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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Senegal: Declaração de bens - O ultimato de Macky expira em 5 dias ...

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Restam apenas 5 dias para as autoridades estaduais sujeitas à declaração de bens. O Presidente da República deu-lhes, em 13 de julho, um ultimato para que cumprissem.

Recorde-se que foi numa reunião do Conselho de Ministros na quarta-feira, 15 de julho, que o Chefe de Estado lembrou a todos os membros do Governo, “o imperativo de proceder, antes do final de agosto de 2020, às suas declarações de patrimônio com OFNAC ”.

Decisão que se segue à apresentação ao Chefe do Estado, segunda-feira, 13 de julho de 2020, dos Relatórios sobre o Estado da Governação e Responsabilidade, elaborados pela Inspecção-Geral do Estado (IGE), em o período de 2016 a 2019.

fonte: seneweb.com

Conacry: Elie Kamano - "Alpha Condé à minha frente, eu lhe bato nas urnas"

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Ex-reggaeman convertido em política, Elie Kamano sonha alto. Declarado candidato à presidência em 18 de outubro, ele estabeleceu como meta vencer o presidente Alpha Condé nas urnas.

O líder do Partido Guineense pela Solidariedade, Democracia e Desenvolvimento (PGSD) atribui o fracasso da luta contra o terceiro mandato do Chefe de Estado à falta de uma estratégia eficaz.

À questão de saber se ele pode derrotar o presidente Alpha Condé hoje nas urnas, a resposta de Elie Kamano é inequívoca. “Para mim, existem duas maneiras de lutar. Quando as pessoas esgotam a primeira forma, devem tentar a segunda. A primeira forma pode passar por manifestações. Mas a segunda forma é a urna eleitoral. Os meios que tenho para vencer Alpha Condé são simples. Alpha Condé de frente para mim, venço-o nas urnas. Não há nada a dizer sobre isso. Por que vou vencê-lo? Porque não tenho dinheiro para dar aos guineenses para virem votar em mim. Eu conheço os guineenses ”, disse o líder do partido PGSD.

Sobre a questão do depósito para participar na eleição presidencial fixado em (Franco Guineense) FG 800 milhões, Elie Kamano apela aos guineenses que compartilhem sua próxima luta. “A festa conseguimos reunir 400 milhões de fg, os outros 400 milhões, nós (não) temos. Pedimos a contribuição de todas as pessoas. E peço mil fg a todos, até de você. Porque se um milhão de guineenses me dessem mil fg, eu teria um bilhão ”, questionou o reggaeman.


fonte: seneweb.com

Covid-19: África pode já ter passado pelo pico da pandemia.

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Declaração é da chefe da OMS para África, Matshidiso Moeti, em encontro de ministros africanos da Saúde. A diretora regional acrescentou, porém, que agora que muitos países abrem a economia é preciso ter mais cautela.


Costa do Marfim: Cinco mortos em protestos contra recandidatura de Alassane Ouattara.

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O balanço foi feito pelo Governo do país na sexta-feira (14.08) à noite, apelando à contenção dos manifestantes contra a decisão do chefe de Estado de disputar as presidenciais de outubro próximo.

Elfenbeinküste I Ausschreitungen in Abidjan (Getty Images/AFP/I. Sanogo)

Pelos menos cinco pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após três dias de violência nas ruas da Costa do Marfim, provocada pelos protestos contra a recandidatura, a um terceiro mandato, do Presidente do país, Alassane Ouattara.

Os protestos levaram a "muitos deslizes que causaram cinco mortos e 104 feridos", de acordo com uma declaração do Ministro da Segurança e Proteção Civil da Costa do Marfim, General Vagondo Diomandé.

"Dez polícias" estavam entre os feridos, segundo o ministro marfinense, que anunciou "um regresso à calma em todo o território nacional".

Mas, um relatório anterior de fontes de segurança e funcionários locais disse que seis pessoas tinham sido mortas durante a violência em Daoukro (centro), Bonoua (sul) e Gagnoa (oeste).

Quase 70 detidos

Elfenbeinküste I Ausschreitungen in Abidjan

Protestos violentos tomaram conta da Costa do Marfim contra Ouatarra.

O ministro da Segurança e Proteção Civil da Costa do Marfim, General Vagondo Diomandé, referiu também que "68 pessoas foram detidas por perturbarem a ordem pública, incitando à revolta, à violência contra as forças da lei e da ordem e à destruição dos bens de outras pessoas", durante estas manifestações.

 Anteriormente, a polícia tinha anunciado uma morte em confrontos em Gagnoa, local de nascimento do antigo presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo. "Lamentamos um morto em confrontos entre opositores a favor e contra", disse o presidente da câmara de Gagnoa, Yssouf Diabaté, à AFP.

"Houve ferimentos em ambos os lados", continuou Diabaté, dizendo que "a calma voltou".

A violência continuou em Daoukro, no centro do país, matando mais uma pessoa, disse à AFP uma fonte de segurança.

Elfenbeinküste Präsident Alassane Ouattara | Rede (Reuters/Press Service Presidency)

Protestos nas ruas da Costa do Marfim contra terceiro mandato de Ouattara

E agora?

A morte eleva para quatro o número de pessoas mortas em confrontos neste reduto do ex-presidente Henri Konan Bédié, também candidato à presidência.

O Presidente Alassane Ouattara, 78 anos, eleito em 2010 e reeleito em 2015, anunciou pela primeira vez em março que iria entregar a presidência ao primeiro-ministro Amadou Gon Coulibaly. Mas este último morreu a 8 de julho de um ataque cardíaco. Após a sua morte, Alassane Ouattara anunciou a 6 de agosto que iria finalmente concorrer a um terceiro mandato.

A Constituição limita os mandatos presidenciais a dois, mas a oposição e o Governo discordam sobre a interpretação da reforma adotada em 2016: os apoiantes de Ouattara afirmam que o mandato foi reposto a zero, enquanto os seus opositores consideram uma terceira candidatura inconstitucional.

O antigo Presidente Henri Konan Bédié disse recentemente que uma candidatura de Ouattara "seria ilegal". Com 86 anos, ele próprio é o candidato nomeado pelo principal Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI) da oposição.

A tensão política na Costa do Marfim tem vindo a aumentar à medida que se aproximam as eleições presidenciais, que terão lugar 10 anos após a crise pós-eleitoral de 2010-2011, de que resultaram 3.000 mortos.

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Costa do Marfim: ex-Presidente Gbagbo está fora das presidenciais.

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Justiça da Costa do Marfim confirma decisão da comissão eleitoral de retirar ex-presidente Laurent Gbagbo dos cadernos eleitorais. Definição abre caminho para nova eleição de Alassane Ouattara no pleito de 31 de outubro.

Niederlande Den Haag Internationaler Strafgerichtshof | Laurent Gbagbo, ehemaliger Präsident Elfenbeinküste (Reuters/J. Lampen)

Um tribunal da Costa do Marfim confirmou a decisão da comissão eleitoral do país de retirar o ex-presidente Laurent Gbagbo da lista de candidatos. "É um não definitivo, já não há qualquer recurso a nível nacional", disse o advogado de Gbagbo, Claude Mentenon, à agência AFP.

Os funcionários eleitorais já tinham rejeitado recursos de Gbagbo e do antigo líder rebelde Guillaume Soro para concorrerem nas eleições presidenciais de 31 de outubro, nas quais o atual Alassane Ouattara concorre a um controverso terceiro mandato.

O presidente da Comissão Eleitoral Independente, Ibrahime Coulibaly-Kuibiert, já havia declarado, quando a lista eleitoral revista foi revelada, que qualquer pessoa condenada por um crime seria eliminada da lista de candidatos. Gbagbo é o quarto nome de um grupo de políticos que pretendiam se candidatar, mas foram impedidos por esses motivos.

Elfenbeinküste Abidjan | Alassane Ouattara Präsident der Elfenbeinküste für dritte Amtszeit nominiert (Reuters/L. Gnago)

Ouattara: chance de terceiro mandato é cada vez mais concreta

Absolvido em primeira instância pelo Tribunal Penal Internacional, Laurent Gbagbo vive em Bruxelas. O ex-presidente  foi condenado pela justiça costa-marfinense a 20 anos de prisão por alegado desvio de dinheiro do Banco Central dos Estados da África Ocidental durante a crise pós-eleitoral de 2010-2011.

A ex-primeira dama Simone Gbagbo pediu ao Presidente Alassane Ouattara, a 11 de agosto, para "amnistiar" o marido Laurent.

"Os argumentos utilizados para justificar a remoção do nome de Laurent Gbagbo da lista eleitoral são argumentos jurídicos altamente questionáveis. Além disso, o julgamento que conduziu a esta condenação é em si mesmo político e injustificável", protesta Simone Gbagbo.

Caminho aberto

Alassane Ouattara entregou a sua candidatura às presidenciais à Comissão Eleitoral, em Abidjan, segunda-feira (24.08). O chefe de Estado apelou à "paz" depois da violência que se registou no país desde que anunciou a recandidatura.

Elfenbeinküste I Ausschreitungen in Abidjan (Getty Images/AFP/I. Sanogo)

Protestos foram registados em Abidjan após anúncio de candidatura de Ouattara

O clima voltou a ficar tenso na Costa do Marfim, dez anos após a crise pós-eleitoral que deixou mais de 3 mil mortos pelo país. A violência no seguimento do anúncio da candidatura do Presidente Ouattara para um terceiro mandato deixou pelo menos oito pessoas mortas. A Constituição, revista em 2016, limita a dois os mandatos presidenciais.

Os apoiantes de Ouattara dizem que a revisão coloca o mandato a zero, enquanto os seus opositores consideram uma terceira candidatura inconstitucional. Os receios de uma violência ainda mais mortal no período que antecederá as eleições de 31 de outubro são elevados.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) afirmou-se esta segunda-feira (24.08) "profundamente preocupada" com a situação na Costa do Marfim e apelou aos atores políticos do país para que evitem a violência e resolvam as suas divergências pelo diálogo.  

Em comunicado divulgado, a Comissão da CEDEAO afirma que está a acompanhar a evolução da situação sociopolítica na Costa do Marfim, no período que antecede as presidenciais marcadas para 31 de outubro, e que está "profundamente preocupada com os acontecimentos violentos que tiveram lugar nos últimos dias" no país.

fonte: DW África


Crise política na Guiné-Bissau "cansa" comunidade internacional

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Organizações internacionais são acusadas de interferência nos assuntos internos da Guiné-Bissau. Analistas admitem influência exagerada, mas destacam "cansaço" da comunidade internacional com a crise política do país.
Guinea-Bissau Wahl | Umaro Sissoco Embaló & José Mario Vaz (DW/I. Dansó)

Mesmo com a mediação da comunidade internacional, a Guiné-Bissau tem vivido longa e permanente instabilidade política e governativa. Em fevereiro deste ano, o país mergulhou numa nova crise depois das eleições presidenciais e com a tomada de posse simbólica de Umaro Sissoco Embaló.

Em meio a um contencioso eleitoral, o então candidato do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15) foi dado como vencedor da segunda volta do pleito pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) - que tem mediado esta crise política - é acusada de imparcialidade  acusada de imparcialidade. O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) afirma que alguns dos chefes de Estado da CEDEAO "tentam impor as suas agendas na Guiné-Bissau contra a vontade do povo guineense".

O analista político Rui Landim também considera que há "interferências externas" na Guiné-Bissau, que resultam do "fracasso" da comunidade internacional na resolução da crise política.

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À revelia do Parlamento, Sissoco toma posse

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Quando há fracasso, entra a interferência. Também há aproveitamento para alguém poder tomar conta da coisa. Quando há fracasso [da comunidade internacional] de quem deve organizar e [faz] entrar essa interferência com outras intenções, onde se procura encontrar outros interesses obscuros e inconfessos", avalia Landim.

Agradar gregos e troianos

O professor de Relações Internacionais Fernando Mandinga da Fonseca lembra que o Governo guineense foi reconhecido pela CEDEAO embora continue a ser contestado pelos opositores que, por sua vez, chamam a atenção para o facto de o contencioso eleitoral ainda não ter sido resolvido.

Para o Fonseca, a aceitação de Sissoco Embaló como Presidente é um exemplo de interferência internacional nos assuntos domésticos da Guiné-Bissau.

"Um dos candidatos decidiu autoproclamar-se Presidente da República. Houve missões diplomáticas de alguns países da nossa sub-região, que a priori legitimaram essa posição. Do ponto de vista diplomático, isso é um equívoco. Porque há instituições democráticas que têm a responsabilidade de decidir quem é ou não Presidente da República", classifica.

Landim reconhece, por outro lado, um certo cansaço da comunidade internacional na resolução das cíclicas crises políticas guineenses.

"Aquilo que se vê é mais um sinal de cansaço da comunidade internacional, que ao invés de enfrentar a situação com realismo, trata de encontrar as soluções que sejam adequadas. Optou-se sempre pelas soluções para agradar a gregos e a troianos, e estamos nesta situação que estamos".

fonte: DW África

ANGOLA: COVID + FOME + TIROS = MORTE

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Uma nova investigação da organização Amnistia Internacional responsabiliza as forças de segurança angolanas pela morte de pelo menos sete homens, incluindo um jovem de 14 anos, entre Maio e Julho, no âmbito das restrições para conter a Covid-19.

Um comunicado de imprensa divulgado pela Amnistia Internacional refere na investigação, realizada em colaboração com a organização de defesa dos direitos humanos angolana OMUNGA, que as vítimas são homens, tendo o mais jovem 14 anos. Para as duas organizações, o número real de mortes “será provavelmente muito mais elevado”.

Segundo o documento, através de entrevistas com amigos e familiares das sete vítimas, bem como testemunhas oculares, foram reunidos pormenores sobre os assassinatos.

“As forças da ordem angolanas têm repetidamente usado força excessiva e ilegal na sua resposta a infracções às normas do estado de emergência impostas para conter a propagação da Covid-19”, refere a Amnistia Internacional.

Angola registou o primeiro caso de covid-19 em Março deste ano, atingindo até à presente data 100 mortos e 2.222 infecções, tendo as autoridades angolanas implementado um conjunto de medidas de prevenção e combate à doença, decretando inicialmente o estado de emergência e actualmente o de calamidade pública.

Entre as medidas de prevenção e combate à propagação do novo coronavírus, destaca-se entre outras o uso obrigatório de máscara nas ruas, em locais públicos fechados e transportes públicos.

A nota realça que as histórias contadas por familiares e testemunhas oculares “são aflitivas”. “Um adolescente, que já estava prostrado no chão ferido, foi baleado no rosto; outro foi morto quando a polícia disparou contra um grupo de amigos, que jogavam num campo desportivo. O estado de emergência não justifica de forma alguma violações de direitos humanos tão chocantes”, comentou Deprose Muchena, director da Amnistia Internacional para África Oriental e Austral, citado no documento.

“É imperativo que seja ordenada uma investigação completa, independente, imparcial, transparente e eficaz a estes homicídios e que os seus autores sejam presentes à justiça e submetidos a julgamentos justos. Tem que haver uma supervisão atenta que assegure o cumprimento das normas internacionais de direitos humanos pelas forças de segurança angolanas responsáveis pela aplicação das medidas de prevenção da Covid-19”, lê-se no documento.

As duas organizações sublinham que o uso excessivo da força e de armas de fogo pela polícia têm frequentemente como alvo as comunidades mais desfavorecidas, tendo todos os homicídios ocorrido em bairros mais carenciados.

“Há investigações criminais em curso contra os agentes estatais suspeitos da autoria das mortes de Mário, Altino, Clinton, Mabiala Kilson, João, António e Cleide”, destaca o documento, informando que “a associação Mãos Livres está a oferecer auxílio jurídico para assegurar uma investigação imediata, completa, independente e imparcial às violações e abusos de direitos humanos, para que os presumíveis responsáveis sejam presentes à justiça e as famílias das vítimas recebam justiça e reparações eficazes, incluindo uma indemnização adequada”.

“As autoridades angolanas devem assegurar que as investigações em curso sejam ágeis, independentes e imparciais. Os suspeitos de responsabilidade por violações e abusos de direitos humanos devem prestar contas pelos seus actos e devem ser proporcionadas às famílias justiça, verdade e reparação”, disse o director executivo da OMUNGA, João Malavindele.

O activista, citado no documento, considera que “ninguém deveria ter que temer pela sua vida e as autoridades angolanas devem responsabilizar qualquer pessoa que arbitrariamente prive outra dos seus direitos, nomeadamente o direito à vida”.

Recorde-se que o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, avisou no passado dia 3 de Abril que a polícia iria reagir de forma adequada ao comportamento dos cidadãos, e que não ia “distribuir chocolates e rebuçados” perante os actos de desobediência ao estado de emergência. Por outras palavras, avisou que polícias e militares iam distribuir porrada, tiros e roubar os bens dos populares.

Eugénio Laborinho, que falava numa conferência de imprensa em Luanda, após a primeira semana de estado de emergência, decretado em Angola para (supostamente) combater a pandemia provocada pelo novo coronavírus, assinalou que foram detidos neste período 1.209 cidadãos por desobediência.

“Estamos a aplicar multas, estamos a deter pessoas, só nesta situação de desobediência tivemos até 1.209 cidadãos”, indicou o ministro que aos 23 anos já era 1º tenente das FAPLA. Aliás, numa inequívoca prova da sua modéstia, no curriculum apresentado no site do Ministério do Interior pode ler-se: “Com o vasto currículo, no domínio de defesa e segurança, foi a aposta certa para assumir os desígnios do Ministério do Interior”.

“Temos estado a actuar em conformidade com a lei e as próprias medidas que vamos tomando dependem do grau de intervenção de cada caso e somos criticados [por isso]”, disse o governante, acrescentando: “A polícia não está no terreno para servir rebuçados, nem para dar chocolates, ela vai actuar conforme o comportamento de cada cidadão ou de cada aglomerado”.

“A Polícia Nacional, deve continuar a garantir a manutenção da ordem e da segurança pública através da melhoria e da ampliação da rede policial em todo o território nacional, aperfeiçoar e alargar o policiamento de proximidade, estreitando-se a relação de confiança com os cidadãos, devolvendo assim, o sentimento de segurança pública”, referiu Eugénio Laborinho,.

Eugénio Laborinho destacou que as autoridades têm estado a trabalhar no sentido de fazer uma acção pedagógica (certamente na linguagem internacionalmente conhecida por todos e que tem como instrumente basilar o cassetete ou a pistola) e tentar educar de forma a não haver confrontos entre a população e a polícia, mas notou que “a polícia também é filha do povo e precisa de ser acarinhada”.

O governante sublinhou que tem sido observado o comportamento de desobediência ao estado de emergência, que impõe restrições à movimentação de pessoas e proíbe grandes aglomerações, sobretudo na província de Luanda. “Luanda, para nós, é um quebra-cabeças, mas tudo faremos para que a situação se normalize”, sublinhou.

Eugénio Laborinho admitiu um endurecimento das medidas que têm estado a ser tomadas “porque as pessoas continuam teimosas” e “têm de ficar em casa”. Mesmo que seja de barriga vazia.

Folha 8 com Lusa

sábado, 22 de agosto de 2020

ANGOLA: RAFAEL EXPLICA E RESOLVE!

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Rafael Marques, ex-jornalista, activista cívico e “consultor” oficioso do Gabinete do Presidente da República, João Lourenço, considerou a nomeação da filha do Presidente angolano para um cargo público (administradora executiva da BODIVA) como “uma distracção evitável e corrigível”, referindo que o processo, que não considerou nepotismo, “é desaconselhável”.

Por Orlando Castro (*)

“Primeiro, é preciso esclarecer que não é uma nomeação feita pelo Presidente, aliás a filha de João Lourenço, já antes de ele ser Presidente, exercia uma função no Ministério das Finanças. Mas do ponto de vista da opinião pública seria de todo aconselhável que a ministra das Finanças, responsável pela nomeação, não a fizesse”, disse Rafael Marques em declarações à Lusa.

Para Rafael Marques, que entende que o cargo “não trará mais-valia à BODIVA ou à carreira da filha do Presidente da República angolano”, o ideal era Cristina Dias Lourenço “demitir-se do cargo para salvaguardar a imagem do pai”, João Lourenço.

“O problema resolve-se e ela [Cristina Dias Lourenço] até para salvaguardar a imagem do pai pode apresentar a título pessoal a sua demissão”, defendeu.

Cristina Giovana Dias Lourenço, filha do Presidente angolano, João Lourenço, foi nomeada, em Março passado, pela ministra das Finanças para o cargo de administradora executiva da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA).

No despacho n.º2260/20, de 5 de Maio, o Ministério das Finanças confirma a dispensa de Cristina Giovana Dias Lourenço, onde é técnica superior de 2.ª classe, para dirigir os departamentos de Finanças e Património e de Comunicação e Intercâmbio da Bolsa angolana.

O assunto, que surge na sequência de recentes notícias sobre o poder político em Angola publicadas pelo Jornal de Negócios, tem merecido críticas em vários círculos sociais do país por se tratar de “alegado acto de nepotismo”.

Muitos associam a questão aos actos praticados anteriormente pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos, que nomeou filhos, como Isabel dos Santos e José Filomeno “Zenu” dos Santos, para cargos públicos, não se escudando atrás de nomeações feitas pelos seus auxiliares (ministros) no Executivo.

Mas segundo Rafael Marques e presidente da organização não-governamental (ONG) angolana Ufolo — Centro de Estudos para a Boa Governação, “não se está perante um caso de nepotismo, porque não é de nomeação”.

“Ela [filha do Presidente angolano] exerce um cargo, como há outros familiares do Presidente que exercem cargos no aparelho público”, notou.

Por isso, frisou: “Não acho que isso fragilize as acções de combate à corrupção e o nepotismo, mas em termos de opinião pública é desaconselhável”.

Rafael Marques admitiu que a questão que considera “evitável e corrigível”, pode “reavivar traumas do passado” em Angola no que diz respeito à nomeação de familiares de dirigentes para cargos públicos.

“Isso pode encorajar governadores e ministros a fazerem o mesmo, a nomearem os seus parentes, mas também é preciso lembrar que ela já exercia uma função no Ministério das Finanças e não foi contestada porque era uma função de pouca visibilidade”, salientou.

Questionado se filhos de políticos não deveriam ocupar cargos públicos, Rafael Marques respondeu que as decisões “dependem das circunstâncias”, afirmando, no entanto, que pessoas com carreira na função pública “não devem ser prejudicadas por causa dos seus pais”. Isto, é claro, se não tiverem “Santos” no nome próprio ou na filiação.

“Mas, penso ser uma distracção evitável e isso corrige-se. A Cristina pode dar um grande exemplo de apoio ao pai, apresentando a sua demissão”, realçou. Sim, a Cristina. Ou até mesmo a Cristininha…

Rafael Marques disse ainda existirem muitos sectores da sociedade angolana, “inclusive dentro do Governo e do MPLA”, partido no poder há 45 anos, e no exterior do país que “apostam no insucesso” de João Lourenço, “por tocar em muitos interesses instalados nacionais e estrangeiros”. E terão sido, provavelmente, esses marimbondos saudosistas que fizeram a Cristina cair na esparrela? Ou terão feito cair na armadilha a própria ministra das Finanças, Vera Daves?

“Inclusive de muitos interesses portugueses instalados em Angola que estavam habituados aos grandes esquemas de corrupção”, apontou Rafael Marques, convicto de que desde que João Lourenço chegou ao Poder (ou, sobretudo, desde que Rafael foi condecorado) esses grandes esquemas estão a ser derrotados.

Rafael Marques acrescentou: “As pessoas vão pegar qualquer questão irrelevante, de repente as pessoas descobriram que a BODIVA faz uma grande coisa”. Muita gente pensa que é nas pequenas coisas que se vêem os grandes homens…

Quanto aos angolanos “querem mudança”, sendo “fundamental que se aconselhe o Presidente e sua família a evitarem essas distracções”, rematou Rafael Marques, certamente lamentado que os assessores de João Lourenço não tenham consultado… a tempo e horas. Mas isso foi, com certeza, “uma distracção evitável e corrigível”.

O combate à corrupção tem sido uma bandeira do Governo de João Lourenço, no poder há três anos, mas que é criticado por alguns sectores por alegadamente fazer uma escolha selectiva dos alvos da justiça, nomeadamente familiares do seu antecessor, José Eduardo dos Santos.

Rafael Marques é que sabe

Opresidente da Associação Angolana Mãos Livres, Salvador Freire, e o politólogo Olívio Nkilumbo consideraram que a nomeação da filha do Presidente da República (que por sinal não foi nominalmente eleito e também é Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo) para um cargo público “fragiliza as acções de combate à corrupção e nepotismo”.

Para o líder da Mãos Livres, organização não-governamental (ONG) de promoção dos direitos humanos, a nomeação de Cristina Dias Lourenço configura um acto de nepotismo: “Isto configura-se como nepotismo, portanto não pode de forma nenhuma a filha do Presidente da República ocupar responsabilidade que hoje ocupa, isto para além de nepotismo é tráfico de influência, isso faz com que venha beliscando a boa governação, a transparência”.

Segundo o advogado Salvador Freire, a nomeação da filha do Presidente João Lourenço para o cargo afecta os princípios da boa governação e transparência que o Governo e a sociedade angolana apregoam diariamente.

“Portanto, isso não é bom para a governação, não é bom para a sociedade e são exemplos que devem ser banidos”, disse.

De acordo com o responsável da ONG angolana, que não coloca em causa as competências técnicas e profissionais da filha do chefe de Estado, a medida fragiliza o processo em curso no país.

“Se estamos a combater o nepotismo, o tráfico de influência e a corrupção, não pode haver exemplos provenientes de uma estrutura da governação que demonstre efectivamente que filhos de determinados dirigentes do país ocupem cargos sem fazer um concurso”, notou. “É preciso que os cidadãos concorram aos cargos em igualdade”, vincou.

A opinião de Salvador Freire converge com a do politólogo Olívio Nkilumbo, afirmando que a nomeação de pessoas próximas para determinados cargos políticos “é uma prática muito comum” no seio do MPLA, partido que tem a seu favor o facto de só estar no Poder, de forma ininterrupta, há… 45 anos.

“E é um mal que ele [Presidente angolano] combateu num passado, não muito distante, onde fez críticas duras a nível do seu partido de algumas acções feitas pelo antigo Presidente em nomear filhos ou pessoas com grande proximidade da família”, disse Olívio Nkilumbo.

Para este analista político, a nomeação de Cristina Dias Lourenço para a BODIVA, “periga alguns aspectos relacionados com outros actores que mais ou menos competentes poderiam também estar em pé de igualdade para concorrer para esses cargos”.

Apesar de não ter sido nomeada pelo Presidente da República, mas pela sua auxiliar e subordinada ministra das Finanças, “que entendeu que a jovem tem qualidades técnicas e profissionais de exercer esse cargo”, observa, o “problema reside no facto da pessoa ser filha de João Lourenço”.

Segundo o politólogo, a filha de João Lourenço “estará por esta via a controlar” o processo de privatização das empresas e activos públicos por via da BODIVA.

“Se por esta via se quer controlar o processo de privatização é porque se pretende ter pessoas próximas ao Presidente, logo podemos estar aqui diante de uma nova acumulação primitiva de capitais onde pessoas próximas ao Presidente vão controlar processos complexos e estratégicos para os próximos tempos”, concluiu.

(*) Com Lusa

Senegal: Infidelidade - 10 razões que podem levar um homem a trair sua parceira.

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Infidélité : 10 raisons qui peuvent pousser un homme à tromper sa compagne

Aditámo-lo, o relacionamentos românticos nem sempre são fáceis de gerenciar e cultivar. Às vezes, eles estão até fadados ao fracasso. Na verdade, uma das razões mais devastadoras para relacionamentos românticos é a infidelidade. " Por quê ? É a primeira pergunta que vem à mente após tal ato. Então, vamos descobrir os motivos que levam um homem a ser infiel!
A infidelidade é o erro mais imperdoável que um homem pode cometer. Ele não apenas prejudica a autoestima de sua parceira, mas também significa o fim de um relacionamento que, talvez, durasse anos. Por que então um homem trairia sua parceira?

As razões pelas quais um homem é infiel:
1 - Um jogo imaturo de sedução
Alguns homens não conseguem sair da adolescência e ainda veem a sedução apenas como um jogo, podem até chegar a fazer apostas com os amigos ou colocar desafios absurdos sobre quem vai acumular mais. grande número de conquistas.

2 - mentirosos natos
Na vida, encontramos todas as categorias de pessoas possíveis e imagináveis. Portanto, é muito provável que você encontre esse tipo de homem que não consegue falar com você sem mentir. Essas mesmas pessoas que vão além, fazendo todo tipo de bobagem pelas suas costas, para ver por quanto tempo podem te enganar e brincar com você!

3 - prova de virilidade
Com falta de educação ou visão equivocada, alguns homens acreditam que sua virilidade é medida pelo número de seus parceiros sexuais. Além de estimular o ego, flertar ou fazer sexo com várias mulheres ao mesmo tempo é um sinal de superioridade e poder para elas.

4 - ele te dá como garantido
Agora que você concordou oficialmente em ficar com ele, ele não precisa se esforçar para mantê-lo. Além disso, se você teve a coragem de perdoá-lo por uma infidelidade anterior, isso o levará ainda mais longe em sua crença de que você nunca o deixaria, não importa o quê. Um equívoco alimentado por uma sociedade onde um homem pensa que pode fazer qualquer coisa só porque nasceu com uma genitália masculina!

5 - em busca de novidades
No início de um relacionamento, muitos casais ficam sobrecarregados com a rotina do dia a dia, antes de recuperar o equilíbrio. Mas às vezes esses senhores não têm paciência para esperar e tentar apimentar suas vidas em outro lugar. Então, aos poucos, eles se tornam viciados na excitação de seus relacionamentos secretos e proibidos e infidelidades em cadeia.

6 - O medo da privacidade e do compromisso
Vários psicólogos afirmam que alguns homens têm uma repulsa natural por envolvimento e intimidade. É por isso que preferem manter uma certa distância de seus parceiros e às vezes chegam a ser infiéis a eles, apenas para provar a si mesmos que são livres e que não estão sob seu controle.

7 - A vontade de se sentir desejado
Quando um relacionamento dura muito, ambos os parceiros não podem mais se dar ao trabalho de elogiar ou expressar seu amor um pelo outro. Nesses casos, alguns homens se sentem negligenciados e cada vez menos valorizados. Isso as leva a buscar apreço e admiração nos olhos - e nos braços - de outras mulheres.

8 - Uma personalidade fraca
Sim ! Existem homens que não podem dizer "não" à tentação. Eles podem estar loucamente apaixonados por seus parceiros, mas isso não os impedirá de mergulhar sempre que a oportunidade se apresentar. Eles não conseguem controlar seus impulsos e acabam culpando o álcool ou seu relacionamento "insatisfatório".

9 - Um vício em sexo
Todo ser humano tem desejos sexuais, que aprendem a controlar à medida que crescem e amadurecem. No entanto, alguns indivíduos ainda não possuem essa habilidade. Eles sucumbem à menor vibração sexual e não podem ficar satisfeitos com um parceiro ou um número "normal" de relações sexuais. Portanto, mesmo que amem suas namoradas ou esposas, nunca serão capazes de satisfazer seu (muito) grande apetite sexual.

10 - Uma desculpa para terminar

Na hora de se conhecerem, cada um dos parceiros vem com uma visão determinada e expectativas específicas. Mas quando estes não estão satisfeitos ou se a qualidade do relacionamento não é o que eles queriam, eles pensam em separação. Para evitar tocar no assunto e ter que confrontar o outro e dizer o que há de errado, alguns homens preferem pegar o atalho e cometer a infidelidade. Assim, o veredicto não demorará a cair e o efeito é quase garantido!

fonte: seneweb.com

Senegal: Prostituição ou poder irresistível de sedução, descubra por que as mulheres usam correntes nos rins e nos pés.

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Prostitution ou irrésistible pouvoir de séduction, découvrez pourquoi les femmes portent des chaînes aux reins et aux pieds

Meninas e mulheres vestem cada vez mais. Qual poderia ser o significado dessa nova tendência? A percepção dessa moda não é unânime.

Em alguns países da África e da Ásia, o uso de correntes e anéis nos pés, chamados de tornozeleiras, faz parte dos costumes. No antigo Egito, as mulheres que os usavam eram consideradas prostitutas. Na Costa do Marfim, esse fenômeno cresceu. Essas joias são um toque de beleza que muitas mulheres e meninas trazem para o banheiro. Uma incursão em seu universo nos permite entender por que essas mulheres usam esses acessórios.

Hoje, a situação é clara: vemos cada vez mais correntes de ouro e prata usadas nos tornozelos de meninas e mulheres. No Togo, essa tendência é interpretada de várias maneiras.
Existem certos preconceitos sobre as mulheres que usam uma corrente no tornozelo. Essas mulheres são consideradas delinquentes ou prostitutas. Na verdade, o uso de uma joia no tornozelo é originário do Egito. Isso foi usado pelo egípcio para listar o número de amantes que ela teve em sua vida.

As meninas não compartilham dessas opiniões, por isso muitas delas adotam esse estilo. Qual é o verdadeiro significado da corrente do tornozelo?

fonte: seneweb.com

Senegl: Macky Sall em França esta semna

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Pregado no Senegal há seis meses, por causa da pandemia Covid-19, Macky Sall está de volta ao ar, neste fim de semana, pela França. De acordo com L’AS, ele fará uma breve estada lá para lidar com certos arquivos grandes.

Anteriormente, presidiu ontem, no Palácio da República, a uma reunião para fazer um balanço da situação da companhia nacional Air Senegal neste contexto de crise.

Para as autoridades, o relançamento do setor da aviação exige uma adaptação à situação da empresa, à sua frota, aos destinos e ao seu plano de negócios. O presidente Macky Sall deu instruções para um novo plano de vôo e investimento ajustado.

fonte: seneweb.com

QUANDO A CABEÇA NÃO TEM JUÍZO, O POVO É QUE PAGA.

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A consultora Oxford Economics considera que a prisão de um dos filhos do antigo Presidente de Angola, também vai colocar no centro dos holofotes a situação de Isabel dos Santos e de Manuel Vicente. Só faltou acrescentar que vai, igualmente, desviar as atenções do colapso económico das políticas do actual governo, liderado também por um delfim de José Eduardo dos Santos, no caso o seu ministro da Defesa, João Lourenço.

Recorde-se que, no discurso de tomada de posse, João Lourenço afirmou: “Pretendo endereçar uma saudação especial ao Presidente José Eduardo dos Santos, que cessa hoje a função de Presidente da República. Esta saudação ficaria incompleta se não mencionasse o longo e vitorioso caminho trilhado por Angola ao longo dos últimos 38 anos. O povo angolano agradece a dedicação e o empenho do Presidente José Eduardo dos Santos.”

“A condenação de José Filomeno dos Santos era antecipada mas vai ser vista à mesma como um ‘game-changer’ num país onde a sua família dantes operava com impunidade”, escreveram os analistas num comentário à condenação de ‘Zenu’ dos Santos.

O Tribunal Supremo de Angola condenou, em 14 de Agosto, o ex-presidente do Fundo Soberano de Angola e filho do antigo Presidente pelo crime de burla por defraudação, na forma continuada, a quatro anos de prisão maior e pelo crime de tráfico de influências na forma continuada a dois anos de prisão, num cúmulo jurídico de cinco anos.

“As atenções vão agora certamente virar-se para Isabel dos Santos, considerada a mulher mais rica em África, e para os esforços para repatriar os ganhos indevidos, alguns dos quais estão alegadamente em bancos portugueses onde a família tem significativos interesses empresariais”, acrescenta-se no comentário da Oxford Economics.

Para além disto, continuam, as atenções “devem também virar-se para outros dirigentes do antigo Governo de José Eduardo dos Santos, como o antigo vice-presidente e administrador da Sonangol, Manuel Vicente, que era visto como o mais provável sucessor de José Eduardo dos Santos e continua a ter vastos interesses em Angola”.

Para já, concluem os analistas, “João Lourenço e os seus apoiantes vão ficar satisfeitos pela condenação mediática, mas também estão cientes de que é preciso muito mais para lidar com as redes de corrupção profundamente enraizadas no país”.

Na tomada de posse, João Lourenço disse também: “No plano económico, acreditamos que se o Estado cumprir bem com seu papel de fiscalizador e regulador da actividade económica, passando a ser cada vez menos interventivo, com isso vamos impulsionar a iniciativa privada levando-a a ocupar o espaço que merece e lhe compete realizar”.

E acrescentou: “A necessidade de transparência na actuação dos serviços e dos servidores públicos, bem como o combate ao crime económico e à corrupção que grassa em algumas instituições, em diferentes níveis, constitui uma importante frente de luta a ter seriamente em conta, na qual todos temos o dever de participar”.

“A corrupção e a impunidade têm um impacto negativo directo na capacidade do Estado e dos seus agentes executarem qualquer programa de governação. Exorto, por isso, todo o nosso povo a trabalhar em conjunto para extirpar esse mal que ameaça seriamente os alicerces da nossa sociedade”, referiu João Lourenço.

O tribunal também condenou, no âmbito do caso dos “500 milhões” de dólares, outros três arguidos, Valter Filipe, ex-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), António Samalia Bule, ex-director de gestão do BNA, e Jorge Gaudens Sebastião, empresário e amigo de longa data de ‘Zenu’ dos Santos.

O processo era relativo a uma transferência irregular de 500 milhões de dólares do banco central angolano para a conta de uma empresa privada estrangeira sediada em Londres, com o objectivo de constituir um fundo de investimento estratégico para financiar projectos estruturantes em Angola.

É claro que, enquanto puder, João Lourenço vai continuar a exigir que os holofotes se concentrem em tudo quanto se chame “dos Santos” e apêndices. É a melhor forma mediática de, criando focos selectivos de crítica, escapar aos que perguntam: Onde estava e o que fez (para além de apoiar incondicionalmente as decisões de José Eduardo dos Santos) o actual presidente nesse tempo?

Vejamos outras promessas de João Lourenço. Promessas que, por não terem sido cumpridas, apenas serviram para encher os cemitérios:

«O combate à pobreza é uma prioridade incontornável. Vamos, por isso, apostar na criação de emprego estável e na distribuição meritória dos recursos disponíveis, garantindo a adopção de políticas de inclusão económica e social, o que passa necessariamente pela protecção dos trabalhadores;

Apostar também no apoio a programas direccionados de micro-crédito e de programas de crédito dirigidos a pequenas e médias empresas, bem como de crédito jovem, é outra das acções que urge promover desde já. No meio rural, vamos apostar na produção agrícola e pecuária em pequena e grande escala e na garantia do escoamento dos produtos do campo para as vilas e cidades;

A redução das desigualdades sociais passa por uma maior aposta no sector social, nomeadamente no acesso à educação e ao conhecimento, à assistência de base para todos, à segurança social e à assistência aos mais vulneráveis e desfavorecidos;

Para além das tarefas prioritárias já mencionadas, temos pois de promover o Estado social, com políticas de inclusão económica e social e de redução das desigualdades, apostando num desenvolvimento com grande ênfase no meio rural e no aumento da produção interna, agrícola e industrial;

No decurso dos próximos cinco anos, vamos procurar fixar a taxa de inflação em limites aceitáveis e controláveis. Isso vai obrigar-nos a impor regras rígidas de política cambial e de política fiscal. Vamos apostar no reforço dos sistemas de controlo de actos ilícitos que possam descredibilizar o sector financeiro e bancário, internamente como no exterior;

Pretendemos aumentar a eficiência e a eficácia do aparelho de governação, focando a nossa acção na redução da burocracia e no acompanhamento das iniciativas do Estado. Vamos iniciar um processo de revisão do programa de investimento público, dando suporte aos agentes privados que possam gerir os projectos de forma mais eficaz e suficiente;

Pretendemos também focar as acções do Estado nas medidas que fomentem o acompanhamento, supervisão e fomento das actividades sectoriais e eliminar as barreiras administrativas que não agreguem valor aos processos;

O crédito à economia deve estar de acordo com as necessidades dos agentes económicos e com a obrigatoriedade de diversificação económica, de redução drástica das importações e de aposta nas exportações. Manteremos a aposta na electrificação e na industrialização do país. Será melhorado o quadro da produção, de distribuição de energia eléctrica e de água canalizada, o que permitirá uma maior e mais séria aposta na criação de polos industriais pelo país;

Para tal, vamos actuar em duas direcções, nomeadamente no crédito à indústria e no investimento estrangeiro para os sectores da agro-pecuária, das indústrias, das pescas, do turismo, dos transportes, da imobiliária e de outros de relevante importância para a economia, com a devida transparência e celeridade, de modo a dar credibilidade ao processo.»

Angola está, continua a estar, embora nem todos tenham percepção disso, em cima de um barril de pólvora. Vários são os rastilhos que continuam acesos embora, por enquanto, o lume ainda seja brando. Mas qualquer brisa pode ser suficiente para provocar a explosão.

Convenhamos que, por manifesta inépcia e falta de sentido de Estado, o Presidente da República está a contribuir para a implosão de Angola. Indiferente ao país real usa a farda de bombeiro mas o Povo começa a ver nele o que via no anterior, um pirómano.

Sabemos que, certamente por estar rodeado de muita mediocridade por todos os lados, tende como José Eduardo dos Santos a preferir ser assassinado pelos elogios dos seus bajuladores (muitos, como ele, transitaram do elenco anterior) do que salvo pelas críticas dos que, por quererem bem ao país, também lhe querem bem.

Seja como for, ao contrário do que acontecia com o Presidente Eduardo dos Santos (e tememos que esteja a acontecer com João Lourenço), nós sabemos que a verdade dói, às vezes dói muito, mas temos a certeza de que só ela cura.

Não admira que o Povo se socorra das exonerações, prisões e similares para ultrapassar a tristeza da uma ressaca que já atingiu muitos e vai abalroar muitos mais. Por isso vai perguntando onde estão a comida, a saúde, os empregos.

Na realidade quem tem pago, ao longo dos anos, a factura do desvario governamental é o Povo. São os mais pobres! Os dirigentes têm gasto o dinheiro público com excessos de mordomias. João Lourenço parece preferir poupar os ricos e atacar os pobres, o Povo. Não lhes dá comida mas dá o espectáculo de levar Filomeno dos Santos para a prisão, uma verdadeira dose de liamba ou… cocaína.

O Estado deveria ajustar todas as políticas no sentido da contenção de despesas, mas o esforço deve ser abrangente e não circunscrito à maioria pobre. Infelizmente as políticas que mais atingem a população seguem a escola de Eduardo dos Santos e são para penalizar os pobres, que estão a aumentar, quando deveriam estar a diminuir, fazendo emergir uma classe média. O grande problema é não existir uma verdadeira política económica.

Como se sabe, o MPLA alavancou para si a exclusividade da Paz, tornando os demais actores como descartáveis e quando assim é não é paz, é capitulação. Não é paz é clemência. Não é paz é terror. Significa que as pessoas aceitam, mas não desfrutam na plenitude o novo estado de graça.

Quanto à reconciliação, este conceito não existe no vocabulário do MPLA. Já alguém imaginou o governo a conversar com as vozes verdadeiramente diferentes?

Sobre a “nobreza” das ideias de Eduardo dos Santos, sempre dissemos que eram nobres para os seus, para a sua família, para os seus amigos e que para os demais era uma política escabrosa, maldosa, de perseguição e em muitos casos até sanguinária.

Nesta matéria (ideias) parece que João Lourenço pensa de modo diferente. No entanto, já hoje os angolanos sentem-se como um maluco que pára no meio de uma ponte para pensar se deve ir em frente ou voltar para trás e descobre que, afinal, não há ponte…

fonte: folha8

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