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domingo, 26 de maio de 2024

PATRICE TALON NO BRASIL: Quais são os benefícios para o Benin?

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De 23 a 26 de maio de 2024, o presidente beninense Patrice Talon está em visita oficial ao Brasil. A sua delegação inclui ministros das Finanças, dos Negócios Estrangeiros, da Agricultura e da Cultura. Várias etapas estão no cardápio desta visita oficial que terá início em Brasília, capital do país do Rei Pelé, onde o inquilino do Marina Palace terá um tête-à-tête com seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula Da Silva regressou ao poder em 2022 e quem sabe o Benim o tenha visitado em 2013. Na agenda dos intercâmbios, a cooperação bilateral, nomeadamente nos domínios económico, educação, infra-estruturas, construção e agricultura, tem como chave a assinatura de acordos de parceria entre os dois países. Um almoço em homenagem ao anfitrião do dia, reunindo membros do governo e representantes do mundo econômico brasileiro, encerrará a visita do presidente beninense ao inquilino do palácio do Planalto. Os dois países partilham um rico património histórico e cultural. Depois, o chefe de Estado beninense irá para Salvador de Baia, antiga capital do Brasil que se destaca pela forte comunidade negra que constitui a sua população, antes de se dirigir à cidade colonial de São Luís, cuja ligação com o Benin se deve à a passagem da mãe do rei Ghezo, nono rei de Abomey, nesta cidade brasileira onde fundou um convento de vodu após ser vendida como escrava. Isto mostra toda a dimensão diplomática, mas também memorial, desta visita acelerada que o número um beninense está a realizar em solo brasileiro, e da qual o povo beninense tem o direito de esperar repercussões. Principalmente porque o Brasil, que faz parte dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), é um país emergente que pode ser fonte de inspiração para muitos estados africanos. Especialmente numa altura em que este agrupamento de países em desenvolvimento que defendem a multipolaridade com, entre outras coisas, o objectivo de reformar a governação global, pretende ser uma força que desperte o interesse crescente de novas nações. Isto mostra também a importância e o interesse desta visita de amizade e trabalho de Patrice Talon ao solo brasileiro, que também reflete o sinal da excelência das relações entre os dois países que compartilham em comum um rico patrimônio histórico e cultural. É o caso do Vodu, que leva o nome desta prática ancestral que é considerada uma religião animista com origem no Benin e que é praticada no Brasil e em outros lugares da América Latina para onde foram deportados escravos da África do Sul Ocidental. E ainda hoje, o festival Voodoo é realizado anualmente no Benin, que é comemorado todo dia 10 de janeiro, e que reúne ano após ano milhares de seguidores e turistas de diversas origens, notadamente do Brasil, do Haiti, dos Estados Unidos ou mesmo do México onde é parte do património cultural das populações que o praticam. A visita do presidente beninense ao Brasil pode exigir a de outros líderes africanos Ainda assim, não é por acaso que o novo embaixador do país, Patrice Talon, apresentou suas credenciais ao chefe de Estado brasileiro no dia 22 de maio, às vésperas da visita do inquilino do palácio de la Marina, após a recente reabertura do a embaixada do Benin no Brasil. No mínimo, isto reflecte o desejo de Cotonu de reforçar os seus laços de cooperação com Brasília. E isto é um jogo justo neste contexto em que a tendência nos países africanos é para a diversificação de parcerias. Quanto ao Brasil, trata-se de uma visita que lhe é tanto mais proveitosa quanto é a primeira de um chefe de Estado africano desde o regresso do Presidente Lula ao poder nas condições que conhecemos, na medida em que reflecte um desejo de este país latino-americano a abrir-se ao continente negro, após o interlúdio do seu antecessor de extrema-direita, Jair Bolsonaro, que deu pouco interesse ao continente negro onde não se dignou, aliás, a render-se durante todo o seu mandato. Isto mostra que a visita do presidente beninense ao Brasil poderia exigir a de outros líderes africanos. E que o regresso de Lula ao poder para um terceiro mandato poderá abrir uma nova era nas relações entre Brasília e capitais africanas, das quais o chefe de Estado brasileiro já visitou mais de vinte, em diversas saídas pelo continente negro desde 2003. lepays.bf

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Samuel

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