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sábado, 22 de novembro de 2025
Camarões – Escândalo eleitoral: revelações sobre a “vitória” de Paul Biya.
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O número é impressionante: em nove departamentos, Paul Biya teria obtido entre 91% e 99% dos votos, segundo uma investigação bombástica do jornal Le Jour. O artigo, intitulado "Como foi fabricada a vitória de Paul Biya?", reacende o debate sobre a transparência eleitoral em Camarões.
Nas ruas de Yaoundé, um jovem comerciante exclama, atônito: "Irmão, até 99%? Isso é inacreditável!"
As enormes discrepâncias com o candidato Issa Tchiroma, particularmente nas regiões anglófonas, que, no entanto, atravessam uma crise, levantam questões preocupantes.
Então, o que esses números realmente revelam e o que dizem sobre a eleição presidencial de 12 de outubro de 2025?
Vitória de Paul Biya Fabricada: Números que Desafiam a Lógica Eleitoral
Uma investigação do jornal Le Jour destaca percentagens excepcionalmente altas a favor de Paul Biya em vários departamentos:
Ndian: 99%,
Dja-et-Lobo: 98%,
Nyong-et-Mfoumou: 97%,
Ngo-Ketunjia: 93%,
Manyu: 93%,
Mezam: 92%,
Mvila: 92%,
Lékié: 91%.
Nesses nove departamentos, a taxa média de comparecimento às urnas atingiu 83%.
Dos 705.405 eleitores, Paul Biya teria recebido 655.647 votos (93%), em comparação com 25.500 votos (4%) para Issa Tchiroma.
Um estatístico entrevistado em Bonamoussadi explica:
"Pontuações próximas de 100% em uma democracia são estatisticamente suspeitas." Nenhum pluralismo real produz isso naturalmente.
A diferença entre os dois candidatos é tão grande que levanta questões sobre o processo de contagem de votos, a natureza das folhas de apuração e as condições em que a eleição ocorreu em certas áreas afetadas por crises.
Regiões anglófonas: Resultados “extremos” apesar da crise e da violência
O elemento mais preocupante da análise diz respeito às regiões anglófonas, marcadas há vários anos por:
confrontos,
aldeias abandonadas,
deslocamentos populacionais,
apelos a boicotes,
e um clima persistente de insegurança.
No entanto, segundo o jornal, Paul Biya obteve 327.792 votos nessas regiões, em comparação com apenas 19.400 para Issa Tchiroma.
Resultados considerados “extremos” aparecem particularmente em:
Ndian (99%),
Mezam (91,7%),
Manyu (91,3%),
Ngo-Ketunjia (93,5%).
Um morador de Ekona confidenciou:
“Aqui, até organizar uma reunião é arriscado… então, uma votação com mais de 80% de comparecimento? Quem vai acreditar nisso?”
A discrepância entre a insegurança real e os números oficiais alimenta suspeitas de fabricação, inflação ou distorção dos resultados.
As revelações no jornal Le Jour reacendem uma profunda inquietação em torno da eleição presidencial de 2025. Entre números improváveis, comparecimento milagroso e o domínio esmagador do candidato incumbente, a controvérsia está apenas começando.
Uma pergunta permanece: será que Camarões algum dia conseguirá realizar uma eleição cujos resultados não sejam contestados nem pelos cidadãos nem pelos próprios números?
Publicado em Eleição Presidencial 2025
fonte: https://www.237online.com/
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