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domingo, 18 de junho de 2023

TENSÃO SOCIOPOLÍTICA NO SENEGAL: Quando a ONU põe os pés... em um prato quente,

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
A condenação do opositor Ousmane Sonko, a 1 de junho, a dois anos de prisão por “corrupção juvenil”, deu origem a cenas de violência sem precedentes que provocaram a morte de cerca de quinze pessoas no Senegal. Uma situação que não deixou indiferente o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (OHCHR) das Nações Unidas, que em 13 de junho expressou sua grande preocupação ao convidar as autoridades de Dakar a realizar uma "investigação independente" sobre a morte do manifestantes para localizar as responsabilidades. O mínimo que podemos dizer é que, com esta prisão, o ACNUDH está cumprindo seu papel. Até porque a situação sócio-política no Senegal é ainda muito preocupante, no rescaldo destes dias loucos de violência que viram manifestantes e polícias travarem verdadeiras guerrilhas urbanas numa capital sob alta tensão, bem como em algumas cidades do país. As exalações fétidas da atmosfera sócio-política são suficientes para tirar o apetite do maior dos gourmands É por isso que vemos, por meio dessa interpelação do ACNUDH, uma forma de a ONU impedir a violência ainda mais destrutiva que se desenha no horizonte das eleições presidenciais de 2024, que já está cristalizando toda a atenção ao país de Teranga. Descontroles por vir, dos quais a condenação do líder do Pastef já parece ser o detonador pelo vínculo que os partidários do jovem adversário sempre estabeleceram entre uma possível desqualificação de seu mentor nas próximas eleições presidenciais e o desejo de uma terceiro mandato que emprestamos ao presidente Macky Sall. E para não aliviar a tensão, o inquilino do Palácio da República parece ter prazer, sem que se saiba bem porquê, em guardar um silêncio carregado de insinuações senão de mal-entendidos, que infelizmente contribui para apodrecer o ambiente sócio-político em O país dele. A consequência direta é que as facas permanecem desenhadas entre os protagonistas da cena política senegalesa que não estão longe de se olharem hoje como cachorros de barro. Com atores claramente empenhados na batalha e que se acusam mutuamente de todos os pecados do Senegal, em particular de terem se infiltrado nas manifestações de indivíduos cujo papel obscuro tem contribuído para aumentar o número macabro. Isso quer dizer se o fogo continua ardendo sob as cinzas da violência mortal no início do mês. E as exalações fétidas desta atmosfera sócio-política que continua a deteriorar-se chegam a tirar o apetite do maior dos gulosos. Mas, ao pisar neste prato de jogo do Tiep*, esperamos que a ONU se dote de meios para esclarecer as coisas e atribuir responsabilidades para evitar possíveis deslizes no futuro. Isto é tanto mais necessário quanto o silêncio prolongado do Chefe de Estado sobre as intenções de um terceiro mandato que lhe são atribuídos não é susceptível de restaurar a serenidade no país que já atravessa um período de incerteza. Basta dizer que, para além da questão dos direitos humanos, esta interpelação soa como uma forma de a ONU, apóstrofizar o poder de Dakar contra possíveis abusos neste período particularmente sensível em que todo o país está suspenso da decisão do Presidente Macky Sall: que de renunciar pura e simplesmente ao mandato de demais, ou dar o salto ao desconhecido de um terceiro mandato de todos os perigos. Em todo caso, esta saída da ONU, nas condições atuais, é uma má publicidade que o Senegal poderia prescindir. Porque não só esta violência mortífera não honra o país, mas também e sobretudo é a sua imagem de montra da democracia que se tem vindo a manchar ainda mais, desde que o país iniciou a perigosa viragem destas manifestações num contexto de polémica em relação com os processos judiciais de Ousmane Sonko que mantêm o país em suspenso há dois anos. E nada diz que esta interpelação do Estado por parte da ONU, não contribua para jogar óleo na fogueira, se a oposição tiver que encontrar aí argumentos para subjugar o poder mesmo que nós não saibamos como absolvê-la, tampouco, barato. Entretanto, o Chefe de Estado senegalês tem uma grande responsabilidade perante a história: a de desarmar a granada anti-terceiro mandato que foi lançada pelos apoiantes do líder do PASTEF, pela pura e simples renúncia a um mandato que já está a fazer gargantas quentes. Um mandato que, além de tinta e saliva, já fez correr bastante sangue no país de Teranga. Menos do que uma questão de legalidade ou legitimidade, é uma questão de patriotismo e um forte senso de Estado. fonte: lepays.bf

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Samuel

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