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terça-feira, 22 de novembro de 2022

COMO NO MPLA, TUDO NA MESMA NO PAIGC

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Domingos Simões Pereira foi hoje reeleito líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) durante o X congresso do partido, anunciou a presidente da comissão eleitoral, Aminata Silla. D omingos Simões Pereira, que é presidente do partido desde 2014, foi reeleito com 1.162 votos dos 1.268 votantes do congresso, dedicado ao tema “Consolidação da Coesão Interna, a luz do pensamento de Amílcar Cabral, pelo resgate do poder popular e promoção do desenvolvimento”. Domingos Simões Pereira disputou a liderança do partido com Octávio Lopes, que obteve 62 votos, João Bernardo Vieira, que teve 32 votos e Edson Araújo, que conseguiu quatro votos. O PAIGC deveria ter realizado o seu congresso em Fevereiro, mas foi adiado devido às restrições sanitárias impostas pelo Governo para combater a pandemia da covid-19. Questões judiciais, algumas das quais que levaram à intervenção das forças de segurança, impediram o partido de realizar o congresso por mais três vezes. O arranque do congresso, na sexta-feira, ficou marcado com a entrada de polícia armada na sala onde decorria a reunião magna do partido para deter o antigo primeiro-ministro Aristides Gomes, que chegou nesse dia ao país. Aristides Gomes saiu da sala e, segundo fontes partidárias, está em segurança. No dia 26 de Fevereiro de 2020, o então candidato às eleições presidenciais guineenses, Domingos Simões Pereira, acusou, em Luanda, o chefe de Estado do Senegal de querer impor à força na Guiné-Bissau o Presidente que ele apoia, tal como fez na Gâmbia. E foi por isso que veio fazer “queixinhas” ao MPLA. Em declarações aos jornalistas, em Luanda, após uma audiência com o Presidente João Lourenço, Simões Pereira referiu que o Presidente senegalês, Macky Sall, “assumiu num ‘tweet’ pessoal que a CDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) deveria mobilizar as forças para impor o Presidente que ele acha que devia ser colocado na Guiné-Bissau, a exemplo do que já tinha feito na Gâmbia”. “A Guiné-Bissau é um Estado soberano, independente, a proclamação da independência da Guiné-Bissau custou vidas e é importante que todo o mundo compreenda que os guineenses não vão permitir que um Presidente lhe seja imposto, que não corresponda àquilo que é a vontade do povo guineense”, afirmou o candidato apontado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) como derrotado nas eleições. Domingos Simões Pereira, (também) presidente do PAIGC, histórico irmão do MPLA, referiu que explicou a situação política da Guiné-Bissau ao Presidente angolano, considerando que “há outros interesses por detrás do contencioso eleitoral” e que “a questão que se está a debater neste momento na Guiné-Bissau não se resume à disputa eleitoral”. “Os outros interesses são de países que assumem ter uma agenda para a Guiné-Bissau. Se eu disser que no meio deste contencioso eleitoral há um país vizinho da Guiné-Bissau que assume que vai lançar o leilão de plataformas de exploração petrolífera, incluindo plataformas petrolíferas que estão dentro do território da Guiné-Bissau, acho que isso dá alguma ideia daquilo que está a acontecer connosco”, frisou. Simões Pereira referiu que o Presidente angolano o “ouviu com muita atenção” e “colocou várias questões”. “E tal como eu, quando descobrimos – penso que todo o mundo ficou surpreendido – também ele ficou surpreendido com esta quantidade de evidências, e apesar disso uma determinação em contrariar as leis da Guiné-Bissau”, referiu. O político guineense sublinhou que com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), cumprida a questão da abertura das urnas e recontagem dos votos, aceitará “qualquer resultado, mas nunca imposto de fora ou por vontades por outros interesses”. “Somos legalistas, somos democratas, e sendo aquilo que é a escolha feita pelo povo guineense, nós aceitaremos qualquer resultado”, disse. Do MPLA, Domingos Simões Pereira disse esperar o apoio de sempre, “que é o acompanhamento, entre Estados irmãos, como é o caso da relação entre Angola e a Guiné-Bissau”. “O que nós esperamos é que, quando todos se dizem cansados, Angola não esteja cansada de ouvir a Guiné-Bissau, quando todos podem estar cansados de nos acompanhar, Angola demonstre não estar cansada de acompanhar a Guiné-Bissau, é isto que o povo guineense quer ouvir, quer sentir, para que tenha as forças necessárias, as energias necessárias, para fazer valer a sua independência”, salientou. Dias antes a Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau confirmara os resultados das eleições presidenciais e a vitória de Umaro Sissoco Embaló, tendo rejeitado as reclamações apresentadas pelo representante da candidatura de Domingos Simões Pereira. O Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau ordenou à CNE que fizesse um novo apuramento nacional dos resultados após um recurso interposto pelo candidato apontado como derrotado, Domingos Simões Pereira, alegando fraude e irregularidades no processo. A CEDEAO ameaçou impor sanções a quem perturbasse o processo eleitoral e apelou ao diálogo entre a CNE e o STJ para resolver o contencioso eleitoral. Segundo o apuramento nacional da segunda volta das eleições presidenciais de 29 de Dezembro, Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%. A Guiné-Bissau e a Angola do MPLA N o dia 19 de Outubro de 2019, o Presidente guineense, José Mário Vaz, elogiou o seu homólogo angolano, João Lourenço, pelo combate contra a corrupção, referindo que os dois países “estão juntos” nessa luta. A Guiné-Bissau “não pode ficar refém de caprichos pessoais” do Presidente José Mário Vaz, afirmou em Junho desse ano o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Domingos Augusto. “É uma coisa que me é comum com o Presidente João Lourenço, que […] está num combate sério à corrupção. Eu estou mais do que num combate feroz contra a corrupção”, disse José Mário Vaz, em entrevista à agência Lusa em Lisboa. Na altura todos ficaram à espera de ver Teodoro Obiang fazer uma simbiose de José Mário Vaz e João Lourenço dizendo, debaixo de aplausos dessa “coisa” que se chama CPLP, que está a fazer um “combate sério e feroz contra a corrupção”. Referindo que na Guiné-Bissau se diz “dinheiro do Estado no cofre do Estado” em vez de corrupção, o Presidente admitiu que se trata de “uma luta bastante difícil”, mas que “vale a pena esse combate”. “Quando olharmos para trás, vamos dizer que valeu a pena a nossa passagem nesta cadeira porque a nossa passagem permitiu o desenvolvimento do país e permitiu o bem-estar do nosso povo”, referiu. Questionado sobre as relações com Angola, José Mário Vaz disse que se tratava de “um país irmão” e que “por isso não há razão nenhuma para que não haja boas relações”. As relações entre os dois países foram afectadas pela crise de 2012, após o golpe de Estado na Guiné-Bissau. Angola enviou militares para o país, mas a intervenção foi contestada e o Governo angolano acabou por retirar aquela força. Sobre o papel da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Guiné-Bissau, tendo em conta a influência da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Presidente considerou que as duas organizações “são importantes” para o país. No entanto, reconheceu que a CEDEAO tem uma “presença forte” e que a sua força militar (Ecomib) “contribuiu para a paz e para a estabilidade na Guiné-Bissau”. Referindo que o lugar da CPLP na Guiné-Bissau “é intocável” porque é “a grande família”, sobretudo por causa da língua, José Mário Vaz defendeu, contudo, que a organização lusófona tem de ser mais “a CPLP dos povos e da economia”. Sobre o papel de Portugal, o chefe de Estado defendeu que “pode fazer muito mais” pela Guiné-Bissau e que pode “ter muita contrapartida” se o fizer. O Presidente disse que “gostaria de ter mais empresários” portugueses na Guiné-Bissau e defendeu que Portugal poderá também contribuir mais para a formação de quadros e formação profissional, embora admitisse que o acesso às universidades portuguesas estava mais facilitado. Recordando que fez o seu percurso escolar em Portugal, onde tem “muitos amigos”, o Presidente guineense acusou “algumas pessoas”, sem especificar (como é timbre dos heróicos… cobardes), de terem exercido influência sobre as autoridades portuguesas para prejudicar a cooperação entre os dois países. “Ninguém pode defender mais interesses de Portugal mais do que eu”, conclui. Foto de arquivo: José Eduardo dos Santos aconselhando o jovem Domingos Simões Pereira. Folha 8 com Lusa

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Samuel

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