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domingo, 2 de junho de 2024

CHAMADA PARA UM 4º MANDATO DO PRESIDENTE DA COSTA DO MARFIM: Será que o vovô ADO dará o passo pesado?

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
“Todos concordamos que o que está em jogo é a vitória retumbante do RDHP, a vitória do nosso campeão, do nosso mentor, do nosso candidato natural, Sua Excelência o Sr. Alasane Ouattara nas eleições presidenciais de 2025”. É com esta frase sem adornos que o Rally dos Houphouëtistas pela Democracia e Paz (RHDP), reunidos em 27 de Maio para soar a mobilização geral para a preparação das eleições presidenciais marcadas para dentro de 16 meses, fez um forte apelo ao Chefe de Estado da Costa do Marfim para que concorra novamente pelo 4º mandato consecutivo. A pergunta óbvia que atormenta a mente de todos após esta declaração é a seguinte: será que ADO se deixará levar respondendo ao canto da sereia? Mesmo que, de momento, o idoso não tenha feito uma declaração oficial, há muitos motivos para acreditar que aproveitará a oportunidade para anunciar a sua candidatura. E por um bom motivo. Em primeiro lugar, o homem condicionou, recorde-se, a sua ausência na lista de candidatos à sua sucessão à renúncia do seu adversário político, o ex-presidente Laurent Gbagbo, a concorrer em 2025. No entanto, este último já foi investido pela sua posição política. O Partido Popular Africano-Costa do Marfim (PPA-CI). O anúncio de uma 4ª candidatura ADO pode ser uma fonte de violência política no RCI É portanto bastante natural, para não estender o tapete vermelho que conduz ao palácio presidencial ao seu adversário de todos os tempos, que esperemos que o “candidato natural” do RHDP responda ao apelo do seu rebanho. Mas sabemos que a candidatura de Laurent Gbagbo é apenas um pretexto atrás do qual o Presidente Alassane Dramane Ouattara se abriga para dar rédea solta à sua inclinação: o homem é um viciado em poder. Como prova, ele já tinha violado a Constituição para se conceder um terceiro mandato depois de ter afastado os seus adversários do seu caminho, inclusive no seu próprio campo. É o caso, por exemplo, do ex-presidente da Assembleia Nacional, Guillaume Soro, obrigado a percorrer os caminhos do exílio. A divulgação do RHDP deve, portanto, fazer parte de um cenário pré-estabelecido que também já foi visto em outros lugares. Fornece o pretexto para que o presidente, ao representar-se na sua própria sucessão, responda ao apelo do seu povo. Mas se o ADO se entrega a este jogo, estará realmente a prestar um serviço ao seu país? Certamente, o homem pode orgulhar-se de um historial económico brilhante e, portanto, parecer um verdadeiro campeão ou mesmo um messias para a Costa do Marfim. Mas se der o passo para concorrer a um 4º mandato, pisará num dos princípios elementares mas fundamentais da democracia que é a alternância. Como resultado, a imagem da ADO, que já está prejudicada pelo terceiro mandato, continuará a definhar e com ela a da Costa do Marfim, que já não pode pretender ser a nação democrática que dá lições. Mas para além do país do elefante, uma possível candidatura da ADO será, obviamente, um mau sinal para os regimes militares da sub-região que encontrarão um pretexto para se agarrarem ao poder que tomaram pelas armas. Ainda dá tempo do ADO sair do cenário político pela porta da frente Dito isto, um dos maiores perigos da possível candidatura do Presidente Alassane Dramane Ouattara é a própria questão da sobrevivência do RHDP depois dele. Podemos pensar, de facto, que é por falta de ter preparado um sucessor ou por falta de consenso sobre um ou outro dos executivos do partido, que o homem será obrigado a procurar um novo mandato. E se for este o caso, o RHDP está condenado, na sequência do desaparecimento de Alassane Dramane Ouattara, a uma implosão que poderá fazer com que perca o poder. Finalmente, não está excluído que, ao ouvir o apelo dos seus cortesãos, o Presidente Alassane Dramane Ouattara coloque o seu país numa zona de turbulência política. Sabemos que a classe política da Costa do Marfim está repleta de lobos jovens e de dentes compridos, como Guillaume Soro e Blé Goudé, que estão mordendo o pedaço. O anúncio de uma 4ª candidatura da ADO poderá, portanto, ser uma fonte de manifestações ou mesmo de violência política num país onde as feridas da crise política da década de 2010 ainda demoram a sarar. Por todas estas razões, uma possível candidatura do ADO poderia dar origem a demasiados mandatos no sentido de que o homem poderia colher toda a sua herança política. Mas apostemos que o Presidente ADO, que está na era da sabedoria, saberá separar o falso do verdadeiro, favorecendo os interesses superiores do seu país em vez de ouvir cortesãos que apenas defendem os seus interesses. Em qualquer caso, ainda há tempo para ele sair da cena política pela grande porta da História e encontrar no panteão marfinense o seu mentor que é o presidente Félix Houphouët Boigny, o pai da nação marfinense. Mas a questão é que podemos... fonte: lepays.bf

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Samuel

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