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domingo, 8 de junho de 2025
Mali: Wagner deixa o país, quais as perspectivas para a Rússia?
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Desde a sua criação, o Grupo Wagner, uma empresa paramilitar russa que opera em diversas zonas de conflito ao redor do mundo, consolidou-se como um ator controverso nas intervenções externas da Rússia. Ativo em países como Síria, Líbia, República Centro-Africana e Mali, esse grupo opera sob uma tutela privada, embora associado a interesses estatais russos. Na África Ocidental, sua presença tem sido frequentemente percebida como uma alavanca de influência geopolítica, em um contexto em que certos regimes buscam diversificar suas parcerias de segurança diante dos desafios impostos por insurgências armadas.
Uma Partida Anunciada como o Fim de uma Missão
Na sexta-feira, 6 de junho, o Grupo Wagner anunciou o fim de sua missão no Mali por meio de uma mensagem publicada em seu canal do Telegram. A mensagem afirmava que "a missão foi cumprida" e que a empresa militar privada estava "voltando para casa", sem fornecer mais detalhes sobre os termos ou o cronograma exato dessa retirada.
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De acordo com a mensagem, os objetivos do Grupo Wagner foram alcançados, especialmente o apoio às forças locais. "Ajudamos patriotas locais a construir um exército forte e disciplinado, capaz de defender seu território", afirma o grupo. Afirma ainda que "todas as capitais regionais estão agora sob o controle de autoridades legítimas" e se gaba de ter "eliminado milhares de combatentes e seus líderes".
Três Anos de Presença em um Contexto de Ruptura com o Ocidente
O Mali recorreu à Wagner em um contexto de significativa instabilidade securitária, marcado por insurreições armadas que abalaram o país desde 2012. Após a deterioração das relações com seus parceiros ocidentais, em particular a França, a junta militar malinesa formalizou uma reaproximação com a Rússia, abrindo caminho para a chegada da PMC Wagner ao seu território.
O anúncio desta retirada marca o fim de mais de três anos de cooperação em segurança que provocou inúmeras reações no cenário internacional. No entanto, vários observadores acreditam que a Rússia não desaparecerá completamente do teatro de operações saheliano.
Outra Estrutura de Apoio?
De fato, apesar da saída anunciada da Wagner, fontes indicam que Moscou pretende manter sua presença no Mali por meio de uma nova entidade: o Corpo África. Ao contrário da Wagner, esta força paramilitar seria oficialmente controlada pelo Estado russo, o que poderia permitir à Rússia fortalecer sua cooperação em segurança na região, ao mesmo tempo em que ajusta seus instrumentos de intervenção.
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Este reposicionamento ocorre em um contexto regional marcado pela criação da Aliança dos Estados do Sahel (AEA), uma coalizão nascida da saída de Mali, Burkina Faso e Níger da CEDEAO. Esses três países, liderados por juntas militares, pretendem construir novas parcerias fora das estruturas tradicionais.
Uma Reformulação de Alianças em Andamento
A anunciada saída do Grupo Wagner do Mali ocorre em um momento em que os equilíbrios geopolíticos estão sendo redesenhados no Sahel. Embora essa retirada seja apresentada como o fim de uma missão, ela parece refletir uma reorganização estratégica da presença da Rússia na região. A possível ascensão do Corpo Africano, sob controle estatal, reflete o desejo de Moscou de consolidar suas parcerias dentro de uma estrutura mais formalizada, em resposta às críticas internacionais às empresas militares privadas. Para o Mali, essa mudança pode representar uma transição para uma cooperação mais institucional, mas a dinâmica da segurança interna permanece frágil e incerta.
fonte: lanouvelletribune.info/2025/06
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Samuel