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domingo, 7 de setembro de 2025

Guiné-Bissau: Braima Camará entre promessas de eleições e acusações de traição política.

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Braima Camará, nomeado por Umaro Sissoco Embaló para chefiar o Governo, tem acumulado missões e protagonizado iniciativas fora do seu termo de referência como Primeiro-ministro. Na tomada de posse, o Presidente foi claro. “Se o actual Governo não conseguir realizar as eleições, será demitido”. Contudo, Bramai Camará empenha-se em avançar com agendas paralelas. Apesar de garantir em todas intervenções públicas que irá “realizar as eleições na data marcada e com fundos próprios”, o chefe do Executivo tem acrescentado ao seu curto mandato novas preocupações, o que alimenta “rumores” sobre um eventual adiamento do escrutínio. A sua actuação não tem deixado clara a estratégia de curto prazo, e por isso a oposição concentra-se na interpretação das suas movimentações. O Primeiro-ministro já visitou o INACEP (gráfica pública), garantindo que “os boletins e demais materiais de eleições serão localmente impressos”. A proposta divide opiniões, uma vez que, em mais de 15 eleições realizadas no país, nunca os materiais foram produzidos na Guiné-Bissau, e na oposição já há quem lance a farpa de que poderá estar “na forja uma fraude eleitoral”. Outro ponto de contenda é a pressão exercida pelo Governo sobre a Comissão Nacional de Eleições (CNE) para substituir os presidentes das Comissões Regionais de Eleições (CRE). Uma substituição que Luís Vaz Martins suspeita. “Se o mandato do Secretariado caducou e não os mudaram, porque razão vão mudar as CRE’s? A resposta é simples, têm o controlo sobre o Secretariado da CNE e não precisam de mudar. Não têm controlo sobre as CRE’s, por serem mais numerosos, e decidiram mudar. É prova de intenções terceiras que têm. E isso não deve ser admitido.” Braima Camará também visitou os quartéis, prometendo apoios aos militares, e reuniu-se com representantes da sociedade civil, a quem garantiu trabalhar por um “país diferente”. A controvérsia mais recente prende-se com a sua suspensão da coligação Aliança Patriótica Inclusiva (API Cabaz Garandi), por alegada “traição política” e à qual Camará reagiu serenamente. “O que aconteceu é uma dinâmica política. Estou tranquilo e preocupado em resolver os problemas do país”, disse. No mesmo dia, o chefe do Executivo encontrou-se com Satú Camará, autoproclamada presidente da ANP, que num passado recente Braima Camará vincara que nunca a reconheceria como tal. À saída do encontro, no final da tarde do dia 22 de Agosto, afirmou que estava no Parlamento, “casa da democracia”, para apresentar a sua agenda, e sublinhou uma vez mais que as eleições de 23 de Novembro terão lugar e que, também, pretende resolver os problemas da saúde e da educação. Para o jurista e analista político Fransual Dias, Braima Camará está a sobrecarregar a sua agenda para conquistar simpatias sociais. “Existem fortes possibilidades de as eleições serem realizadas, devido ao desgaste do próprio Sissoco Embaló, que jamais terá argumento para as adiar, dada a pressão que enfrenta. Daí que Braima Camará vai trabalhar para que haja eleições, mas também para ter a sociedade ao seu lado. Contudo, pela forma como ascendeu ao cargo, será difícil que consiga.” A nomeação de Braima Camará como Primeiro-ministro, sem homologação da API – Cabas Garandi, também gera contestação. Beto Infande, dirigente da APU-PDGB, partido de Nuno Nabian, explicou que “quando o actual PM foi consultado, prepararam um documento para apresentar a Sissoco Embaló como condição para a API apoiar. Infelizmente, Braima Camará não respeitou e decidiu avançar”, comentou Beto Infande. Para Fransual Dias, Camará a “nomeação de Braima Camará é um golpe à API. Penso que as posições assumidas no seu comunicado fazem a coligação renascer. A maior salvação da API é a efectivação desta decisão, suspender Braima Camará e afastar-se por completo de Sissoco Embaló.” Aproximação aos militares A presença de Braima Camará no Estado-Maior General das Forças Armadas não passou despercebida. Num governo de gestão, sem programa nem orçamento, o gesto foi interpretado como uma tentativa de aproximar-se de Biaguê Nan Tan, figura com influência junto de dirigentes da APU e de uma ala do PRS, liderados por Nuno Nabian e Fernando Dias. Segundo analistas, esta aproximação pode ser vista como interferência militar no processo político. Segundo Luís Vaz Martins, “Não se pode estar a falar da isenção dos militares, se eles permitem que uma parte política actue e bloqueiam a outra. Portanto, o Braima Camará nos quartéis quer mandar recado de uma sintonia com os militares, tal como Sissoco Embaló se tem gabado. E é isso que deve ser denunciado.” fonte: https://ultimahoragb.com/

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Samuel

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