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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Trump e Kim: do ‘fogo e fúria’ às juras de amor.

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Atenção do americano no jantar de trabalho com norte-coreano tende a ser desviada para Washington, onde seu ex-faz-tudo vai depor no Congresso


O segundo encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o líder norte-coreano Kim Jong-un começa nesta quarta-feira, em Hanói, sob crescente moderação das expectativas no lado americano. De acordo com o website Vox, que obteve informações exclusivas de fontes que participaram das negociações prévias, o melhor cenário é uma clara vitória diplomática para o ditador norte-coreano.
Primeiro, seria declarado oficialmente o fim da Guerra da Coreia, que terminou em armistício em 1953, mas não um tratado definitivo de paz. Em seguida, a Coreia do Norte devolveria os restos mortos de mais alguns dos milhares de soldados americanos mortos em combate em seus campos. No ano passado, depois da reunião de cúpula histórica de Singapura, Kim Jong-un permitiu o retorno dos corpos de 55 soldados.
O terceiro ponto seria a criação de pequenas representações diplomáticas sem fim,  a Coreia do Norte se comprometeria a não mais produzir combustível para suas bombas nucleares na usina de Yongbyon.
Se este último estágio for cumprido, os Estados Unidos poderão levantar algumas das sanções econômicas, de forma a permitir que a Coreia do Sul toque projetos em seu vizinho do Norte. O restante do bloqueio econômico, porém, deverá continuar como meio de pressão de Washington para que Kim cumpra suas promessas e conduza a completa desnuclearização de seu país.
Donald Trump, caminha ao lado do ditador Kim Jong-un na área externa do hotel Capella, na ilha de Sentosa em Singapura – 14/06/2018 (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)
Ao referir-se a Kim Jong-un, o presidente americano foi da retórica de “fogo e fúria”, com suas ameaças de atacar a Coreia do Norte em 2017, a um linguajar de telenovela mexicana, ao declarar que “nós nos apaixonamos.”
Donald Trump, caminha ao lado do ditador Kim Jong-un na área externa do hotel Capella, na ilha de Sentosa em Singapura – 14/06/2018 (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)
Ao referir-se a Kim Jong-un, o presidente americano foi da retórica de “fogo e fúria”, com suas ameaças de atacar a Coreia do Norte em 2017, a um linguajar de telenovela mexicana, ao declarar que “nós nos apaixonamos.”
A jornalista Susan B. Glasser, da revista The New Yorker, comenta ser comum Donald Trump gritar para seus assistentes: “vão buscar as cartas”. Eles já sabem que se tratam das  duas cartas que o presidente americano recebeu de Kim Jong-un antes dos encontros de Singapura e de Hanoi e que mostrar orgulhoso, como troféus, aos visitantes do Salão Oval. Causa desconforto entre seus colaboradores mais graúdo a excitação quase juvenil de Trump com a prosa adornada e cheia de clichês do ditador norte-coreano, ciente de como seu destinatário gosta de adulação.
“Não sou fã de Trump mas, desta vez, acho que ele acertou ao criar uma aproximação pessoal,” disse a VEJA Michael O’Hanlon, diretor de pesquisa em política externa do Brookings Institution, um think tank de Washington. “Suspeito que foi um fator para  aumentar as chances de sucesso.”
Para o pesquisador, o que constitui sucesso é deter novos testes nucleares e aumento do arsenal existente na Coreia do Norte, especialmente da produção de mísseis de longo alcance. O’Hanlon não acredita na possibilidade de Trump convencer Kim Jong-un a abrir mão do programa nuclear em curto prazo. Mas admite que os Estados Unidos não t~em muitos detalhes sobre o arsenal de Kim.
“Não sabemos se eles têm uma ogiva que possa ser acoplada a um míssil, nem conhecemos os desenhos de suas armas avançada”, afirmou O´Hanlon.
fonte: veja.com


Nigéria: Buhari reeeleito mas oposição contesta resultados.

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Os altos riscos de uma intervenção militar na Venezuela.

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fonte: DW África

Venezuela Cucuta - Unruhen an der Grenze zwischen Kolumbien und Venezuela (Reuters/M. Bello)

A recusa das forças militares leais a Nicolás Maduro em permitir a entrada de ajuda externa na Venezuela neste fim de semana levou a uma escalada da tensão na região, com os Estados Unidos insistindo que todas as opções estão sobre a mesa. Isso incluiria se envolver militarmente no conflito entre chavistas e a oposição.
Após os confrontos, o presidente da Assembleia Nacional Juan Guaidó, reconhecido pelos EUA e por grande parte da União Europeia e da América Latina como o presidente interino da Venezuela, pediu à comunidade global que considere "todas as medidas para libertar" o país.
Na segunda-feira, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que viajou à Colômbia para se encontrar com o presidente do país, Iván Duque, e Guaidó, anunciou novas sanções à Venezuela e prometeu que Washington permanecerá com Guaidó "até que a liberdade seja restabelecida" no país.
Enquanto isso, em Bruxelas, a União Europeia (UE) rejeitou nesta segunda-feira (25/02) uma intervenção armada no país. "Devemos evitar uma intervenção militar", disse a porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini.
Em Bogotá, o Grupo de Lima, que reúne vários países latino-americanos, incluindo o Brasil e a Colômbia, também descartou a intervenção militar e defendeu uma solução pacífica.
A rejeição aberta da UE e do Grupo de Lima à opção militar é oportuna, segundo analistas dos EUA, porque a probabilidade de uma intervenção americana aumentou desde o fim de semana.
"A opção militar é mais provável agora do que em qualquer outro momento desde o início da crise na Venezuela", avalia Michael Shifter, diretor do Inter-American Dialogue (IAD), um centro de estudos em Washington especializado no hemisfério ocidental.
"É mais provável agora do que era em 23 de fevereiro, porque o esforço para fazer entrar ajuda na Venezuela fracassou", concorda o cientista politico Gregory Weeks, da Universidade da Carolina do Norte.
Embora a probabilidade tenha aumentado para ambos os especialistas, que a coloca entre 30% e 40%, eles ainda avaliam uma intervenção dos EUA como improvável. Isso porque não há apoio na Europa e na América Latina.
"Sequer Bolsonaro, no Brasil, diz tal coisa", observa Weeks. Mas ele pondera que o atual clima político, que torna improvável uma intervenção, pode mudar rapidamente. "No momento, não temos uma faísca em especial", frisa o especialista. "Mas já vimos isso no passado. E isso é algo que eu acho que definitivamente aumentaria a chance e mudaria o cálculo da intervenção armada."
Tal "faísca" que poderia mudar o cálculo político pode ser o aumento da violência contra a oposição e de mortes em protestos, a prisão de Guaidó ou um ataque contra a equipe diplomática dos EUA na Venezuela.
Os efeitos seriam imprevisíveis. Embora Washington tenha um longo histórico de interferência na América Latina, nada seria comparável a uma intervenção armada na Venezuela para derrubar Maduro.
"Os EUA nunca enviaram tropas para derrubar um regime na América do Sul", diz Shifter, acrescentando que a intervenção armada de Washington no Panamá, há cerca de 30 anos, mencionada algumas vezes, não é uma comparação adequada.
"É um país muito menor e muito diferente, que teve laços muito mais estreitos com os EUA do que a Venezuela, o que tornou a intervenção de Washington, numa época muito diferente, comparativamente fácil", argumenta. "A Venezuela não é o Panamá", sublinha Shifter.
"Não acho que realmente tenhamos uma comparação à altura", diz Weeks, observando que os EUA tipicamente intervieram militarmente em países muito menores e muito mais dependentes, na América Central e no Caribe.
As repercussões negativas de uma intervenção militar dos EUA são tão grandes e imprevisíveis que ambos os estudiosos dizem ser contra essa opção.
"Atualmente, não há boas opções, porque até mesmo o aumento das sanções prejudicaria principalmente o cidadão venezuelano médio", avalia Weeks. "Ainda assim, eu acho que a opção militar seria a pior", opina, justificando que tal ação traria consigo mais violência e morte, sem garantia de sucesso.
Shifter avalia que os EUA seriam bem-sucedidos em derrubar militarmente o governo de Maduro, mas pondera que o maior problema viria depois. "Há diferentes tipos de milícias no país, o grupo guerrilheiro colombiano ELN opera na Venezuela e ainda há muitos chavistas que provavelmente estarão prontos a defender o que ainda veem como a revolução venezuelana", argumenta. Para ele, tudo isso representa uma mistura volátil e perigosa para uma força militar estrangeira.
"Algumas pessoas podem dizer que os EUA entrariam e se livrariam de Maduro, e todo mundo iria festejar e receber os EUA de braços abertos. E aí Guaidó presidiria um governo de transição, realizaria eleições e tudo seria muito simples e bom", diz Shifter. "Mas não tenho tanta certeza de que tudo sairia dessa maneira."
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Decisão sobre extradição de Chang adiada para março.

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Tribunal sul-africano adiou para 07 de março decisão sobre o pedido norte-americano de extradição de Manuel Chang.
fonte: DW África
Südafrika Ehemaliger Finanzminister aus Mosambik, Manuel Chang, vor Gericht ( DW/M. Maluleque)
O tribunal sul-africano de Kempton Park, arredores de Joanesburgo, adiou esta terça-feira (26.02.) para 07 de março a decisão sobre o pedido norte-americano de extradição  do ex-ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, acusado de fraude e lavagem de dinheiro nos EUA.
O juíz William J. J. Schutte disse que, em caso de incompatibilidade de calendário, a audiência tem outra data prevista para 11 de março.
"O arguido permanece em custódia sem fiança e informarei o ministro [da Justiça] sobre a continuidade da sua detenção", adiantou o magistrado sul-africano.
Pedido de extradição
Numa sessão que durou cerca de duas horas, o advogado de Chang, Willie Vermeulen, invocou as declarações feitas pela ministra sul-africana das Relações Exteriores e Cooperação, Lindiwe Sisulu, para insistir que o pedido de extradição de Moçambique seja recebido pelo Tribunal.
Südafrika Staatsanwalt J.J. du Toit (DW/M. Maluleque)
J.J. du Toit
O Ministério Público, na voz do procurador J.J du Toit, explicou que a ministra não tinha competências para falar do assunto e que as suas afirmações não eram do interesse da justiça, pelo que Phindi Mjonondwane, porta-voz do Ministério Público pela província de Gauteng adiantou que "pelo respeito pela separação de poderes, como Ministério Público preferimos não comentar em torno do que foi tornado público pelos média citando a ministra Lindiwe Sisulo. Mas como Ministério Público podemos afirmar que nos encontramos aqui em cumprimento da instrução do ministro da Justiça, que nos notificou para a análise dos dois casos [pedido de extradição dos EUA e de Moçambique]".
Questionada acerca do pedido moçambicano não ter dado ainda entrada no tribunal Mjonondwane, afirmou que "recebemos o pedido, se não estou enganada, na quinta-feira dia 21 de fevereiro. A única razão pela qual este pedido ainda não deu entrada perante o tribunal, deve-se ao facto de até aqui não cumprir com os pré-requisitos, de entre outros um mandado de captura, qudeve ser feito de acordo com este tipo de caso”.
Estou estupefacto com esta alegação
 
Ouvir o áudio02:49

Decisão sobre extradição de Chang adiada para março

Respondendo a esta alegação, o General Zacarias Cossa, adido de segurança junto do Alto Comissariado de Moçambique na África do Sul e porta-voz do Governo de Maputo neste caso, destacou que "pessoalmente estou estupefacto com esta alegação. Pelo que sei, há um mandado de captura internacional emitido por um juiz do Tribunal Supremo de Moçambique, que está anexo ao pedido de extradição de Moçambique. Então, esta é uma questão que no seu devido tempo vai ter que ser revista a nível do Ministério Público sul-africano, pois impõe-se que os dois pedidos de extradição estejam presentes em tempo útil no tribunal para serem apreciados”.
O juiz William Schutte disse que a decisão sobre se os dois processos estarão nas suas mãos ou não vai depender da palavra final do diretor dos procuradores.
O ministro da Justiça da África do Sul, Michael Masutha, confirmou que a última decisão deste caso está em suas mãos, apesar de poder ser recorrido junto do Tribunal Supremo.
“Recebi o pedido de Moçambique, bem como a solicitação do Governo dos EUA. Depois de concluídos os casos pelos tribunais, os dois pedidos serão reencaminhados de volta aos meus escritórios. Depois de analisá-los, tomarei a decisão em como dar prosseguimento ao assunto”, concluiu Masutha.

QUEM NÃO “MIA” NÃO MAMA. “FUNERAL” SERÁ BREVEMENTE.

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Dos seis partidos que integram a Coligação Ampla de Salvação Nacional – Coligação Eleitoral (CASA-CE), cinco não estão com meias medidas e deliberaram hoje a exoneração (apunhalar quem lhes deu a mão, cuspir no prato em que se refastelaram) do líder Abel Chivukuvuku, tendo nomeado em substituição André Mendes de Carvalho “Miau”.

Adecisão foi anunciada numa conferência de imprensa conjunta de cinco dos seis partidos e movimentos da CASA-CE depois de ter sido dado um prazo de 72 horas para que Abel Chivukuvuku apresentasse a demissão.
Na conferência de imprensa participaram representantes das agremiações familiares Partido para o Desenvolvimento e Democracia de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Pacífico Angolano (PPA) e Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), tendo estado ausente o Bloco Democrático.
“Nós, partidos políticos, enquanto entes jurídicos constituintes da CASA-CE, deliberamos a demissão do Doutor Abel Epalanga Chivukuvuku do cargo de presidente da CASA-CE, com efeito imediato, por quebra de confiança. Em sua substituição, é indicado o companheiro André Mendes de Carvalho ‘Miau'”, referiu o líder do PADDA-AP, Alexandre Sebastião André, salientando que a decisão tomada foi “profundamente reflectida”.
Segundo o dirigente, a coligação, criada em 2012 e liderada por Abel Chivukuvuku durante seis anos, vivenciou momentos altos e baixos, tendo as divergências começado um ano depois, “ainda de forma latente”, com a tentativa de transformação em partido “à margem da vontade soberana” da força política.
Segundo Sebastião André, foi há mais de um ano que se instalou na coligação, entre a maioria esmagadora dos partidos, membros da CASA-CE e o presidente, “uma profunda crise de confiança”, por, entre outras razões, Abel Chivukuvuku “promover e/ou caucionar práticas que lesam a unidade no seio da organização”.
“Foi a tentativa falhada de criar, de forma pouco transparente e ilegal, no seio da CASA-CE, e às custas desta, partidos políticos não autorizados pelos membros da coligação. Outro exemplo grave, e mais recuado no tempo, teve a ver com a sua tentativa de querer obrigar os partidos políticos da coligação a fundirem-se contra a vontade destes”, referiu.
Ao contrário do que se esperava, estas cinco agremiações familiares não acusam (pelo menos por enquanto) Abel Chivukuvuku de ser o culpado de ter nascido. Mas se alguém pagar bem, não terão dificuldades em fazê-lo.
A crise evidenciou-se também, de acordo com o dirigente e deputado à Assembleia Nacional, no facto de “um número significativo dos denominados independentes” ter promovido e executado actos e omissões, visando inviabilizar e implodir a CASA-CE, sem que da parte do presidente da coligação “houvesse a tomada de medidas oportunas e pertinentes para o evitar e combater”.
“Pelo contrário, sentimos que [Chivukuvuku] estimula e apoia essas pessoas e suas práticas”, denunciou.
Para as cinco agremiações familiares integrantes da coligação, os últimos discursos de Chivukuvuku fazem deduzir “que já não se responsabiliza pelo futuro da CASA-CE, pelo desempenho desta organização, nas eleições autárquicas, em 2020, e gerais, em 2022, apesar de ser o coordenador geral, tendo passado essa responsabilidade aos entes jurídicos da coligação e outras personalidades independentes que aceitaram o desafio de atingir os objectivos”.
Relativamente aos independentes da coligação, ou seja, os militantes que não pertencem a nenhum dos partidos que integram a CASA-CE, Sebastião André disse que em momento algum os partidos políticos decidiram afastá-los.
Sebastião André referiu que a crise foi sendo gerida ao longo destes anos através de uma “harmonização e longevidade da coligação”, frisando, porém, que “há momentos que o ser humano cede e explode”.
“Fomos chamando a atenção do presidente Abel de que estava muito animado, havia muito excesso de ânimo, ninguém é super-homem numa sociedade. Tem de coabitar harmoniosamente dentro dos parâmetros, manter o civismo, a disciplina e a racionalidade política. Ou então dá nisto que hoje, infelizmente, teve de acontecer”, disse.
Segundo Sebastião André, desde Outubro de 2008 que têm sido enviadas várias cartas a Abel Chivukuvuku, em que os partidos políticos elaboraram memorandos para o presidente e procurando “fórmulas para minimizar esta supremacia em relação aos partidos políticos e aos líderes”.
“Mas tudo isso caiu em saco roto”, referiu.
Sobre a ausência do Bloco Democrático na conferência, Sebastião André disse que se deveu ao facto de o seu líder, Justino Pinto de Andrade, estar no exterior e à falta de orientação ao seu substituto, optando por “não fazer parte dessa dinâmica”.
Antes de chagar à CASA-CE, Alexandre Sebastião André foi chefe-adjunto do Departamento Geral do Gabinete do Chefe do Estado Maior General das FAPLA Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (1985 a 1988), Chefe do Gabinete Jurídico do Instituto de Geografia e Cartografia de Angola – Ministério da Defesa (1988 a 1998), Vice-Presidente do “PAJOCA – Partido Angolano da Juventude Operária, Camponesa de Angola (1991 a 1998), Secretário da Comissão dos Direitos Humanos, Petições e Reclamações dos Cidadãos da Assembleia Nacional (1993 a 2008), Presidente do PAJOCA (1998 a 2008), Membro do Conselho de Estado da República (1999 a 2008) e Presidente do Partido PADDA- Aliança Patriótica (2009).
Quando à saída do Tribunal Constitucional, no dia 20 de Outubro de 2017, foi questionado sobre a sua divergência quanto à passagem da CASA-CE a partido, Alexandre Sebastião André foi peremptório em declarar que “o passado ficou mesmo para trás” e que a “CASA avança célere, mais sólida e unida como nunca”, dissipadas que estavam aquilo que ele considerou de “diferenças de opiniões em volta das vantagens e inconveniências da transformação”.
Recorde-se que os delegados da CASA-CE, reunida no seu II Congresso Ordinário, decidiram a favor da transformação da mesma formação política em partido político. Todos aceitaram, democraticamente, a vontade da maioria? Alguns disseram que sim mas, na primeira oportunidade, saltaram a barricada.
Durante o Congresso, alguns dos participantes manifestaram a ideia de que, perante a posição assumida, Alexandre Sebastião André deveria abandonar o barco. Outros diziam que a sua permanência mostrava que a CASA-CE era de facto uma organização, aberta, democrática e plural.

Mamar é o que eles querem

Pergunte-se aos angolanos com direito de voto se sabem o que são o PPA, PNSA, PADDA-AP, PALMA, BD e PDP-ANA. Residualmente alguns saberão, embora poucos tenham ouvido falar. Todos saberão, contudo, o que é a CASA-CE e mais serão os que sabem quem é Abel Chivukuvuku. Aliás, falar da CASA-CE é falar essencialmente de Abel Chivukuvuku.
Quem são Felé António, Sikonda Lulendo Alexandre, Alexandre Sebastião André, Manuel Fernandes, Justino Pinto de Andrade, Simão Macasso? Ninguém sabe. São, contudo, dirigentes das tais agremiações pouco mais do que familiares, que agora reivindicam ser a alma, o coração, o cérebro, os braços, as pernas da CASA-CE. Esquecem-se que, de facto (de jure deram as assinaturas para a constituição formal da Coligação) a CASA-CE é, ou foi, Abel Chivukuvuku e mais meia dúzia de personalidades independentes que, esses sim, são conhecidos em todos os cantos e esquinas do país.
Mais interessados em dinheiro do que em política, mais (ou só) virados para se servirem do que para servirem, todos tinham pronta há muito a declaração de falência e consequente encerramento da Coligação, fazendo contas ao dinheiro que poderão receber, assumindo-se como accionistas e credores mas exigindo continuar a mamar na teta da Assembleia Nacional.
Os líderes destes partidos, ou gestores de projectos falidos que enxertaram na CASA-CE, tiveram o desplante de num Memorando assinado por todos, propor:
“- A divisão igual, da verba destinada aos Partidos políticos oriundos da Assembleia Nacional, a ser atribuída directamente pela entidade bancária (BCI).
– A verba originária do OGE, deve ser repartida da seguinte forma: 30% a ser repartida em igual montante pelos Partidos constituintes; 70% para o funcionamento normal da Coligação e para pagamento de dívidas eleitorais e outras contraídas.”
Assumindo o papel de “virgens ofendidas”, mau grado todos sabermos os “bordéis” em que se diplomaram, os líderes destas agremiações familiares, às quais chamam partidos, têm o desplante de dizer, por exemplo, “que a presente realidade está longe do espírito que nos moveu a todos, quando decidimos criar e aderir a este grande projecto, fundamentalmente quanto aos princípios, baseados na unidade de acção, na coesão interna, no entrosamento de facto das várias matrizes que corporizam esta força política, no espírito de equipa e de camaradagem.”
E está longe por culpa de quem? De todos, menos deles. Se calhar a culpa é mesmo de Abel Chivukuvuku por ter acreditado e dado oportunidade a quem o viria, como se vê, a apunhalar… pelas costas.
Folha 8 com Lusa

NÃO SABEMOS BEM O QUE É, MAS A DEMOCRACIA É… BOA!

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Mais de dois terços dos africanos consideram, apesar de ser algo quase desconhecido, a democracia como a melhor forma de governo para o continente, revela um estudo do Afrobarómetro sobre 34 países, incluindo Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique.

Otrabalho desta rede de centros de estudos africanos intitulado “Democracia em África: procura, oferta e o democrata insatisfeito” concluiu que, em média, 68% dos africanos estão “fortemente comprometidos com a democracia”, 78% preferem eleições multipartidárias (as monopartidárias fazem parte de uma democracia?) a um regime presidencialista ditatorial, 74% rejeitam um Estado de partido único e 72% um regime militar.
No entanto, os dados variam consideravelmente quando se analisa cada país, registando-se uma diferença de 41 pontos percentuais entre os países com os maiores e menores níveis de apoio ao sistema democrático.
A Serra Leoa regista os índices mais elevados de apoio (84%) enquanto Essuatíni (antiga Suazilândia) fecha a lista com os menores (43%).
Outros 20 países, incluindo Cabo Verde (70%), registam níveis de apoio ao regime democrático acima da média, enquanto os restantes 14, onde se contam São Tomé de Príncipe (61%) e Moçambique (57%), ficam abaixo.
As diferenças entre países acentuam-se mais quando a questão é a rejeição de um regime militar (49 pontos percentuais de diferença), com a Zâmbia a mostrar níveis de rejeição na ordem dos 92% e o Burkina Faso com 43%.
Entre os lusófonos abordados no estudo, é em São Tomé e Príncipe que é mais expressiva a recusa de um regime militar com 82%, acima da média de 72% para a globalidade dos 34 países, seguindo-se Cabo Verde com 69% e Moçambique com 53%, ambos abaixo da mesma média.
Mas, a maior diferença entre países (52 pontos percentuais) acontece quando num indicador se cruza o apoio à democracia com a rejeição de qualquer forma de regime autoritário, com a Zâmbia (67%) e a Mauritânia (66%) a liderar a lista dos países que preferem a democracia e rejeitam todas as formas de governo autoritário, percentagem que baixa para 23% na África do Sul e 21% em Moçambique.
Em Cabo Verde, o nível para este indicador é de 42%, o mesmo valor que a média dos 34 países, com São Tomé e Príncipe a registar 41%, imediatamente abaixo da média.
O estudo aponta ainda alterações neste indicador registadas entre 2014/2015 e 2016/2018, com 14 países, incluindo Cabo Verde (de 57% para 42%) a registarem reduções importantes na percentagem de pessoas que preferem a democracia e rejeitam qualquer tipo de regime autoritário.
Em sentido contrário, Moçambique passou de 9% para 21% a percentagem da população que apoia a democracia e rejeita qualquer regime autoritário.
Os dados revelam também a percepção de que a oferta democrática é menor do que a procura, ou seja, as populações têm menos democracia do que a que desejam.
Cerca de 51% considera que o seu país é uma “democracia plena” ou com “problemas menores”, mas apenas 43% se mostram satisfeitos com o seu funcionamento.
São os homens, com idade entre 46 e 55 anos, das zonas urbanas e que habitualmente debatem política com amigos e familiares que mais reclamam e apoiam um regime democrático.
Entre os entrevistados “a quem nunca falta comida”, 44% mostram uma tendência democrata, enquanto esta percentagem se reduz para 30% entre aqueles a quem “sempre falta sustento”.
O Afrobarómetro realiza periodicamente, desde 2000, este estudo com as mesmas questões para tentar perceber a preferência da população relativamente aos regimes políticos. Os dados publicados hoje baseiam-se em 45 mil entrevistas realizadas nos 34 países entre 2016 e 2018.

Em democracia existe Educação Patriótica?

Angola não faz parte desde estudo do Afrobarómetro, mas o MPLA diz que o país é uma democracia. Será? Perante a necessidade de, segundo o MPLA, continuar a haver aulas de “Educação Patriótica”, talvez fosse aconselhável instituir, com força de lei, a obrigatoriedade da educação patriótica começar logo quando as nossas crianças ainda estão na barriga da mãe.
Por alguma razão a Organização Nacional de Pioneiro Agostinho Neto almeja apostar na educação patriótica, cívica e moral das crianças angolanas, sendo estas o futuro do país. Na Coreia do Norte o sistema é o mesmo e funciona. Portanto…
Em tempos, no Huambo, a então secretária nacional para a organização de quadros da OPA, Maria Luísa, disse que a continuidade do processo de desenvolvimento de Angola passa, necessariamente, por uma boa educação das crianças em todas as vertentes.
E educação tem de ser “patriótica”? Pelos vistos, sim. Não basta ser educação. Maria Luísa realçou ainda que a família desempenha um papel preponderante na educação patriótica, moral e cívica dos menores, para melhor se integrarem na sociedade. Apelou também às crianças para se dedicarem à formação académica, com vista a participarem, no futuro, activamente no processo de desenvolvimento do país.
Oficialmente o objectivo desta massiva campanha de patriotismo tem como objectivo elevar o espírito patriótico dos menores, bem como dar a conhecer os benefícios da independência. Tal e qual como nos tempos da militância marxista-leninista do pós-independência (11 de Novembro de 1975), o regime do MPLA continua a reeducar o povo tendo em vista e militância política e patriótica… no MPLA.
De facto, tanto a militância política como a patriótica são sinónimos de MPLA. E a educação patriótica começa ainda dentro da barriga da mãe. Ou até antes, se for possível. Basta ver, mas sobretudo não esquecer, que o regime mantém, entre outras, a estrutura dos chamados Pioneiros, uma organização similar à Mocidade Portuguesa dos tempos de um outro António. Não António Agostinho Neto mas António de Oliveira Salazar.
Num Estado de Direito, que Angola diz – pelo menos diz – querer ser, não faz sentido a existência de organismos, entidades ou acções que apenas visam a lavagem ao cérebro e a dependência perante quem está no poder desde 1975, o MPLA. Dependência essa que, como todas as outras, apenas tem como objectivo o amor cego e canino ao MPLA, como se este partido fosse ainda o único, como se MPLA e pátria fossem sinónimos.
Por norma, os trabalhos de lavagem cerebral dos putos e dos jovens incide sempre sobre os “princípios fundamentais e bases ideológica do MPLA”, os “discurso do Presidente José Eduardo dos Santos” (já começaram a ser substituídos pelos de João Lourenço), os “princípios fundamentais de organização e funcionamento da MPLA” e “o papel da juventude na conquista da independência Nacional e na preservação das vitórias do povo angolano”.
Nem no regime de Salazar se fazia um tão canino culto do regime e do presidente como o faz o MPLA, só faltando (e já esteve mais longe) dizer que existe Deus no Céu e o MPLA na terra. Não nos esqueçamos, por exemplo, que o regime tem comandantes militares cuja exclusiva função é a Educação Patriótica.
Tantos anos depois da independência, 17 depois da paz, a estrutura militar e civil do regime continua a trabalhar à imagem e semelhança dos Khmer de Pol Pot. Nos anais da história do regime, tal como na do anedotário nacional, consta uma intervenção, Setembro de 2009, em que o substituto do comandante da Região Militar Norte para Educação Patriótica do MPLA, Coronel Zeferino Sekunanguela, enaltecia, no Uíge, o contributo do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto na luta de libertação nacional. O oficial superior da tal “Educação Patriótica”, que falava na palestra sobre “Vida e obra de Doutor Agostinho Neto”, disse que Neto foi o Fundador do movimento nacionalista, da Nação angolana e contribuiu para a luta de libertação nacional.


Assim sendo, “Educação Patriótica” é sinónimo do culto das personalidades afectas ao regime do MPLA, banindo da História de Angola qualquer outra figura que não se enquadre na cartilha do partido que, cada vez mais, não só se confunde com o país como obriga o país a confundir-se consigo.
fonte: folha8

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