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sábado, 13 de setembro de 2025

Julgamento de Joseph Kabila: RDC aguarda veredicto histórico do Supremo Tribunal Militar.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
O veredito chegou. Nesta sexta-feira, 12 de setembro, pontualmente às 9h, dentro do Novo Palácio da Justiça em Kinshasa/Gombe, o Supremo Tribunal Militar se prepara para escrever uma das páginas judiciais mais difíceis da história da República Democrática do Congo. Joseph Kabila Kabange, ex-presidente e senador vitalício, aguarda o veredito sobre seu destino. Diante dele, o Auditor Geral e uma coalizão de partidos civis — o Estado congolês, três províncias em dificuldades e várias ONGs — pedem a pena de morte. As acusações são graves: participação em movimento insurrecional, crimes contra a paz e a segurança da humanidade, homicídio doloso, traição, estupro, tortura e deportação. A lista assustadora coloca o ex-chefe de Estado na posição de um acusado comparável àqueles que mergulharam o país no caos. Um Sistema Judiciário Sob Pressão A investigação deste caso, referenciado como RP nº 051/25, foi meticulosa e implacável. Culminou em maio com uma votação histórica: 88 senadores contra 5 suspenderam a imunidade parlamentar de Kabila. Pela primeira vez, uma brecha foi aberta no muro de impunidade que há muito protegia os poderosos. No tribunal, o General Lucien-René Likulia Bakumi, Procurador-Geral, pediu a condenação de Kabila por seu suposto envolvimento nas atividades do AFC/M23. Este grupo rebelde tomou Goma e Bukavu em uma ofensiva relâmpago, colocando o leste do país de joelhos. A acusação seguiu o exemplo, pedindo a sentença final. No entanto, qualquer possível condenação permaneceria simbólica: nenhuma pessoa foi executada desde que a moratória da pena de morte foi suspensa em 2024. Defesa e Batalha Política O tom da defesa é radicalmente diferente. Em um artigo de opinião publicado pela Jeune Afrique, Joseph Kabila denunciou um procedimento ilegal e um julgamento político com o objetivo de "silenciar a oposição". Ele acusa o governo de orquestrar uma caça às bruxas dentro do exército e de aumentar as prisões arbitrárias. Segundo ele, esse sistema judicial é apenas um instrumento nas mãos do regime atual. Seu julgamento, iniciado em julho, vai muito além de seu caso pessoal. Ele contrasta duas narrativas: a de um Estado que busca virar a página da impunidade e a de um ex-presidente que se apresenta como um mártir de um sistema de justiça instrumentalizado. Um veredito explosivo O contexto nacional agrava ainda mais as tensões. Apesar do acordo de paz assinado em Washington em 27 de junho de 2025, que previa a retirada das tropas ruandesas e a integração do M23, os combates continuam. O leste do país continua sendo um barril de pólvora, e esse veredito, seja ele qual for, pode desencadear uma faísca. Uma sentença de morte correria o risco de galvanizar os apoiadores de Kabila e agravar as tensões. Por outro lado, uma sentença mais branda, embora improvável, seria vista como incrivelmente branda, dada a gravidade das acusações. Na sexta-feira, às 9h, o Coronel Benteke Boluwa Marie Josée lerá a decisão. Um silêncio significativo se fará sentir no tribunal e em todo o país. Mais do que um julgamento individual, este será um teste à capacidade do Congo de confrontar seus próprios demônios. fonte: journaldekinshasa.com

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Samuel

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