Filomeno Pina
Quando
há conflitos políticos, os “podres” começam a vir à superfície, mas também é um
bom momento/oportunidade, para darmos atenção especial à verdade dos factos que
estiverem na origem desse conflito.
O
ideal é mergulhar na análise até a base dos mesmos conflitos, aproveitando a oportunidade
dos focos estarem na "superfície", serem arrancados pela raiz todo
mal-entendido existente (duvidas ou mentiras) quando possível.
Enfim,
tudo o que estiver escondido, disfarçado, encoberto intencionalmente para
manipular a realidade dos factos, desviar atenções do verdadeiro problema,
torna-se prejudicial à organização institucional, por isso, deve merecer
atenção, análise e resolução detalhada do mesmo conflito até ao limite possível
de satisfação de ambas as partes envolvidas.
Aprendemos
com os erros e não só, mas quando uma verdade vem acima, há que aproveitar a
maré ou vento favorável e fazer o "resto". Por exemplo tornar
transparente as políticas do Estado e do Governo nesta conjuntura actual do
relançamento da Democracia e desenvolvimento do País.
Uma
necessidade que o Povo agradece se, "avisar a malta" das decisões politicas
tomadas para governar a Nação Guineense.
Nesta
relação politica entre o Governo e o Parlamento, reporto-me a um problema
comportamental existente, evidenciado neste último “diz-que-diz”, penso que
partiu duma - dificuldade de comunicação
– entre mediadores das duas partes, o que a meu entender deve merecer
reorganização ao nível da estrutura ou canais de informação, de modo a evitar
bloqueios de informação fidedigna no futuro próximo.
Só assim podemos evitar mal-entendido entre órgãos de soberania, evitando por exemplo a explosão de "informação" que houve, supostamente do Presidente do Parlamento aquando da sua proposta de alteração de regalias dos parlamentares e, eventual pedido de demissão do Ministro das Finanças!?
Uma
notícia que causou mal-estar “viral” no espirito Democrático de Guineenses e
amigos da Guiné-Bissau espalhados pelo mundo, aconteceu. Vá-se lá saber o porquê,
ao que parece, tudo escapou ao controle e podia ter sido evitado, semelhante
“estrondo” com pedido de desculpas pública duma das partes.
No
fim das contas feitas sem “prova-dos-nove” tiradas, concluiu-se que afinal foi apenas
um mal-entendido entre pessoas muito bem-intencionadas, será?
Seja
o que for camaradas, foi um mal-entendido grosseiro entre os mídia e a palavra
do Presidente da ANP nesta questão. Um assunto que chegou à rua sem obstáculos,
mas logo a seguir “recolhido” à base, dando o dito por não dito, os factos.
Na verdade desta vez o "rei" veio à rua nu, perante um público agora mais atento do que nunca (Povo ka burro) à política do País. Conhecendo bem os seus líderes, resta aguardar serenamente por melhor compreensão e bom senso dos mesmos políticos nesta e noutras matérias politicas.
Porque
o Povo quer saber a situação e o estado em que se encontra o Estado da
Guiné-Bissau?
Entender
que estamos a gastar o pouco que nos "oferecem" neste novo arranque do
País, mas, obedecendo prioridades programadas honestamente, só.
Apelamos portanto ao diálogo entre os
líderes eleitos para governar o País e levar este sonho de progresso e
prosperidade a Bom-Porto. Tarefa dificílima e por isso mesmo, estes
dirigentes/líderes são obrigados a entenderem-se (a Presidência, o Governo e o
Parlamento) e seguir em frente!
Os
ventos são favoráveis, sentimos que o Povo está com a esperança redobrada como nunca até aqui!
Posto
isto, então vamos com calma e ponderação reunir as melhores ideias/projectos, mas
escolher sem complexo partidário a interferir, avançar para sua aplicabilidade
prática, controlado e supervisionada no terreno por quem de direito.
Uma
nota que merece destaque: Desta, ninguém ouviu pronunciar o
"nome" de militares misturados com políticos no
mesmo "tacho"!
Uma
relação de intriga e de mentiras como a bem pouco tempo, hoje já ninguém
espera nada dela. Há uma certeza absoluta sobre isso, é que acabou sempre mal
aos olhos do Povo, qualquer tentativa semelhante de relacionamento entre a
instituição militar e políticos!
Hoje parece que presenciamos no País uma atitude diferente desta vez, porque assistimos - uma travagem brusca da classe castrense - no sentido da não ingerência de militares na política e vice-versa, será!?
Hoje parece que presenciamos no País uma atitude diferente desta vez, porque assistimos - uma travagem brusca da classe castrense - no sentido da não ingerência de militares na política e vice-versa, será!?
Todos
nós sabemos que armas e lápis na mesma "dança", nunca acertaram o
passo no compasso combinado. Houve sempre confusão total, que de crise em
crise, a nossa Terra foi-se cristalizando no pior Estado de desgraças, com o
Pais mergulhado em dificuldades sérias de "não-desenvolvimento
global" por causa de mentiras, intrigas, corrupção, crimes de sangue,
impunidade e roubo descarado do património do Estado!
Penso que estaremos hoje perante um
primeiro sinal explícito de maturidade institucional manifestada na classe
castrense, ao não imiscuir na política e também não permitir "bokassynhos
na kórtel, ku-tysy-ku-leba", entre políticos e militares.
Há que desmascarar existência de “tchútchydurys”
(a intriga subterrânea) e construir uma relação de transparência institucional,
bastará só e apenas esta firmeza no trato e na relação frontal, para travar o "vírus" da intriga e da mentira!
Com isso ganharemos imunidade suficiente,
para avançarmos no rumo acertado (bom caminho) a ombrear com Países
progressistas como Estado de Direito, penso.
Estamos confiantes que é desta, que vamos conseguir reformar e progredir, com
conhecimento profundo, acerca das melhores opções a tomar em cada
caso/instituição em análise e avaliação final.
Para o benefício do Povo Guineense, queremos
um País que funcione a avançar progressivamente num ritmo possível, ponderado
passo a passo.
É justo referir aqui que já se notam
evidências ou sinais de melhoria, em poucos meses deste mandato, parabéns aos
homens da acção no terreno, viva a Guiné-Bissau!
Abraços e continuação de bom trabalho para
todos…
Djarama. Filomeno Pina.