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quinta-feira, 14 de abril de 2016

ANGOLA: O SEGREDO ESTÁ NOS OVOS?

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Quando, em Fevereiro de 2014, o então ministro da Economia, Abraão Gourgel, inaugurou em Luanda a primeira fábrica de alimentos compostos para animais, na fazenda Pérola do Kikuxi, ficou a saber-se que que iria aumentar substancialmente a produção de ovos em Angola.

Finalmente, pensou-se, o país compreendeu que a mulher mais rica de África, a multimilionária Isabel dos Santos, tinha razão quando, ainda criança, começou a vender ovos nas ruas de Luanda.
Hoje a aposta sai reforçada com a promessa, velhinha, de que é urgente diversificar a economia. Assim, a Angolaves quer voltar a ser líder na produção de ovos, numa altura em que intensifica a produção de milho, bagaço de soja, farinha de peixe, ração e pintos e tem um aviário que alberga 15 naves onde se encontram cerca de 336 mil aves.
Há quem diga que, afinal, Isabel dos Santos (a princesa do clã de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos) teve e tem um sucesso estrondoso não pelos ovos mas pela proximidade em relação ao poder, sobretudo no que diz respeito ao acesso aos negócios. Más línguas.
“O que explica Isabel dos Santos, assim como outras entidades, não só em Angola, é a proximidade do poder para os negócios. Não são precisos meios obscuros, basta o acesso aos negócios”, afirmou há um ano Filipe S. Fernandes, autor do livro “Isabel dos Santos — Segredos e poder do dinheiro”.
Para Filipe Fernandes, normalmente associa-se a fortuna de Isabel dos Santos aos diamantes que o pai lhe teria dado, mas “há uma hipótese muito mais simples” que pode explicar a fortuna como, por exemplo, a concessão das telecomunicações (UNITEL) nos anos 1990.
Na altura, Angola estava a tentar que houvesse uma empresa internacional a concorrer à licença de concessão de telemóveis e em plena guerra civil ninguém queria arriscar e, “de certo modo”, explica o autor, o negócio teria de ser dado a alguém que tinha de estar próximo do poder. E quem melhor do que a filha do Presidente?
“Só o facto de ter tido aquela concessão pode ter sido uma boa base para uma boa fortuna e basta ver o valor dos dividendos que são pagos pela UNITEL desde que foi criada sendo que teve dividendos desde muito cedo”, explicou.
“Foi em Baku que José Eduardo dos Santos conheceu a mãe de Isabel dos Santos, Tatiana Kukanova, uma russa campeã de xadrez que estudava geologia. O Azerbeijão, então posto avançado russo, acolhia jovens quadros promissores dos movimentos de libertação alinhados com o regime comunista como o MPLA”, refere o autor, sublinhando que o encontro entre os dois não foi promovido pelo KGB, os serviços secretos da ex-URSS.
“Depois do casamento sabe-se muito pouco sobre Tatiana. Sabe-se que trabalhou na SONANGOL quando foi para Angola, que após o divórcio continuou em Angola tendo depois ido viver com a filha para Londres. Fala várias línguas e foi sempre o ‘porto seguro’ da Isabel dos Santos”, diz Filipe Fernandes que refere no livro os poucos dados sobre a actividade empresarial da mãe da empresária.
“Tatiana Kukanova surge nas contas divulgadas pelo denominado SwissLeaks, que se baseia nas listas das contas na filial do HSBC, obtidas por Hervé Falciani, um ex-funcionário, em 2008, e agora divulgadas. Na sua conta estavam, em 2006-2007, mais de 4,5 milhões de euros”, escreve Filipe Fernandes.
O livro baseia-se em fontes abertas como livros e jornais até porque, refere o autor, após ter contactado “com algumas pessoas” chegou à conclusão que muito pouca gente conhece Isabel dos Santos com alguma consistência e fiabilidade.
Além das questões familiares o livro recorda o caso “Angolagate” e os complexos movimentos de Arcadi Gaydamak e Pierre Falcone acusados pela justiça francesa da venda ilegal de armas em Angola durante a guerra civil.
“Em 2011, o tribunal de Paris retira as acusações de tráfico de armas e de influências mas condena-os por fraude fiscal e branqueamento de capitais”, refere o autor.
Na sequência do caso, o livro sublinha ainda o papel de Lev Leviev, negociante de diamantes natural de Uzbequistão e apresentado à cúpula do poder em Angola por Gaydamak e que “afrontou” a companhia diamantífera De Beers conseguindo negociar directamente em Angola e Rússia.
Na sequência destes contactos, recorda a biografia, surge a empresa Africa-Israel Investiments (AFIL) que dá origem a partir da reorganização de 2009 à Ascorp, cujos accionistas eram a Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola e a Trans-African Investment Services (TAIS).
O memorando do acordo assinado em 1999 assegurava à TAIS e à Welox a compra de um mínimo de 150 milhões de dólares em diamantes.
“Esta associação teve mais uma confirmação com a revelação de documentação da filial suíça do HSBC. Isabel dos Santos, por sua vez, deteria 75% da Trans-African Investments Services enquanto a mãe, Tatiana, que entretanto se tornou cidadã britânica, ficava com 25%”, lê-se na biografia que cita a imprensa internacional.
O livro, ainda no capítulo dedicado aos “diamantes e à guerra civil” indica mesmo que, segundo Gaydamak, TAIS é um acrónimo das iniciais Tatiana e Isabel, empresa que entretanto acaba por mudar de nome para Iaxon Limited, registada na colónia britânica de Gibraltar.
O livro dedica ainda capítulos sobre as ligações de Isabel dos Santos ao empresário português Américo Amorim, “a guerra na Galp Energia” e os vários pontos de contacto com Portugal.
“Ela faz estas ligações porque são estratégicas para os negócios em Angola. Ao mesmo tempo por segurança: se alguma coisa acontecer de grave também tem um refúgio e aquilo que é racional com a ligação com Portugal é o sector empresarial, a eficiência e a máxima rentabilidade nos negócios além de assegurar o seu controlo estratégico em Angola”, disse o autor da biográfica.
Para Filipe Fernandes, a empresária encontrou alguma consistência nos sectores que escolheu: o financeiro e a articulação que ela tem que ter porque, “apesar de tudo”, os bancos em Angola, têm alguns accionistas portugueses e consequentemente com os meios accionistas internacionais que “sozinha não teria”.
Regressemos a Fevereiro de 2014. “São projectos como estes que permitem impulsionar a nossa economia e melhorar os níveis de produção interna, reduzindo as importações”, referiu o ministro que, por lapso, se esqueceu também de referir que este sinal de progresso se deve ao espírito estratégico e inovador de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos.
Na mesma ocasião, o consultor do ministro da Economia, Licínio Vaz Contreiras, disse que o programa “Angola Investe” previa atingir 70% das necessidades do mercado em ovos até final do ano. Provavelmente com algumas modificações genéticas as galinhas produziriam ovos com as diferentes marcas comerciais e, quem sabe, até com as cores do proprietário ou do Governo.
“Em 2012, quando visitámos a fazenda Pérola do Kikuxi, existiam apenas 25 mil galinhas em crescimento, hoje 200 mil galinhas geram um ovo por dia”, afirmou Licínio Vaz Contreiras, descobrindo – o que importa realçar – um verdadeiro ovo de Colombo.
E acrescentou que “esta unidade fabril começa a resolver a cadeia de produção de ovos e frangos, que para nós constitui um grande impulso ao sector aviário”. Talvez assim, nas zonas mais inóspitas, possamos ver as jovens de cesto na mão a vender os ovos nas picadas, procurando um dia serem também milionárias.
Certamente que agora, perante a crise que até levou o reino a pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional, o Executivo não deixará de implementar o lançamento de ovos da marca “Isabel dos Santos”, destinados à exportação, correspondendo, aliás, à emblemática tese da filha de sua majestade o rei que diz: “Tive sentido para os negócios desde muito nova. Vendia ovos quando tinha seis anos”.
Isabel dos Santos, a mulher mais rica de África, é já um património da humanidade, sobretudo a nível da transparência empresarial e da valorização de um produto quase autóctone – o ovo. Não são produzidos pelas chamadas galinhas de Angola mas de um seu parente, o que para o efeito é irrelevante.
Além disso, como se sabe, a ascensão empresarial da Santa Isabel dos Ovos não se deveu, longe disso, ao facto de ser filha do dono do aviário, mas tão somente à sua capacidade genética para antecipar os bons negócios, dos quais a venda de ovos foi um talismã.
Acresce que todas as afirmações de Isabel dos Santos, ovíparas ou não, constituem um legado da humanidade. Vejamos algumas que fez ao influente jornal britânico Financial Times:
“Lembro-me quando existiam 300 mil carros em Luanda, quando existiam 600 mil carros, quando existia um milhão de carros e agora penso que existem 2 milhões de carros. Está relacionado com o crescimento do mercado de consumo. Apenas cresceu de forma muito mais rápido do que as infra­estruturas podiam acompanhar”;
“Como se consegue baixar a desigualdade em Angola? Criando oportunidades e criando cada vez mais desenvolvimento. Acordar de manhã e ir trabalhar, fazer alguma coisa. Vai demorar muito tempo, mas quanto mais coisas se fizer acontecer, mais coisas serão construídas”;
“Duvido [que os meus pais tenham sido apresentados pela KGB, quando se conheceram na antiga União Soviética]. Demoraram sete anos a casar, a obter as autorizações. Não penso que tenha sido o KGB, pois nesse caso teriam obtido os papéis mais cedo”;
“O meu pai gosta de cozinhar. Gosta de Peixe. Nunca tivemos o sentido da grandiosidade. Eu ia a pé para a escola”;
“Imagino que seja muito difícil distinguir o pai da filha. Penso que essa dificuldade advenha de estar a fazer as minhas coisas e o meu pai ser uma figura política africana muito forte há tantos anos”;
“Os meus pais foram muito exigentes comigo. Tinha cerca de 23 horas de aulas por semana, mais os laboratórios, mais os relatórios, pelo que não havia tempo para divertimentos”;
“Há muitas pessoas com ligações familiares, mas que hoje não são ninguém. Se for trabalhador e determinado vai ter sucesso e isso é o principal. Não acredito em caminhos fá­ceis”;
“Não estou envolvida na política e nunca tive qualquer papel na política. Nunca tive um emprego na administração pública. Não trabalho com o Governo”;
“Estou sempre a trabalhar, sete dias por semana. O trabalho é divertido. Se faz alguma coisa que vai dar um emprego a alguém, e essa pessoa depois pode pagar a educação do seu filho, e depois o seu filho vai ser um médico, que provavelmente ajudará muitas outras pessoas, isso é muito motivante. Muito mais divertido do que ir para a praia”.
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ANGOLA: MULHERES RESISTENTES.

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No dia 25 do corrente mês (5ª feira) pelas 18H30 no Camões/Centro Cultural Português (Av. de Portugal nº 50. Luanda) será inaugurada a exposição fotográfica Mulheres Resistentes, numa parceria com a Alliance Française de Luanda, que reúne 22 trabalhos do fotojornalista francês Pierre – Yves Ginet.

Os trabalhos fotográficos apresentados foram recolhidos em 20 países de vários continentes. Do Tibete à Turquia, do Peru à Argélia, da Argentina a Marrocos, da França ao Haiti, da R.D. do Congo ao Nepal, da Palestina ao Sudão, do Ruanda ao Cambodja, da Bélgica ao Kosovo. Todos eles são testemunhos da luta das mulheres anónimas no mundo actual.
A exposição, que foi concebida em estreita colaboração do Centro de História da Resistência e Deportação de Lion com a Associação “Mulheres Aqui e Além”, aborda temas chave da luta das mulheres em prol do objectivo comum de construção de um futuro melhor para as gerações vindouras. O respeito pelas minorias étnicas, o direito à cidadania plena, a luta contra a discriminação, contra o preconceito, contra a injustiça, contra todas as formas de violência e a luta pela liberdade.
Pierre – Ives Ginet, no seu trabalho, não reduz a mulher à condição de vítima perpétua, mártir, ou minoria a proteger. Rejeita uma visão paternalista da condição da mulher e projecta uma imagem da sua força, como sujeito activo da sociedade, ao lado do homem. As mulheres, que representam actualmente cerca de 51% da população mundial, têm em comum a abnegação, a determinação, um sentido profundo do diálogo e enfrentam com coragem todos os males que as atingem, mas também os que afectam indiscriminadamente a sociedade, como os conflitos e as epidemias.
A exposição conjuga e harmoniza imagens de diferentes continentes, diferentes religiões, diferentes países (mais ou menos desenvolvidos), de zonas de guerra e de zonas de paz, procurando um ponto comum universal entre todas as mulheres resistentes anónimas a que chama “combatentes da sombra”.
Sobre a exposição, Taslima Nasreen, escritora do Bengladech, diz: “Um testemunho a favor do reconhecimento das mulheres, tão universal como contemporâneo, só pode servir para nos encorajar a prosseguir os nossos combates”.
Algumas palavras-chave induzidas pelas imagens relativamente às mulheres: Afirmar a sua identidade e a sua cultura; Resistir às injustiças; Lutar pelos seus direitos; Sobreviver à fome e à doença; Reconstruir as sociedades.
Pierre – Ives Ginet abandonou, em 1996, uma carreira bem sucedida de analista financeiro numa multinacional, para abraçar a profissão de fotógrafo. Dedicou os primeiro anos do seu trabalho, como fotojornalista ao Tibete, sobre o qual publicou várias obras. Aí desenvolveu um trabalho profundo, de três anos, sobre as monjas tibetanas, Posteriormente, foi alargando o seu campo de acção ao mundo inteiro, desenvolvendo o tema das mulheres anónimas que contribuem para escrever a história do nosso tempo.
Foi co-fundador da revista “Mulheres Aqui e Além” e publicou sete obras, das quais cinco dedicadas ao Tibete. Apresentou perto de duas dezenas de exposições em França e na Bélgica. É a primeira vez que apresenta os seus trabalhos em Angola.
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GUINÉ-BISSAU: A TODO O MOMENTO GOVERNO PODERÁ CAIR (MÉNHER MÉNHER!).

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Vários observadores em Bissau acreditam estar para breve a queda do governo de Carlos Correia (PAIGC) e já se aventa a possibilidade de tal ocorrer já esta quinta-feira, 14. É essa, também, a previsão do Africa Monitor, que na sua última edição avança exactamente esta data para a queda do governo.

Prevê-se, ainda, que o próximo executivo da Guiné-Bissau venha a receber o apoio do Partido da Renovação Social (PRS), de dissidentes do PAIGC e de personalidades ligadas ao Presidente da República, José Mário Vaz. Para a chefia do governo, o nome mais aventado é o de Soares Sambú, um dos mais prestigiados dissidentes do partido atualmente no poder.

A análise do "Africa Monitor" coincide com a opinião da maioria dos observadores em Bissau, que apontam José Mário Vaz como o inspirador de mais uma mudança de executivo. E há relatos de que o PR se tem desdobrado em reuniões com vários setores políticos.

A iminente queda do governo de Carlos Correia decorre de um acórdão do Supremo Tribunal, com data de 4 de abril, onde se determina que os 15 deputados do PAIGC, que se rebelaram contra a direção do partido e pediram o estatuto de independentes, regressem ao Parlamento.

A decisão do tribunal aconteceu após um recurso interposto pelos deputados que foram expulsos do Parlamento com a alegação que o regimento da Assembleia Nacional não admitia o estatuto de independente.

Com o regresso dos parlamentares dissidentes e a convocação do plenário para dia 14, o mais provável é que uma moção de censura provoque a queda do governo do PAIGC. E, nesse sentido, o PR já “mexe os cordelinhos” para se encontrar uma outra solução decorrente da nova maioria parlamentar (PRS e dissidentes do PAIGC).

Fonte: AM/CV-Direto

http://www.asemana.publ.cv/spip.php?article117700&ak=1

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