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domingo, 7 de setembro de 2025

AO NOBRE POVO DE ANGOLA E DE ÁFRICA.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
O cinquentenário da independência de Angola, que será comemorado com pompa e honra no dia 11 de Novembro deste ano, assinala também os 50 anos da ocupação do território de Cabinda. É, pois, com o coração apertado, mas esperançoso, que me dirijo a todos vós, pan-africanistas, a todos aqueles que acreditam na liberdade e na autodeterminação dos povos. Por Osvaldo Franque Buela (*) Para quem ainda não sabe, Cabinda, um território rico em história e recursos, luta na sombra pelo seu direito a existir. O seu povo, o povo cabindense, aspira a viver como uma nação soberana na sua própria terra, livre de toda a ocupação e opressão. Um apelo à unidade e à solidariedade Acredito firmemente que o pan-africanismo não é apenas uma ideia; pelo contrário, é uma responsabilidade. É o compromisso de estar ao lado dos oprimidos, de defender os mais vulneráveis e de garantir que a voz de cada povo africano, por mais pequena que seja, seja verdadeiramente ouvida. Hoje, esta responsabilidade convoca-vos, povo de Angola e de África, a apoiar Cabinda, pois o destino deste povo é indissociável do vosso. A sua luta por reconhecimento e autonomia espelha também a vossa própria busca de dignidade e justiça. Como povos irmãos, o vosso papel enquanto pan-africanos na libertação de Cabinda não deve ser o de nos limitarmos à reflexão, mas sim o de agirmos em conformidade, consciencializando África e o mundo sobre a situação em Cabinda, apoiando os esforços diplomáticos do povo cabindense para garantir o reconhecimento do seu direito à autodeterminação e prestando, por mais pequena que seja, ajuda humanitária ou moral àqueles que sofrem as consequências desta ocupação, nos campos de refugiados e no exílio forçado. Acredito que este é o momento de nos unirmos e mostrarmos que o pan-africanismo não é apenas um sonho, mas uma realidade tangível capaz de mudar vidas. Juntos, podemos ajudar Cabinda a tornar-se uma nação livre e próspera, juntamente com o povo irmão de Angola, contribuindo assim para a riqueza e diversidade de África. A liberdade de Cabinda está um passo mais perto da liberdade de toda a África. Juntem-se a nós neste movimento pelos direitos do povo cabindense, divulguem a mensagem e tomem medidas. Façamos da liberdade de Cabinda uma prioridade pan-africana. O povo cabindense pode esperar um apoio concreto e multifacetado por parte dos pan-africanos. O pan-africanismo, enquanto movimento, defende a solidariedade, a unidade e a libertação dos povos africanos. A esperança cabindense assenta nestes princípios. Uma voz forte no panorama internacional Os pan-africanos podem ser porta-vozes da causa cabindense no panorama internacional, garantindo que nenhum povo africano pode colonizar outro povo, através da sensibilização de governos, organizações não governamentais e instituições internacionais. É assim que, em conjunto, podemos verdadeiramente destacar o direito do povo cabindense à autodeterminação e pressionar o regime do MPLA para uma solução pacífica. Apoio diplomático e político. O nobre povo angolano, os movimentos e os pan-africanos podem fazer de Cabinda uma prioridade diplomática. Este apoio político dos povos de África e de Angola é crucial para tirar Cabinda do seu isolamento. Solidariedade cultural e identitária Finalmente, os angolanos e outros pan-africanos podem oferecer apoio moral e cultural. Ao reconhecerem a singularidade e a identidade do povo cabinda, podem ajudá-lo a preservar a sua cultura e história, fortalecendo assim a sua resiliência e determinação de viver como um povo livre. Este apoio simbólico é crucial para manter a esperança e a dignidade face à opressão. A Injustiça do Status Quo Desde 1975 que o povo cabindense tem sido frequentemente ignorado no panorama nacional e internacional, a sua história negada e o seu desejo de independência sufocado. Esta negação do seu direito de viver como um povo distinto é uma injustiça flagrante que contradiz os próprios princípios do Pan-africanismo. É tempo de nós, enquanto pan-africanistas, sermos a sua voz, o seu escudo e a sua força. Viva a solidariedade africana para Cabinda. (*) Escritor pan-africanista e refugiado político em França folha8

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Samuel

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