato prazo. No processo, o jovem opositor que já declarou sua candidatura presidencial em 25 de fevereiro de 2024, convocou seus compatriotas à desobediência civil contra a Justiça de seu país, que acusa de ser manipulada pelo poder. Poder esse que procura, segundo ele, impedir a sua candidatura às próximas eleições presidenciais através dos processos judiciais instaurados contra ele. A pergunta que se pode fazer é se esse apelo do adversário à desobediência civil contra a Justiça de seu país não é uma última resistência. A oposição, como um todo, não fala a mesma língua em relação à oferta de diálogo político do chefe de Estado A pergunta é tanto mais justificada quanto, exceto por um adiamento de última hora, este mês de maio promete ser um mês decisivo para Ousmane Sonko. De fato, seu julgamento de recurso por difamação contra o ministro Mame Mbaye Niang, do Turismo, está programado para ir a tribunal em 8 de maio. Uma semana antes do julgamento do caso Adji Sarr, que leva o nome desse funcionário de uma casa de massagens, que o acusa de estupro e ameaças de morte, marcado para 16 de maio. Em ambos os casos, o adversário pode ver a sua elegibilidade para as próximas eleições presidenciais posta em causa, no caso de uma condenação pesada. Recorde-se que, no primeiro caso, o de difamação, Ousmane Sonko recebeu, a 30 de março, uma pena de prisão suspensa de dois meses e 200 milhões de francos CFA de indemnização que não põem em causa essa elegibilidade. Mas o julgamento do recurso de 8 de maio, pode mudar a situação, caso o Ministério Público e a parte cível que recorreu, obtenham o agravamento da pena do oponente. Assim, questiona-se se ao chamar os seus compatriotas à desconfiança face à autoridade judiciária, poucos dias antes da realização destes emblemáticos julgamentos, Ousmane Sonko não mostra a sua última cartada para tentar desfazer a confusão jurídica que se apresenta como uma ameaça de curto prazo para seu futuro político e suas ambições presidenciais. Basta dizer que o líder do PASTEF joga muito. Porque se pergunta se o seu apelo será ouvido e, sobretudo, que forma tomará a desobediência civil contra a autoridade judiciária, à qual chama o seu rebanho. A pergunta é tanto mais justificada quanto a oposição, como um todo, não fala a mesma língua sobre a oferta de diálogo político do Chefe de Estado. Teme-se que o país volte a estar em crise, graças às próximas audições do ex-presidente da Câmara de Ziguinchor De fato, enquanto o PASTEF de Sonko tem mostrado sua oposição categórica, outros partidos políticos, como o Partido Democrático Senegalês (PDS) do ex-presidente Abdoulaye Wade, não questionam a conveniência de tal diálogo. O mesmo vale para o ex-prefeito de Dakar, Khalifa Sall e sua comitiva, que veem nisso uma oportunidade de debater outras questões fundamentais como as “do patrocínio, dos presos políticos e sobretudo da eliminação de um qualquer candidato”. Com estas posições divergentes, questiona-se se para além dos seus apoiantes incondicionais que sempre lhe manifestaram a sua proximidade, Ousmane Sonko poderá preencher o apoio dos seus compatriotas ao seu apelo à desobediência civil, que, no cenário atual, poderia para alguns, como um apelo a uma causa individual. Estamos esperando para ver. Mas já se teme que o país volte a estar em crise, graças às próximas audiências do ex-prefeito de Ziguinchor. O Senegal não precisa disso! É por isso que a clarificação da sua posição em relação à questão do terceiro mandato que pretende pretender parece ser um imperativo para o Presidente Macky Sall. E quanto antes ele fizer isso, melhor. Até porque, sobre o assunto, ele é esperado com firmeza por mais de um senegalês. Como prova, esta ampla coligação de partidos políticos e sociedade civil, bem como personalidades independentes, que foi lançada em meados de abril passado, para bloquear um possível terceiro mandato do sucessor de Abdoulaye Wade. De sua parte, Ousmane Sonko deve dar o exemplo ao concordar em enfrentar suas provações com dignidade. Especialmente porque ele continua a proclamar sua inocência. Caso contrário, o risco é grande, para o adversário, trazer água.

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Samuel

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