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sábado, 25 de outubro de 2025

ANGOLA: OS TRÊS LUTARAM, MATARAM E ASSINARAM ALVOR.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
O país ouviu atónito o Presidente da República a não dizer o fundamental da vida dos cidadãos: a fome, que tem pressa, a comida, que nunca chega, a miséria, que campeia e as prostitutas-mirins de 8/9 anos postadas, nas esquinas de Luanda e sexualizadas em colchões de betão, onde geram menininhos… Por William Tonet João Lourenço desconseguiu ser real, preferiu abalroar a verdade da vida, excluir e discriminar o pobre, postando-se em gráficos falaciosos, que excluem as estradas nos buracos, as escolas sem carteiras, quadros e casas de banho, num país com as mais ricas florestas tropicais. Não falou das casas sem energia eléctrica e água potável, tão pouco do saneamento básico. Propositadamente, não abordou as razões de estar a entregar, sem autorização dos povos soberanos, as terras aráveis e as raras, aos chineses e especuladores ocidentais. Optou, fastidiosamente, em apresentar relatórios, gráficos, números e agendas perniciosas, distantes da realidade cidadã, apenas para agradar as agências ocidentais. A incompetência, a má gestão, a ladroagem do erário público, pela nova corte corrupta, foram “celestialmente” protegidas pelo presidente. De tal monta, que não falou das razões de estarem 9 milhões de crianças fora do sistema de ensino, estarem, vergonhosamente, registadas 18 mil árvores, como salas de aula, haver decretos criminosos de aumento de propinas milionárias em colégios privados para favorecer a sua ministra da Educação, proprietária de vários colégios. Não falou dos autocarros comprados a 500 mil dólares, que nunca desembarcaram no país, os catamarãs avariados, as empresas de transportes públicos ineficientes, a compra de um edifício pelo ministério dos transportes nunca utilizado, estando empresas públicas, como a TAAG a arrendar imóveis, tão pouco quanto custará a loucura do novo aeroporto denominado Agostinho Neto, tudo para proteger o amigo Ricardo de Abreu… Mas, num dado momento do discurso, o Presidente voluntária ou involuntariamente ofendeu a maioria dos angolanos, com uma verborreia ocidental, ao justificar a má governação com o facto de haver cidadãos com mais de três fi lhos, causando um aumento da natalidade. É uma linguagem rasca, complexada, ocidental, que visa o controlo das nossas terras. Nós precisamos de população para o futuro. Uma perspectiva para o pico do desenvolvimento agro-industrial, científico e tecnológico, traçado por um governo sério, nacionalista e patriota, que aposte, na transformação das nossas matérias-primas e demais riquezas naturais no país, exigirá, no mínimo, nos próximos 20 anos, 160 milhões de habitantes. Controlar a natalidade dos autóctones indicia crime premeditado de uma agenda de ocupação ocidental, asiática e fundamentalista islâmica, igual a que era seguida pelo antigo regime do apartheid, na África do Sul. E, finalmente, o discurso ancorou, no previsto e anunciado em primeira mão, pelo F8/TV8, “nas últimas (con)decorações, muito provavelmente, João Lourenço vá em sentido contrário aos bajuladores e condecore, Holden Roberto e Jonas Savimbi. Acertamos, mais uma vez! COMO NASCEU A CORRUPÇÃO E O “PAI DA CORRUPÇÃO” Aumentou a injustiça. Aumentou a corrupção. Aumentou os assassinatos e genocídio selectivo. O mês de Setembro já se foi, mas deixou resquícios do dia 17 deste 2025, ser, pelo MPLA, sem o mínimo de vergonha, considerado o dia do “Pai da Corrupção”. Atesta o mérito, a continuidade de Carlos São Vicente, nas fedorentas masmorras do regime, mesmo após confirmação de os milhões de dólares, terem sido alocados com o beneplácito do bureau político do MPLA, á época capitaneado por José Eduardo dos Santos, em homenagem ao fundador da nação do MPLA. Africanamente, quando um novo chefe, prende o fi lho (genro mais velho-Carlos São Vicente-marido da fi lha), de Agostinho Neto, com provas frágeis do cometimento de ilícitos de corrupção, branqueamento de capitais, superiormente autorizado, no quadro da “Acumulação Primitiva de Capitais”, mostra a natureza perversa do regime. Sozinho está a carregar o fardo, como preso do herói nacional. O único. E a prova é que mesmo o MPLA que diz o idolatrar, não deixa de o apresentar como o pai-fundador da corrupção. Dúvidas? Inexistem! Certezas? Muitas. A institucionalização, em 1975, das lojas dos dirigentes (com produtos vindos exclusivamente do Ocidente colonial; Portugal, França, Reino Unido, Bélgica, Itália, etc.) e lojas do povo (com produtos da Rússia, Cuba e restantes socialistas), deu início a corrupção com a estratificação da sociedade em duas classes: a dos auto-libertadores ricos e a dos muito pobres. Quem quisesse comer bife, teria de corromper ou um membro do comité central do MPLA ou um trabalhador da loja, para se apossar, temporariamente do seu cartão… E, em Outubro se confirma, pese a participação “espúria” de Maria Eugénia Neto, em actividades políticas do MPLA/João Lourenço, que mais tem trucidado, negativamente, a imagem do primeiro presidente de Angola, que a faz viúva milionária… No entanto, pese essa condescendente bajulação de aparecer nas fotografias, junto dos “nomeados”, mas nada de justiça tem conseguido alterar em relação ao “fi lho” (genro marido de Irene Neto) preso. Por isso, quando no 15 de Outubro de 2025, João Lourenço, propositadamente, omitiu a justiça e o combate à corrupção tinha plena noção do quadro dantesco em que colocou o órgão judicial. Dependente, submisso ao poder executivo, os tribunais, principalmente, os superiores: Supremo e Constitucional, transformaram-se em CAP (comités de acção partidários), sob coordenação do presidente do MPLA. A cartilha não é o direito, mas a ideologia que selectivamente condena adversários, mesmo sem provas… É um retrato do “Reino da Pocilga Jurídica”, onde porcos e javalis, disputam os piores excrementos… NETO MATOU MAIS DO QUE OS DOIS JUNTOS O Chefe de Estado, pressionado pela sociedade civil, partido da oposição, comunidade internacional, foi forçado a recuar na lógica de considerar o herói do MPLA, o único líder impoluto, quando na realidade tem, também, um passado tenebroso manchado por muitos rios de sangue, de camaradas executados, sem julgamento. Por isso, continuar a consagrar, institucionalmente, uma heroicidade questionada por milhões de angolanos não seria um mérito, mas demérito. Daí a inversão arriscada de João Lourenço ao reconhecer, contra a vontade da maioria dos turcos, os antes excluídos, subscritores dos Acordos de Alvor: Holden Roberto e Jonas Savimbi. Com o senão de não ser genuíno o gesto ao carimbar: “perdão e reconciliação”. Perdoar quem? Os três ou os dois? A política de discriminação e exclusão tem sido responsável pelo rememorar permanente, da “saga mental assassina discursiva” de António Agostinho Neto, em 27 de Maio de 1977, quando na sua cadeira baloiço, no Futungo de Belas, disse: “NÃO VAMOS PERDER TEMPO COM JULGAMENTOS!” Uma avenida para o livre arbítrio e barbárie, perpetrado pela mais tenebrosa e assassina polícia política DISA, que no cumprimento das ordens superiores, assassinou 80 mil cidadãos inocentes, sem direito a justo processo legal. Só neste genocídio, Agostinho Neto superou os dois outros subscritores de Alvor, numa irracionalidade e barbárie, igual a praticada por Hitler durante a II Guerra Mundial. QUEIMOU PESSOAS VIVAS NA FOGUEIRA No tempo da guerrilha, para desgosto dos arautos da (i)moralidade “EMEPELISTAS”, que tentavam justificar o não reconhecimento de Holden Roberto e Jonas Savimbi (a par de Agostinho Neto, subscritores dos Acordos de Alvor), como heróis nacionais e pais da independência, por alegadas atrocidades praticadas e denunciadas, durante a luta de libertação nacional, em Kinkuzu (base da FNLA), ligando-o, dentre outros, a morte de Deolinda Rodrigues (guerrilheira do MPLA) e na Jamba (base da UNITA), com a queima das bruxas, onde pessoas foram queimadas vivas em 1986) como se Neto fosse um santo… e exímio respeitador de direitos humanos. Não o foi. Pelo contrário, e justiça lhe seja feita, foi o primeiro líder dos movimentos de guerrilha, a queimar camaradas vivos em fogueira, na Frente Leste, em 1968. O Comandante Paganini, Estrela, Ziguerou e outros, morreram queimados vivos, foram as vítimas desta barbárie. Deolinda Rodrigues foi aprisionada e o restante destacamento feminino do MPLA, numa das bases da FNLA, comandada pelo comandante Gourgel (pai do falecido músico Beto Gourgel). Elas poderiam ter sobrevivido, não houvesse a omissão, covardia e cumplicidade de Agostinho Neto, ao prender Matias Miguéis (ex-vice-presidente do MPLA), José Miguel (irmão do músico Calabeto) e Ferro e Aço, atraídos numa cabala, quando já eram dirigentes da FNLA. Ao tomar ciência desta prisão, o comandante Gourgel endossa a Agostinho Neto, um pedido de troca: libertar os três dirigentes da sua organização, pela libertação de Deolinda e outras. O Presidente do MPLA recusou, aumentando a barbárie, enterrando os três prisioneiros vivos, com a cabeça de fora. Resistiram cerca de 48 horas e sucumbiram, na base do movimento em Brazzaville. Acto contínuo a FNLA executou Deolinda Rodrigues, uma das melhores dirigentes do MPLA. Esta é a verdade histórica. Alguns dos protagonistas dos dois lados, ainda estão vivos. Outro grande dirigente, comandante Miro (Lourenço Casimiro), que atormentava Agostinho Neto foi, também, executado de forma covarde, na 1.ª Região Político Militar do MPLA. Os generais Benigno Vieira Lopes e César Luís Kiluange podem retratar a forma como executaram a missão de assassinar, tão ilustre personalidade. Nota. Por falha técnica da nossa responsabilidade este texto (embora publicado na edição impressa) não foi publicado aqui na versão digital na altura certa, ou seja no passado dia 18. As nossas desculpas.

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Samuel

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