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terça-feira, 10 de junho de 2025
A RETIRADA DE RUANDA DA CEEAC: Quando Kagame se isola ainda mais.
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Ruanda deixou oficialmente a Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC), denunciando a violação do princípio da presidência rotativa da organização por outros países, após, segundo acredita, uma manobra diplomática orquestrada pela República Democrática do Congo (RDC), incentivada em sua revolta pelo Burundi. Kigali acredita que foi injustamente marginalizada em favor da Guiné Equatorial, que foi reconduzida à liderança da organização quando, de acordo com o calendário e o protocolo, era a vez de Ruanda assumir o poder. Irritado como um príncipe cuja coroa foi confiscada ao ascender ao trono, Paul Kagame decidiu reagir com veemência ao que considera um golpe diplomático, virando as costas à organização sub-regional. Nesta parte da África, em crise há décadas, onde alianças são forjadas e desfeitas por interesses e ressentimentos, a saída de Ruanda da CEEAC, seja por uma questão de precedência ou por uma explosão mal calibrada de Paul Kagame, é apenas a ponta de um iceberg de tensões muito mais profundas, que correm o risco de comprometer permanentemente todos os esforços para restaurar a paz, particularmente no leste da República Democrática do Congo.
Ao se retirar, Paul Kagame, um homem de estilo direto e despojado, parece estar jogando a carta da ruptura.
Como se pode alcançar uma solução concertada para este conflito se um dos principais protagonistas, Ruanda, abandona a mesa de negociações regional? Ao renunciar, Paul Kagame, o homem de estilo direto e pragmático, parece estar jogando a carta da ruptura para mostrar que não é apenas um coadjuvante, esquecendo-se de que "quem abandona a casa da família com raiva, dorme ao relento com as hienas", como diz um provérbio africano. No cenário internacional, a imagem de uma Kigali que opta pelo isolamento em vez da consulta pode ter um peso enorme, especialmente num momento em que vozes africanas clamam por maior unidade diante dos desafios geopolíticos e de segurança. Ao preferir a porta fechada à paciência silenciosa da diplomacia, o presidente ruandês esquece que "uma árvore que quer crescer não rejeita a floresta", como diz tão apropriadamente um ditado do nosso país. É verdade que a CEEAC não é uma floresta isenta de defeitos, mas permanecer ali, apesar dos atritos, poderia ter sido uma prova da maturidade política do primeiro responsável pela "pequena Suíça africana", que alguns admiram pelo seu rigor, pelos seus resultados económicos e pelo seu sentido de antecipação. É verdade que o homem forte de Kigali muitas vezes preferiu o punho ao aperto de mão, mas não deixa de ser espantoso que, no contexto atual em que a região aspira à paz e precisa mais do que nunca de arquitetos de compromisso, este defensor do desenvolvimento interno opte por abandonar o navio que arvora a bandeira da CEEAC e que está a fazer água, por não ter sido nomeado capitão. Porque esta organização, mesmo instável, continua a ser uma estrutura onde falamos, onde debatemos para evitar o barulho ensurdecedor e mortal das armas.
fonte: lepays.bf
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Samuel