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domingo, 6 de julho de 2025
Senegal: Trump (também) precisa tandem do Diomaye-Sonko.
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Bassirou Diomaye Faye foi convidado por Donald Trump. E o Senegal já está fervilhando de especulações. Nas salas de estar, assim como nos sets, as línguas são soltas. Alguns veem isso como uma contradição, outros como um compromisso. Mas sejamos claros: este convite não é uma coincidência diplomática, nem um favor das circunstâncias. Ela responde a uma realidade implacável: o Senegal importa. E Trump sabe disso.
Esta cúpula Estados Unidos-África, marcada para 9 a 11 de julho em Washington, não é apenas uma reunião formal. É uma manobra estratégica. Donald Trump está convocando a África, não por cortesia, mas por necessidade geopolítica. Os Estados Unidos precisam se restabelecer em um continente onde recuaram, abandonando o campo para potências concorrentes como China e Rússia, cuja influência, tanto econômica quanto de segurança, está se tornando mais visível a cada dia.
Neste jogo de influência, o Senegal é um nó vital. Posição geográfica estratégica, relativa estabilidade política em uma região problemática, forte liderança dentro da CEDEAO e agora – a cereja do bolo – status de produtor de petróleo e gás. O país não é mais um personagem coadjuvante. Ele se torna um ator que ouvimos, um parceiro que convidamos, um peão que não podemos perder.
Deveríamos, portanto, fazer um julgamento sobre as intenções do Estado senegalês, em nome de uma linha soberanista afirmada pelo primeiro-ministro Ousmane Sonko? Não. Porque diplomacia não é um anel. E recusar humilhações não significa boicotar cúpulas. Ousmane Sonko estava certo em ficar indignado com a recusa de vistos americanos às nossas Leoas do Basquete. Ele estava certo em pedir uma doutrina de cooperação baseada no respeito mútuo. Mas este episódio — por mais chocante que seja — não deve nos fazer esquecer a lógica geral.
A verdade é que Trump não teve escolha a não ser incluir Bassirou Diomaye Faye em sua lista. Imaginemos por um momento o oposto: uma África francófona representada sem o Senegal? Uma cúpula de segurança sem o país que compartilha uma fronteira vital com Mali e Mauritânia? Uma discussão sobre gás sem o coproprietário do megaprojeto GTA com Nouakchott? Inimaginável.
O elenco fala por si. Trump convidou Joseph Boakai (Libéria), Oligui Nguema (Gabão), Umaro Embaló (Guiné-Bissau) e Mohamed Ould El-Ghazaouani (Mauritânia). Diomaye Faye completa esse círculo naturalmente.
Porque o Senegal, apesar do peso da sua dívida, carrega consigo uma promessa energética e política. A de um país jovem, carregado por um presidente saído da prisão, eleito por vontade de mudança, cujo discurso não treme, mas cuja mão permanece estendida. Uma mão que seria imprudente rejeitar para Trump. Porque hoje a necessidade é compartilhada. O Senegal precisa diversificar suas parcerias. Os Estados Unidos precisam restau
rar sua presença. Mas desta vez, em novas bases.
Trump, fiel ao seu estilo frontal, está numa lógica de poder. Ele quer retomar o controle, especialmente depois de suas apostas no Oriente Médio. Ele vê a África como uma alavanca e o Senegal como uma chave. Diomaye Faye, por sua vez, caminha sobre uma linha tênue: entre a afirmação da soberania e o desejo de cooperação respeitosa. Se eles se encontrarem, não será para agradar as câmeras, mas para influenciar o futuro.
Porque diplomacia não é uma questão de humor, mas de altura. O Senegal pode conversar com Pequim sem temer Washington. Ele pode dizer não sem se separar, negociar sem se ajoelhar. O presidente Diomaye está ciente disso. Assim como Trump.
fonte_ seneweb.com
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Samuel