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sábado, 30 de março de 2024

Senegal: [Editorial] Qual é a linha do presidente Faye e sua coalizão paella?

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Nossas mulheres têm um prato preferido para ocasiões especiais: a paella. Uma espécie de versão moderna do simples ceebu yapp da vovó onde você encontra praticamente todos os ingredientes: arroz, carne, frango, merguez, fígado, todas as variedades de frutos do mar, guirlanda de legumes, milho, azeitona preta e / ou verde, ervilha, às vezes até passas... Enfim, praticamente tudo e o gourmet se perde diante de tanta alegria que beira a indigestão. A coligação do novo Presidente da República, Bassirou Diomaye Faye, que acaba de assinar uma verdadeira revolução democrática com uma vitória esmagadora e retumbante na primeira volta, faz-me lembrar uma paella. Certamente, o mérito de muitas das figuras que o compõem no sucesso do Sr. Faye é irrisório, pois esta vitória é antes de tudo a dos Patriotas Africanos do Senegal pelo trabalho, ética e fraternidade (PASTEF), mas certos comícios tiveram o mérito de dar credibilidade ao “Projecto” e tranquilizar certos indecisos ofendidos pela demagogia, pelo populismo e pelos excessos deste partido, nos últimos anos na oposição. Depois do maremoto de domingo, qual será a linha deste movimento heterogéneo onde encontramos praticamente todas as sensibilidades? Onde o alegado islamista Cheikh Oumar Diagne “Maba” – que se deu a alcunha de Almamy du Rip para uma nova missão de “restauração de valores” – convive com a ex-Primeira-Ministra, Aminata Touré e com o académico Babacar Diop, com uma visão emancipatória , discurso republicano e universalista. Onde o pequeno Zemmour local, Tahirou Sarr, convive com o moderado Abdourahmane Diouf. Onde a muito civilizada e fundamentada Mary Teuw Niane faz causa comum com a estrondosa Dame Mbodj. Onde o núcleo duro do PASTEF, que demonstrou uma lealdade notável (transumância zero) ao seu líder, Ousmane Sonko, se mistura com uma coorte de oportunistas, desertores do antigo regime. Ou, resumindo: o que há de mais deplorável no antissistema valsa com o que há de mais patético e caricaturado no sistema. Podemos ver claramente que o Presidente Diomaye é uma assembleia particularmente heterogénea. Como é que o Presidente Bassirou Diomaye Faye conseguirá que todas estas pessoas bonitas vivam juntas? Ele lhe diz que não haverá partilha de bolos e que seu próximo governo dependerá fortemente do projeto PASTEF desenvolvido desde 2014. A escolha dos homens nos permitirá ver com um pouco mais de clareza as reais inclinações do chefe de Estado. Notemos, no entanto, que os seus primeiros passos como Presidente, tal como o seu primeiro discurso, são impecáveis ​​e inteiramente encorajadores. A sua vontade de “consolidar as conquistas obtidas nos processos de construção da integração na CEDEAO, corrigindo as fragilidades e alterando certos métodos, estratégias e prioridades políticas”, mostra que está consciente da vocação vanguardista do Senegal e que não queremos trancar o nosso estreito território nacional. fonte: seneweb.com

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Samuel

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