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O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

domingo, 31 de julho de 2022

Após procurar mãe biológica por 20 anos, filho descobre que eles trabalhavam no mesmo hospital.

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Um homem de 20 anos do estado americano de Utah, nos Estados Unidos, encontrou sua mãe biológica e descobriu que eles trabalhavam no mesmo lugar. O caso aconteceu no St. Mark’s Hospital, em Salt Lake City. Benjamin Hulleberg foi adotado recém-nascido. Seus pais adotivos sempre contaram a verdade para ele. Desde cedo, ele queria conhecer a mãe biológica. Os pais adotivos aprovavam a busca. Mas o filho, apesar de escrever cartas, buscar arquivos e pistas, não conseguia encontrar a mãe biológica. Holly Shearer, que ficou grávida na adolescência, disse ao programa de TV "Good Morning America", da rede de TV ABC, que nunca esqueceu o filho. “Ele sempre esteve na minha mente. Mais ainda em feriados e no aniversário dele. Era uma montanha-russa de emoções. Pensei nele o tempo todo", disse a mãe biológica. Ela chegou a achar Benjamin no Facebook, mas diz que não tinha coragem de atrapalhar o que ela via como um jovem rico e ocupado. Shearer finalmente tomou coragem de mandar uma mensagem para Benjamin no dia do seu aniversário de 20 anos. "Este é um dia que eu esperava nos últimos 20 anos da minha vida. Ver que finalmente estava acontecendo era incrível. Foi muito para assimilar", ele disse. Benjamin descobri que tinha um meio-irmão e uma meia-irmã. Eles marcaram o encontro em um restaurante. Foi lá que eles conversaram e descobriram que trabalhavam no mesmo hospital - ela como assistente da equipe médica e ele como voluntário. Eles já tinham estado no mesmo ambiente várias vezes. Hoje eles se encontram regularmente nas pausas do trabalho, que o filho diz que são "incríveis". fonte: g1.globo.com

Filho de mãe analfabeta, ex-catador de recicláveis alcança maior nota na prova da OAB em Pernambuco/Brasil.

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Walter Marinho dos Reis conta que se endividou para pagar a faculdade particular, mas conseguiu realizar o sonho de terminar curso de direito. Filho de mãe analfabeta, Walter Marinho dos Reis, de 34 anos, foi ensinado desde novo a importância da educação (veja vídeo acima). Tendo trabalhado já como catador de recicláveis, vigilante e sargento do Exército, o agora advogado foi homenageado por alcançar a nota mais alta no exame 31 da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB). "Já tinha sido catador de recicláveis, dono de bar, vigilante, sargento do Exército. Sempre procurando o melhor para mim e sempre correndo atrás de um objetivo, de algo melhor", declarou. Walter estudou em escola pública ao longo da vida, mas cursou direito em uma faculdade particular. Ele contou que trabalhou muito para conseguir pagar as mensalidades, contraindo dívidas ao longo do caminho, mas que não pensou em desistir. Durante anos, foi em uma pequena mesa improvisada no canto da sala de casa que ele renovava as esperanças e estudava, incentivado pela mãe. "Meu maior alicerce foi a minha mãe. Analfabeta e nunca foi para a escola, mas sempre me deu apoio", disse ele. Severina de Souza Marinho é natural de Surubim, no Agreste pernambucano, e mudou para a capital em 1988 buscando uma vida melhor. Ela criou os cinco filhos com o sustento que tirava do trabalho na roça e como empregada doméstica. Dentre os irmãos, Walter é o único que conseguiu uma graduação. Severina buscou dar aos filhos as oportunidades que não teve. "Dizia 'quando chegar em casa, você tem que estudar, porque se você não estudar que nem eu, você não vai ser alguém na vida'. Quem não estuda é uma pessoa 'cega'", disse ela. Já formado, o advogado tem como um de seus maiores orgulhos a placa da OAB que representa tudo o que ele passou até chegar nesta conquista. Na entrega dos diplomas, Walter foi convidado para ser orador da turma por ter tirado a maior nota no exame. Para ele, o próximo passo é se dedicar aos concursos e chegar ao cargo de juiz federal. "Quando a gente está determinado a conseguir algo e tem o apoio da família, tudo flui", disse.

O desafio da transformação digital e seu impacto na sociedade.

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Com informações de Yaditza del Sol González, do Granma Durante o balanço anual do Ministério das Comunicações, realizado recentemente em Havana, o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz disse que o avanço na política de transformação digital, que levará à formação da agenda digital cubana, como parte do sistema de trabalho para a implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento 2030, constitui hoje um dos desafios fundamentais para o setor de telecomunicações, pois é um processo que, além do tecnológico, também requer uma perspectiva cultural. Marrero Cruz destacou a necessidade de alcançar um conhecimento nas tecnologias de informação e comunicação, pois só assim a população, além do acesso, poderá fazer bom uso delas, o que repercutirá em seu bem-estar social. Neste caminho, assegurou, é preciso apostar também em resultados mais concretos que contribuam para a concretização de projetos tão importantes como a infraestrutura dos serviços públicos de telecomunicações, televisão digital, comércio eletrónico, governo digital, indústria de aplicações e serviços informáticos, e a cibersegurança como elemento transversal a todos. Marrero Cruz indicou a necessidade de promover a diversificação dos atores econômicos do setor, que já tem 98 micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) aprovadas, mas não a partir da concepção de que tudo que é estatal deve agora tornar-se uma MPME. “Não se trata de aprovar sem motivo, mas sim de analisar quais atividades realmente podem ser melhor desenvolvidas sob esse modelo, e o que pode ser melhorado, mudado, mas dentro de uma mesma estatal”, disse. Para Tania Velázquez, presidente da Empresa Cubana de Telecomunicações S.A (Etecsa), a penetração da Internet nas residências é hoje insuficiente, e para atingir uma taxa maior e maior eficácia no acesso é necessária a comercialização do serviço, mas com novas tecnologias, que permitirão uma e solução sustentável ao longo do tempo. https://cubahoje.com/

O novo desenvolvimento secreto russo é uma surpresa desagradável para os HIMARS americanos.

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Os americanos ficaram desagradavelmente surpresos que as Forças Armadas russas sejam capazes de invadir os HIMARS fornecidos à Ucrânia, disse o especialista militar Alexei Leonkov no ar do canal telefônico Rossiya-1. Falando como convidado no estúdio de Vladimir Solovyov, ele disse que o novo sistema secreto de contra-bateria, usado pela primeira vez no Donbass, mostrava claramente que os "HIMARS abobadados" são muito vulneráveis. "O sistema americano foi invadido. E nosso desenvolvimento secreto será implantado em todas as direções. Um bom sistema, ainda não posso nomeá-lo, mas ele funciona a distâncias muito maiores, consertando instantaneamente o local de lançamento. Para os americanos, esta foi uma surpresa muito desagradável", disse o especialista. "Parece que da próxima vez nos Estados Unidos eles vão pensar se vale a pena enviar dados MLRS para disposição no Donbass". Ver mais em https://port.pravda.ru/news/mundo/55742-himars/

A expectativa israelense diz que a operação russa na Ucrânia pode ser concluída em duas semanas Ver mais em https://port.pravda.ru/news/mundo/55793-expert/

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Somente a Federação Russa influencia a situação ucraniana, e a importância do fornecimento de armas do Ocidente é apenas um detalhe a curto prazo, disse o especialista militar de Israel Yakov Kedmi. "O desenvolvimento dos eventos na Ucrânia ... hoje depende apenas das decisões e ações da Rússia. Nenhum país fora do território ucraniano, exceto a Rússia, pode influenciar o desenvolvimento desses eventos. Somente a Rússia pode determinar como este conflito irá se desenvolver e como e como ele terminará. Ninguém pode interferir nesta situação. Ninguém tem a força militar e o desejo de intervir", disse o analista. De acordo com ele, os resultados militares serão determinados pela liderança política da Federação Russa, e isso acabará rapidamente com o conflito, a menos que ele faça "compromissos monstruosos". "Se amanhã Moscou definir aos militares a tarefa de concluir uma operação especial dentro de duas semanas, destruindo o exército ucraniano, isso será feito dentro de duas semanas. O exército russo é capaz de fazer isso. Há opções suficientes que qualquer pessoa com um entendimento médio dos assuntos militares pode delinear táticas que podem fazer", disse o observador. Ver mais em https://port.pravda.ru/news/mundo/55793-expert/

REGABOFE DOS (ACTUAIS) DIRIGENTES DO MPLA

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É triste a imagem que o MPLA, mais uma vez, dá ao mundo, sobre a baixa consistência intelectual dos seus dirigentes, fruto do regabofe que os opõe aos filhos de José Eduardo dos Santos, exilados, ante a perseguição de uma justiça selectiva. O Titular do Poder Executivo, marca as honrarias fúnebres. Os filhos exigem uma autópsia (já autorizada pelas autoridades espanholas), por suspeição do cometimento de ilícitos criminais. E, na esquina do confronto, interpuseram uma providência cautelar de não “libertação” do corpo. O kizangu está rijo. Por William Tonet O ex-presidente da República e presidente emérito do MPLA, cujo partido lhe retirou, ainda em vida, de forma escabrosa e abjecta, qualquer “mérito” de poder viver, os últimos dias, em paz e tranquilidade, escrevendo as memórias, rodeado de filhos e netos, morreu, amargurado, no 8 de Julho, em Barcelona, envolto num manto de suspeições. Envenenamento, homicídio voluntário, ofensas corporais, denegação de assistência e abandono, fazem parte do bojo acusatório, hasteado pelos filhos mais velhos, exilados no estrangeiro. A maioria, com excepção de Zenú dos Santos, que conheceu as fedorentas masmorras do regime, num processo judicial rocambolesco, arbitrariamente, sem blindados fundamentos legais de enriquecimento ilícito, precisamente, pelo sucessor, escolhido pelo pai, que se viu privado do passaporte, até 48 horas, para viajar para Barcelona.. Agora, em terreno neutro, Espanha, Tchizé dos Santos, uma espécie de porta-estandarte dos irmãos, acusa, frontalmente, o sistema judicial, de estar sob a bota do “indicado”, exclusivamente, pelo pai, de fazer justiça por mãos próprias, como acontece nos regimes déspotas, que não se coíbem de “devorar” a elite da “casta” anterior, como gesto de consolidação de poder, numa réplica, em pleno século XXI, das práticas de Luís XIV. Isabel dos Santos, Coreon Du, Tchizé dos Santos vivem no exílio, sendo a primogénita (IS) a mais perseguida e procurada, pelo novo Titular do Poder Executivo, apontado como vingativo. A acusação é pública e a terceira filha, não arreda o pé, nem atira a toalha ao chão, ao apontar o dedo, “chamando nome aos bois”, melhor, a aqueles que considera terem contribuído para a morte prematura do pai, aos 79 anos de idade, em Barcelona. “Apagar a luz do outro não vai fazer com que a sua brilhe mais! Digam isso ao João Lourenço, Ana Paula, João Afonso e ao MPLA oficial” (Tchizé dos Santos). Diante da contundência acusatória, o Procurador Geral da República, Hélder Pitta Gróz, um dos mais acérrimos perseguidores de Dos Santos e filhos, principalmente de Isabel dos Santos, a quem arrestou, confiscou, a maioria do património, no país e estrangeiro, foi como enviado especial de João Lourenço, para persuadir as filhas a aceder a pretensão do Executivo, de deixarem que o funeral do pai, se realize em Luanda. O levantamento da limitação de movimentos e a garantia de não serem presas, por um período de 15 a 30 dias está em cima da mesa. Infelizmente é mais um tiro no pé, pois o órgão acusador, no caso, a PGR, não tem competência para levantar qualquer tipo de sanção. Esta, repousa na magistratura de um juiz e, este, não está a negociar, pelo que poderão as filhas, legitimamente, manter o clima de suspeição e desconfiança, recusando-se a confiar, quer no enviado como no Presidente, que acusam de manietar o sistema judicial. “Mas é muito atrevimento, senhor doutor João Lourenço. O senhor o que é ao meu pai? O senhor é o filho mais velho? Quem lhe deu o desplante de o senhor estar a convidar-me, para o funeral do meu próprio pai? O senhor chegou ao cúmulo da falta de respeito, do abuso, contra os direitos humanos. O senhor, não pensa? Já perdeu pai e mãe? O senhor não tem o mínimo de respeito. O senhor não tem o mínimo de coração? Tenha vergonha! Se não tem respeito, pelo menos, tenha vergonha do mundo e do povo, que está a assistir esse seu espectáculo lamentável. Eu ainda não sabia que o meu pai tinha morrido e o senhor já tinha publicado a notícia da morte do meu pai. Quem lhe deu mandato para divulgar a morte do meu pai, sem eu ter conhecimento ainda sequer? Quem lhe deu mandato para dizer quem deve ou não deve ir ao funeral? Quem lhe deu mandato para indicar a senhora dona Carolina Cerqueira, uma pessoa que nunca foi fazer uma visita ao meu pai, uma pessoa que se dizia minha tia querida, mas nunca mais ouvi falar, nem um parabéns, nem feliz aniversário. Mas quem vocês pensam que são? Deus? São vocês que mandam no corpo de José Eduardo dos Santos? O cadáver do José Eduardo dos Santos lhe pertence, senhor João Lourenço? O senhor, quem é? É o demónio? É Deus? Quem é o senhor? O senhor não é pai? O senhor, não foi filho? O senhor, não tem amigos? Tenha vergonha! O mundo todo está a assistir. Eu ainda não sabia que o meu pai tinha morrido e, o senhor, já tinha um despacho completo, com mais de uma dezena de ministros. Aquele documento levou quanto tempo a fazer? Já estava feito antes, não estava? Porquê? O senhor já sabia que o meu pai ia morrer? O senhor não leu a suposta carta, que a sua Televisão Pública de Angola, que a sua Rádio Nacional, que o seu Jornal de Angola publicaram, atribuindo a autoria a José Eduardo dos Santos, na qual dizia que só o Dr. João Afonso é que podia falar da saúde dele? Ou agora já falta o respeito ao José Eduardo dos Santos, na cara do mundo todo, porque ele já não está aqui? Aliás, sempre faltou o respeito. Como sabe que ele sempre se manteve calado, foi testando a ver até onde era o limite dele e a espera de uma resposta, pois José Eduardo tombou sem lhe dar o prazer de baixar ao seu nível. Então se era o doutor João Afonso de acordo com a sua imprensa manipulada, que lhe pertence, porque tudo em Angola lhe pertence, inclusive os tribunais, o parlamento e tudo o mais… Se a carta era verídica, então porque não chamou o doutor João Afonso para fazer o anúncio da morte e foi o senhor que o fez? Em que qualidade? O senhor é um criminoso! Isso é um atentado contra os direitos humanos. Isso é um bowling. Isso é uma falta de respeito contra a dignidade e a honra de uma pessoa já falecida, quase profanação virtual de um cadáver nas redes sociais. Deus o irá julgar! Já não lhe chamo senhor Presidente porque para mim, deixou de ser!” Esta foi a mais contundente resposta de Tchizé dos Santos, reagindo às declarações do Presidente da República, quando deu, através da comunicação social, uma espécie de armistício para os filhos poderem regressar a Luanda e assistir o enterro do pai, sem qualquer constrangimento das autoridades policiais, judiciais e da Segurança de Estado. O clima de desconfiança instalado, entre as partes, não parece ter caminhos de amortecimento e, por via disso, a(s) filha(s) não prescinde(m) de autópsia. Outrossim, como medida acautelatória, interpuseram uma providência cautelar, junto dos tribunais de Barcelona, para a não entrega do corpo, às autoridades angolanas. E assim temos mais um imbróglio a opor a antiga família presidencial, que não descarta a possibilidade de crimes, como tentativa de homicídio, envenenamento, denegação de vigilância e assistência médica atempada e apontam mesmo o dedo, a actores de terem estado por detrás do acelerar da patologia de que padecia, José Eduardo dos Santos A triste realidade histórica é que este país já nasceu enfermo desde que o MPLA assumiu o poder, no século XX. Infelizmente, como diz Fábio Konder Comparato, só nos damos conta deste facto quando a moléstia sai, por assim dizer, dos seus parâmetros habituais. É exactamente o que se passa no presente, com o descalabro político, na resolução deste problema, tal como os outros de índole, económica e social dos últimos anos, tornando insatisfeita a grande massa dos pobres e até a classe média, que assiste dividida o triste cenário de Barcelona. Se assim é, quem sabe surta algum efeito aplicar o método que desde sempre a ciência médica utilizou para enfrentar as moléstias, composto como se sabe de duas grandes etapas: o diagnóstico e a cirurgia, ou o tratamento clínico. Neste momento sugere-se apenas um diagnóstico, alvitrando que o tratamento médico seja efectuado por uma equipa mais competente de cientistas sociais. No conto “O Espelho”, de Machado de Assis, o narrador assevera aos seus ouvintes espantados que cada um de nós possui duas almas. Uma exterior, que exibimos aos outros, e pela qual nos julgamos a nós mesmos, de fora para dentro. Outra interior, raramente exposta aos olhares externos, com a qual julgamos o mundo e a nós mesmos, de dentro para fora. Penso que algo de semelhante ocorre em matéria de ordenações jurídicas nacionais. Em cada país há um direito oficial consagrado, e há também um direito não oficial, encoberto aos olhares do exterior, e que regula os factos atinentes à vida por assim dizer íntima do país. Daí, tal como dito, num outro texto, nesta edição, os corruptos, criminosos e gatunos estiveram (e continuam a estar) sob a bênção dos novos donos alojados no poder, que tal como JES continuam a privatizar o Estado, transformando-o numa sociedade unipessoal, agora de João Lourenço. JES, não conseguiu na hora da mudança institucionalizar a democracia interna no MPLA. Indicou um sucessor, que a sua máquina levou às costas, sem carisma e capacidade de alterar o quadro dantesco em que o país definha. O país, não os seus dirigentes. Eduardo dos Santos não conseguiu, por exemplo, resolver ou apontar um caminho, por esburacado e estreito que fosse, para resolver a questão dos massacres de 27 de Maio de 1977, liderados por Agostinho Neto. Não conseguiu instituir um dia dos pais da independência. Mau grado o espelho de aumento que todos os seus acólitos colocam na sua frente, procurando que dessa forma se julgue um gigante, Dos Santos sabia que afinal não passava de um anão. E sabia porque o fim da picada traz, regra geral, momentos de extrema lucidez. Dos Santos poderia, antes de sair, apadrinhar um “Pacto de Regime” onde todos os actores políticos fossem discutir o país, com seriedade, procurando soluções para estancar a roubalheira, como melhorar a democracia, como terminar com a promiscuidade de governantes/ empresários, como reconciliar os angolanos. Não o fez. Em vez de ser a solução para o problema, mostrou que era um problema para a solução, ainda até ao ponto de perpetuar o problema ao escolher para seu sucessor, João Lourenço. Por isso é mais do que claro que José Eduardo dos Santos foi um homem que na desmedida ganância de concentrar o poder absoluto, foi forçado a ter de abandonar o seu projecto de governação não de forma tão voluntária, mas pela doença. Não deixou uma política de emprego com sustentabilidade, pelo contrário saiu como o maior promotor de desemprego dos angolanos e pai da falência das pequenas e médias empresas angolanas. João Lourenço ainda consegue, agora, fazer mais e pior. Por tudo isso, nesta hora o MPLA precisa de se conciliar e reconciliar, sob pena de se auto-estrangular, neste consulado. É preciso higiene intelectual, neste momento, dos dirigentes do partido no poder, que se acovardam, ante o presidente, não conseguindo, chamá-lo à razão, mesmo quando esteja a andar em sentido contrário a lei. Barcelona mostra a podridão que grassa pelos corredores do MPLA e se nada for feito, com sapiência, muita porcaria vai, com mais intensidade e danos, resvalar nas sarjetas, com o pouco de respeitabilidade, de alguns sectores de cidadania, pese estar a aumentar a rejeição e condenação popular, ante a gestão danosa do regime. folha8

Mali: Mandado de prisão internacional emitido contra três ex-ministros e um Diret6r Geral do Banco,

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Mali lança a caça contra ex-ministros do antigo regime IBK. São dois ex-ministros da Economia e Finanças, um ex-ministro da Defesa Nacional e um ex-diretor administrativo do Banco de Solidariedade do Mali. Num comunicado de imprensa tornado público, esta quinta-feira, 28 de julho de 2022, e assinado pelo Procurador-Geral Mamoudou Timbo, a acusação informa: como crimes de falsificação e uso de falsificação, dano ao patrimônio público e cumplicidade em seus delitos, fatos relacionados ao caso do contrato público referido pela Paramount, cujo contrato público faz parte da implementação da lei de orientação e programação militar, bem como a lei de programação para a segurança interna, foi emitido um mandado de prisão internacional datado de 25 de julho de 2022, respectivamente, contra as pessoas abaixo indicadas: Boubou Cissé, ex-ministro da Economia e Finanças Thieman Hubert Coulibaly, ex-ministro da Defesa Nacional Mamadou Diarra alias Igor, ex-ministro da Economia e Finanças Babaly Bah, Ex-Chefe de Bms-Sa"

SENEGAL: Abdou Diouf votou em Paris.

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O ex-presidente e segundo na lista de Chefes de Estado senegaleses acaba de cumprir seu dever cívico em Paris. Refira-se que ao nível da diáspora, há 15 cargos de deputados a preencher, incluindo dois representantes para a França. Recorde-se que cento e sessenta e cinco (165) deputados representarão o povo na Assembleia Nacional durante os próximos cinco (5) anos. Fonte: seneweb.com

ANGOLA: FOCINHOS HÁ MUITOS…

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A diplomacia angolana (ou seja o MPLA, ou seja o Governo, ou seja o Presidente da República, ou seja João Lourenço) já avisou os candidatos a observadores internacionais às eleições de 24 de Agosto que não volta a aceitar “ingerências” nos assuntos internos. Com o MPLA nada muda, nada se transforma. No dia 31 de Março de 2016, o regime de José Eduardo dos Santos classificou a declaração dos embaixadores União Europeia acreditados em Luanda sobre a condenação de 17 activistas como uma atitude “inamistosa”. Assim sendo, cuidem-se. Os diplomatas europeus conhecem a voracidade dos jacarés do MPLA. A posição oficial do regime foi assumida pelo então secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, que, em nome do Governo angolano (devidamente apoiado pelo MPLA e pelo Presidente da República), chamou nesse dia o embaixador da UE em Luanda, Gordon Kricke, para, disse, “prestar esclarecimentos” sobre a posição conjunta daquela delegação e das embaixadas dos Estados-membros. “Não é normal o procedimento, o Ministério das Relações Exteriores não foi previamente contactado pela delegação da UE sobre a divulgação dessa declaração, pelo que tivemos uma conversa de esclarecimento”, explicou o governante, falando aos jornalistas no final desta reunião. Muito bem. Desde quando os embaixadores, ou seja quem for, podem dar uma opinião livre sem antes consultarem os donos do reino? Ou será que eles julgam que estão numa democracia e num Estado de Direito? Na declaração, emitida a 29 de Março, os diplomatas europeus – delegação da UE, embaixadas dos Estados-membros e embaixada da Noruega – afirmavam esperar que os anunciados recursos da condenação dos 17 activistas angolanos, a penas entre os dois anos e três meses a oito anos e meio de cadeia, permitam respeitar os direitos destes jovens. “Manifestamos profundo descontentamento com uma atitude que consideramos no mínimo inamistosa”, disse o secretário de Estado angolano, admitindo ainda “grande preocupação por este tipo de actuação”. O regime tem razão. Nas democracias que são uma referência para o reino feudal do MPLA (as que o eram para José Eduardo dos Santos são as mesmas de João Lourenço), casos da Coreia do Norte e da Guiné Equatorial, ninguém vê este tipo de actuação. Portanto, ou têm juizinho ou levam no focinho. Técnica agora adoptada pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar de João Lourenço, general Francisco Furtado. “Na medida em que, para além de representar uma clara violação das normas de relacionamento internacional, nomeadamente da convenção de Viena sobre as relações diplomáticas e consulares, a tal declaração traduz-se também numa clara ingerência nos assuntos internos de um Estado soberano”, apontou o autómato do regime, visivelmente (é que o “querido líder” estava a ver) agastado com esta mania dos europeus acharem que sabem alguma coisa de democracia. No final da reunião, que se prolongou por cerca de 30 minutos, na sede do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador da UE, Gordon Kricke, não quis prestar declarações aos jornalistas. Na declaração conjunta dos representantes diplomáticos europeus acreditados em Luanda, estes recordavam que o caso dos activistas, e as penas divulgadas pelo tribunal de Luanda – condenações de críticos do regime por actos preparatórios para uma rebelião e associação de malfeitores -, “tem vindo a suscitar reservas no que concerne o respeito pelas garantias processuais e pelo princípio de proporcionalidade”. “A UE espera que os mecanismos legais de recurso disponíveis ofereçam aquelas garantias, em conformidade com os direitos e os princípios consagrados na Constituição angolana”, lê-se na declaração, recordando que os observadores europeus não tiveram acesso ao julgamento, que decorreu entre 16 de Novembro e 28 de Março. “A declaração da UE vai ao ponto de qualificar as decisões do Tribunal angolano, indo ao ponto de referir a proporcionalidade ou razoabilidade da sentença ditada pelo tribunal. Dissemos ao senhor embaixador que tal atitude é inaceitável e que esperamos muito sinceramente que ela não se venha a repetir”, disse, por seu turno, o secretário de Estado. Para desanuviar o clima, Manuel Augusto, disse também que contou uma anedota que fez o embaixador rir a bandeiras despregadas. Ou seja, o governante disse que recordou ao diplomata europeu que, tal como na Europa, em Angola há “separação de poderes” e que os “tribunais são independentes na aplicação da Justiça”. “Não podemos aceitar que nos passem um atestado de menoridade porque este é um país que já não vive sob tutela e que não tem nenhum patrão”, avisou Manuel Augusto, acrescentando que o diplomata europeu justificou a tomada de posição sobre a condenação dos activistas com “instruções das capitais” dos países representados em Luanda. Manuel Augusto afastou, na altura, consequências deste caso nas relações entre Angola e a União Europeia, mas afirmou que os angolanos “não abdicam da soberania”, do “orgulho” na independência e de serem “tratados como iguais”. Esta foi, continua a ser, mais uma anedota. Isto porque os jovens activistas foram condenados exactamente por “não abdicam da soberania”, do “orgulho” na independência e de querem serem “tratados como iguais”. fonte: folha8

SENEGAL: Função pública - pelo menos 100.000 CFAF de aumento salarial por agente.

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Em termos de tratamento salarial, todos os funcionários públicos estão agora em pé de igualdade. A direção do Balanço anunciou a boa notícia ontem, sexta-feira, em um comunicado de imprensa publicado neste sábado pelo L'Observateur. “As medidas de aumento salarial implementadas por ocasião do pagamento dos vencimentos dos meses de maio, junho e julho de 2022, serão generalizadas em benefício de todos os restantes órgãos da administração (magistrados, agentes das hierarquias A, B, C, D e E)”, informa a fonte. O Observador informa que os aumentos são de pelo menos 100.000 francos CFA por agente. E a direção do Balanço informa em seu comunicado que será realizada uma edição especial na próxima quarta-feira para pagar aos beneficiários o lembrete do diferencial dos últimos três meses. fonte: seneweb.com

ANGOLA: VERGONHA A MENOS, INCOMPETÊNCIA A MAIS...

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Hoje, no Bié, João Lourenço disse que quer o Caminho-de-Ferro de Benguela a funcionar “com eficiência, como no tempo colonial”. Relembre-se que Angola é governada, desde 11 de Novembro de 1975, pelo MPLA. No dia 8 de Setembro de 2021, o Governo angolano lançou o concurso público internacional para a gestão e manutenção do Caminho-de-Ferro de Benguela, denominado Corredor do Lobito, por um prazo de 30 anos, anúncio feito pelo responsável do sector dos transportes. Como se “sabe”, só a partir 11 de Novembro de 1975 é que Angola passou a existir e, é claro, graças à superior e celestial capacidade do seu “fundador” – o MPLA. O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, disse que é objectivo a criação de empresa de capital privado, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), a ser controlada por operadores privados ou por única entidade e com participação maioritária do Estado. À SPE serão atribuídas as responsabilidades de operação, exploração e manutenção da infra-estrutura da linha férrea do Lobito/Luau, (com a possibilidade de construção de ramal de ligação à Zâmbia), o serviço ferroviário de transporte de mercadorias na linha férrea do Lobito/Luau. Terá ainda a responsabilidade da construção, operação e exploração de dois terminais de trânsito de mercadorias de apoio ao serviço ferroviário de transporte de mercadorias na linha férrea Lobito/Luau, sendo um deles no Lobito e outro no Luau, a gestão de um centro de formação, na província do Huambo, e a operação, exploração e manutenção das oficinas ferroviárias. As propostas foram submetidas até ao dia 7 de Dezembro de 2021, tendo a concessão um prazo de 30 anos, durante os quais o concessionário SPE vai assumir o transporte de grandes cargas com maior predominância para minérios e combustíveis, enquanto o serviço público de transporte de passageiros e de pequena carga permanecerá sob gestão do Caminho-de-Ferro de Benguela. Nos termos de concessão está também prevista a integração do Terminal Mineraleiro do Porto do Lobito. O investimento no CFB, criado (obviamente) pelo MPLA… O Estado investiu mais de dois mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) na reabilitação e modernização do Caminho-de-Ferro de Benguela, anunciou na altura o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu. Segundo o ministro, o investimento visou a reabilitação e modernização das infra-estruturas e meios circulantes do corredor do Lobito, para torna-lo disponível para os agentes económicos e população, bem como para os cidadãos das vizinhas República Democrática do Congo e da Zâmbia, bem como permitir uma cada vez maior integração regional e intercontinental das economias desses países. “Estamos certos do factor decisivo para o aumento da competitividade global dos produtos de exportação da região e para a redução do custo de vida das populações dos nossos países, que operação eficiente e segura do corredor do Lobito pode trazer”, referiu. O governante angolano sublinhou que o concurso então lançado “está baseado nas melhores práticas e requisitos internacionais e no mais estrito respeito pela legislação e regulamentação em vigor, por forma a garantir pela sua relevância mundial o binómio de atractividade e segurança jurídica para os entes participantes privados e em simultâneo a legítima defesa do interesse público nacional e compensação económica directa e indirecta para o Estado angolano”. A linha férrea de Benguela, salientou Ricardo de Abreu, tem um potencial grandioso que ultrapassa os limites de Angola, sendo um marco regional, que gera muitas expectativas no continente face ao elevado número de consumidores na região por onde vai circular, no interior do país, e na RD Congo e, futuramente, Zâmbia. “Este é o momento de provarmos a nós e aos nossos irmãos de que o investimento feito na reabilitação e modernização do Caminho-de-Ferro de Benguela não foi em vão e vai, brevemente, dar os seus merecidos frutos. Uma linha férrea em Angola, mas ao serviço de toda uma região, que, ao iniciar no Porto do Lobito, poderá chegar a Dar-es-Salaam, Tanzânia, bem como depois da prévia conexão com a Zâmbia atingir Moçambique”, destacou. A linha férrea que liga o Lobito ao Luau é a maior de Angola, com uma extensão de 1.344 quilómetros e liga o Porto do Lobito, na costa atlântica, à povoação fronteiriça do Luau, província do Moxico. Actualmente, a principal fonte de rendimento do Corredor do Lobito está assente no transporte de produtos minerais provenientes da exploração na região do Copperbelt (englobando a R DCongo e Zâmbia) no sentido descendente (Luau/Lobito) e com destino à exportação para o mercado internacional. O transporte de combustíveis no sentido Lobito/Luau, com vista a suprir as necessidades de importação para consumo nacional na Zâmbia e RD Congo, bem como o serviço de transporte de carga geral de âmbito essencialmente regional entre os principais pontos de troca comercial ao longo da extensão do corredor constituem também fontes de rendimento do Caminho-de-Ferro de Benguela. Uma questão de memória Angola participou em Outubro de 2019, na Suíça, nas celebrações do Dia Mundial do Algodão e do Fórum Público da Organização Mundial do Comércio (OMC), que decorreu sob o lema “Comércio para o Futuro: Adaptando-se a um Mundo em Mudança”. Em 1973 as principais exportações de Angola eram o petróleo (30%), café (27%), diamantes (10%), minérios de ferro (6%), algodão (3%) e sisal (2%). A delegação angolana, chefiada pelo então ministro do Comércio, Joffre Van-Dúnem Júnior, participou na Sessão Plenária de Alto Nível da celebração do Dia Mundial do Algodão (7 de Outubro), uma data proposta pelos países proponentes da iniciativa do algodão na OMC, conhecidos como C4 (Benin, Burkina Faso, Chade e Mali). A referida data foi oficialmente adoptada pela Assembleia Geral das Nações Unidas para celebrar os benefícios sócio económicos da produção e comércio do algodão no mundo, em particular nos Países Menos Avançados (PMA). A data visa também reconhecer a importância do algodão e dos sectores envolventes nos processos produtivo, de transformação e de comércio, bem como engajar os doadores e beneficiários para fortalecer a assistência ao desenvolvimento no sector do algodão. Angola já foi nos anos 70, em pleno domínio colonial, um dos maiores produtores e exportadores de algodão, situação que – como muitas outras – não soubemos preservar e até ampliar, sobretudo graças a quem nos gere de forma criminosa desde 1975, o MPLA. Neste momento, o país está a criar, diz esse mesmo MPLA, condições para o cultivo desta “commodity”, importante para o relançamento da indústria têxtil a nível nacional. Para o acto de lançamento do Dia Mundial do Algodão, foi organizada uma sessão Plenária de Alto Nível com a participação de Chefes de Estado de vários países membros da OMC, sobretudo dos C4, líderes de organizações internacionais e executivos do sector privado. Angola foi, até ao início dos anos 60 do século passado, essencialmente um reservatório de matérias-primas por explorar, como um diamante em bruto que esperava a lapidação. Mas em 1961 as coisas mudaram e as indústrias até aí adormecidas começam a acordar para o mercado. Com o território aberto para os investimentos nacionais e estrangeiros o caminho começou a desenhar-se. As primeiras indústrias a ganhar relevo – ainda que progressivamente – foram as do ferro e do petróleo, que conseguiram um lugar de destaque junto dos chamados produtos tradicionais, como o café e os diamantes. O ferro principalmente, uma vez que se começou a investir em novas infra-estruturas, nomeadamente transportes (como os caminhos-de-ferro), indústrias extractivas e transformadoras. Foi no início dos anos 60 do século XX que o Planeamento Mineiro deu os seus primeiros passos em Angola, sob o impulso do engenheiro José Quintino Rogado, Catedrático de Preparação de Minérios do Instituto Superior Técnico e Director Técnico da Companhia Mineira do Lobito. Nessa época surgem as primeiras tentativas de modelização dos recursos minerais metálicos a partir da geo-estatística. A importância da Companhia Mineira do Lobito na economia de Angola era extremamente significativa: o valor médio anual da produção de minério de ferro no período 1968/1973 correspondia a 22.8 % da indústria extractiva e a 9.4% do total das exportações, o que levava a que este produto se posicionasse em terceiro lugar (a seguir ao café e aos diamantes) no ranking da economia de Angola, durante a derradeira fase colonial, em que a produção dos concentrados de ferro cresceu ao ritmo de 23% ao ano. A Companhia Mineira do Lobito foi fundada em 1957 e logo assumiu a extracção de ferro na Jamba, Kassinga e Chamutete. Esta companhia cedeu depois as actividades à Krupp alemã, que também funcionava com capitais da Greg-Europe Belga e do Japão. Referem ainda os dados disponíveis que a quantidade de exploração anual, incluindo a produção geral nas províncias de Malange, Bié, Huambo e Huíla, atingia a média de 5,7 milhões de toneladas em 1974. A maior parte do mineral era exportado para o Japão, Alemanha e Grã-Bretanha, que pagavam a Angola 50 milhões de dólares norte-americanos ao ano, a preços constantes. O potencial mineiro do Moxico também alimentava nesta altura a indústria extractiva do país. Cobre, ouro, volfrâmio, diamantes, manganês e urânio eram transportados pelos Caminhos-Ferro-de Benguela para o porto de Lobito. O Moxico nasceu à sombra do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) e cresceu como entreposto comercial até se tornar no mais importante centro da região. Na época colonial, a capital da província, o Luso (actual Luena) albergava uma das estações principais do CFB. As locomotivas, que transportavam milhares de toneladas de materiais, metais preciosos e produtos agrícolas entre o porto do Lobito, na costa Atlântica, e povoação fronteiriça de Luau, na parte oriental do país, faziam escala no Luso para se abastecer e depositar mercadorias. Ao mesmo tempo, Kassinga, na província de Huíla, era a jóia da coroa da metrópole na época colonial. As minas desta cidade do sul de Angola abasteceram a Siderurgia Nacional com 985 mil toneladas de minérios para transformação. Rica em ferro e manganês, os minerais eram transportados pelo ramal ferroviário até ao porto do Saco-Mar. E daqui seguiam para a Siderurgia Nacional, no Seixal, nos arredores de Lisboa. O Porto do Saco-Mar, concluído em 1967, possuía uma ponte constituída por betão assente sob fiadas de estacas. Mais tarde, seguiu-se a construção de um local com profundidade suficiente para receber navios de grande porte. A Siderurgia Nacional (Portugal) era quase sempre o destino dos minerais angolanos. Inaugurada em Agosto de 1961, o complexo industrial produzia 230 mil toneladas de gusa (produto resultante do minério de ferro pelo carvão ou calcário num alto forno), 140 mil de escória, usada em aplicações como balastro de estradas, construção civil e fabrico de cimentos. Na área da aciaria, a produção anual era de 300 mil toneladas de aço bruto, e na laminagem, onde era transformado o aço, produzia-se 150 mil toneladas de aço para betão. Sem os minérios de Kassinga a produção em Lisboa nunca teria atingido estes valores. Quase dez anos depois, no início da década de setenta a taxa de crescimento da economia angolana atingia níveis elevados fruto das modificações verificadas entre 1960 e 1972, a progressão da produção das indústrias extractivas nos dez anos anteriores. Esse crescimento foi particularmente visível – entre 1960 e 1972 – nos diamantes, ferro e petróleo, sendo que entre 1962 e 1968, a taxa de crescimento das indústrias extractivas foi de mais de 170% (cerca de 28% por ano) com preponderância para o ferro. E mais: entre 1968 e 1969 as vendas de ferro duplicaram. Foi neste sector — onde se encontrava o essencial dos investimentos estrangeiros multinacionais — que houve a maior expansão no período de 1960-72. Por exemplo, entre 1960 e 1972 a produção de minério de ferro passou, em números redondos, de 660 mil toneladas a 4.830 mil toneladas. O ferro estava em alta: durante esse período o minério era o principal produto exportado de Angola sendo que um importante conjunto de minas de ferro estava localizado nas Províncias do Huambo e Huíla, dentro da bacia do rio Cunene. A última mina em exploração situava-se em Kassinga, Huíla, tendo cessado a extracção durante a guerra civil. Nessa altura as plantações existiam sobretudo na parte noroeste de Angola com especial destaque para a produção do café, seguida do algodão e do açúcar. As minas existiam sobretudo na parte noroeste de Angola, para a extracção de diamantes, e na parte sul de Angola – planalto de Huíla e Cuando Cubango – para a extracção de minério de ferro. Em 1973 as principais exportações eram ainda o petróleo (30%), café (27%), diamantes (10%), minérios de ferro (6%), algodão (3%) e sisal (2%). Enquanto província ultramarina de Portugal, até 1973, Angola era auto-suficiente, face à diversificação da economia. Era o segundo produtor mundial de café Arábico; primeiro produtor mundial de bananas, através da província de Benguela, nos municípios da Ganda, Cubal, Cavaco e Tchongoroy. Só nesta região produzia-se tanta banana que alimentou, designadamente a Bélgica, Espanha e a Metrópole (Portugal) para além das colónias da época Cabo-Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Era igualmente o primeiro produtor africano de arroz através das regiões do (Luso) Moxico, Cacolo Manaquimbundo na Lunda Sul, Kanzar no Nordeste Lunda Norte e Bié. Ainda no Leste, nas localidades de Luaco, Malude e Kossa, a “Diamang” (Companhia de Diamantes de Angola) tinha mais 80 mil cabeças de gado, desde bovino, suíno, lanígero e caprino, com uma abundante produção de ovos, leite, queijo e manteiga. Na região da Baixa de Kassangue, havia a maior zona de produção de algodão, com a fábrica da Cotonang, que transformava o algodão, para além de produzir, óleo de soja, sabão e bagaço. Na região de Moçâmedes, nas localidades do Tômbwa, Lucira e Bentiaba, havia grandes extensões de salga de peixe onde se produzia, também enormes quantidades de “farinha de peixe”, exportada para a China e o Japão. Falemos agora a sério, por respeito à verdade No dia 13 de Outubro de 2020, João Lourenço “descobriu” que o país tem condições para ser uma potência agrícola no continente africano, o que ainda não aconteceu porque falta “formar o homem”. Há quem diga que o seu trabalho de casa foi ler o que, antes de 1975, os portugueses fizeram por cá… As declarações foram proferidas no Malanje, após a inauguração do Instituto Superior das Tecnologias Agro-Alimentares de Malanje (ISTAM), que resultou de uma parceria com França. Apontando o país europeu como “uma potência agrícola”, João Lourenço, destacou que se Angola souber tirar proveito desta colaboração “é muito provável que Angola também venha a ser uma potência agrícola no continente africano”. Para o chefe do executivo angolano, que respondeu a perguntas relacionadas com a sua visita ao Malanje, este “é um sonho realizável”. “Temos condições objectivas para poder alcançar este sonho, temos boas terras, abundância de água, precisamos é de formar o homem e o que se vai fazer nesta instituição é precisamente formar o homem”, no quadro da cooperação com França, indicou. João Lourenço referiu que a instituição de ensino superior “vem cobrir uma grande lacuna” relacionada com a necessidade de transformação dos produtos do campo, que exige conhecimentos técnicos especializados. O Presidente afirmou que o país começa a ter já alguma produção agrícola “mas, lamentavelmente, não apenas devido às dificuldades de escoamento, mas sobretudo devido à falta de indústrias de transformação e processamento dos alimentos, muito produto se estraga”. Mas adiantou que o governo tem dado uma atenção particular à educação e ensino, sobretudo ao ensino superior, que se materializa neste caso no ISTAM, onde os jovens vão “aprender as técnicas mais modernas para transformação dos produtos do campo”. Deixou também uma mensagem aos investidores que queiram investir no agronegócio e na agro-indústria de que terão os quadros técnicos que precisam para a transformação dos produtos locais. Segundo João Lourenço, o objectivo é replicar o projecto noutros pontos do país onde existam “candidatos a formação”, com realce para outras províncias com potencial agrícola próximo do de Malanje, como o Uíje e o Cuanza Norte. Embora saibamos que também João Lourenço prefere ser assassinado pelos elogios do que salvo pelas críticas, vamos continuar a tentar salvá-lo. E no caso presente, republicanos o artigo de Carlos Pinho, angolano, Professor da FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, publicado no Folha 8 em 6 de Julho de 2020, sob o título “Antes havia. Hoje não há, culpado há só um”: «Caro Senhor Presidente João Lourenço. Gostei de saber que V. Exa., na altura da inauguração do novo Instituto Geológico de Angola, em Luanda, tenha referido, no seu discurso que Angola tem muito mais recursos minerais além de petróleo, gás natural e diamantes. Pois tem, e mais ainda, tem, ou devia ter outro tipo de recursos, tais como agrícolas, silvícolas, pesqueiros, turísticos e humanos. Mas a fixação nos recursos naturais minerais é uma fixação mórbida. Como dá imenso trabalho actuar noutras áreas, nesta dos recursos minerais é só escavar e há sempre estrangeiros dispostos a tal. Portanto toca a cavar. Pois lá no antigamente, no tempo colonial, havia maior disparidade de recursos, a começar pela gente, que apesar de serem uns patifórios colonialistas, olhavam para Angola com outros olhos. Refiro-me ao que se passou de 1961 a 1974, por força da guerra colonial, pois, como já disse em escrito anterior, os governantes coloniais, em pânico porque iam perder a jóia da coroa, meteram pernas a caminho. Foi um esforço inútil para se conseguirem os objectivos de controlar e manter a tal jóia da coroa, mas foram esforços bem conseguidos para o bem-estar dos angolanos. Sim, com muitas contingências sociais, económicas e rácicas, ou seja, um interesse oportunista do regime colonial. Mas quando houve a oportunidade de se corrigir o tiro foi o disparate que se sabe. Sei que estou sempre a dizer o mesmo, mas sabe Senhor Presidente, eu tinha e tenho a esperança que água mole em pedra dura… Mas a persistência obstinada do partido que governa, melhor dizendo, desgoverna o país, já para mais de 45 anos acaba por levar a situações caricatas e vergonhosas. Continuando nisto de “há mais do que petróleo, gás natural e diamantes” gostaria de relembrar a V. Exa. que: – Angola em 1974 era o terceiro maior produtor mundial de café; – Angola em 1974 era o quarto maior produtor mundial de algodão; – Angola em 1974 era o primeiro exportador africano de carne bovina; – Angola em 1974 era o segundo exportador africano de sisal; – Angola em 1974 era o segundo maior exportador mundial de farinha de peixe; – Angola em 1974, por via do Grémio do Milho tinha a melhor rede de silos de África; – Angola em 1974 tinha o CFB – Caminho de Ferro de Benguela, do Lobito ao Dilolo-RDC, o CFM – Caminho de Ferro de Moçâmedes, do Namibe até Menongue, o CFA – Caminho de Ferro de Angola, de Luanda até Malange e o CFA – Caminho de Ferro do Amboim, de Porto Amboim até à Gabela; – Angola em 1974 tinha no Lobito estaleiros de construção naval da SOREFAME; – Angola em 1974 tinha pelo menos, que eu saiba, três fábricas de salchicharia; – Angola em 1974 tinha, que eu saiba, quatro empresas produtoras de cerveja, de proprietários diferentes; – Angola em 1974 tinha, que eu saiba, pelo menos quatro fábricas diferentes de tintas; – Angola em 1974 tinha, que eu saiba, pelo menos duas fábricas independentes de fabricação ou montagem de motorizadas e bicicletas; – Angola em 1974 tinha, que eu saiba, pelo menos seis fábricas independentes de refrigerantes, nomeadamente da Coca-Cola, Pepsi-Cola e Canada-Dry, bebidas alcoólicas à base de ananás ou de laranja. E havia ainda a SBEL, Sociedades de Bebidas Espirituosas do Lobito; – Angola em 1974 tinha a fábrica de pneus da Mabor; – Angola em 1974 tinha três fábricas de açúcar, a da Tentativa, a da Catumbela e a do Dombe Grande. Sendo que, como estas fábricas depois começaram a criar ferrugem por culpa dos malandros dos colonos que se foram embora, os amigos cubanos do MPLA lá as empacotaram e as levaram para a terrinha deles. Corrijo, deixaram as paredes. Vá lá, sempre deixaram algo; – Angola em 1974 era o maior exportador mundial de banana, graças ao Vale do Cavaco. E falta falar da linha de montagem da Hitachi, dos óleos alimentares da Algodoeira Agrícola de Angola, e da portentosa indústria pesqueira da Baía Farta e de Moçâmedes, e da EPAL, fábrica de conservas de sardinha e de atum, e…, e… Bom, acho que já chega! Mas Senhor Presidente, a rapaziada do seu partido, capitaneada por esses dois patifórios que foram os dois primeiros presidentes do país, desbarataram alegremente esta malfadada herança colonial da qual, foi por mim, nos parágrafos atrás referida uma parte não despicienda. Deixei propositadamente de lado a parte da educação e da saúde, simplesmente por razões humanitárias da minha pessoa em relação a V. Exa. e à digníssima colecção de mandraços que constitui o Bureau Político do MPLA, doravante designada por BPMPLA, já que a prosa vai longa e custa-me escrever um palavrão assim tão complicado. É que eu queria falar-lhe do BPMPLA, já que V. Exa. fez por lá, na abertura dos últimos trabalhos do dito BPMPLA, um discurso choroso, sobre os mauzões que malham, malham, sem respeito por tais augustas pessoas. Mas então V. Exa, após ver o rol do “há mais do que petróleo, gás natural e diamantes” que acabei de enunciar, ainda acha que os que malham, malham é que são os malandros? Não se convenceu do que os mauzões são outros e que andam de paredes meias consigo? Então eu passo a explicar! Mas olhe que não preciso de ir ao Folha 8, vou apenas ao Correio Angolense e refiro unicamente duas das suas mais recentes crónicas. Uma intitulada “MPLA inaugura precedente revisionista da História” e outra intitulada “Em Lisboa e Porto a “farra” está no ponto”. Para já, vou começar pela segunda. Neste texto está mais do que provado e explicado por onde anda a malandragem que vem impunemente saqueando Angola. A fonte é por demais conhecida, e por isso não me alongo mais. O partidão está para durar! Mas o primeiro texto, Ah! O primeiro texto! Que depois até foi publicado pelo Folha 8. Aí subiu-me a mostarda ao nariz. Então os senhores do BPMPLA, e já agora do MPLA como um todo, e os seus simpatizantes, e cantadores de loas, não têm um pingo de vergonha na cara e votam ao ostracismo mais abjecto, o Viriato da Cruz e o Mário Pinto de Andrade? A coisa é tão nojenta que a esposa do Viriato da Cruz, em desespero de causa pediu ao Governo Português que lhes dessem passaportes para que pudessem sair da China, onde estavam retidos por ordens da direcção do MPLA. Ao que os senhores do MPLA chegaram, mormente o A. A. Neto e sua pandilha para levaram a senhora a pedir socorro ao regime colonial. Que falta de humanidade! E o Mário Pinto de Andrade que teve na Guiné-Bissau a dignidade que lhe foi recusada por Angola? E podia ainda falar do tratamento que o A. A. Neto deu ao Dr. Hugo Azancot de Menezes, mas a conversa já vai longa. Isto é uma espiral infinda de maldades e esquecimentos propositados que só mostra a falta de nível daqueles que se apoderaram do poder em Angola Só um à parte, para haver justiça a Universidade de Luanda devia ter sido baptizada como Universidade Viriato da Cruz, enquanto aquela do Huambo se devia chamar Universidade Mário Pinto de Andrade. Mas a vida é o que é, e a falta de vergonha dos homens é por demais conhecida. Concordo consigo, Senhor Presidente João Lourenço. Em Angola “há mais do que petróleo, gás natural e diamantes”, e há principalmente muita gente muito ordinária que não merece o mínimo de respeito e consideração. E segundo o artigo do Correio Angolense “Em Lisboa e Porto a “farra” está no ponto”, eles pegaram no seu pé. Não vai sacudi-los? Ou será que o senhor está conivente com eles?» fonte: folha8

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