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domingo, 12 de outubro de 2025
RDC. Crise RDC-Ruanda: A raiva de Kinshasa diante da "passividade" da Europa.
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À medida que as tensões aumentam novamente no Leste, a diplomacia congolesa expressa sua "decepção" e "incompreensão" com a recusa da UE em sancionar Kigali.
O tom subiu um pouco esta semana nos corredores silenciosos do fórum Global Gateway em Bruxelas. A República Democrática do Congo (RDC) denunciou veementemente o que considerou "dois pesos e duas medidas" da União Europeia na condução do conflito com Ruanda. Este ataque direto expôs a exasperação de Kinshasa e a impotência dos diplomatas.
"Confusão e decepção": o desabafo da RDC
A ministra das Relações Exteriores do Congo, Thérèse Kayikwamba Wagner, não poupou palavras em entrevista ao EUObserver. "Considerando a rapidez com que a UE adota pacotes de sanções em outras crises, muito semelhantes à situação no leste da RDC, as palavras que melhor expressam nossa posição atual são confusão e decepção", declarou.
Essa consternação ecoa diretamente o apelo contundente do presidente Félix Tshisekedi ao seu homólogo ruandês, Paul Kagame, no dia anterior. Falando a uma plateia de diplomatas, o chefe de Estado congolês declarou sem rodeios: "Não é tarde demais para fazer a coisa certa. Peço que ordenem às tropas do M23, apoiadas por seu país, que parem com esta escalada, que já causou milhões de mortes." »
Essas acusações são rejeitadas de imediato por Kigali. O Ministro das Relações Exteriores de Ruanda, Olivier Nduhungirehe, descreveu as declarações de seu homólogo congolês como "teatro político", denunciando um "escândalo" e uma distorção do objetivo do fórum.
Um Processo de Paz Parado
Esta disputa verbal ilustra a fragilidade do progresso diplomático. O acordo de paz assinado em Washington em 27 de junho, sob mediação EUA-Catari, já parece uma casca vazia. Kinshasa agora condiciona qualquer reunião de cúpula entre Tshisekedi e Kagame à resolução prévia do conflito com o M23, colocando a bola de volta na quadra de Kigali.
Com uma sexta rodada de negociações agendada para a próxima semana em Doha, o momento é mais para escalada do que para apaziguamento. A RDC exige medidas, incluindo sanções específicas da UE contra "os mais altos funcionários ruandeses", apontando para "ligações" entre o M23 e o exército ruandês, e até mesmo com o próprio Presidente Kagame.
A RDC aposta no ouro para sua soberania financeira
Em um cenário de crise geopolítica e desconfiança, Kinshasa também busca fortalecer sua autonomia. O Banco Central da RDC anunciou uma decisão estratégica: acumular reservas de ouro pela primeira vez em sua história. Esta iniciativa do novo governador, André Wameso, visa diversificar os ativos do país e proteger contra a instabilidade do mercado.
Esta decisão é ainda mais crucial considerando que parte do ouro congolês, do qual o país é o 10º maior produtor da África, é extraído ilegalmente e, segundo o governador, é usado para "financiar conflitos". Esta é uma forma de a RDC retomar o controle de sua riqueza, tanto economicamente quanto em termos de segurança.
Enquanto a comunidade internacional parece recuar, Kinshasa multiplica suas frentes, entre denúncias, diplomacia ofensiva e consolidação de sua soberania econômica. A bola está agora no campo da Europa e dos mediadores para evitar uma nova escalada na região dos Grandes Lagos.
Crise RDC-Ruanda: A Ira de Kinshasa com a "Passividade" da Europa
Com o recrudescimento das tensões no Leste, a diplomacia congolesa expressa sua "decepção" e "incompreensão" com a recusa da UE em sancionar Kigali.
A temperatura subiu um pouco esta semana nos corredores luxuosos do fórum Global Gateway, em Bruxelas. A República Democrática do Congo (RDC) denunciou veementemente o que considera um "duplo padrão" por parte da União Europeia na gestão do conflito com Ruanda. Este ataque frontal expõe a exasperação de Kinshasa e a impotência dos diplomatas.
"Confusão e Decepção": O Clamor da RDC
A Ministra das Relações Exteriores do Congo, Thérèse Kayikwamba Wagner, não mediu palavras em entrevista ao EUObserver. “Se considerarmos a rapidez com que a UE adota pacotes de sanções em outras crises, muito semelhantes à situação no leste da RDC, as palavras que melhor descrevem nossa posição atual são confusão e decepção”, afirmou.
Essa consternação ecoa diretamente o apelo severo feito no dia anterior pelo presidente Félix Tshisekedi ao seu homólogo ruandês, Paul Kagame. Diante de uma plateia de diplomatas, o líder congolês declarou sem rodeios: "Não é tarde demais para fazer a coisa certa. Peço que ordenem às tropas do M23, apoiadas por seu país, que parem com esta escalada que já causou milhões de mortes."
Acusações que Kigali ignora. O ministro das Relações Exteriores de Ruanda, Olivier Nduhungire, descreveu a explosão de seu homólogo congolês como "cinema político", chamando-a de "escândalo" e um desvio do propósito do fórum.
Um Processo de Paz Estagnado
Essa guerra de palavras destaca a fragilidade do progresso diplomático. O acordo de paz assinado em Washington em 27 de junho, sob mediação EUA-Catari, já parece uma casca vazia. Kinshasa agora condiciona qualquer reunião de cúpula entre Tshisekedi e Kagame à resolução prévia do conflito com o M23, devolvendo a bola para Kigali.
Com uma sexta rodada de negociações agendada para a próxima semana em Doha, o clima é de escalada em vez de apaziguamento. A RDC pede medidas, sanções da UE especificamente direcionadas contra "os mais altos funcionários ruandeses", apontando para os "laços" entre o M23 e o exército ruandês, e até mesmo com o próprio presidente Kagame.
RDC aposta no ouro para a soberania financeira
Em um contexto de crise geopolítica e desconfiança, Kinshasa também busca fortalecer sua autonomia. O Banco Central da RDC anunciou uma decisão estratégica: acumular reservas de ouro pela primeira vez em sua história. Uma iniciativa do novo governador, André Wameso, que visa diversificar os ativos do país e se proteger da instabilidade do mercado.
Uma decisão ainda mais crucial, visto que parte do ouro congolês — do qual o país é o 10º maior produtor africano — é extraído ilegalmente e, segundo o governador, seria usado para "financiar conflitos". Uma forma de a RDC retomar o controle de sua riqueza, tanto em termos econômicos quanto de segurança.
Com a comunidade internacional aparentemente à margem, Kinshasa multiplica suas frentes, entre denúncias, diplomacia ofensiva e consolidação de sua soberania econômica. A bola agora está nas mãos da Europa e dos mediadores para evitar uma nova escalada na região dos Grandes Lagos.
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Didier Cebas K.
fonte: https://www.cameroun24.net/
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