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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Reeleição do Presidente Ouattara: Simone Gbagbo “toma nota” mas considera que estes resultados não reflectem “fielmente” a vontade popular.

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A candidata do Movimento das Gerações Capazes (MGC), Dra. Simone Ehivet Gbagbo, reagiu esta Segunda-feira aos resultados provisórios das eleições presidenciais de 25 de Outubro, proclamadas pela Comissão Eleitoral Independente (CEI). Estes resultados dão ao Presidente cessante, Alassane Ouattara, o vencedor na primeira volta. Numa declaração tornada pública em Abidjan, a ex-primeira-dama afirmou tomar nota do veredicto das sondagens, ao mesmo tempo que sublinhou que estes resultados “não reflectem fielmente a vontade popular”. “Tomo nota destes resultados, mantendo no fundo a convicção de que a luta que travamos juntos não foi em vão”, declarou, acrescentando que “para além dos números, esta campanha revelou a sede de justiça, verdade e dignidade que habita o nosso povo”. A Dra. Simone Gbagbo denunciou um processo eleitoral marcado por irregularidades e um sistema “bloqueado” em benefício do poder em vigor. Mencionou, em particular, um processo eleitoral contestado, incluindo duplicados, eleitores falecidos e eliminações injustificadas; uma Comissão Eleitoral desequilibrada, dominada, segundo ela, pelo campo presidencial e um clima de intimidação e violência que impedia os cidadãos de votarem livremente. O candidato do MGC citou várias localidades, incluindo Akoupé, Afféri, Songon, Daoukro, Jacqueville e Yamoussoukro, onde a agitação teria perturbado a condução da votação. “E ainda assim, a CEI menciona uma taxa de participação superior a 50%, inclusive nas áreas onde a votação não ocorreu. Este número é claramente impreciso”, contestou, dizendo que “não podemos construir uma democracia desta forma”. Simone Gbagbo também denunciou a desigualdade financeira entre os candidatos, citando o custo exorbitante da representação nas mesas de voto. “Para simplesmente garantir a presença dos nossos representantes em todas as assembleias de voto, teria sido necessário mobilizar mais de 630 milhões de francos CFA”, disse ela, sublinhando que “nenhuma democracia digna deste nome pode tolerar tal injustiça estrutural”. Apesar das suas reservas, a presidente do MGC disse querer continuar a luta “por uma reforma profunda do sistema eleitoral” e lançou um apelo a um diálogo nacional inclusivo. Ela acredita que a Costa do Marfim não será capaz de construir uma democracia sustentável sem uma verdadeira independência das instituições eleitorais, uma regulamentação justa do financiamento de campanhas e a transparência garantida pela lei e pela tecnologia. Em tom de apaziguamento, Simone Gbagbo diz estender a mão ao presidente reeleito e a todas as forças activas da Nação. Aproveitou também a oportunidade para pedir clemência ao Chefe de Estado pela libertação de pessoas detidas ou condenadas no âmbito do processo eleitoral. “Nenhum marfinense deveria ser preso por exercer um direito democrático”, apelou ela. “Toda a minha vida é um compromisso com a liberdade, dignidade e soberania do nosso povo. Enquanto houver homens e mulheres de pé neste país, nada estará perdido”, disse ela em sinal de esperança. Lambert KOUAME

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