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terça-feira, 7 de novembro de 2017

O papel de África na COP23

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Países africanos têm de seguir a rota do desenvolvimento sustentável e respeitar o ambiente. PALOP pedem apoio técnico e financeiro.

fonte: DW ÁFRICA

100 anos da Revolução Russa - Que impactos para África?

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A revolução que implementou um regime socialista soviético influenciou tanto os movimentos de libertação africanos como o tipo de regime pós-independência.
fonte: DW África
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Soldado angolano frente a mísseis terra-ar soviéticos em Cuito Cuanavale
A 7 de outubro de 1917 (novembro, segundo o calendário ocidental) teve início a revolução. Os bolcheviques invadiram o Parlamento e assumiram o poder. Proclamaram a República socialista soviética, liderada por Vladimir Lenine.
A notícia da vitória do proletariado na Rússia trouxe consequências em África. O Egito levou a cabo uma revolta nacional, em 1919, que pôs fim ao domínio colonial britânico. A Revolução de Outubro de 1917 serviu também como fonte de inspiração para muitos ativistas sul-africanos, oprimidos pelo regime colonialista europeu, segundo Aboubacar Maiga, professor na Universidade de Bamako, no Mali.
Na maioria dos países da África Negra, o espírito da revolução socialista soviética sofreu algum atraso. "Principalmente nos países francófonos e lusófonos, a informação não chegou como se podia esperar. Foram noticiados principalmente factos relacionadoscpm as frentes de combate da Primeira Guerra Mundial, na Europa, onde atiradores senegaleses, por exemplo, combateram pela França. Foram eles que depois manifestam esperança na aquisição da sua própria independência quando regressam ao país", explica Aboubacar Maiga.
Campo de batalha da Guerra Fria
Depois da vitória na Segunda Guerra Mundial, o regime de Estaline estava no auge do poder. Seguiu-se o período da Guerra Fria, que opôs as duas superpotências: de um lado a União Soviética com o Pacto de Varsóvia; do outro os Estados Unidos com o domínio da NATO. O continente africano tornou-se palco de batalha da Guerra fria.
Na altura, a maioria dos movimentos independentistas africanos não se preocupava com ideologias, mas antes em garantir ajuda financeira e militar, sublinha o especialista na União Soviética Aboubacar Maiga.
A maioria das antigas colónias francesas e portuguesas tornaram-se independentes graças à ajuda diplomática, financeira e militar do bloco de leste. "Angola, Moçambique, Mali ou na Guiné-Conacri, e muitos outros países africanos, estavam em contacto com a União Soviética, principalmente na época de Estaline", sublinha Aboubacar Maiga.
No entanto, "os detalhes do regime eram mal conhecidos do grande público e dos intelectuais africanos, que começaram a viajar para a Rússia a partir da década de 50", acrescenta o professor universitário.
Triunfo do socialismo em Angola
Nos países africanos de língua portuguesa, partidos marxistas-leninistas assumiram o poder, depois das independências em 1975. O Movimento Pouplar de Libertação de Angola (MPLA), por exemplo, recebeu apoio da União Soviética, Cuba e de outros países socialistas como a extinta República Democrática Alemã (RDA).
Angola Kuba Soldaten Cuito Cuanavale Schlacht 1988
Grupo de soldados cubanos em Cuito Cuanavale. No total, cerca de 40 mil cubanos apoiaram o regime angolano durante a guerra civil
Na época da indepedência, José Fragoso era um comunista convicto. Foi membro do MPLA e estudou na extinta RDA, numa escola de quadros da ideologia marxista-leninista.
Para os comunistas angolanos, os outros movimentos de libertação não comunistas eram vistos como inimigos, que precisavam de ser combatidos. "Estávamos convencidos disso naquela época e, por isso, desencadeamos uma sangrenta guerra civil contra os outros movimentos rebeldes angolanos", lembra o angolano José Fragoso, ex-membro do MPLA. Angola mergulhou numa guerra civil de 27 anos, que só terminou em 2002.
Mesmo dentro do MPLA sempre houve batalhas internas ideológicas. Um desses confrontos resultou num massacre em que morreram, estima-se, 80 mil pessoas. "Tratou-se do caminho ideológico para a ditadura do proletariado, também para a implementação de uma ideologia que não tinha nada a ver com a nossa vida real na África", afirma José Fragoso, que sobreviveu ao massacre. "As culturas e religiões nacionais foram reprimidas. Prendendia-se criar o homem novo, que correspondia à ideologia comunista".
Hoje, José Fragoso vê a revolução russa de 1917 com outros olhos. "A revolução de Outubro não foi boa para Angola, porque foi a revolução que implementou no mundo o sistema comunista. Só na década de 90, os países africanos implementaram um sistema multipartidário."
Em Angola, tal como em muitos países africanos, só depois do colapso da União Soviética, em 1991, começaram a surgir regimes multipartidários.


CABO VERDE PROMOVE SIMPÓSIO SOBRE PRESIDENTE ARISTIDES PEREIRA

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O primeiro Presidente da República de Cabo Verde, Aristides Pereira, falecido em 2011, será o tema de um simpósio internacional no país, a realizar entre 16 e 18 de novembro, anunciou hoje a organização do evento.

O simpósio, que decorrerá na cidade da Praia e terá uma extensão à ilha da Boavista, terra natal de Aristides Pereira, é promovido em parceria pela Fundação Amílcar Cabral e pela Associação dos Combatentes pela Liberdade da Pátria (ACOLP) e conta com o patrocínio do Governo e da Presidência da República.

O programa do evento, que hoje foi apresentado em conferência de imprensa, está ainda em aberto, mas de acordo com Crispina Gomes, que preside à comissão organizadora, pretende "congregar amigos, familiares, conhecidos e gente da rua" em torno da figura de Aristides Pereira.

Durante quatro dias, académicos e investigadores da história de libertação nacional da Guiné-Bissau e Cabo Verde irão debruçar-se sobre o percurso de Aristides Pereira como "homem, estadista, e combatente da liberdade da pátria".

Segundo Crispina Gomes, haverá também espaço para uma "sessão de diálogo intergeracional" em que jovens, ativistas sociais, estudantes, investigadores e quadros terão oportunidade de "dialogar com a geração da luta para troca de ideias, de experiências e até de provocações".

Além do simpósio internacional, será igualmente promovida uma exposição sobre a vida e obra do primeiro Presidente da República de Cabo Verde, que faleceu aos 87 anos, e visitas a vários locais relacionados com o seu percurso.

"Faremos uma deslocação à Boavista onde será inaugurado um busto de Aristides e vamos descerrar uma placa com o seu nome numa das avenidas da cidade de Sal Rei. Vamos também a Fundo das Figueiras, onde nasceu, para assinalar esse povoado com o seu nome, além fazermos uma visita ao cemitério onde se encontra sepultado", disse Crispina Gomes.

Quanto aos convidados do simpósio, o Presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, assinalou a presença prevista de um representante do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos - convidado quando ainda ocupava a Presidência de Angola -, do ex-embaixador norte-americano em Cabo Verde, Vernon Penne, e do general angolano António dos Santos França "Ndalu".

Presente estará também uma delegação da Fundação Agostinho Neto, de Angola, que irá promover, no âmbito do simpósio, uma homenagem a Aristides Pereira, Amílcar Cabral e ao poeta Corsino Fortes.

Os responsáveis pela organização do evento assinalaram a dificuldade em trazer ao simpósio figuras contemporâneas de Aristides Pereira por terem já falecido ou apresentarem situações de saúde que não permitem viajar.

Pedro Pires adiantou que o ex-Presidente da República de Portugal, Ramalho Eanes, foi a primeira personalidade a ser convidada para o evento, mas que não estará presente por não poder viajar.

"Temos a pouca sorte de Almeida Santos e Mário Soares não estarem entre nós porque seriam presenças incontornáveis", adiantou Pedro Pires.

Considerou que resta "registar o papel deles" no percurso de Aristides Pereira e nas relações internacionais de Cabo Verde.

"A nossa intenção é homenagear e manifestar o nosso reconhecimento à pessoa, ao seu percurso e a tudo aquilo que fez", sublinhou.

O primeiro Presidente da República de Cabo Verde, Aristides Pereira, morreu em setembro de 2011 nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), em Portugal.

Aristides Pereira envolveu-se na luta pela independência de Cabo Verde, a partir dos anos 1940. Juntamente com Amílcar Cabral, fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em 1956, assumindo o cargo de secretário-geral, em 1973.

Com a conquista da independência, em 1975, Aristides Pereira tornou-se o Presidente da República de Cabo Verde, tendo permanecido na Presidência da República até 1991.

Em 1991, e após eleições democráticas, Aristides Pereira perdeu para António Mascarenhas Monteiro, falecido em 2016.

A António Mascarenhas Monteiro sucedeu Pedro Pires e a este o atual chefe de Estado Jorge Carlos Fonseca, que presidirá à cerimónia de abertura do simpósio.

Conosaba/Lusa

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