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EXPULSÃO DE TRÊS DIPLOMATAS FRANCESES DO BURKINA: A espessa nuvem entre Ouaga e Paris não está pronta para se dissipar.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Este é um novo arrepio nas relações já bastante geladas entre o Burk...

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

[Le Carnet d’Adama] Os paradoxos de Macky Sall… Uma oposição sem cabeça que vai além.

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“Is it Oochie Wally or One Mic” lançou Jay Z ao seu rival Nas em uma frase famosa para destacar as contradições e paradoxos deste último. Poderíamos também fazer a mesma pergunta ao Presidente da República, Macky Sall. O que vamos lembrar sobre ele? O líder africano visto como um democrata modelo por vários dos seus pares ocidentais, que estendem o tapete vermelho para ele, ou o “ditador” criticado por toda a oposição e pela sociedade civil? O homem cujos discursos são muitas vezes relevantes e corajosos na cena internacional ou o líder que faz rir o mundo inteiro ao falar dos “pain aux chocolats” que a antiga potência colonial ofereceu aos fuzileiros? O homem que ataca consistentemente e não sem razão os malefícios das redes sociais, ou aquele que mostra o que de pior essas plataformas podem produzir? Estes poucos exemplos ficarão gravados na memória dos senegaleses ao fazerem um balanço dos anos Macky Sall. Muitos conservarão o sabor dos assuntos inacabados de um líder que poderia ter sido um estadista notável, mas que, por cálculo político, por gosto pela facilidade, e também por falta de coragem e por conformismo senegalês, tem como seu antecessor, Abdoulaye Wade, contribuiu grandemente para a decadência política e o declínio dos princípios republicanos. Para além dos seus inegáveis ​​sucessos em termos de infra-estruturas, os últimos doze anos deixam a impressão desagradável de uma descida ainda mais pronunciada em direcção à mediocridade e à promoção de contra-valores. Para o homem que liderou uma campanha, entre outras coisas, sobre o tema da “governança sóbria e virtuosa”, isso são más notícias. Oposição sem cabeça de fora As eleições presidenciais de 2024 parecem uma oportunidade perdida. O duelo que todos esperavam entre Macky Sall-Ousmane Sonko não acontecerá, a menos que haja uma reviravolta espetacular. O primeiro citado renunciou “à candidatura a que tinha direito”, nas suas próprias palavras, enquanto Sonko está perturbado por uma cascata de processos judiciais. Mas embora o governo tenha encontrado um candidato substituto – que, digamos, está a lutar para deixar a sua marca pessoal – a oposição está perturbada. Entre os 200 candidatos que desafiam Amadou Bâ, o verdadeiro homem a vencer, não surge nenhuma personalidade. Não vemos o Abdoulaye Wade de 2000 ou o Macky Sall de 2012. Khalifa Sall luta o melhor que pode no terreno, destilando discursos razoáveis ​​e moderados. Ele tem, sem dúvida, as qualidades para assumir a posição, mas a sua participação no diálogo político, a ruptura entre o seu movimento Taxawu Senegal e a coligação Yewwi Askan Wi, tornaram-no suspeito para um segmento do eleitorado que não parece perdoá-lo pela sua atitude. apertos de mão com o presidente, Macky Sall. Não mencionaremos Karim Wade, cujo regresso ao Senegal assume ares de um arlesiano. Abdourahmane Diouf, Thierno Alassane Sall, Pape Djibril Fall e Babacar Diop recitam bem as suas falas, mas lutam para electrificar a grande massa de eleitores. Malick Gackou e Déthié Fall tentam ocupar o espaço deixado por Ousmane Sonko em Yewwi Askan Wi e multiplicam os seus gestos de lealdade para com este último, sem colher os dividendos. Em resumo, há muitos adversários, personalidades com sensibilidades diversas, mas nenhuma cabeça se destaca na multidão. Uma situação no mínimo intrigante e que prenuncia uma eleição presidencial com um resultado muito incerto. fonte: seneweb.com

Por que Bazoum ainda não foi libertado? As Revelações do General Tiani.

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Após o golpe de Estado de 26 de Julho no Níger, levantaram-se vozes para exigir a libertação do presidente deposto Mohamed Bazoum. Até agora, o ex-estadista continua detido pelos soldados que tomaram o poder em Niamey. No domingo passado, 10 de dezembro, o líder dos golpistas Abdourahmane Tiani falou aos meios de comunicação durante uma entrevista concedida à Radiotélévision du Niger (RTN). “A intenção da França era atacar-nos quando a CEDEAO começou” Explicou que o contexto não era favorável à libertação do ex-presidente. “Não podemos libertá-lo sabendo o que a França preparava contra o nosso país. Recorde-se que a França enviou no dia 27 de julho um avião transportando soldados e que aterrou em Niamey apesar do encerramento das fronteiras aéreas. A intenção da França era atacar-nos quando a CEDEAO começou. Durante o mesmo período, havia três grupos de homens armados estabelecidos no norte do país e que apenas aguardavam a sua libertação para nos atacar”, revelou o general Tiani, segundo comentários divulgados pela Agência de Imprensa do Níger. “A ameaça de intervenção militar da CEDEAO não foi abandonada” Nestas condições, a libertação do Sr. Bazoum era impensável. Atualmente, o contexto não evoluiu muito, sublinha o presidente do Conselho Nacional de Proteção da Pátria (CNSP). “A ameaça de intervenção militar da CEDEAO não é abandonada, mas sim colocada em espera”, assegura. Além disso, “os antigos dignitários do regime caído estão actualmente em Abuja, onde estabeleceram um governo de resistência. Este governo está apenas à espera da libertação do Presidente Mohamed Bazoum para reivindicar o poder, com o apoio da França”, informa o presidente nigerino. Ele acha que Paris “já conseguiu este tipo de golpe para vários países”. “Com a ajuda de Deus não vai funcionar para nós”, garante o dirigente. Mas se Bazoum não pode ser libertado por enquanto, o que dizer da sua esposa e filho, também detidos pelos militares? “Ele me disse que até que ele também seja libertado, sua família…” O presidente do CNSP disse que se ofereceu para liberá-los ao presidente deposto, mas ele recusou. “Três dias depois do golpe, em 29 de julho, propus-lhe (Mohamed Bazoum) a libertação da sua esposa e do seu filho. Mas em resposta, ele disse-me que enquanto ele também não for libertado, a sua família ficará com ele”, revelou o chefe de Estado nigerino. fonte: seneweb.com

A fome, agravada por atrasos salariais (já de si baixos), poderá estar a levar vários seguranças privados dos armazéns na cidade do Lubango, província da Huíla, a roubar – entre outros – bens alimentares. Por Geraldo José Letras (*) Na última sexta-feira, 8 de Dezembro, a Polícia Nacional na província da Huíla, através de uma operação realizada durante a madrugada, capturou em flagrante um total de seis seguranças privados, com idades entre os 22 e os 30 anos, enquanto assaltavam um armazém com recurso a arma de fogo já apreendida nos arredores do bairro Nambambe. Quatro sacos de açúcar de 25kg, 10 sacos de açúcar de 5kg, 17 frascos de ketchup, 12 caixas de whisky Best, 2 caixas de Will Bull, uma caixa de Red bull e outros produtos fazem parte dos produtos recuperados pela Polícia Nacional que neste mês, mediante denúncias de assaltos em vários estabelecimentos comerciais, está a redobrar as suas operações. Para seguranças privados ouvidos pela reportagem do Folha 8 na província da Huíla, a onda de roubos nos armazéns por estes profissionais deve-se a frequentes atrasos dos salários, já de si baixos, junto de proprietários estrangeiros que “humilham os angolanos”. Outros atiram a culpa para o governo que “nada faz” para travar a subida dos preços da cesta básica desde a reeleição de João Lourenço para o seu segundo mandato. “Já estamos em época festiva. Os preço dos produtos que compõem a cesta básica sobem assustadoramente nos mercados. Eles são chefes de família, logo não é de admirar que tenham assaltado os armazéns onde trabalham”, defende um funcionário da segurança de uma loja na cidade do Lubango, rua do Comércio sob anonimato. No historial deste problema, recorde-se quem já em 2014 os sucessivos assaltos a estabelecimentos comerciais no Lubango mesmo com a presença de guardas afectos a algumas empresas privadas de segurança. Na altura, dois casos a implicar seguranças privados ocorreram nos arredores do Lubango. Uma operação de combate e contenção do crime desencadeada à época pela Polícia Nacional, resultou com a detenção de um militar das forças especiais vulgo “comando” e usava uma arma que havia retirado de um guarda em serviço numa das agências bancárias espalhadas pela capital da Huíla. Na altura, para o director em exercício da Polícia de Investigação Criminal, superintendente Samuel Ramos, os crimes a envolver seguranças privados exigiam que as empresas contratantes revissem a política de contratação. “Aqui vai o nosso apelo para que as pessoas com estabelecimentos comerciais ajam com maior segurança e as empresas de segurança também devem rever os antecedentes desses indivíduos porque muitos deles têm cadastros criminais”, disse o superintendente Samuel Ramos. A polícia não tinha dúvidas que muitas das pessoas contratadas para servirem as empresas privadas de segurança estão longe de responder às necessidades. Por sua vez, o então porta-voz do Comando Provincial da Polícia, superintendente-chefe Paiva Tomás, avisava que a responsabilidade deve ser das empresas que por incumprimento da lei arriscam a ser encerradas. “A fiscalização da polícia recai sobre as empresas e não nos guardas. Toda a situação que ocorrer a empresa é que paga. As medidas vão desde repreensões e se houver mesmo ilegalidade a empresa fecha. A polícia tem esta capacidade”, acrescentou. (*) Com VoA.

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A fome, agravada por atrasos salariais (já de si baixos), poderá estar a levar vários seguranças privados dos armazéns na cidade do Lubango, província da Huíla, a roubar – entre outros – bens alimentares. Por Geraldo José Letras (*) Na última sexta-feira, 8 de Dezembro, a Polícia Nacional na província da Huíla, através de uma operação realizada durante a madrugada, capturou em flagrante um total de seis seguranças privados, com idades entre os 22 e os 30 anos, enquanto assaltavam um armazém com recurso a arma de fogo já apreendida nos arredores do bairro Nambambe. Quatro sacos de açúcar de 25kg, 10 sacos de açúcar de 5kg, 17 frascos de ketchup, 12 caixas de whisky Best, 2 caixas de Will Bull, uma caixa de Red bull e outros produtos fazem parte dos produtos recuperados pela Polícia Nacional que neste mês, mediante denúncias de assaltos em vários estabelecimentos comerciais, está a redobrar as suas operações. Para seguranças privados ouvidos pela reportagem do Folha 8 na província da Huíla, a onda de roubos nos armazéns por estes profissionais deve-se a frequentes atrasos dos salários, já de si baixos, junto de proprietários estrangeiros que “humilham os angolanos”. Outros atiram a culpa para o governo que “nada faz” para travar a subida dos preços da cesta básica desde a reeleição de João Lourenço para o seu segundo mandato. “Já estamos em época festiva. Os preço dos produtos que compõem a cesta básica sobem assustadoramente nos mercados. Eles são chefes de família, logo não é de admirar que tenham assaltado os armazéns onde trabalham”, defende um funcionário da segurança de uma loja na cidade do Lubango, rua do Comércio sob anonimato. No historial deste problema, recorde-se quem já em 2014 os sucessivos assaltos a estabelecimentos comerciais no Lubango mesmo com a presença de guardas afectos a algumas empresas privadas de segurança. Na altura, dois casos a implicar seguranças privados ocorreram nos arredores do Lubango. Uma operação de combate e contenção do crime desencadeada à época pela Polícia Nacional, resultou com a detenção de um militar das forças especiais vulgo “comando” e usava uma arma que havia retirado de um guarda em serviço numa das agências bancárias espalhadas pela capital da Huíla. Na altura, para o director em exercício da Polícia de Investigação Criminal, superintendente Samuel Ramos, os crimes a envolver seguranças privados exigiam que as empresas contratantes revissem a política de contratação. “Aqui vai o nosso apelo para que as pessoas com estabelecimentos comerciais ajam com maior segurança e as empresas de segurança também devem rever os antecedentes desses indivíduos porque muitos deles têm cadastros criminais”, disse o superintendente Samuel Ramos. A polícia não tinha dúvidas que muitas das pessoas contratadas para servirem as empresas privadas de segurança estão longe de responder às necessidades. Por sua vez, o então porta-voz do Comando Provincial da Polícia, superintendente-chefe Paiva Tomás, avisava que a responsabilidade deve ser das empresas que por incumprimento da lei arriscam a ser encerradas. “A fiscalização da polícia recai sobre as empresas e não nos guardas. Toda a situação que ocorrer a empresa é que paga. As medidas vão desde repreensões e se houver mesmo ilegalidade a empresa fecha. A polícia tem esta capacidade”, acrescentou. fonte: folha8 (*) Com VoA

ANÚNCIO DE IMPOSTOS ADICIONAIS PARA O ESFORÇO DE GUERRA NO BURKINA: Agir com grande tato e habilidade.

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Na véspera do 63º aniversário da independência do Burkina Faso, o presidente da transição, Capitão Ibrahim Traoré, dirigiu-se aos seus compatriotas no dia 10 de Dezembro num discurso que não deixou dúvidas sobre o seu desejo de travar a guerra contra o terrorismo ao fim. Prestou uma homenagem vibrante a todas as forças combatentes do país e aos seus compatriotas cujas contribuições para o esforço de paz permitiram que o país permanecesse de pé. Satisfeito com a “ascensão do poder” das forças armadas nacionais, anunciou o seu reforço através da criação de novas unidades de combate, neste caso “sete batalhões de intervenção rápida” dos quais “alguns já iniciaram o seu destacamento e outros continuarão nos próximos duas ou três semanas.” E não é tudo, pois “estão em formação e treino outros cinco batalhões, foram criados dois batalhões de intervenção aerotransportada”. E isto, num contexto onde “todas as outras forças de segurança interna puderam ser dotadas de equipamentos como nunca tinham conhecido” e onde o país foi dotado de “dispositivos de última geração” para vigilância territorial. Medidas que permitiram desferir numerosos golpes mortais no inimigo, mas que ainda precisam de ser capitalizadas ainda mais para desferir o golpe na fera imunda. O Burkinabe deve preparar-se para fazer novos esforços na guerra pela libertação do território nacional É por isso que, ao anunciar a intensificação da guerra tendo como pano de fundo um apelo aos filhos “perdidos” da Nação para que deponham as armas, o Chefe de Estado anunciou medidas adicionais ao esforço de guerra, que “serão tomadas” e que “afetará os trabalhadores públicos e privados, e também as empresas, no seu interesse bruto”. Enquanto esperamos ser suficientemente informados sobre a natureza dos esforços adicionais e os métodos de recolha de contribuições, o mínimo que podemos dizer é que os burquinenses devem preparar-se para envidar ainda mais esforços na guerra pela libertação do território nacional. Um sacrifício que não é muito, pois visa trazer definitivamente a paz ao país. Mas no presente caso, a autoridade terá que agir com muito tato e habilidade para que a pílula seja menos amarga de engolir. Isto é tanto mais necessário quanto, para além dos impostos, salvo erro ou omissão, as contribuições têm sido até agora voluntárias. Mas se, por uma razão ou outra, já não tiverem necessariamente de o ser, a situação já não será a mesma num contexto económico cada vez mais difícil para os trabalhadores e as empresas. É por isso que, sem pôr em causa a necessidade de mobilizar mais recursos para o esforço de guerra, as medidas anunciadas são de certa forma fontes de preocupação para os trabalhadores e as empresas chamados a apertar mais o cinto e que não sabem a que taxa de imposto serão aplicados. tributado. E isto é tanto mais compreensível quanto muitas empresas já se encontram em dificuldades, senão à beira da morte, devido aos efeitos induzidos da guerra na Ucrânia, mas também ao impacto negativo da crise de segurança que o país atravessa há quase oito anos. E se o próprio Estado está verdadeiramente a lutar para honrar a dívida interna, o que dizer das empresas que não estão longe de viver o dia a dia, na esperança de um amanhã melhor? E o que dizer dos trabalhadores públicos e privados, confrontados com as duras leis do custo de vida e que assistem, impotentes, ao seu poder de compra continuar a diminuir? Ao mesmo tempo, na luta contra o terrorismo, há uma guerra que regista resultados encorajadores e que deve absolutamente acabar. Burkina Faso, tendo manifestado o seu desejo de avançar para a soberania assumida, deve assumir plena responsabilidade, na união das suas filhas e filhos engajados na mesma luta. Teremos de encontrar o equilíbrio certo para tornar o fardo suportável para o contribuinte. É por isso que na implementação das novas medidas anunciadas pelo Chefe de Estado seria oportuno demonstrar muita lucidez para mitigar o impacto nos trabalhadores e nas empresas. Por outras palavras, teremos de encontrar o equilíbrio certo para tornar o fardo suportável para o contribuinte. Não só não pedindo demasiado, para além das suas forças, mas também considerando, porque não, medidas de apoio para aliviar as empresas, permitindo-lhes continuar a manter a cabeça acima da água. Caso contrário, por mais benéficas que sejam as medidas previstas, poderão revelar-se contraproducentes a longo prazo se provocarem ranger de dentes entre os trabalhadores, ou, em última análise, conduzirem à morte programada de empresas já empenhadas na dura luta pela sobrevivência. Em qualquer caso, na mobilização de recursos para o esforço de paz, os Burkinabè já demonstraram o seu patriotismo. Cabe, portanto, ao governo saber aproveitar a confiança da população e dos contribuintes, evitando, no entanto, dar a impressão de querer impor medidas que muito rapidamente poderão revelar-se difíceis de suportar. É do interesse de todos, do desejo comum dos burquinenses de se emanciparem do jugo do imperialismo e de se libertarem do domínio da hidra terrorista. fonte: lepays.bf

SUDÃO: REUNIÃO ANUNCIADA ENTRE BURHAN E HEMETI - Esperamos para ver antes de acreditar.

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No final da sua cimeira extraordinária realizada no Djibuti, a Organização Regional do Corno de África (IGAD) anunciou, no dia 10 de dezembro, uma notícia que encantou mais de um sudanês. Na verdade, o comunicado de imprensa final desta organização informa que os generais Abdel Fattah Al-Burhan e Mohamed Hamdan Daglo, conhecidos como Hemeti, concordaram em reunir-se dentro de duas semanas. Melhor, os dois generais também concordam em assinar um acordo de cessar-fogo. Ao extrair o princípio de um encontro entre os dois irmãos inimigos, não há dúvida de que a IGAD deu um passo importante na resolução da crise sudanesa. Contudo, será que terá sucesso onde os Estados Unidos, a Arábia Saudita, o Sudão do Sul, para citar apenas alguns, falharam? Estamos esperando para ver. Na verdade, os dois generais que disputam o poder através das armas habituaram-nos de tal forma a reviravoltas que seria errado acreditar na sua boa fé. Tanto é que chegamos a nos perguntar: eles concordarão em sentar-se à mesma mesa? Manterão a sua palavra respeitando o cessar-fogo? Eles concordarão em fumar o cachimbo da paz? Nada é menos certo. Enquanto os dois senhores da guerra não se encontrarem cara a cara, não devemos declarar vitória. Temos tanto mais razão em pensar assim porque as condições impostas pelos dois homens são difíceis de aceitar por ambos os lados. Na verdade, o campo de Burhan exige a retirada dos combatentes das Forças de Apoio Rápido (FSR) dos locais de acantonamento, enquanto Hemeti exige a prisão de antigos líderes do regime anterior. Isto é, se não for uma conclusão precipitada. Além disso, quem disse que tudo isto não faz parte de uma estratégia de guerra que consistiria em obter uma trégua para se rearmar? Porque, como dizem, a guerra é cansativa e pode acontecer que, após sete meses de intensos combates, ambos os campos sejam dominados pela exaustão. Em qualquer caso, o número incontável de acordos de cessar-fogo violados por ambos os homens obriga-nos a fazer como Santo Tomás: esperar para ver antes de acreditar. Ao prometerem encontrar-se, os dois generais apostam na sua credibilidade Dito isto, é altura de os beligerantes se convencerem de uma coisa: a guerra causou demasiados danos humanos e materiais. E como nunca é tarde para fazer a coisa certa, eles se beneficiariam em se recomporem. Especialmente porque as chaves da paz estão nas suas mãos. E quanto mais cedo decidirem silenciar as armas, mais cedo sairão desta crise com consequências terríveis. E quanto aos países vizinhos, como o Chade e o Egipto, que acolhem nos seus respectivos solos muitos sudaneses forçados ao exílio por causa dos combates? É, portanto, tempo de aliviar o sofrimento destes numerosos refugiados e dos seus anfitriões. De qualquer forma, ao prometerem encontrar-se, os dois generais apostam na sua credibilidade. Eles têm todo o interesse em manter a sua palavra como oficiais superiores. E isso começa primeiro com o respeito do cessar-fogo, depois com a abertura de corredores humanitários para permitir que as organizações humanitárias cheguem ao lado dos leitos dos sudaneses feridos. Dabadi ZOUMBARA fonte: lepays.bf

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