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quinta-feira, 27 de julho de 2017

João Lourenço, o candidato do MPLA que não quer corrupção em Angola.

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João Lourenço, vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), é o cabeça de lista do partido no poder às eleições de 23 de agosto. Conheça o perfil do potencial sucessor de José Eduardo dos Santos.
fonte: DW ÁFRICA
Angola Feier der MPLA João Lourenço (Getty Images/AFP)
João Lourenço nas comemorações do seu partido MPLA, em dezembro do ano passado

João Lourenço, 63 anos, é um dos seis candidatos a Presidente de Angola e concorre pelo MPLA, o partido no poder desde a independência do país em 1975.
Lourenço foi sempre uma das figuras da cúpula do partido no poder em Angola, que muitos viam como um dos potenciais sucessores do atual Presidente José Eduardo dos Santos, que se encontra no poder há 38 anos.
Antes de ser escolhido por José Eduardo dos Santos como seu segundo homem no partido, no congresso de agosto do ano passado, e cinco meses depois como o seu sucessor à presidência da República, João Lourenço teve de fazer uma longa travessia no deserto na sequência de declarações que foram consideradas inapropriadas.
Marido, pai e político
Militar de carreira e general na reserva, João Manuel Gonçalves Lourenço há dois dias (24.07) foi dispensado do seu cargo como ministro da Defesa, para se dedicar à campanha eleitoral.
Lincenciou-se em Ciências Históricas, na antiga União Soviética, e é casado com a antiga ministra do Planeamento e consultora do Banco Mundial, Ana Dias Lourenço, e pai de seis filhos. A sua biografia oficial diz que os seus passatempos são a leitura, o xadrez e a equitação.
Teve vários cargos: foi governador provincial de Benguela e do Moxico, entre 1992 e 1997; secretário do Bureau Politico do MPLA para a informação; deputado à Assembleia Nacional, tendo ocupado nessa altura a função de Presidente da bancada parlamentar do MPLA e, entre 1998 e 2003, desempenhou as funções de secretário-geral do partido.
Regresso aos holofotes
Nessa altura, caiu em desgraça. No V Congresso Ordinário do MPLA, as suas declarações a dois jornais independentes de Luanda, já extintos, afirmou que existiam outras figuras capazes para dirigir o MPLA e o país, após o presidente José Eduardo dos Santos ter admitido a intenção de abandonar a liderança do partido e do país por, naquela altura, com o fim da guerra, ter chegado à conclusão que já tinha cumprido a sua missão.
Declarações que afinal pareciam uma ratoeira para a descoberta dos seus opositores internos e João Lourenço mordeu a isca. 12 anos depois, regressa aos holofotes pela mesma mão que o havia atirado para o deserto.
E se ganhar as eleições?
Se for declarado o vencedor das eleições de 23 de agosto, João Lourenço vai encontrar um país em absoluto contraste em vários setores da vida nacional. Desde o fim da guerra em 2002, Angola tem registado um crescimento nos setores das infraestruturas, construção de estradas, escolas e hospitais.
Surgiram novos aeroportos desde 2002 e foram construídos vários projetos habitacionais em quase todas as províncias, denominadas por centralidades. O fornecimento de energia elétrica e da água tem vindo a melhorar significativamente, embora de forma deficitária.
Movimento Revolucionário Flagge von MPLA in einem CAP Aktions Komitee
MPLA diz que "voto certo" é em João Lourenço
Apesar desse quadro, Lourenço poderá encontrar um país com mais problemas por resolver, contrariamente ao que dizem as estatísticas do Governo. Por exemplo, nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) Angola é o pior país onde se fazer negócios, segundo dados do Banco Mundial de 2016. Aliás, o país está na lista das dez nações mundiais onde é mais difícil estabelecer um investimento.
Angola encontra-se ainda entre os três piores países do mundo no acesso a água potável, segundo o Conselho Mundial da Água, num relatório publicado em março deste ano.
No Índice do Progresso Social, que avalia os países segundo a qualidade de vida da população, medida através de variáveis como o acesso a água potável, habitação, saúde e educação, Angola é colocada na quarta posição na lista dos piores do mundo, apenas à frente do Chade, Afeganistão e República Centro-Africana.
João Lourenço vai ainda encontrar um país com a maior taxa de mortalidade infantil do mundo, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Um país em mudança
A corrupção e a burocracia constituem os principais empecilhos para o desenvolvimento do país. Angola é um país onde as instituições do Estado, particularmente os tribunais, não estão a ser capazes de combater a corrupção.
Angola Jose Eduardo dos Santos (Getty Images/AFP/A. Jocard)
José Eduardo dos Santos: Presidente há quase 38 anos
As várias denúncias de casos de corrupção com provas apresentadas que envolvem altas figuras do regime angolano põem refém o atual estado de coisas. É o caso do próprio Presidente José Eduardo dos Santos, do procurador-geral João Maria de Sousa e até mesmo do juiz-conselheiro do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira.
Pior do que isso, o jornalista e defensor dos direitos humanos, Rafael Marques de Morais, numa recente entrevista à DW, afirma que quem é suspeito de corrupção é promovido.
"Regra geral, o Presidente promove aqueles que são considerados os mais corruptos. Dá-lhes toda a proteção política e jurídica para que não sejam responsabilizados pelos seus atos. E o país, de forma bastante clara, está afetado", disse à DW África.
Corrupção em Angola
No entanto, na abertura da campanha do MPLA (26.07), João Lourenço insistiu no combate à corrupção para garantir a robustez da economia angolana. "Se falharmos no combate à corrupção, continuaremos com uma economia débil", defende o candidato.
Sublinhou ainda que a corrupção está a afastar o investimento estrangeiro, necessário para o desenvolvimento do país. "Que fique claro que, se falharmos neste combate à corrupção, falharemos também na melhor organização da nossa economia. Vamos continuar a ter uma economia débil, porque não vamos conseguir atrair os investidores", salienta Lourenço.
Apesar do mau estado da nação em todos os aspetos da vida nacional, João Lourenço, o candidato do MPLA, diz que o país está num bom ritmo. "Estamos a garantir o progresso e o desenvolvimento. A criar novos postos de trabalho. A melhorar a saúde e a educação, estamos a construir um país com menos desigualdades e progressivamente a diminuir a pobreza".
Adianta que "vamos aproveitar os recursos de cada comuna, município e província, e fazer investimentos que garantam mais emprego e assim contruir uma Angola de mais igualdade".
Angola Luanda Baustelle Talatona (DW/C.V. Teixeira)
O luxuoso bairro de Talatona, em Luanda
Contradições
João Lourenço enfrentará uma oposição de peso dentro do seu partido, no que diz respeito às suas promessas eleitorais de combate à corrupção. Aliás, ele próprio tem interesses em vários conglemerados empresariais: é acionista do Banco Sol e do Banco Angolano de Investimentos (BAI). Tem também ações da Orion – Agência de Publicidade e Produção, empresa que surge no escândalo de corrupção da Lava Jato no Brasil, como tendo recebido 15 milhões de dólares de suborno da multinacional brasileira Odebrecth.
É dono de um condomínio no luxuoso bairro de Talatona, em Luanda, construído com o financiamento do Banco BIC de Isabel dos Santos, a filha de José Eduardo dos Santos.
O nome de João Lourenço surge ainda no escândalo financeiro que levou à falência do Banco do Espírito Santo Angola (BESA). Entre os 67 nomes da lista, João Lourenço aparece como tendo sido uma das figuras do regime que terá recebido milhores de dólares de empréstimo sem qualquer garantia.
Promessas eleitorais
Por essas e outras razões, o jornalista e presidente do Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA-Angola), Alexandre Neto Solombe, diz que as promessas eleitorais de Lourenço não são para ser levadas a sério, por supostamente ter irrequecido de forma ilícita e à custa do Estado.
Angola Luanda Justizpalast (DW/C.V. Teixeira)
Corrupção impede robutez da economia angolana
Para Alexandre Solombe, "abstraindo aquela figura de alguém que está com uma arma na mão, apontada para sua própria cabeça, só se quisesse liquidar-se ou suicidar-se para efetivamente começar o combate à corrupção".
Pelo contrário, junto da opinião pública, e mesmo nalguns setores do seu partido, João Lourenço é a esperança que se renova.
"Tenho a plena certeza de que o camarada João Lourenço vai levar este país mais além", avança um membro do MPLA. "Todos os angolanos estão a depositar esperança no João Lourenço porque seguramente ele vai trazer aquilo que está faltar e que é o desenvolvimento".
Por agora, devido à imprevisibilidade do atual Presidente do MPLA e da República, não se sabe ao certo se José Eduardo dos Santos poderá indicar João Lourenço como seu sucessor na presidência do partido quando decidir retirar-se da vida política.

ANGOLA: UNITA quer inclusão social.

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O presidente da UNITA e candidato do partido a  Presidente da República nas próximas eleições, Isaías Samakuva, defendeu ontem na vila de Caxito província do Bengo, programas urgentes para garantir a inclusão social dos angolanos.

Isaías Samakava promete em discurso de campanha em Caxito um governo de forte inclusão social
Fotografia: Edmundo Auxílio | Edições Novembro
No seu discurso de início de campanha, Isaías Samakuva afirmou que a exclusão social tem causado enormes prejuízos ao país e reconheceu os “visíveis os sinais de mudança” na província do Bengo, uma região onde ainda se fazem sentir as acções de intolerância política.
No acto, que serviu igualmente para apresentar o seu programa de governação, Isaías Samakuva realçou a necessidade da solidariedade ao próximo como factor de inclusão.
“Temos de ter homens e mulheres dignos e sérios no nosso país, sem falsidade pois não podemos aceitar gente que nos dizem eleições livres, justas e transparentes, mas que por trás estão a fazer manobras”, afirmou.
Para o candidato da UNITA a Presidente da República nas próximas eleições, operar a mudança deve ser com números maiores e expressivos, para que o sofrimento da população termine.
O político lembrou que o dia 23 de Agosto é o momento para o voto na mudança, para a instauração de um Governo inclusivo. Entretanto, explicou, o trabalho deve ser de todos e a todos os níveis. 
Durante o seu discurso,  Samakuva apontou o sector da educação como prioritário para desenvolver o país, pois o seu Governo vai apostar na qualidade e valorização dos quadros nacionais. “É preciso eliminarmos a gasosa, apostarmos na qualidade do ensino para que os nossos quadros possam competir em pé de igualdade com os estrangeiros, pois estaremos a dignificar o país”, concluiu. Isaías Samakuva revelou que consta da sua Agenda de Governo para o período 2017/2022 remunerar bem os funcionários públicos, para que se sintam honrados naquilo que fazem e, sobretudo, apostar no refrescamento dos quadros locais.
Para o político o sector da saúde está enfermo, por isso “é preciso recuperar o seu estado através do voto da mudança, pois o partido governante já não dá garantias de poder fazer mais”. Uma “aposta séria nos cuidados primários nas zonas rurais, comunas, municípios e capitais de províncias com técnicos sanitários, médicos e pessoal altamente qualificado é à nossa aposta”. “O cidadão precisa participar, compreender e saber o que se está a fazer no seu país e a presença aqui dos jovens que são o futuro de Angola, é a prova evidente de que estão atentos a isso indicou o político”, disse Samakuva. 
O líder do maior partido político da oposição em Angola reafirmou, na ocasião, que as políticas habitacionais ao invés de beneficiarem todos extractos da sociedade, têm servido os interesses do partido, mas caso vença as eleições “será casa para todos”. 
No acto que decorreu defronte às instalações do seu partido, Isaías Samakuva lamentou o facto das autoridades do Bengo não cederem espaço para a realização do seu comício de massas. O líder da UNITA foi recebido pelo Bispo da Diocese de Caxito, D. António Jaca e teve um encontro de auscultação com os estudantes e membros da sociedade civil. 
A abertura da campanha pelo presidente da UNITA coincide com uma digressão que o seu vice-presidente está a realizar no Huambo. Raul Danda prometeu envolver os cidadãos na elaboração de políticas públicas, para que sejam eficazes e eficientes. O político falou com estudantes e profissionais dos sectores da Educação e Saúde e deu a conhecer que a medida tem como foco a construção do futuro nacional, através do diálogo com a sociedade civil. Raul Danda disse que, caso vença, a UNITA pretende desenvolver acções concretas que visam resgatar a identidade e a cidadania dos angolanos.

  As promessas em caso de vitória nas eleições de Agosto


A UNITA promete subvencionar a assistência médica e medicamentosa das famílias mais carenciadas. De acordo com o partido, isso pressupõe a reconstrução e construção de hospitais condignos e de referência.
Na educação, a formação política liderada por Isaías Samakuva prevê como escolaridade mínima obrigatória da primária a 13.ª classe. “Terminado o ensino médio, o Governo da UNITA facilitará a obtenção de créditos bancários para a formação superior”, promete o maior partido na oposição, que garante também a institucionalização do “cartão de estudante” para a obtenção de descontos nos transportes públicos e livrarias.
A UNITA promete igualmente adoptar a política de pleno emprego, que deve absorver a maioria da população activa na função pública e no sector privado. A agricultura vai ser estimulada e  incentivado o negócio baseado nos produtos do campo, incluindo a sua comercialização (agronegócio). A criação de empregos passa também por incentivos a pequenas, médias e grandes indústrias”, garante. Ainda  sobre o emprego e segurança social, o Governo da UNITA prevê cinco produtos principais, designadamente o seguro social geral, subsídio de desemprego, pensões de reforma, programa de assistência social e outros seguros.
fonte: jornal de angola

ANGOLA: CASA-CE confiante na vitória pede votos.

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O candidato da CASA-CE a Presidente da República nas eleições gerais de 23 de Agosto próximo, Abel  Chivukuvuku, mostrou-se ontem, na cidade de Ondjiva, província do Cunene, confiante na vitória da Coligação, na corrida para a mudança da governação do país.
Discursando no acto político, que decorreu no mercado informal da Alemanha, no bairro Kafitu, o líder da CASA-CE afirmou que a mudança para o desenvolvimento de Angola deve começar na província do Cunene, pela via do voto. “Todos devem escolher a mudança nas eleições de 23 de Agosto”, disse, acrescentando que é essencial que os cidadãos sintam a alternância como um bem para as suas vidas.
Abel Chivukuvuku garantiu, caso vença as eleições, melhores condições sociais para os angolanos, sobretudo nos domínios da saúde, educação, emprego, salários e outros serviços, salientando que os mesmos “estão muito mal garantidos à população.”
O  programa de governação da CASA-CE para a província do Cunene vai resolver o problema da seca que afecta a população da região e seu gado, garantiu Chivukuvuku, acrescentando que  também é objectivo da coligação acabar com o número elevado de crianças fora do sistema de ensino e as aulas debaixo de árvores.
Abel Chivukuvuku propõe depois de 23 de Agosto um “Governo do povo, pelo povo e para o povo.” Com efeito, sensibilizou os vendedores dos mercados da Alemanha e de Shomukuio, em Ondjiva, incluindo os moradores dos bairros Kafitu e Caxila, para a necessidade de mudança de governação no país.
Chivukuvuku apontou a má gestão, pobreza, insensibilidade, desigualdades sociais e a injustiça no acesso às oportunidades como os mais graves problemas que afligem o povo.
Elautério Silipuleni | Ondjiva
fonte: jornal de angola

ANGOLA: O DIABO ESTEJA CONVOSCO – ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!

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diabo

A associação cívica angolana Handeka informou hoje que está a monitorizar o tempo de antena dado pelos media às candidaturas às eleições gerais de 23 de Agosto, denunciando o óbvio e esperado favorecimento do MPLA no arranque da campanha eleitoral. Se assim não fosse seria sinal de que Angola era o que nunca foi nos seus 42 anos de independência: uma democracia e um Estado de Direito.

Aegundo o activista Luaty Beirão, daquela associação, esse acompanhamento está a ser feito pelo projecto “Jiku”, com voluntários em todo o país, e só nos primeiros três dias de campanha – que arrancou a 23 de Julho – concluiu que em 268 minutos analisados, nomeadamente nos dois canais de televisão do regime, “uns criminosos 236 são dedicados ou ao MPLA [partido no poder desde 1975] ou aos belos feitos e projectos do Governo de Angola”.
“É uma violação gritante da Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, nos seus artigos número 73, sobre o direito de antena para fins eleitorais, e número 64, do princípio da igualdade de tratamento. E a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) o que faz? Impávida, assiste a tudo isto e depois declara as eleições como isentas, livres e justas”, criticou Luaty Beirão.
Importa dizer que a CNE é uma sucursal “offshore” do MPLA, razão pela qual, como o próprio partido, está acima de qualquer lei e da própria Constituição. E assim sendo, limita-se a fazer o que as ordens do regime dizem para fazer.
“E o cidadão cumpridor da lei deve engolir a seco e ficar quieto, quanto os engravatados fazem da sua soberania um pedaço de papel higiénico”, lamentou Luaty Beirão que, diga-se, comete o erro de pensar que Angola é diferente da Coreia do Norte ou da Guiné Equatorial. Mas não é.
A Handeka foi lançada em Abril passado, em Luanda, para combater a “cultura do medo”, que os fundadores, como o ex-primeiro-ministro Marcolino Moco, consideram inibir o exercício de cidadania e participação civil da maioria dos angolanos.
A associação, cujo nome significa “voz” na língua nacional Nganguela, tem como subscritores nove cidadãos de variados estratos sociais, incluindo Luaty Beirão – um dos 17 activistas condenados em 2016 pelo tribunal de Luanda a penas de prisão -, os quais pretendem promover a defesa da democracia e dos direitos humanos, bem como fomentar o exercício dos direitos e liberdades de reunião, expressão, de imprensa, manifestação e associação.
A associação propõe-se contribuir para a formação de opinião, educação patriótica e cívica, bem como estimular a participação dos cidadãos na vida pública.
No âmbito do projecto “Jiku”, que consiste na monitorização cívica do processo eleitoral em Angola, que apresenta seis listas candidatas às eleições gerais de 23 de Agosto, a Handeka pretende alargar o número dos órgãos de comunicação social monitorizados, nomeadamente rádios, mas também ao nível das principais províncias do país.
“Nas províncias, o desequilíbrio é muito maior”, enfatiza Luaty Beirão, que já fez saber que – como muitos outros activistas – não actualizou o registo eleitoral, pelo que não irá votar no simulacro de eleições de Agosto.
“E ainda se revoltam comigo por dizer que não participo nesta encenação, sendo a parte quatro [eleições anteriores] de um filme monótono e repetitivo”, questionou o activista.
Entretanto, elementos do Movimento Revolucionário Angolano, que integra outros elementos do grupo de 17 activistas condenados em Março de 2016, como Manuel “Nito Alves” e Arante Kivuvu, lançaram hoje um apelo público aos eleitores, para que permaneçam, a 23 de Agosto, nas respectivas assembleias de votação, para assim “controlar o seu voto”.
“Isto é, o processo de contagem e os resultados das eleições. Que levem mantimentos para que se possam alimentar e manter junto das respectivas assembleias de voto”, lê-se no apelo público difundido.
Acrescentam que elementos do Movimento Revolucionário Angolano vão permanecer, no dia 23 de Agosto, após as 18:00, nas assembleias de voto, “dando início a uma vigília a favor da transparência eleitoral”.
“Uma acção colectiva que visará evitar que as urnas sejam novamente transportadas e manuseadas de forma fraudulenta, tal como foi em 2008 e 2012”, escrevem.
“Estamos cientes do que será feito, pelo que o regime prepare as cadeias para nos prender e caixões para nos enterrar, pois estamos dispostos a dar nossas vidas em nome do Povo Angolano”, acrescenta o Movimento Revolucionário Angolano num apelo assinado por Arante Kivuvu, António Chinguari, Adão Bunga, Graciano Brinco e Manuel Nito Alves.
Numa recente sondagem, a única até agora, feita a propósito das eleições de 23 de Agosto pelo Instituto Jean Piaget de Benguela, Instituto Sol Nascente do Huambo, com apoio técnico do Centro de Estudos de Sondagens e Opinião da Universidade Católica Portuguesa, para além da vitória de João Lourenço decretada pelo regime, são revelados outros dados curiosos.
Os eleitores que têm ensino secundário completo são aqueles que votam menos em João Lourenço (31%), sendo que os que mais votam no candidato do MPLA são os que não concluíram sequer a escola primária. Aliás, João Lourenço reúne 43% das intenções de voto entre aqueles que não têm qualquer escolaridade formal. Talvez assim se perceba a razão pela qual o regime considera que ler um livro é um crime contra a segurança do Estado. Quanto mais iletrados melhor, resume o MPLA.
Por outro lado, Abel Chivukuvuku tem os seus melhores resultados entre os universitários, 19% entre os que frequentam o ensino superior e apenas menos um ponto percentual de intenção de voto entre aqueles que já concluíram a licenciatura.
Angola vai realizar eleições gerais a 23 de Agosto deste ano, com seis formações políticas concorrentes – MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA e APN – contando com 9.317.294 eleitores em condições de votar.
Folha 8 com Lusa

ANGOLA: UNITA CORTA-LHE AS ASAS E QUER QUE O GALO VOE?

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galo-depenado

O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, disse ao Novo Jornal Online que a sondagem divulgada hoje que aponta para uma descida nas intenções de voto do partido para as eleições de 23 de Agosto “não merece credibilidade” e que foi organizada para “diminuir o ímpeto vitorioso” que o “Galo Negro” tem mostrado nesta campanha.

Por Orlando Castro
Como sempre tem acontecido, quem dá o corpo ao manifesto sãos os cidadãos mais ou menos anónimos, mantendo-se os partidos da oposição no recato dos seus gabinetes. Aliás é bem provável que a UNITA odeie todos aqueles que, citando Jonas Savimbi, vão lembrando que mais vale ser livre de barriga vazia do que escravo com ela cheia.
Os angolanos continuam sem saber se qualquer reflexão que ultrapasse o círculo dos que assassinam a UNITA elogiando a estratégia de Isaías Samakuva (é tal e qual o que se passou com Eduardo dos Santos) serve para acordar aqueles que sobrevivem com mandioca ou, pelo contrário, apenas se destinam a untar o umbigo dos que se banqueteiam com lagostas, em Luanda.
Perante os sucessivos desastres eleitorais (e no próximo – com ou sem sondagens – será pior), Isaías Samakuva continua a querer ir de derrota em derrota até à…. derrota final. Limita-se a posições cosméticas para tudo ficar na mesma. Não percebeu, afinal, que a UNITA enquanto principal partido da Oposição está em cima de um tapete rolante que anda para trás. Por isso limita-se a andar. E, é claro, fica com a sensação de estar a ganhar terreno mas, no final de contas, está sempre no mesmo sítio. Jonas Savimbi dir-lhe-ia, certamente, isto de forma mais assertiva.
Isaías Samakuva é com certeza o líder que muitos militantes querem. Não é de crer que seja a alternativa que os angolanos gostavam de ter. Longe disso. Ao contrário de Jonas Savimbi que, mesmo errando muitas vezes, agia, Samakuva limita-se a reagir e a muito custo. Em vez de entender a mensagem, manda “abater” o mensageiro.
Ninguém melhor do que Samakuva, como presidente, para saber se a UNITA vai conseguir viver sem comer. UNITA no sentido dos homens e mulheres que tinham orgulho no Galo Negro que transportavam no peito. Um dia destes, talvez já no final de Agosto, o MPLA virá dizer, com uma lágrima no canto do olho (sorridente) que exactamente quando estava mesmo, mesmo quase, a saber viver sem comer, a UNITA morreu.
A UNITA, e nisto é igual ao MPLA, prefere ser assassinada pelo elogio do que salva pela crítica. E quando assim é… não há memória que a salve, nem mesmo a do Mais Velho.
O sacrificado povo angolano, mesmo sabendo que foi o MPLA que o pôs de barriga vazia e que assim vai continuar, não viu, não vê e assim nunca verá na UNITA a alternativa válida que durante décadas lhe foi prometida, entre muitos outros, por Jonas Savimbi, António Dembo, Paulo Lukamba Gato, Samuel Chiwale Jeremias Kalandula Chitunda, Adolosi Paulo Mango Alicerces e Elias Salupeto Pena.
Terá sido para isto que Jonas Savimbi lutou e morreu?, perguntam muitos angolanos das gerações mais velhas. Não. Não foi. E é pena que os seus ensinamentos, tal como os seus muitos erros, de nada tenham servido aos que, sem saberem como, herdaram o partido.
Será que a UNITA não enterrou, depois da morte de Savimbi, o espírito que deu corpo ao que se decidiu no Muangai em 13 de Março de 1966?
Foi do Muangai que saíram pilares como a luta pela liberdade e independência total da Pátria; Democracia assegurada pelo voto do povo através dos partidos; Soberania expressa e impregnada na vontade do povo de ter amigos e aliados primando sempre os interesses dos angolanos.
Foi de lá que também saíram teses sobre a defesa da igualdade de todos os angolanos na Pátria do seu nascimento; busca de soluções económicas, priorização do campo para beneficiar a cidade; liberdade, democracia, justiça social, solidariedade e ética na condução da política.
Alguém, na UNITA, se lembra hoje de quem disse: ”Eu assumo esta responsabilidade e quando chegar a hora da morte, não sou eu que vou dizer não sabia, estou preparado”?

Por vezes era melhor estar calado

No dia 24 de Novembro de 2016, Alcides Sakala disse que a manifestação agendada para dois dias depois, e entretanto proibida com base no artigo único da “Constituição” da ditadura do MPLA (“quero, posso e mando”) em Luanda, contra a nomeação – pelo pai – de Isabel dos Santos para dirigir a Sonangol, era um direito dos cidadãos consagrado na Constituição, por isso o seu partido encorajava e apoiava os seus organizadores.
Por outras palavras. Encorajava e apoiava mas ficou em casa. Pois. “Nós analisamos esta questão e a nossa posição é de encorajamento, porque é um direito que cabe aos angolanos, consagrado constitucionalmente. Mas a UNITA não só apoia como também encoraja a sua organização, mas não vamos participar”, disse Alcides Sakala.
Se não fosse irracional a explicação até daria para rir. Foi um pouco ao estilo dos arautos do regime, tipo Luvualu de Carvalho, João Pinto ou Estêvão Alberto.
Isabel dos Santos foi nomeada em Junho de 2016, no âmbito da reestruturação da maior empresa pública de Angola e em causa estava (como continua a estar) o facto de a empresária ter sido nomeada Presidente do Conselho da Administração da Sonangol, pelo pai, Titular do Poder Executivo e chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, violando de facto e de jure a Lei da Probidade Pública.
Se a isso se juntar o facto de a empresária deter posições relevantes noutras empresas que negoceiam com a Sonangol, não restarão dúvidas quanto à legalidade da nomeação.

Para que não restem dúvidas

Como reacção a essa manifestação cívica, para além da satisfação que a UNITA (e também a CASA-CE) deu ao regime, personalidades do MPLA e membros do Executivo, atacaram a iniciativa do grupo de cidadãos que fundamentou a reclamação no art.º 73.º da CRA (Constituição da República de Angola), entendendo ser um dever patriótico lutar pela legalidade.
Os ataques e a proibição raiaram a ameaça pública, desde logo por colocarem ao seu serviço órgãos de imprensa do Estado (que na sua génese deveriam ser públicos, portanto, de todos os angolanos contra os promotores da manifestação cívica e que agiram respaldados na Constituição, art.º 47.º (Direito de reunião e de manifestação).


E a UNITA o que fez? Tentou, mais uma vez, agradar a gregos e troianos, passando com essa atitude cobarde um atestado de menoridade aos angolanos. Angolanos que podem ter a barriga vazia, mas que não deixam de ter memória.
fonte: http://jornalf8.net

Ana Gomes: "Governo angolano não quer observação porque vai manipular o processo".

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Para a eurodeputada, Angola "não quer observadores que possam expor essa manipulação". Ana Gomes afirma que, a continuar, as conversações com as autoridades angolanas estão a decorrer com a Comissão Europeia.
fonte: DW ÁFRICA
EU Parlamentarier - Ana Maria Gomes (CC-BY-Security & Defence Agenda)
A apenas um mês das eleições gerais em Angola, não se sabe ainda se o processo contará com a  observação da União Europeia. Apesar de o governo angolano ter recusado assinar um memorando de entendimento com a União Europeia, o representante desta instituição em Luanda, Tomas Ulicny, reiterou, esta semana, a disponibilidade para enviar uma equipa de observadores. Numa entrevista à DW África, a eurodeputada Ana Gomes afirmou que, a existirem ainda conversações entre o governo angolano e as instituições europeias, estas estão a acontecer com a Comissão Europeia e não com o Parlamento Europeu. Ana Gomes dá conta que, uma vez que o parlamento europeu está suspenso até à última semana de agosto por causa das férias, já não há tempo para o envio de uma missão de observação eleitoral . A única opção possível agora é, acrescenta, enviar uma missão de peritos.  A eurodeputada afirma ainda que o governo angolano vai manipular o processo eleitoral do próximo dia 23 de agosto.
DW África: Confirma que continuam as conversações com as autoridades angolanas para o envio da missão de observação eleitoral da União Europeia a Angola?
Ana Gomes (AG): Não sei. Se continuam não é por parte do Parlamento Europeu, é por parte da Comissão Europeia (CE). Mas é estranho, se houver essa tal missão, é uma missão de peritos, não é uma missão normal de observação, visto que já não há tempo para a posicionar no terreno e acompanhar todo o processo eleitoral. O parlamento europeu está suspenso, neste momento, por causa das férias e, portanto, não haverá missão parlamentar de acompanhamento como é normal. Em 2012, já houve uma missão de peritos. Recordo que o Dr. Durão Barroso, na altura presidente da Comissão Europeia, visitou Angola pouco antes e disse aquilo que o governo de Angola queria que fosse dito que era que Angola era uma democracia madura e já não precisava de observação eleitoral. A União Europeia, nessa altura, mandou uma missão de peritos com duas peritas. Essa missão fez um relatório para a Comissão Europeia, mas esse relatório nunca foi publicado, devia ter sido, mas não nunca foi, portanto, se é o mesmo estilo de missão que a CE está a cozinhar é por um propósito político de agradar ao governo angolano e não é, obviamente, uma missão de obervação eleitoral com independência e capacidade de acesso, e com garantias de acesso.
DW África: A única opção possível agora seria enviar uma missão de peritos…
AG: Exatamente, mas não é um missão de observação eleitoral. É bem diferente.
DW África: Quais são as restrições desse tipo de missão?
AG: As missões de observação eleitoral têm obervadores de longo e curto prazo. Por exemplo, agora em Timor-leste, um território tão pequeno, a missão incluiu 45 observadores. Obviamente, seriam necessários muitos mais para cobrir o território angolano e isso não vai ser possível. Quanto muito, terá dois ou três peritos. Claro que obviamente duas pessoas não vêem o que 200 vêem. Não substitui de maneira nenhuma uma missão de observação eleitoral.
DW África: Recentemente, o ministro das Relações Exteriores de Angola disse que o governo não iria aceitar acordos específicos com as organizações convidadas para observar as eleições e rejeitou a assinatura desse memorando de entendimento com a UE. A União Europeia teria que prescindir desse acordo especifico para enviar essa missão de peritos?
AG: Não, a União Europeia nunca prescinde disso, e bem. Não prescinde porque essa é uma condição "sine qua non". ]E que nós vamos fazer observação eleitoral onde somos queridos, onde é reconhecido o interesse da nossa observação, não é de maneira nenhuma para "robot stamp", portanto, para pôr um carimbo de credibilidade nas eleições - que parece ser o propósito do governo angolano - , mas não é esse o objetivo das missões de observação eleitoral. É de observar, é de ver, fazer recomendações com vista à melhoria do processo, quando estamos perante um governo que genuinamente está interessado em fazer eleições sérias. Ora bem, não é de maneira nenhuma essa a situação de Angola e, portanto, neste momento, também acho que não vale a pena ir fazer observação em Angola porque aquilo está trocado, está cheio de truques e manipulado, e portanto não vale a pena ir. Se Angola não quer corresponder a essas condições é porque, efetivamente, não quer observação eleitoral, é porque sabe que no fundo é um processo que está trocado e vai ser manipulado.
DW África: A eurodepuatada já tinha previsto este cenário e acusou as autoridades angolanas de não estarem  interessadas na observação europeia. A sua visão continua pessimista?
AG: Exatamente, quer todos os partidos da oposição angolana, quer as organizações da sociedade civil pediram explicitamente esta missão de observação eleitoral. O governo angolano não quis fazer o convite, se não muito tarde no mês de junho porque não queria. E quando fez esse convite, não deu essas garantias básicas, portanto, temos a demonstração daquilo que, infelizmente, eu sempre suspeitei que se ia passar. O Governo angolano não quer observação eleitoral da União Europeia, nem de lado nenhum, porque  vai manipular o processo. E portanto, não quer observadores que, eventualmente, possam expor essa manipulação. Mas o povo angolano penso que não se deixa enganar. O processo vai, inevitavelmente, implicar uma mudança porque o presidente José Eduardo dos Santos não está em condições físicas de continuar mais tempo. Portanto, esperemos que com paz, embora com truques, de facto a mudança se faça e o povo angolano saiba fazê-la corresponder àquilo que, efetivamente, são as suas aspirações e interesses.

Cabo Verde: Polícia Judiciária destrói droga apreendida em várias operações.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Polícia Judiciária destrói droga apreendida em várias operações

A Polícia Judiciária (PJ), na cidade da Praia, procedeu hoje à destruição, através da queima, de cerca de 30 quilos de cocaína e cerca de três mil quilos de canábis que se encontravam depositados no cofre-forte da instituição.



Segundo a Inforpress, a operação decorreu na lixeira municipal da Praia, na presença de um representante do Ministério Público, com a cobertura de órgãos da comunicação social.
Em declarações à imprensa no local, a directora nacional adjunta da PJ, Jaqueline Semedo, avançou que algumas das drogas incineradas foram apreendidas em 2010, em diversos sítios, nomeadamente portos e aeroportos e aguardavam autorização do Ministério Público. Já os três mil quilos de canábis foram apreendidos, este ano, durante uma operação no interior de Santiago.
“Temos feito vigilâncias, operações e diligências com vista a apreendermos os produtos [drogas] ”, indicou.
Jaqueline Semedo assegura que a polícia científica não tem poupado esforços, a fim de combater o tráfico ilegal de estupefacientes.
fonte: expressodasilhas.sapo.cv

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