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domingo, 12 de outubro de 2025

Rebaixamento da classificação da Moody's: é tão sério assim para o Senegal?

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Em 10 de outubro, a Moody's Ratings rebaixou a classificação de crédito do Senegal de B3 para Caa1, mantendo a perspectiva negativa. Essa decisão, que coloca o país na categoria de investimento especulativo de alto risco, destaca os crescentes desafios econômicos que o Senegal enfrenta. Mas quais são as implicações concretas desse rebaixamento para a economia senegalesa e seus cidadãos? É tão grave quanto parece? O cerne da decisão da Moody's reside na revisão em alta do índice de endividamento do Senegal, agora estimado em 119% do PIB para 2024, em comparação com 107% na previsão de fevereiro. Esse nível, um dos mais altos entre os países emergentes, complica os esforços de consolidação fiscal. Em comparação, a mediana para países com classificação B é de 283% da receita pública, em comparação com 581% para o Senegal. Essa situação reflete uma crescente dependência de empréstimos, particularmente no mercado regional da UEMOA, onde as taxas de juros, variando entre 6,75% e 7,75%, estão aumentando o peso da dívida. Para os cidadãos senegaleses, isso significa maior pressão sobre as finanças públicas. Espera-se que o pagamento de juros absorva 27% da receita pública em 2026, reduzindo o espaço para investimentos em setores-chave como educação, saúde e infraestrutura. A restrição nos gastos de capital, já observada no primeiro semestre de 2025, corre o risco de desacelerar o crescimento econômico, que era previsto em 6,9% em 2024, mas pode desacelerar se as restrições orçamentárias persistirem. Aumento dos riscos de liquidez O ritmo lento das negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um novo programa, inicialmente previsto para junho, está exacerbando as tensões. Sem esse acordo, crucial para desbloquear o financiamento concessional e restaurar a confiança dos investidores, o Senegal está se voltando para o mercado regional, que é mais caro e tem capacidade de absorção limitada. A Moody's aponta que novos atrasos podem aumentar o risco de reestruturação da dívida envolvendo credores privados, um cenário que sinalizaria um risco maior de inadimplência. Para os cidadãos, isso pode se traduzir em custos mais altos com serviços públicos ou na estagnação de projetos de infraestrutura, como estradas ou eletrificação rural, enquanto apenas 74% da população tem acesso à eletricidade. As famílias, que já enfrentam um mercado de trabalho precário (70% dos empregos sem carteira assinada), podem ver seu poder de compra ainda mais reduzido se o crescimento econômico desacelerar. Uma situação grave, mas não desesperadora. Será tão grave assim? Sim, na medida em que a deterioração reflete uma vulnerabilidade crescente. O alto índice de endividamento e as necessidades brutas de financiamento, estimados em 26% do PIB em 2025 e 2026, expõem o Senegal a choques externos, como a queda da confiança dos investidores regionais ou a disciplina fiscal frouxa na UEMOA. Além disso, deficiências anteriores em termos de transparência orçamentária, reveladas por auditorias, minam a credibilidade do país. No entanto, existem fatores que atenuam essa gravidade. A adesão à UEMOA, com a indexação garantida do franco CFA ao euro, limita os riscos de convertibilidade e os desequilíbrios externos. Além disso, o governo tem como meta reduzir o déficit orçamentário para 7,8% do PIB em 2025, em comparação com 12,8% em 2024, graças às reformas tributárias e ao Plano de Recuperação Econômica e Social. Se um acordo com o FMI for alcançado até meados de 2026, como prevê a Moody's, isso poderá estabilizar a situação, atraindo financiamento de menor custo. Autora: Awa Diop

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