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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Presidente angolano João Lourenço passa Dia da Paz na Rússia.

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Presidente angolano, João Lourenço

Presidente angolano, João Lourenço
O Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, segue para Moscovo na segunda-feira, 1 de Abril, para uma visita oficial à Federação Russa, a convite do seu homólogo, Vladimir Putin

Segundo comunicado da Presidência, enviado às redacções, na capital russa, o Chefe de Estado angolano cumprirá um intenso programa que inclui um encontro com Vladimir Putin e conversações ao mais alto nível entre delegações dos dois países, tendo em vista o reforço e alargamento da cooperação bilateral.

Está prevista também a ida do Presidente João Lourenço à sede do Parlamento russo, a DUMA, para se dirigir aos deputados, em discurso.
Na sexta-feira, 29 de Março, um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, dava conta da visita de Lourenço a Moscovo. Numa entrevista à agência russa TASS, na quarta-feira, 29, Lourenço afirmou que Angola “gostaria de evoluir do estado actual de compradores de equipamentos e tecnologias militares russos para nos tornarmos os fabricantes e ter um ponto de montagem de equipamentos militares russos" em Angola.
No âmbito da missão de quatro dias em Moscovo, está igualmente programada a realização de um fórum empresarial para homens de negócios dos dois países, na expectativa da ampliação dos horizontes de investimento num e noutro mercado, constando igualmente do roteiro oficial uma função cultural no mítico Teatro Bolshoi com a presença da delegação presidencial angolana.

Nesta visita do Presidente João Lourenço à capital da Federação Russa, destaca-se ainda do programa a cerimónia de condecoração do Presidente Vladimir Putin com a Ordem Agostinho Neto, que terá lugar no KREMLIM quinta-feira à tarde, dia 4 de Abril (Dia da Paz de Angola).
fonte: VOA

África do Sul reúne embaixadores africanos para discutir violência xenófoba.

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Cidadãos estrangeiros no país têm sido alvo de ataques. Camionistas moçambicanos queixam-se de intimidação e violência nas redes sociais.
fonte: DW África
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Foto de arquivo (2015): Protesto contra ataques xenófobos na África do Sul
A ministra das Relações Internacionais e Cooperação sul-africana, Lindiwe Sisulu, vai reunir-se na segunda-feira em Pretória com embaixadores africanos acreditados na África do Sul para discutir a recente violência xenófoba contra imigrantes no país.
O porta-voz do Ministério das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Ndivhuwo Mabaya, adiantou à Lusa que o ministro da Polícia, Bheki Cele, participará também no encontro com os diplomatas africanos.
Segundo o porta-voz, a decisão do Governo sul-africano em convocar os chefes das diplomacias africanas para uma reunião em Pretória, acontece após violentos ataques contra cidadãos estrangeiros, na semana passada, nomeadamente nas províncias do KwaZulu-Natal, litoral sudeste, e Limpopo, norte do país.
A recente onda de violência contra cidadãos estrangeiros arrasta-se há pelo menos uma semana. Desconhecem-se até ao momento as causas dos incidentes de violência.
Motoristas moçambicanos dão o alerta
Na quinta-feira, sete camiões foram incendiados na autoestrada N3, entre a localidade de Estcourt e a portagem de Rio Mooi, na província do KwaZulu-Natal (KZN). "Sete camiões foram incendiados. A estrada estava fechada, mas uma via, em direção a Durban, já reabriu", disse o porta-voz da Inspeção de Tráfego Rodoviário (RTI), Zinhle Mngomezulu.
O responsável adiantou que a polícia não fez detenções no local e que foi aberta uma ocorrência de violência pública na esquadra de Polícia de Rio Mooi.
A polícia sul-africana não confirmou se os incidentes na N3 estão relacionados com a atual onda de protestos que envolve motoristas de camião estrangeiros, nomeadamente moçambicanos.
Mosambik Südafrika Präsidenten Zuma zu Besuch
De visita a Moçambique, em 2015, o então Presidente sul-africano Jacob Zuma pediu desculpas aos moçambicanos pela onda de violência contra os estrangeiros.
Imagens de violência no KwaZulu-Natal e alertas de segurança por parte de motoristas moçambicanos dando também conta de atos de intimidação e violência de que alegam ser alvo, circularam recentemente nas redes sociais.
O incêndio de camiões e o apedrejamento de veículos ocorrem com frequência naquela área.
Em maio do ano passado, 32 camiões foram incendiados e outros saqueados durante uma noite de protestos naquela província sul-africana.
No início da semana, mais de 150 cidadãos estrangeiros a residir num bairro informal em Clare Estate, em Durban, foram forçados a abandonar aquela área devido aos ataques armados.
A polícia no KwaZulu-Natal confirmou à imprensa os incidentes de violência na semana passada, acrescentando que "começaram na noite de domingo com ataques a lojas de cidadãos estrangeiros".
Registaram-se também incidentes na segunda e na terça-feira, adiantou a porta-voz da Polícia, Thulani Zwane.
Em declarações à imprensa, na sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal de eThekwini (envolvente à cidade de Durban), Zandile Gumede, considerou que os incidentes de violência são "pura criminalidade".
O autarca condenou a violência e instou a polícia a atuar contra os autores dos ataques.

China vai aumentar investimento anual em São Tomé e Príncipe.

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Garantia foi deixada pelo primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, no regresso de uma viagem à China. O investimento anual chinês no país está avaliado atualmente em 30 milhões de dólares.
fonte: DW África
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Jorge Bom Jesus, primeiro-ministro são-tomense
O primeiro ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, garante que a China vai "acelerar" e aumentar o seu investimento anual no país africano, avaliado atualmente em 30 milhões de dólares, e apoiar o orçamento do Estado.
"Com a China temos acordos já assinados, com investimentos de cerca de 30 milhões de dólares anuais, e solicitámos a possibilidade de acréscimo nalgumas áreas, o que foi muito bem acolhido", disse Jorge Bom Jesus, no sábado (30.03), sem referir em quanto o Governo chinês poderá decidir aumentar os investimentos.
O primeiro-ministro são-tomense regressou hoje ao país depois de uma semana na China onde participou na cimeira China-Ásia e durante a qual foi recebido pelo seu homólogo chinês, Li Keqiang.
"Este Governo precisa de financiamento, tanto das empresas públicas como privadas e em relação à China há aqueles investimentos relativos à cooperação geral, mas solicitámos também a possibilidade de cooperação a outros níveis, incluindo a possibilidade de geminações", explicou o governante.
"Todas as nossas solicitações foram bem atendidas e todos esses dossiers estão sobre a mesa e o governo depois saberá otimizá-los", afirmou o chefe do Governo de São Tomé.
Para o governante, a deslocação à China "foi uma viagem bem conseguida, sempre na perspetiva de afirmar a presença de São Tomé e Príncipe no mundo e continuar sempre neste exercício de diplomacia económica".
Reafirmou que a China é um parceiro com o qual o país tem cooperação bilateral e "de amizade de longa data, e com raízes muito profundas".
"Encontrei-me com o primeiro ministro Li Keqiang, justamente para reafirmar esta cooperação, revisitar os projetos e poder encontrar formas de acelerarmos a sua execução e aproveitamos a oportunidade para solicitar o apoio direto ao orçamento do Estado, o que foi aceite", sublinhou Jorge Bom Jesus.

A primeira morte por cólera após a passagem do ciclone foi confirmada este domingo. E número de casos da doença quase dobrou em relação aos últimos dias. Autoridades devem iniciar vacinação ainda esta segunda-feira.

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fonte: DW África
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Em Moçambique, e quase duas semanas após a passagem do ciclone Idai, morreu este fim de semana a primeira vítima de cólera na cidade da Beira. A informação foi confirmada este domingo (31.03) pela Direção Nacional de Assistência Médica de Moçambique.
Segundo o diretor nacional de Assistência Médica de Moçambique, Ussene Isse, o número de casos confirmados da doença quase que duplicou em apenas dois dias. No sábado, haviam sido reportados na província moçambicana de Sofala 271 casos de cólera. Um número que subiu para 517 no domingo.
 
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Moçambique: Primeira morte por cólera confirmada na Beira

Várias agências internacionais estão em Sofala para ajudar as autoridades moçambicanas no combate da doença. David Wightwick, líder da equipa da Organização Mundial da Saúde (OMS) na cidade da Beira, explica que o foco é o controlo do surto.
"Vamos tratar todos os casos de diarreia como se fossem suspeitos de cólera. Os casos muito graves serão encaminhados para os centros de tratamento que estão a ser instalados. Muitos destes centros já estão em funcionamento".
Surto
O primeiro caso de cólera foi detetado na cidade da Beira na passada quarta-feira. E, menos de uma semana depois, foram já confirmados 517 casos, o que faz deste um surto em rápida expansão.
A ajuda internacional é por isso cada vez mais urgente. E continua a chegar de vários países, desde Portugal, à França e Estados Unidos. Também nos próximos dias, devem chegar ao país 12 médicos e enfermeiros vindos de Cabo Verde.
O Governo chinês já enviou para a cidade da Beira uma equipa de médicos para a assistência às vítimas. Este domingo, os profissionais começaram já a pulverizar com sprays anticólera vários locais.
Mosambik Rotes Kreuz bei den Opfern des Zyklons Idai
Wang Shenguin é o porta-voz da equipa médica chinesa e disse que a "situação é muito má". "O nosso Governo preocupa-se, está muito preocupado com a situação aqui na Beira. E como a China tem uma boa relação com África, decidiu enviar para cá alguns médicos".
Vacinas
Nesta segunda-feira, anunciou a OMS, chegarão a Moçambique 900 mil vacinas orais contra a cólera, que devem começar a ser administradas na população ainda esta semana.
O ciclone Idai, que atingiu o centro de Moçambique no passado dia 14 de março, fez até à data 501 vítimas mortais. No entanto, e ainda que tenha sido concluída na semana passada a fase de salvamento e resgate das vítimas, as autoridades continuam a alertar que este é um número que pode vir a subir. O total de pessoas afetadas pelo Idai voltou a crescer no último sábado, totalizando 843.723.

ANGOLA: CONTORNOS INQUINADOS DA COISA POLÍTICA.

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No quadro da positividade da lei da vida, fui impelido, pela “Fogueira dos Jornalistas” e Fernando Guelengue, um dos seus rostos, a fazer uma interrupção, nos textos analíticos relativos à actual situação política, económica e social, onde o ódio, a raiva e a ausência de um pacto de regime, cega os novos autores.

Por William Tonet
Autores esses que, no pedestal de vaidades umbilicais e discursos do “eumismo”, preparam-se, para atirar o país para um abismo maior do que o actual, caso não haja inteligência e humildade para um “KRF” (marcha atrás: inversão de marcha, na linguagem militar), para assim impedir o espoletar de uma convulsão social dos pobres, cansados de não conseguirem, com os actuais níveis de inflação, custo de vida, desemprego, contornar a fome que tem pressa e é indiferente à concessão de tempo do FMI, para o alegado êxito das propaladas reformas capitalistas.

O CULTO DA BAJULAÇÃO

Seria importante, prudente e oportuno, nesta fase em que os travões do camião executivo começam a evidenciar um perigoso desgaste, que João Lourenço, enquanto Presidente da República, “não preferisse ser ASSASSINADO PELO ELOGIO, MAS ANTES SALVO PELA CRITICA”, e revogasse a decisão de assinar, para exclusiva satisfação da comunidade internacional (que idolatra dirigentes africanos e subdesenvolvidos, submissos, aos seus desígnios) o Decreto Legislativo Presidencial, de institucionalização do “COLONIALISMO ECONÓMICO”, que implantará, em pleno séc. XXI, a mais cruel escravização dos autóctones angolanos, com o controlo absoluto da economia, na mão de investidores (ou, melhor, exploradores) estrangeiros.

LÍDER CONSIDERADO O ÚNICO ILUMINADO

Com a soberania submissa, os novos escravos angolanos, principalmente, os pretos, terão acesso ao mercado de trabalho, sim, mas como guarda-costas, seguranças e empregados de limpeza, num claro racismo institucional que se vai caboucar, fundamentalmente, se João Lourenço, que parece outorgar-se o diploma de único juiz com domínio e conhecimento no combate à corrupção e à gestão económica, pudesse, é o meu conselho, ler o segundo livro da Bíblia, mais concretamente o Êxodo XVIII, texto que recomendo a todos os meus alunos do curso de Direito, na disciplina de “Recursos em Processo Penal”, que se interiorizado correctamente, coloca um líder, comprometido com verdadeiras mudanças e a felicidade dos cidadãos, abandonasse a condição de jogador e árbitro, para se transformar em juiz de recurso, num paralelo ao conselho de Jetro (sogro) a Móises: “(…) 13 – No dia seguinte Moisés assentou-se para julgar as questões do povo e este permaneceu em pé diante dele, desde a manhã até o cair da tarde. 14 -Quando o seu sogro viu tudo o que ele estava a fazer pelo povo, disse: “Que é que você está fazendo? Por que só você se assenta para julgar, e todo este povo o espera em pé, desde a manhã até ao cair da tarde?” 15 – Moisés respondeu-lhe: “O povo me procura para que eu consulte a Deus. 16 – Toda a vez que alguém tem uma questão, esta me é trazida, e eu decido entre as partes, e ensino-lhes os decretos e leis de Deus”. 17 – Respondeu o sogro de Moisés: “O que você está a fazer não é bom. 18 – Você e o seu povo ficarão esgotados, pois essa tarefa é-lhe pesada demais. Você não pode executá-la sozinho. 19 – Agora, ouça-me! Eu lhe darei um conselho, e que Deus esteja com você! Seja você o representante do povo diante de Deus e leve a Deus as suas questões. 20 – Oriente-os quanto aos decretos e leis, mostrando-lhes como devem viver e o que devem fazer. 21 – Mas escolha dentre todo o povo homens capazes, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto. Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez. 22 – Eles estarão sempre à disposição do povo para julgar as questões. Trarão a você apenas as questões difíceis; as mais simples decidirão sozinhos. Isso tornará mais leve o seu fardo, porque eles o dividirão com você. 23 – Se você assim fizer, e se assim Deus ordenar, você será capaz de suportar as dificuldades, e todo este povo voltará para casa satisfeito (…)”.

JLO DEFENDE PREJUÍZO NA TAAG

Ocombate ao despesismo público e à corrupção, continuando a seguir os moldes actuais, de só um homem saber o que isso é, menosprezando os demais actores políticos e sociais, será uma mera acção de ilusão e ficção, uma vez o líder do próprio MPLA, por muitos considerado o seu coveiro (pelos tiros que dá nos próprios pés), face às denúncias de muitos dos seus camaradas de partido, serem a pior escória da sociedade, pese estarem alojados no poder legislativo, executivo e judicial, para melhor delapidarem os cofres públicos, transformando-se, assim, numa refinada quadrilha de criminosos e gangsters. O combate ao despesismo público é uma tarefa hercúlea e muito séria, que deveria levar João Lourenço a abraçar várias correntes económicas, para não cair, de novo, nos mesmos erros do passado, em que a política de partido único se mistura com a economia e mesmo não sabendo matemática ousa discutir álgebra.


E se dúvidas houvesse sobre o desnorte da actual política económica, basta verificar as mais recentes medidas de transformar a TAAG numa empresa sem norte, pois os seus accionistas são, também, empresas mutiladas, tais como o Fundo Soberano, a ENANA, entre outros. E nessa aberração foi proposto o aumento do capital em mais de 2 mil milhões de dólares, quando nenhum deles tem esse montante. E na ilusão de estar bem a companhia, projectam, erradamente, mesmo sem novas rotas e mercados, a aquisição de novas aeronaves e, num autêntico crime, para endividar mais o Estado, o Titular do Poder Executivo, numa medida que mandou às urtigas a economia, ordena o endividamento e prejuízo da TAAG com a abertura de duas rotas aéreas: Cabo Verde e Ruanda, para satisfação exclusiva de vaidades umbilicais do chefe e flagrante prejuízo dos cofres da companhia e do Estado. Como se vê, a senha mantém-se inalterável: TUDO MUDOU, SEM NADA MUDAR…
fonte: folha8

MPLA (AINDA) TEM SAUDADE DO BAILADO KALASHNIKOV!

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João Lourenço, Presidente da República (do MPLA), líder do MPLA e Titular do Poder Executivo, parte amanhã, segunda-feira, para Moscovo para uma visita oficial de quatro dias à Rússia, a convite do homólogo russo, que será condecorado quarta-feira, no próprio Kremlin, com a Ordem Agostinho Neto, uma condecoração que tem o nome do principal responsável pelo massacre de milhares e milhares de angolanos no 27 de Maio de 1977.

Em comunicado, a Casa Civil do Presidente de Angola adianta que João Lourenço irá cumprir um “intenso programa”, que inclui um encontro com Vladimir Putin e conversações ao mais alto nível entre delegações dos dois países, com o objectivo de alargar a cooperação bilateral
Segundo o documento, que não adianta as áreas e sectores em discussão, João Lourenço, que visita a Rússia pela primeira vez enquanto chefe de Estado, irá também discursar perante os deputados no Parlamento russo e participará num fórum com empresários dos dois países.
“Há a expectativa da ampliação dos horizontes de investimento num e noutro mercado”, lê-se no comunicado, que indica ainda que no programa oficial consta uma vertente cultural, com a delegação oficial angolana a assistir a um espectáculo no teatro Bolshoi, em Moscovo.
Na capital russa está já, desde sábado, o chefe da diplomacia angolana, Manuel Augusto, a preparar a visita de João Lourenço, tal como indicou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores (MIREX) de Angola.
No documento é salientado que as “relações privilegiadas” entre Angola (MPLA) e Rússia conheceram o seu “ponto alto” em 1976, altura em que Moscovo (então capital da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas Socialistas – URSS – entretanto extinta) e Luanda assinaram o Tratado de Amizade e Cooperação.
“De 1976 até aos dias que correm, as relações entre os dois países passaram por diferentes etapas de cooperação, sendo actualmente mais significativas nos sectores da Energia, Geologia e Minas, Ensino Superior, Formação de Quadros, Defesa, Interior, Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Pescas, Transportes, Finanças e Banca”, lê-se no comunicado.
O MIREX estima que cerca de 1.000 cidadãos russos residem em Angola, dando indicações de pelo menos 1.500 angolanos a viver na Rússia.
No comunicado é recordado que, a 5 de Março de 2018, esteve em Luanda o ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, Serguei Lavrov, altura em que “foram reforçados os laços de amizade e cooperação”.

Velhos “amigos” das riquezas africanas

Oregresso da presença russa a África está hoje claramente marcado pelo investimento, ou seja, venda de armas e envio de “conselheiros” ou mercenários, com Moscovo a competir com a Europa e a China para o papel de principal parceiro do continente africano.
De acordo com um artigo da agência France-Presse, o destaque da crescente presença da Rússia em África surgiu no dia 30 de Julho de 2018, com o assassinato de três jornalistas russos na República Centro-Africana, que investigavam a presença do grupo militar Wagner no país.
Segundo o artigo, de Janeiro a Agosto de 2018, a Rússia terá enviado cinco oficiais militares e 170 instrutores civis – que alguns especialistas acreditam ser mercenários do grupo Wagner -, entregado armas ao exército nacional após uma isenção ao embargo da Organização das Nações Unidas (ONU) e assegurado a segurança do Presidente centro-africano, Faustin-Archange Touadéra, cujo conselheiro de segurança é (claro!) de nacionalidade russa.
A entrega de armas aos Camarões para a luta contra o grupo ‘jihadista’ Boko Haram, as parcerias militares com a República Democrática do Congo (RD Congo), Burkina Faso, Uganda e Angola, as cooperações num programa de energia nuclear civil com o Sudão, na indústria mineira no Zimbabué ou no alumínio da Guiné, representam algumas das iniciativas de Moscovo nos últimos três anos.
A Rússia tem também diversificado as suas parcerias africanas, expandindo as relações para além das nações com quem tem ligações históricas – como Argélia, Marrocos, Egipto e África do Sul – e procurou aliados na África subsaariana, onde estava “virtualmente ausente”, lê-se no artigo.
“África continua a ser uma das últimas prioridades na política externa da Rússia, mas a sua importância tem vindo a crescer”, de acordo com o historiador Dmitry Bondarenko, membro da Academia Russa de Ciências.
A URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) manteve, durante décadas, uma presença activa no continente. Agora, com outro nome, mantêm-se os objectivos: sacar o máximo e perder o mínimo. Um bom negócio, desde logo porque a carne para canhão é negra e as riquezas africanas são inesgotáveis.
A medida representava uma das armas na guerra ideológica contra o Ocidente, apoiando os movimentos de libertação africanos e, após a descolonização, enviava milhares de conselheiros até esses territórios.
Com a desintegração da URSS, as dificuldades económicas e as lutas internas na Rússia durante os anos 1990, Moscovo abandonou as suas posições em África.
Face à falta de fundos, aumentou o número de embaixadas e consulados a encerrar, diminuíram o número de programas e as relações atenuaram.
Foi apenas no novo milénio que o Kremlin começou a reavivar as suas antigas redes e regressou gradualmente a África, procurando novos parceiros à medida que a ideologia era substituída por contratos e pela venda de armas. E, também, à medida em que os “velhos” comunistas (caso do MPLA) se rendiam às benesses do capitalismo, selvagem ou não.
Em 2006, o Presidente russo, Vladimir Putin, viajou até à Argélia, África do Sul e Marrocos para assinar contratos, algo que o seu sucessor, Dmitri Medvedev, estendeu a outros países – Egipto, Angola, Namíbia e Nigéria -, três anos mais tarde.
Em Março de 2018, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, visitou cinco países africanos, enquanto representantes de várias nações do continente estiveram presentes no Fórum Económico de São Petersburgo, em Maio.
Se a Rússia encontrar interesse económico, permite aos países africanos “ter mais um parceiro, o que significa outro canal de investimentos e desenvolvimento, e o apoio de um país poderoso no cenário internacional”, declarou o analista russo e antigo embaixador em vários países africanos, Evgeni Korendiassov, citado pela AFP.
A Rússia, que não tem um passado colonial em África, espera apresentar-se como uma alternativa para os países africanos face aos europeus, norte-americanos e chineses.
A AFP considera a República Centro-Africana um “excelente exemplo”, dado que este país nunca esteve perto da URSS durante a Guerra Fria e agora volta-se para a Rússia para fortalecer as suas forças militares, com dificuldades em enfrentar os grupos armados.
“Desde 2014 e da anexação da Crimeia, a Rússia tem confrontado o Ocidente e declarado abertamente a sua vontade de se tornar novamente uma potência mundial. Não pode, portanto, ignorar uma região”, apontou Bondarenko. Segundo ele, Moscovo está interessado em África não por razões económicas, mas para “um avanço político”.
“Anteriormente, os países com quem o Ocidente não queria cooperar, como o Sudão ou o Zimbabué, só podiam recorrer à China. A Rússia passou a ser uma alternativa tangível”, acentuou, antes de concluir que “este não era o caso antes, e isso pode mudar significativamente a ordem geopolítica do continente”.

Sipaios made in Moscovo

Um diploma de mérito e uma medalha de ouro, que simboliza a paz e o desenvolvimento mundial, foram atribuídos à organização juvenil do MPLA (JMPLA), pelo Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin.
Com o diploma e a medalha, o Chefe de Estado russo homenageou esta organização partidária pela sua “excelente participação no XIX Festival Mundial da Juventude e Estudantes, realizado na cidade russa de Sóchi, de 14 a 22 de Outubro de 2017”.
Em 28 de Novembro de 2018, o embaixador russo em Angola, Vladimir Tararov, entregou ao primeiro secretário nacional da JMPLA, Sérgio Luther Rescova Joaquim (hoje governador de Luanda), as respectivas distinções, tendo destacado os laços de amizade e de cooperação existentes entre a Rússia e Angola. Certamente que este recado a João Lourenço não era necessário, mas, pelo sim e pelo não…
O diplomata falou do processo de diversificação da economia e do combate à corrupção (coisa em que os russos são peritos, como todos sabem) em curso em Angola, como dois factores que atraem empresários russos para investirem no território angolano.
Na ocasião, Sérgio Rescova congratulou-se pelo reconhecimento do governo russo, porquanto encoraja a organização juvenil do MPLA a prosseguir com o seu trabalho, organização e coesão, elevando a responsabilidade na melhoria das metodologias de actuação no quotidiano.
Sérgio Rescova destacou (como não poderia deixar de ser) a educação patriótica e a disciplina como aspectos fundamentais que concorreram para o reconhecimento da JMPLA no festival, pelo Presidente Vladimir Putin.
Durante o festival, a JMPLA apresentou as potencialidades angolanas em termos de recursos naturais, aspectos económicos, culturais e sociais do país, assim como os desafios do Estado angolano para o desenvolvimento e para a melhoria das condições da juventude.
O festival mundial da juventude e estudantes é um evento internacional, organizado desde 1947 pela Federação Mundial da Juventude Democrática, em parceria com a União Internacional de Estudantes, no intuito da promoção do intercâmbio cultural e participação dos jovens em diversas actividades, incluindo a desportiva.
A iniciativa visa, entre outras, fortalecer a cooperação em questões importantes, como a defesa de direitos, a não proliferação de armas de destruição em massa, o perigo de um conflito nuclear e as mudanças climáticas.
Recorde-se o nível pós-doutorado de Sérgio Luther Rescova, bem visível quando em Novembro de 2014, por exemplo, destacou na cidade do Cuito (Bié), os ideais do Presidente da República… José Eduardo dos Santos, na edificação de uma Angola nova e justa para todos.
Falando após apresentação a peça teatral de exaltação da figura do Presidente da Republica José Eduardo dos Santos, realizado sob o lema: Angola “um país da paz, democracia, fraternidade e tolerância” promovido pelo Movimento Nacional Espontâneo, Sérgio Luther Rescova sublinhou que o então Presidente da República trabalhava para a consolidação do bem-estar para todos os angolanos, preocupação que levou a trazer a paz efectiva em Angola, no dia 4 de Abril de 2002.
Com a paz, segundo o Rescova abriram-se os caminhos para a reconstrução e construção do país, rumo ao desenvolvimento para uma nova Angola, “onde a justiça e a democracia são os principais pilar para a edificação do país”.
Reiterou ainda que, de Cabinda ao Cunene, são visíveis a realidade do progresso social nas famílias, uma vez que o governo liderado por José Eduardo dos Santos colocou à disposição os serviços essenciais aos angolanos, de modo a que vivam melhor.
Relembrou por outro lado, passados na altura 12 anos de paz, que o Presidente da República de Angola continuava apostado na construção de hospitais modernos, mais abrangência a educação outras infra-estruturas que estão a garantir o desenvolvimento socioeconómico no país.
Para tal, Sérgio Luther Rescova destacou a necessidade do reforço da unidade e reconciliação nacional por forma a se manter a estabilidade e segurança no país, mormente através da promoção do perdão e concórdia.
Considerou ainda o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, um exemplo na segurança de África, facto que acrescentou vários líderes africanos solicitam a experiência de Angola, quando a resolução de conflitos.
No texto que aqui publicamos no dia 2 de Novembro de 2014, afirmámos ser certo que, com tantos panegíricos de culto ao “querido líder”, o “escolhido de Deus” não iria ser salvo pelas críticas mas assassinado pelos elogios, acrescentando que, tal como Mubarak, Saddam, Kadafi ou Compaoré, Eduardo dos Santos iria ver um dia todos estes bajuladores darem o dito por não dito.
Assim aconteceu. João Lourenço é Presidente, Sérgio Luther Rescova passou José Eduardo dos Santos de bestial para besta. Não é novidade. Na JMPLA, como no próprio MPLA, a lei é essa.
E com João Lourenço não vai ser diferente.


Folha 8 com Lusa

"Ele ainda está aqui", a peça que junta sotaques angolano, brasileiro e português num palco de Luanda.

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Cartaz da peça de teatro "Ele ainda está aqui"

Cartaz da peça de teatro "Ele ainda está aqui"
A obra narra a história de três irmãs de nacionalidades diferentes, que falam a
mesma língua, de entre eles um angolano, Omar Menezes, que interpreta o
papel de Francisco, o brasileiro Emílio Dantas, como José, e o também
brasileiro Telmo Fernandes que interpreta o papel de Miguel, um português.

A peça traça o confronto de três vidas totalmente diversas, que se juntam para
discutir os respectivos futuros, a partir do que lhes restam, diante do velório do
pai. Em jogo está uma fortuna deixada pelo pai que é empresário. 

Recheada de humor, a obra é uma encenação que tem como tema principal a
família. Três irmãos, de diferentes continentes: África, América e Europa, que
se conhecem a partir da morte do pai, um senhor rico que apesar de conquistar
o mundo, se ausentou na criação dos filhos.

A história da peça obriga a produção a caminhar por países que falam
português, de maneiras diferentes. Esta agenda, reconhecida pelos actores
como uma tarefa difícil, faz com que o espectáculo seja apresentado em Cabo
Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Portugal.

Para Omar Menezes, idealizador da peça, a história relata um pouco da
realidade vivida em várias sociedades, principalmente, a angolana, a
portuguesa e a brasileira, acrescentou que a falta de apoio faz com que muitos
encenadores não trazem projectos do género para Angola.

fonte: VOA

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