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O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Deixem em paz o coração do homem.

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O coração D. Pedro I está no Brasil para comemorações da independência que está fazendo 200 anos. Que mania o ser humano tem de apreciar essas coisas, parecendo que é um gosto um tanto tétrico. E que mania tem as autoridades, quando não têm o que fazer ou coisa melhor para fazer, de buscar alguma coisa que sirva para disfarçar o que está conturbado. Na ditadura militar trouxeram até mesmo a ossada de Dom Pedro II, ele que foi posto para correr do Brasil sem poder olhar para trás e nunca mais que tinha voltado da Europa onde se exilou. Não deixaram. O Itamarati, na falta de ter algo melhor, como defender a Ucrânia do império belicista e cruel da Rússia, disse que se trata da vinda de um símbolo dos afetos históricos entre Brasil e Portugal. Tem coisa melhor para simbolizar isso. Podia deixar o coração de Pedro I no Porto, onde morou e se deu bem. Respeitado. Ele que saiu do Brasil com a moral baixa. É de se ver, que for verá, uma cena até que doentia ver a fila de embaixadores, autoridades, convidados diversos seguindo em frente para ver um órgão boiando no líquido. Tomara que alguém da família imperial brasileira – que foi convidada apesar de não se dar bem com o governo que aí está – tenha um maluco que pegue o coração e corra com ele para casa, para enterrar no quintal que seria o lugar adequado. Despojos do corpo Lembre-se que os despojos do corpo de D. Pedro se encontram sepultados desde 1972 na Cripta do Monumento à Independência, no Museu do Ipiranga, em São Paulo. Ali, dizem, mas hoje se contesta, seria onde teria dado o Grito da Independência, em 7 de setembro de 1822. A cripta, sim, lugar certo para quem já morreu. Dom Pedro, para quem estudou história, saiu do Brasil para Portugal onde morreu em 1834. Aqui era primeiro. Lá era sexto. Foi imperador do Brasil por quase 10 anos e depois deixou o país em 1831 para seu filho Pedro II. A ideia de trazer o coração partiu das hostes de Bolsonaro que deve achar que assim estaria adotando uma postura de “estadista”. Na verdade, o que se pretende, não se sabe, como, mas partindo dele deve ser real almejar conturbar ainda mais o processo eleitoral no Brasil. Só sei que expor o coração é algo de extrema morbidez. E esse governo é mórbido de nascença.  Ver mais em https://port.pravda.ru/sociedade/56087-coracao_pedro/

Se a Rússia se retirar da Líbia, perderá toda a África.

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A publicação do estande líbio, citando o cientista político Adel al-Khattab, publicou um artigo sobre a retirada da empresa militar privada Wagner da Líbia. Foi dito que a decisão de retirar a PMC do país foi tomada pelo Ministério da Defesa russo. O comando das Forças Armadas líbias já foi notificado da mudança. Adel al-Khattab acredita que a razão da decisão está no rápido crescimento da popularidade da PMC Wagner, especialmente depois de seu sucesso na Ucrânia. Isto afetou negativamente a imagem do Ministério da Defesa russo, o que pressionou o ministério a reagir a tal desenvolvimento de acordo. Curiosamente, o Ministro da Defesa russo Sergei Shoygu nem sequer mencionou a República Centro-Africana, já que ele estava listando os países amigos da Rússia. O evento aconteceu à margem da 10ª Conferência de Moscou sobre Segurança Internacional. Isto não é uma mera coincidência. Todos sabem que a República Centro-Africana é uma vitrine para o sucesso da Federação Russa no Continente Negro. A mídia ocidental associa a presença da Rússia na região com as atividades do PMC Wagner. Viktor Vasiliev, autor de um canal de telegramas dedicado às notícias africanas, acredita que a retirada da Rússia da Líbia devido a intrigas no estabelecimento russo designou a retirada potencial da Rússia da África. Em sua opinião, isto levará ao fracasso da Federação Russa em todas as direções. "A presença da Rússia na Líbia e na África em geral é o alfa e ômega da atual política da Federação Russa, que desencadeou mudanças tectônicas no mundo após 24 de fevereiro. As mudanças continuarão ainda mais. Hoje, pode-se ouvir literalmente todos falando sobre o papel-chave que a Rússia desempenha em todo o mundo", diz Vasiliev. Ele chamou a atenção para os acontecimentos de 11 anos atrás, quando a OTAN deu início a sua operação militar na Líbia. A morte de Muammar Gaddafi, significativa para todo o continente negro, também afetou a Rússia. "A radicalização que se pode observar hoje mesmo no topo é a escolha natural de qualquer predador encurralado. Atacar primeiro e lutar até o fim". E sim, esta é a escolha do povo russo", especificou ele. Vasiliev lembrou que a invasão da chamada coalizão ocidental de manutenção da paz na África se transformou em uma onda de terrorismo no Sahel e causou a crise líbia. A guerra de "todos contra todos", que começou no estado norte-africano, espalhou-se muito além de suas fronteiras. Isto levou a um aumento do tráfico de drogas, à proliferação de armas, à pilhagem de recursos naturais, incluindo ouro e diamantes. "Tudo isso pode ser definido como caostização. Podemos ver hoje processos semelhantes na Ucrânia", acredita o especialista. Ver mais em https://port.pravda.ru/mundo/56053-russia_libya/

Perito: Gorbachev e Ieltsin abandonaram o Afeganistão à sua sorte.

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Em Fevereiro de 1989, as tropas soviéticas deixaram o Afeganistão. Por que razão a guerra civil no seu território não parou desde então, e se a URSS e os líderes russos poderiam ter impedido o derramamento de sangue neste país após a retirada das nossas tropas do Afeganistão, disse o jornalista internacional, doutorado em História, um veterano de operações militares no Afeganistão Alexander Sukhoparov. A culpa é dos EUA, não da URSS - Alguns argumentam que a actual situação no Afeganistão é culpa da entrada das tropas soviéticas no país em finais de 1979, uma vez que poderia amargar o povo do Afeganistão que se precipitou para os EUA para resistir à agressão soviética. Será isto verdade? - Não. A actual situação política no Afeganistão é culpa dos EUA, que levaram a invasão daquele país em 2001 a impor a sua ideologia aos afegãos. Em 2022, os americanos fugiram do Afeganistão à pressa, abandonando propriedades e aliados. Como resultado, os islamistas radicais dos Talibãs,* que os EUA e o Paquistão ajudaram a criar, chegaram ao poder. A União Soviética tinha sempre defendido um Afeganistão neutro e independente. Quando o Partido Popular Democrático do Afeganistão (PDPA) chegou ao poder em Cabul, a URSS foi a primeira a reconhecer a República Democrática do Afeganistão. Em Dezembro de 1979, em resposta a repetidos pedidos do governo legítimo afegão, a URSS inseriu no país um contingente limitado de tropas para ajudar o Afeganistão a defender-se contra forças externas que tentavam derrubar o PDPA. Esta assistência foi legal e respeitou plenamente o Tratado de Amizade, Boa Vizinhança e Cooperação, celebrado em Dezembro de 1978 entre os nossos dois Estados, bem como o direito internacional e o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que prevê o direito inerente dos países à autodefesa colectiva e individual para repelir a agressão externa. A entrada de tropas impediu que o Afeganistão fosse transformado num trampolim para acções subversivas contra a URSS. Foi um passo justificado em nome da segurança das nossas fronteiras meridionais. - Será que os EUA queriam empurrar a URSS para o Afeganistão a fim de enfraquecer a nossa economia e arruinar o país? - Sim, a CIA e o Departamento de Estado tinham uma tal estratégia. Zbigniew Brzezinski, então conselheiro de política externa do presidente dos EUA, disse que o seu objectivo era transformar o Afeganistão para a URSS no que o Vietname se tinha tornado para a América. No entanto, isto não aconteceu. O papel soviético no Afeganistão foi fundamentalmente diferente do papel americano no Vietname, e o resultado final da guerra foi diferente. A União Soviética ajudou o seu vizinho do sul não só a repelir a agressão estrangeira, mas também política e economicamente. Construímos mais de 140 instalações em solo afegão: - complexos industriais, - estradas, - gasodutos e campos de gás, - instalações médicas, - instituições educacionais. Esta assistência é recordada com gratidão pelos afegãos. É fundamentalmente diferente do que os americanos trouxeram para o Afeganistão em 2001: guerra, sangue e destruição. Eram desconhecidos para os afegãos. Os afegãos também não gostam dos talibãs*, no entanto escolheram o menor de dois males. Com a chegada dos islamistas radicais, o Afeganistão não será pacificado e continuará a enfrentar um teste difícil, possivelmente militar. História de traição - Até que ponto tinham os soviéticos conseguido preparar o exército e os serviços especiais, que estavam subordinados ao Presidente Mohammad Najibullah, para resistir aos Dushmans antes de eles partirem em 1989? - O exército afegão estava bem preparado para a resistência quando as nossas tropas se encontravam no país. Muitos dos seus oficiais tinham sido treinados em escolas e academias militares soviéticas, conheciam métodos de guerra modernos e tinham armas modernas. Após a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão em Fevereiro de 1989, as tropas afegãs repeliram com sucesso os ataques dos Mujahideen por mais três anos. Ver mais em https://port.pravda.ru/mundo/56017-afeganistao_russia/

Não, a “comunidade internacional” não está contra a Rússia!

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Esta semana decorreram dois eventos internacionais em paralelo na Rússia: a 10ª Conferência Sobre Segurança Internacional (15-16 de Agosto) em Moscovo e, na base aérea de Kubinka, nos arredores da capital, o 8º Fórum Internacional de Tecnologia Militar, ambos os eventos foram organizados pelo Ministério da Defesa russo. Com excepção de duas ou três citações do discurso de abertura de Vladimir Putin, a imprensa portuguesa ignorou-os piamente Estiveram presentes delegados oficiais dos 54 governos do continente africano, TODOS os países africanos estiveram lá. Também esteve presente grande parte da América Latina e da Ásia bem como o Médio Oriente, com destaque para as presenças de delegações paquistanesas, israelitas e iranianas, a excepção foram basicamente os países mais pálidos do globo: Nova Zelândia, Canadá, Austrália, as várias nações da União Europeia, os EUA e respectivos aliados/dependentes... leram isso em algum jornal? Claro que não! Quando lemos em toda a comunicação social de massas que a "comunidade internacional" está contra a Rússia, devemos ler que "o Ocidente liberal" está contra a Rússia... De acordo com os dados do Kremlin estiveram presentes um total de setecentos delegados. “A Rússia nunca colonizou África” Uma das oradoras da Conferência Sobre Segurança Internacional foi Thandi Modise, ministra da Defesa da África do Sul, que recordou que “a Rússia nunca colonizou África”, o que lhe ganhava um certo “respeito” junto das nações africanas ao qual se une “o respeito por nunca ter escravizado os africanos quando lhes concedeu empréstimos e prestou serviços”. A ministra sul-africana destacou que “em termos de desenvolvimento, a Rússia tem o potencial de investir, de se tornar num parceiro comercial, de fazer crescer as nossas economias, levando-nos a menos pobreza e a menos dependência”. Modise afirmou que esta cooperação económica devia decorrer no seio dos BRICS (o bloco constituído pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e que o seu país serviria de ponte de ligação para as restantes nações africanas, sendo que todos os 54 países do continente africano marcaram presença com delegados próprios. No que diz respeito à pressão ocidental para cortar laços com a Rússia, a governante sul-africana recordou que a África do Sul não gosta que lhe digam com quem pode ou não falar. “Há laços fortes entre os nossos países que datam já do tempo da União Soviética e temos vários acordos bilaterais”, reconhecendo que “a Rússia tem o direito de se defender”. Consórcio Russo-Indiano O Fórum serviu também para a BrahMos Aerospace, empresa que conta com capital russo e indiano bem como com fábricas em ambos os países, apresentar o seu novo míssil balístico para os jactos Sukhoi Su-30MKI. Note-se que os jactos Sukhoi são uma das principais exportações militares da Rússia, fazendo já parte dos respólios militares de Angola, da Índia, da Algélia, da Arménia, da Bielorrússia, da China, da Indonésia, do Cazaquistão, da Malásia, do Uganda, da Venezuela e do Vietname, sendo que a Argentina, as Filipinas e o Irão manifestaram interesse em adquirir também estes aviões no decorrer do fórum deste ano. Não querendo ficar atrás do eterno rival indiano, o Paquistão marcou presença na pessoa do Secretário de Estado da Defesa, Mian Hilal Hussain, que assumiu que o seu país tencionava firmar vários acordos bilaterais com a Rússia. O Paquistão já firmou um tratado de cooperação mútua em 2014, sendo frequentes os exercícios militares conjuntos. Se a presença da Índia e do Paquistão vos parece estranha, o que dizer da presença de Israel e do Irão? Na incerteza do ocaso ocidental e no que aparenta ser a ascensão de uma Nova Ordem Mundial Multilateral, ninguém quer ficar para trás num momento que se afigura como histórico. Quem está isolado? O Ocidente ou a Rússia? A União Europeia e os EUA estão a tentar retractar a guerra na Ucrânia como uma potencial guerra contra a Rússia e, por arrasto, contra a China alegando que a "comunidade internacional" está do nosso lado... contudo a esmagadora maioria dos países do mundo têm acordos de defesa e parcerias estratégicas, comerciais e militares com Moscovo e Pequim, de Brasília (é irrelevante se ganha Bolsonaro ou Lula, o Brasil vai continuar como aliado preferencial da Rússia porque a geopolítica não se deixa levar por emoções ideológicas efémeras) até Jacarta passando pela Cidade do Cabo, Luanda e Islamabad, não é a Rússia que está isolada: somos nós na União Europeia. Recorde-se que na Segunda Guerra Mundial os europeus eram a hegemonia mundial por força da colonização em África e na Ásia, mas esses países são independentes agora e têm muitas contas para acertar com a Europa às quais se juntam os acertos de contas da América do Sul com os Estados Unidos da América. Uma guerra com a Rússia como tanto pregam os hipócritas e emotivos comentadores e jornaleiros portugueses na realidade será uma guerra contra o mundo todo e o suicídio de facto da Europa se se concretizar, não se deixem enganar pela propaganda de guerra da União Europeia, que não consegue livrar-se do jugo militarista dos EUA e que atirou a Ucrânia para o actual massacre, ignorando piamente uma guerra que já decorria de facto desde 2014! Flávio Gonçalves Exclusivo Pravda.ru Flávio Gonçalves é cronista, crítico e difusor literário na edição em língua portuguesa do jornal digital Pravda.ru, director das revistas "Libertária" e “Prontidão e Sobrevivência”, editor, tradutor, ex-autarca, membro do Conselho Consultivo do Movimento Internacional Lusófono, sócio fundador do Instituto de Altos Estudos em Geopolítica e Ciências Auxiliares, activista do Conselho Português para a Paz e Cooperação e das campanhas internacionais Tirem As Mãos da Venezuela e Hands Off Syria Coalition, é colaborador do Centre for Research on Globalization (Canadá) e do Center for a Stateless Society (EUA), ex-jornalista na revista "Your VIP Partner" e no semanário "O Diabo", pode segui-lo em Twitter.com/Flagoncalv. Ver mais em https://port.pravda.ru/russa/56083-russia_comunidade_internacional/

ANGOLA: EU, BURRO, BANDIDO E LÚMPEN…

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João Lourenço, Presidente da Re(i)pública de Angola, Presidente do MPLA, Titular do Poder Executivo e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, disse que eu (tal como todos os que não pensam como ele) sou “burro, bandido e lúmpen”. Agradeço a qualificação, desde logo porque ela significa que, em matéria de angolanidade, qualquer semelhança entre mim e João Lourenço é mera e ténue coincidência. Por Orlando Castro (Des)governados há 47 anos pelo mesmo partido, o MPLA, quererão os angolanos mais do mesmo? Angola é um dos países mais corruptos do mundo? É. É um dos países com piores práticas “democráticas”? É. É um país com enormes assimetrias sociais? É. É um país com um dos maiores índices de mortalidade infantil do mundo? É. É um país eternamente condenado a tudo isto? É. Mais uma vez, a maioria (mesmo quem empolada pela fraude) dos angolanos em vez de escolher um político que, embora formado na escola europeia, nunca deixou de ser (pelo contrário) angolano, africano, preferiram um general formado e formatado na escola soviética. Como aconteceu nos últimos 47 anos, os ortodoxos do re(i)gime angolano, capitaneados por João Lourenço, não conseguem deixar às gerações vindouras algo mais do que a pura expressão da sua cobardia, inferioridade intelectual e racismo, entre outras coisas, faz com que milhões de angolanos tenham pouco ou nada, e poucos tenham muitos milhões. Os resultados em Luanda são esclarecedores. É típico do MPLA. Quando não tem argumentos parte (vejam-se os exemplos dessa coisa intelectualmente disforme chamada Rui Falcão) para a ofensa, a ponto de – por exemplo – o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente, general Francisco Furtado, ter avisado que quem dissesse mal do MPLA “iria levar no focinho”. Enquanto Adalberto da Costa Júnior defendia (e continuará a defender) o poder das ideias, João Lourenço aposta tudo nas ideias de poder. Enquanto Adalberto da Costa Júnior defendia (e continuará a defender) a força da razão, João Lourenço só conhece a razão da força, certamente inspirado nos seus políticos de referência, casos de Vladimir Putin e Kim Jong-un. João Lourenço acusou durante a campanha eleitoral de 2017, no Bié, a UNITA, e as suas forças militares cuja existência terminou há 20 anos, de ter sido responsável pela destruição da capacidade industrial do país durante a guerra, o que – disse o presidente – criou dificuldades adicionais na criação de emprego para os jovens. Tratou-se de um paradigmático acto de cobardia. Mas resultou. E dessa forma assassinou a promessa de criação de 500 mil empregos. Talvez os génios do MPLA, quase todos paridos nas latrinas da cobardia intelectual e da generalíssima formação castrense “made in” URSS, pensem que não é necessário dar corpo e alma à angolanidade. Não sabem, aliás, o que isso é. É por isso que alimentam o ódio e a discórdia, o racismo, não reconhecendo que a liberdade deles termina onde começa a dos outros. Não aceitando que a reconciliação passa pela inclusão e não pela exclusão, não reconhecendo que numa guerra, como foi a nossa, ninguém teve razão. Porque não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar, permitimo-nos aqui no Folha 8 a ousadia (que esperamos – com alguma ingenuidade, é certo – compartilhada por todos os que responderam a esta chamada) de tentar o impossível já que – reconheçamos – o possível fazemos nós todos os dias, mesmo tendo a cabeça na mira das forças do MPLA. Entendemos que a situação angolana ultrapassou nos últimos cinco anos (tal como nos anteriores 38) os limites, mau grado a indiferença criminosa de quem, em Angola ou no Mundo, nada faz para salvar um povo que morre mesmo antes de nascer. Ao reacender o seu complexo de inferioridade, João Lourenço mostrou que – afinal – pertence ao grupo que advoga a tese de que em Angola existem dois tipos de pessoas: os angolanos (os que são do MPLA) e os outros (os que não são do MPLA). João Lourenço está-se nas tintas para os tais “outros” que morrem todos os dias, a todas as horas, a todos os minutos. E morrem enquanto o MPLA (este MPLA) canta e ri. E morrem enquanto ele, em Luanda, come lagosta e trata os adversários políticos como inimigos, chamando-lhes “burros”, “bandidos” e “lúmpenes”. É que, quer o MPLA queira ou não, como na guerra, a vitória é uma ilusão quando o povo morre à fome. E nós temos 20 milhões de pobres que o MPLA criou. A Angola profunda, a Angola real, a Angola construída à imagem e semelhança do MPLA e dos seus dirigentes tenderá agora a ficar pior. Admitimos que o próprio José Eduardo dos Santos terá tido, de vez em quando, consciência de que a sua ditadura não era uma solução para o problema angolano, sendo antes um problema para a solução. O comportamento de João Lourenço nos últimos cinco anos mostra índice de menoridade civilizacional e um nanismo intelectual que só tem um objectivo: instaurar ainda mais a lei de partido único (embora sob a máscara da democracia), blindar a ditadura e negar qualquer direito aos escravos do reino. Por alguma razão o MPLA substituiu o colonialismo português pelo seu próprio colonialismo. Mais do que julgar e incriminar, importava parar com as acusações. Parar definitivamente. João Lourenço e o (seu) MPLA assim não entendem. Aproveitaram o intervalo na guerra que acham que ainda não acabou para, no meio de palavras às vezes simpáticas e conciliadoras, ganhar tempo e continuar o processo de esclavagismo, ganhar tempo para formar novos milionários, ganhar tempo para sabotar eleições, ganhar tempo para enganar, voltar a enganar, o Povo. Angola tem generais assassinos a mais e angolanos livres a menos. Angola tem feridas suficientes para ocupar os médicos (que não tem) durante décadas. Mesmo assim, João Lourenço não está satisfeito. Convém, por isso, que a democracia, a igualdade de oportunidades, a justiça, o Estado de Direito cheguem antes de morrer o último angolano. Esperamos que disso se convença João Lourenço. É que se continuar a insistir na guerra, mesmo falando de paz, um dia destes alguém lhe fará a vontade. E, se calhar, até mesmo algum falcão do seu partido… fonte: folha8

ANGOLA: FRACO LÍDER FAZ FRACA A FORTE GENTE!

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João Lourenço tornou regra de ouro no seu (mau) reino que a liberdade dos jornalistas tem de acabar onde começa a do seu (mau) MPLA, seja em Angola ou noutros países (caso do seu protectorado socialista que dá pelo nome de Portugal), entendendo que a sua liberdade não tem limites. E não faltam seguidores, não só no MPLA, não só em Portugal. Por Orlando Castro Por alguma razão, há já bastante tempo mas sempre com plena actualidade, António Barreto – prestigiadíssimo sociólogo português – disse de José Sócrates aquilo que hoje se aplica milimetricamente a João Lourenço. Ou seja, que “não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação”. António Barreto acrescentou ainda, de forma lapidar, que “o primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas”. Aplicável a 100% a João Lourenço. Habituado a que os trabalhadores das redacções dos órgãos de comunicação social (Jornalistas são, como é óbvio, outra coisa substancialmente diferente) vão comer à mão do MPLA, João Lourenço não consegue conviver com a liberdade de expressão, com o direito à indignação e também com o dever dos jornalistas de escrutinar a actividade do Governo. É por isso que João Lourenço se dá bem com a sua própria sombra, bem como com outras sombras que com ele estão sempre de acordo. Numa atitude que está a fazer escola, prefere ser assassinado pelo elogio do que salvo pela crítica. Acontece que no que ao Folha 8 respeita não será assassinado. É, obviamente, um direito que lhe assiste. O problema está em que quer transformar, como “puro” filho do MPLA, o país num amontoado de acéfalos e invertebrados portadores do cartão de militante do MPLA. Em Luanda, mas não só, Adalberto da Costa Júnior e a UNITA mostraram a João Lourenço que ter cartão de militante do MPLA não transforma um néscio em génio. O azedume do Presidente da República (não nominalmente eleito) quando vê algum jornalista que se atreve a dizer o que não lhe agrada reflecte igualmente a frustração que deve sentir por não ter conseguido, embora tenha tentado e continue a tentar, transformar todos os jornalistas nos tais acéfalos e invertebrados ao serviço (bem pago) da sua causa. Aliás, por este andar em que aos 47 anos de Poder o MPLA vai acrescentar mais cinco (se entretanto o MPLA não implodir) a caminho da meta de estar 100 anos ininterruptos no governo, será certo que acabem todos aqueles que teimam em ser Jornalistas. Se em cinco anos de poder João Lourenço fez o que fez, nos próximos cinco apostará no fim da liberdade de expressão e da diversidade de opiniões. Parafraseando António Barreto sobre José Sócrates, diremos que “não sabemos se João Lourenço é fascista. Não nos parece, mas, sinceramente, não sabemos. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. “Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu governo.” Em Angola o MPLA chama-lhe educação patriótica, ministrada por quem para contar até 12 tem de se descalçar. João Lourenço converteu os ex-assessores agora chamados de “Press officers e Media consultants”, que falam todos os dias com os administradores, directores e jornalistas das televisões, das rádios e dos jornais e (no que aos jornalistas respeita) “escrevem notícias com todos os requisitos profissionais, de modo a facilitar a vida aos jornalistas”. Fazem-no em Angola como noutros países. Esses “Press officers e Media consultants” mentem de vez em quando. Exageram quase sempre. Organizam fugas de imprensa quando convém. Protestam contra as fugas de imprensa quando fica bem. Recompensam os que se conformam. Castigam, com boatos, ameaças e perseguições os que prevaricaram. São as fontes. Que inundam ou secam. E então? Então este é o país em que vivemos: A mentira é uma arte. Esta é a nossa sociedade: o cenário substitui a realidade. Esta é a cultura em vigor: o engano tem mais valor do que a verdade. E porque é que João Lourenço, bem como os seus sipaios, não gostam do Folha 8? Desde logo porque temos a obrigação e o dever de relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Porque se não procuramos saber o que se passa não estamos a cumprir a nossa missão. Porque se sabemos o que se passa e eventualmente nos calamos estamos cometer um crime junto das únicas pessoas a quem devemos prestar contas: os angolanos (nomeadamente os 20 milhões de pobres). Porque não aceitamos restrições no acesso às fontes de informação, nomeadamente às de origem pública, e consideramos que essas restrições são uma inaceitável barreira à liberdade de expressão e ao direito de informar. Porque nos recusamos a divulgar as nossas fontes confidenciais de informação, respeitando sagradamente os compromissos com elas assumidos. A não revelação das fontes é, aliás, uma das razões pelas quais vale a pena ser preso. Porque se um jornalista não procura saber o que se passa é um imbecil, passando a ser um criminoso quando sabe o que se passa e se cala. O presidente do MPLA diz que “ao Estado e à justiça angolana não resta outra escolha senão o de alcançar o mesmo objectivo pelos meios legais ao seu alcance incluindo a cooperação judiciária internacional”. Recorde-se que, de facto (de jure há diferenças), o Estado/MPLA é dono da justiça, sendo esta um mero instrumento na mão de um partido que quer perpetuar-se no Poder, custe o que custar, ou seja – se necessário – massacrando angolanos, mesmo que sejam do MPLA. O Presidente angolano menciona “as vozes que se levantam no sentido de que a luta contra a corrupção está a ser mal gerida e que a melhor saída seria organizar um debate no seio do MPLA para resolver o problema” dentro da formação política, mas realçou que este não é só um problema do MPLA. Tem razão. É um problema de todo o país, embora se saiba que até agora os corruptos conhecidos são todos do MPLA. Assim, importa – segundo o partido – fazer tudo para que Angola deixe de ser o MPLA e passe apena a ser… do MPLA. Se é que já não passou. “É um problema dos angolanos e da sociedade no seu todo, nenhuma força política pode se arrogar o direito de a monopolizar, sob pena de ser entendido como uma tentativa de branqueamento dos seus”, disse o chefe de Estado. João Lourenço indica que o debate sobre as grandes questões nacionais é sempre bem-vindo desde que não se circunscreva a um único partido político e que “a luta contra a corrupção não leve o poder político a interferir contra a justiça, colocando em causa a independência dos tribunais”. É claro que o MPLA não interfere “contra a justiça, colocando em causa a independência dos tribunais”. E não interfere porque a justiça e os tribunais apenas cumprem as ordens superiores do MPLA. E por regra cumprem bem. Basta ver os casos em que primeiro é lavrada a sentença e só depois é feito o julgamento, cumprindo a regra de que até prova em contrário todos somos… culpados. Mata-se primeiro e interroga-se depois. “Depois dos ganhos obtidos pelo país em termos de reputação, o MPLA está proibido de passar mensagens erradas e desencorajadoras à sociedade, aos tribunais, aos investidores e à comunidade internacional”, vinca João Lourenço. João Lourenço avisa que não é possível dispensar a justiça no combate à corrupção e que vai continuar esta luta apesar da “resistência organizada” que tem encontrado. “É evidente que a perda repentina dos direitos abismais que alguns pensam ser um direito divino inquestionável, tinha de criar resistência organizada na tentativa de fazer refrear o ímpeto das medidas em curso”, declarou o presidente no seu discurso de abertura da III Reunião ordinária do Comité Central do MPLA, partido no Poder desde 1975 e dentro do qual João Lourenço foi um dos mais altos dignitários, a ponto de ter sido escolhido por José Eduardo dos Santos como seu sucessor. Sem citar nomes (como é típico do MPLA), João Lourenço falou de pessoas que tiveram “uma ambição desmedida, mas que deviam, pelo contrário, agradecer a acção do executivo”. Compreende-se que não cite nomes. Se o fizesse teria de começar por referir o nome de… João Lourenço. “Se deixássemos a festa continuar talvez viessem a morrer de congestão de tanto comer”, ironizou João Lourenço, refastelado que está por ter sido um dos que tinha acesso privilegiado à gamela mas que, graças ao marimbondo José Eduardo dos Santos, se transformou em dono dessa mesma gamela. João Lourenço reforçou a propaganda de que foi o MPLA que “teve coragem de encabeçar a luta contra estes fenómenos negativos e condenáveis” ao reconhecer os danos causados pela corrupção e nepotismo à economia e aos cidadãos, mas acrescentou que esta luta já não é só do MPLA e da oposição, e sim de toda a sociedade angolana. Isto, é claro, se a sociedade angolana não colocar em dúvida o domínio político, económico e financeiro do novo messias, João Lourenço. Se não sair à rua para se manifestar, se mudar o cérebro para o intestino, se aceitar pensar com a barriga e não com a cabeça. Daí os 20 milhões de pobres. Uma luta que, disse João Lourenço, “penalizará aqueles que dela desistirem ou pretenderem regressar ao passado”. Passado que, recorde-se, teve como uma das principais figuras o mesmo João Lourenço, então beneficiário directo e, por isso, submisso ministro de José Eduardo dos Santos. João Lourenço fez questão de sublinhar que é a sociedade angolana que exige a continuação desta luta “pelos ganhos morais, de reputação e económicos” que o país beneficiará. É verdade. Pena foi, e é, que João Lourenço tenha demorado tanto tempo a reconhecer que viu roubar, que participou nos roubos, que beneficiou dos roubos, mesmo dizendo que – apesar disso – não é, nem foi, ladrão. João Lourenço deixa regularmente recados às “vozes discordantes” da forma como a luta vem sendo desenvolvida, nomeadamente pessoas e instituições que julgam que é possível combater a corrupção com campanhas de educação e sensibilização e apelo ao patriotismo, dispensando a acção da justiça. Justiça que confunde, conscientemente, o fundo do corredor com o corredor de fundo, branqueando a incompetência generalizada em que se verifica, cada vez mais, que mudaram algumas moscas mas mantendo a mesma merda. Todas essas acções são importantes e necessárias, mas – diz – “servem para educar e prevenir os cidadãos para não enveredar por caminhos errados”, já que sendo a corrupção um crime, para quem nela está envolvido, “não há forma de se evitar a intervenção dos órgãos de justiça”, salienta João Lourenço. fonte: folha8

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