O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu neste domingo (31) a União Europeia de que será difícil voltar ao mercado russo, depois de ele ser ocupado por empresas latino-americanas e asiáticas.
"O perigo para os nossos fornecedores tradicionais é que quando a empresa se instala em um mercado, nesse caso o russo, afastá-la depois vai ser muito difícil, ou até impossivel", disse Putin em declarações à televisão pública do país.
Para ele, as empresas europeias sabem isso e estão decepcionadas com os seus governos devido à política de sanções contra Moscou.
Putin, que proibiu as importações de alimentos, frutas e verduras do Ocidente, em resposta às sanções contra a Rússia pelo seu papel no conflito ucraniano, reconheceu e lamentou que os produtores russos não conseguem cobrir essas importações.
"Por isso, agora trabalhamos com outros produtores estrangeiros. São países da América Latina: o Brasil, a Argentina, o Chile. Também com os nossos parceiros asiáticos: produtores chineses e de outros países", disse o presidente.
Ele classificou de "irrisórias" as tentativas europeias de convencer esses países a não exportar a sua produção para o mercado russo.
"É difícil imaginar que os homens de negócios não aproveitem a ocasião para aceder ao nosso mercado", acrescentou.
Nos supermercados de Moscou já se nota a escassez defrutas e hortaliças e lácteos europeus.
A crise ucraniana, que provocou a pior degradação das relações entre Moscou e o Ocidente desde o final da Guerra Fria, teve nova etapa esta semana devido a informações relativas a incursões de soldados russos na Ucrânia.
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