NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Domingos Simões Pereira, candidato do PAIGC, considera que a mais
recente crise política guineense "está ultrapassada". E que "o povo
guineense não vai tolerar qualquer subversão da ordem democrática".
fonte: DW Africa
Domingos Simões Pereira
Em entrevista à agência de notícias Lusa este domingo (17.11), o
candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e
Cabo Verde (PAIGC) às presidenciais guineenses, Domingos Simões Pereira,
considerou que a crise no país está "ultrapassada".
"Está
ultrapassada, porque é uma situação inaceitável. Ninguém irá permitir
isso. Podem continuar a orquestrar porque quem não tem um projeto,
porque quem não acredita em democracia como um momento em que o povo
decide vai estar sempre a orquestrar", afirmou o candidato às eleições
de 24 de novembro, no final de um comício no campo de Lala Quema, em
Bissau.
O antigo primeiro-ministro considerou ainda que "o povo
guineense não vai tolerar qualquer de subversão da ordem democrática". E
que a população deve estar preparada, assim como as autoridades, caso
haja esta "ameaça".
Alianças
Questionado
pela Lusa sobre o facto de vários candidatos eleitorais estarem a
planear unir-se contra ele, Domingos Simões Pereira disse que não
preocupa e que essas alianças são "perfeitamente normais" em democracia.
"A
única diferença é que eles confiam nas alianças que vão estabelecendo e
eu confio no povo guineense, porque eu estou a falar do povo, estou a
falar de futuro, estou a falar de esperança e é nisso que eu acredito",
afirmou, salientando que a única coisa que o preocupa é que haja
condições para que o povo se possa exprimir em absoluta liberdade.
Domingos
Simões Pereira salientou também que gostava que a atual campanha
servisse para discutir projetos e ideias com a participação de todos os
guineenses e debater as suas visões com as visões dos outros candidatos.
"Acho
extraordinário que candidatos com telhados de vidro estejam a atirar
pedras, eu não entendo isso e isso só pode ter uma explicação que é
distrair a atenção das pessoas. Querem convocar-me para uma discussão
que o povo guineense está saturado de ouvir. Eu não vou fazer isso. Eu
vou falar daquilo que o povo guineense quer ouvir", disse.
Tensão política
A
Guiné-Bissau iniciou a campanha para as eleições presidenciais num
momento de especial tensão política, depois de o Presidente ter demitido
o Governo de Aristides Gomes, saído das legislativas de 10 de março, e
nomeado um outro liderado por Faustino Imbali.
Grande parte da
comunidade internacional opôs-se a estas decisões e a CEDEAO exigiu a
demissão de Imbali, sob pena de impor "pesadas sanções" aos responsáveis
pela instabilidade política.
Imbali acabou por se demitir, pouco
antes de serem conhecidas as decisões dos chefes de Estado da
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que
decidiram reforçar a presença da força de interposição Ecomib no país e
advertir o Presidente guineense, José Mário Vaz, de que qualquer
tentativa de usar as forças armadas para impor um ato ilegal será
"considerada um golpe de Estado".
Djemberém é um blog que aborda temas de carácter social, cultural e educativo; colabore com os seus arquivos, imagens, vídeos, para divulgação. O objectivo principal de sua criação é de divulgar informações privilegiadas sobre a África e o seu povo, assim como outras notícias interessantes. Envie para - vsamuel2003@gmail.com
Postagem em destaque
O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
Analistas criticam falta de profundidade da campanha eleitoral na Guiné-Bissau
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Os discursos e linguagem dos concorrentes à Presidência da República da Guiné-Bissau estão a ser criticados pelos analistas, que consideram que há um nível de debate "fraco". Guineenses vão a votos no dia 24 de novembro.
fonte: DW Africa
A campanha eleitoral para as eleições presidenciais de domingo (24.11) na Guiné-Bissau entra esta segunda-feira (18.11) na reta final.
Os discursos dos 12 candidatos a Chefe de Estado têm sido caracterizados por ataques pessoais e troca de acusações sobre a venda dos recursos naturais do país, embora haja candidatos que estão também focados na apresentação do seu projeto político ao eleitorado guineense.
O tema do tráfico de droga no país tem também sido usado recorrentemente como "arma de arremesso" na discussão eleitoral.
Défice de conhecimento por parte dos candidatos
Paulo Vasco Salvador Correia, professor universitário, considera a existência de um défice de conhecimento dos princípios democráticospor parte dos políticos. "É muito preocupante o fraco nível de debate político, o que denuncia a falta de preparação dos atores políticos", referiu.
"Lamentavelmente, não se vislumbra no horizonte, a melhoria do debate político a curto prazo. É caso para dizer de que as duas décadas e meia da democracia foram só duas décadas do exercício da democracia e não do exercício democrático. Em termos dos conhecimentos dos princípios democráticos, praticamente não se nota nenhuma experiência e nenhum conhecimento", comenta.
"A saúde, a educação e o acesso à justiça, que estão fora dos discursos da maioria dos candidatos, são temas de debate nas ruas", indica ainda.
Para
Adama Baldé, vice-presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis
(RENAJ), os discursos dos candidatos às eleições não estão a ser
motivantes. "Os discursos políticos estão a ser menos interessantes,
porque não se traz o essencial para o povo", afirmou.
"Enquanto jovens, almejávamos ter discursos mais assertivos e debates nos quais os candidatos digam o que têm para este povo e como poderão influenciar os outros órgãos da soberania para levar uma boa imagem do país o mais longe possível", disse.
Situação política em risco de se deteriorar
"Podemos esperar o agravar da situação, o intensificar das acusações, dos discursos enraizados no ódio, na segregação e divisão étnica", adverte Paulo Vasco Salvador Correia.
"Esperamos que a situação política venha a deteriorar-se nos últimos. No fundo, estamos a tratar de pessoas que da política, da prática e cultura política conhecem muito pouco. Estamos a falar de políticos que não têm proposta e nem projeto social", critica o professor universitário.
A televisão e a rádio nacionais têm promovido debates entre os candidatos, mas os analistas continuam a lamentar aquilo que consideram ser a falta de preparação de alguns concorrentes para dar respostas às questões essenciais.
A campanha eleitoral termina na sexta-feira (22.11). A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais em 24 de novembro, estando a segunda volta, caso seja necessária, marcada para 29 de dezembro.
Os discursos e linguagem dos concorrentes à Presidência da República da Guiné-Bissau estão a ser criticados pelos analistas, que consideram que há um nível de debate "fraco". Guineenses vão a votos no dia 24 de novembro.
fonte: DW Africa
A campanha eleitoral para as eleições presidenciais de domingo (24.11) na Guiné-Bissau entra esta segunda-feira (18.11) na reta final.
Os discursos dos 12 candidatos a Chefe de Estado têm sido caracterizados por ataques pessoais e troca de acusações sobre a venda dos recursos naturais do país, embora haja candidatos que estão também focados na apresentação do seu projeto político ao eleitorado guineense.
O tema do tráfico de droga no país tem também sido usado recorrentemente como "arma de arremesso" na discussão eleitoral.
Défice de conhecimento por parte dos candidatos
Paulo Vasco Salvador Correia, professor universitário, considera a existência de um défice de conhecimento dos princípios democráticospor parte dos políticos. "É muito preocupante o fraco nível de debate político, o que denuncia a falta de preparação dos atores políticos", referiu.
"Lamentavelmente, não se vislumbra no horizonte, a melhoria do debate político a curto prazo. É caso para dizer de que as duas décadas e meia da democracia foram só duas décadas do exercício da democracia e não do exercício democrático. Em termos dos conhecimentos dos princípios democráticos, praticamente não se nota nenhuma experiência e nenhum conhecimento", comenta.
"A saúde, a educação e o acesso à justiça, que estão fora dos discursos da maioria dos candidatos, são temas de debate nas ruas", indica ainda.
"Enquanto jovens, almejávamos ter discursos mais assertivos e debates nos quais os candidatos digam o que têm para este povo e como poderão influenciar os outros órgãos da soberania para levar uma boa imagem do país o mais longe possível", disse.
Situação política em risco de se deteriorar
"Podemos esperar o agravar da situação, o intensificar das acusações, dos discursos enraizados no ódio, na segregação e divisão étnica", adverte Paulo Vasco Salvador Correia.
"Esperamos que a situação política venha a deteriorar-se nos últimos. No fundo, estamos a tratar de pessoas que da política, da prática e cultura política conhecem muito pouco. Estamos a falar de políticos que não têm proposta e nem projeto social", critica o professor universitário.
A televisão e a rádio nacionais têm promovido debates entre os candidatos, mas os analistas continuam a lamentar aquilo que consideram ser a falta de preparação de alguns concorrentes para dar respostas às questões essenciais.
A campanha eleitoral termina na sexta-feira (22.11). A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais em 24 de novembro, estando a segunda volta, caso seja necessária, marcada para 29 de dezembro.
Assinar:
Postagens (Atom)