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sexta-feira, 20 de abril de 2018

SER DO MPLA É SER… CUBANO E TAMBÉM NORTE-COREANO!

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Se é normal, embora hipócrita, que as democracias se entendam bem com as ditaduras que lhes interessam, mais normal é o entendimento entre ditaduras. Não admira, por isso, que o MPLA de José Eduardo dos Santos e João Lourenço, ame ditadores como Kim Jong-un, Fidel Castro e agora (depois da versão Raul) Miguel Díaz-Canel (na foto com João Lourenço).

Por Orlando Castro
Quando em Março de 2005 visitou Luanda, o vice-presidente da Coreia do Norte, Zeng Yang Hong, foi claro ao ressaltar a importância da cooperação bilateral, e ainda mais explícito quando disse tratar-se de algo histórico.
É bom que os angolanos (a comunidade internacional passou uma esponja no assunto) não esqueçam que a ditadura de Pyongyang tem relações históricas com a sua congénere de Luanda.
Para além dos laços históricos, nascidos na década de 70 com o apoio militar norte-coreano às FAPLA, é certo que a Angola do MPLA só tem a ganhar com o reforço da cooperação com Pyongyang.
Então em matéria de democracia e direitos humanos, a Coreia do Norte parece continuar a ser (tal como Cuba e o Zimbabué) uma lapidar referência para o regime do MPLA.
Aliás, não é difícil constatar que a noção de democracia de João Lourenço se assemelha muito mais à vigente na Coreia do Norte do que à de qualquer outro país. E é natural. É que para além de uma longa convivência “democrática” entre ditadores, Luanda ainda tem de pagar a dívida, e os juros, da ajuda que Pyonyang deu ao MPLA. Amigos, amigos, contas à parte.
No que tange a direitos humanos, os princípios são os mesmos embora – reconheça-se – o MPLA tenha sido obrigado a alargar o cordão que estrangula os seus escravos angolanos.
De qualquer modo continuam os milhões que têm pouco, ou nada, a trabalhar para os poucos que têm milhões. É assim em todas as ditaduras. Foi assim com Fidel, é assim com João Lourenço, será assim com Miguel Díaz-Canel.
É claro que o Governo do MPLA, no poder desde 1975, escuda-se nas relações Estado a Estado para estar de bem com Deus e com o Diabo. E faz bem.
Tal como Havana ou Pyongyang nunca se importaram com o facto de os seus regimes serem uma ditadura, Luanda nunca se importou com a sorte dos angolanos. Aliás, se Eduardo dos Santos foi elogiado por Cavaco Silva, João Lourenço também o é por Marcelo Rebelo de Sousa.
A regra é simples. Porque carga de chuva tenho de estar preocupado com os muitos angolanos que nem uma refeição têm por dia, se eu tenho pelo menos três? Não é Presidente João Lourenço?
João Lourenço pensa assim, Kim Jong-un também. Mas não são só eles, acrescente-se. São também os dirigentes das democracias ocidentais, da ONU, da CPLP etc. Para eles pouco importa que em Darfur tenham morrido em dois anos mais de 300 mil pessoas, ou que em Angola a grande maioria da população (perto de 70%) seja tratada abaixo de cão.
Também há, reconheça-se, muitas e válidas razões para o MPLA amar Cuba e, é claro, para Cuba amar o MPLA. Permitam-nos que, por exemplo, recordemos o brilhante trabalho cubano no apoio às vitórias militares e eleitorais do MPLA.
Em Setembro de 2008, ao elogiar a transparência e honestidade das eleições em Angola, bem como o papel de comunicação social (do estado, está bom de ver), Cuba prestou o melhor dos serviços à verdade.
Só não viu quem era ceguinho (e foram muitos). Só não vê quem quer continuar a ser cego. E, neste caso, a cegueira é proporcional ao peso do petróleo angolano, grande parte dele roubado a Cabinda.
Pedro Ross Leal, embaixador cubano em Angola, em declarações à agência angolana de notícias, Angop (a quem mais poderia ser?), apontou como merecedor de elogio o comportamento da comunicação social (não especificou qual delas, mas é fácil de entender) pela sua “eficiência” e oportunidade dada aos partidos políticos para expressarem os seus “propósitos de governação”.
Relevando como “facto inédito” em África, num país que viveu “longos anos de guerra”, a realização de eleições num clima “de paz, tranquilidade e honestidade”, Ross Leal disse que considerava que o escrutínio foi “transparente e honesto” pelo “comportamento cívico dos cidadãos e dos partidos políticos”.
E se Cuba o diz, quem se atreverá a dizer o contrário?
O diplomata cubano defendeu ainda que a vitória esmagadora do MPLA, com mais de 81 por cento dos votos, nas segundas eleições realizadas e então nos 33 anos de independência (de quê?) e 16 anos depois das primeiras em 1992, representa uma “mais valia na cooperação entre os dois países, rumo ao desenvolvimento de ambos”.
Pedro Ross Leal lembrou que o MPLA sempre foi um parceiro do governo cubano (bem lembrado!), desde a luta de libertação nacional, quando “o comandante” Che Guevara encontrou Agostinho Neto, o primeiro Presidente da República de Angola, no Congo-Brazaville.
“Foi a partir desta data que se deu início à cooperação bilateral, permitindo assim a mútua ajuda para o desenvolvimento dos nossos povos, bem como para a libertação de Angola das forças coloniais”, apontou o diplomata.
Hoje, como ontem e como amanhã, ainda há muitas contas que o MPLA não pagou. Por isso, eles vieram para Angola para ficar.
Aliás, as consequências do envolvimento cubano em Angola foram sobretudo o endividamento de Angola perante Cuba e o roubo de muitas riquezas que foram carregadas para Havana, desde carros a mármore roubado até dos cemitérios deixados pelos portugueses.


Recordamos um episódio relatado em Novembro de 2008 quando alguém nascido e criado no Alto Hama foi visitar Cuba e, em Havana, viu o Autocarro do Grupo Desportivo do Alto Hama aonde ele se fartou de andar quando era atleta júnior da equipa de futebol local, antes da Dipanda… Isto para além dos autocarros da EVA (Empresa de Viação de Angola).

fonte: jornalf8.net

Suazilândia passa a chamar-se eSwatini.

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Decisão foi anunciada pelo rei Mswati III
O rei da Suazilândia, Mswati III, anunciou que o país que governa há 36 anos passa a chamar-se Reino de eSwatini.
O monarca comunicou a mudança nesta quinta-feira, 19, durante as celebrações de 50 anos de aniversário da independência do país.
O rei, também chamado de Ngwenyama ou "leão", é conhecido por ter muitas esposas e por suas vestimentas tradicionais.
A mudança de nome revoltou parte da população, que acredita que o rei deveria se concentrar na condução da fraca economia local.
O país, que tem 1,3 milhão de habitantes, é a última monarquia absolutista da África.
Mswati III em danças tradicionais
Mswati III em danças tradicionais
Mswati III vem sendo criticado por activistas de direitos humanos por banir os partidos políticos do país e também por discriminação contra mulheres.
O novo nome significa "Terra dos Swazi".
Embora a mudança do nome oficial tenha sido inesperada, o rei Mswati III já vinha chamando a Suazilândia de Reino de eSwatini há alguns anos.
Esse foi o nome que ele usou quando foi à Assembleia Geral da ONU em 2017 e também na cerimónia de abertura do Parlamento do país em 2014.
"Quando eu estou fora, as pessoas se referem ao nosso país como Suíça", justificou durante o pronunciamento.
Filho de Sobhuza II, que reinou por 60 anos, o rei Mswati III tem atualmente 15 esposas.
De acordo com sua biografia, Sobhuza, teve 125 mulheres durante o seu reinado, que se estendeu de 1921 a 1982.
A até agora Suazilândia é o país com a maior proporção de pessoas infectadas por HIV e a expectativa de vida é de 54 anos para homens e de 60 anos para as mulheres.

fonte: VOA

Línguas nacionais são receita de sucesso nas escolas moçambicanas.

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O Executivo moçambicano quer usar as 23 línguas nacionais, juntamente com o português e a língua gestual, para melhorar o ensino. Académico considera que Moçambique se deve "libertar" da língua portuguesa.
fonte: DW África
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A maior parte das crianças moçambicanas nas zonas rurais só começa a aprender a língua portuguesa nas escolas, algo que contribui para o insucesso escolar. Já o ensino com recurso a línguas nacionais está a ser um sucesso, porque os alunos participam ativamente nas aulas e ficam mais motivados.
Por isso, o Governo moçambicano, académicos e especialistas em educação defendem a introdução das línguas nacionais no ensino oficial.
"Precisamos, urgentemente, de nos libertarmos [da língua portuguesa]. Não estou aqui a advogar que troquemos de 'chip', estou a advogar que adquiramos outro 'chip' para sermos mais fortes e mais capazes do que os que só têm um 'chip', afirma o académico e investigador Armindo Ngunga.
Contra o insucesso
As línguas nacionais e o português estão a ser lecionados desde 1993 nas zonas rurais das províncias de Gaza, no sul, e Tete, no centro. E os resultados estão a ser positivos.
A ideia agora é duplicar o número de alunos neste processo, porque segundo a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Conceita Sortane, "não deve ser difícil" concluir "que o insucesso escolar para 89,2% de moçambicanos que entram na primeira classe já está pré-determinado" se se continuar a "excluir a sua língua materna na sala de aula."
O Governo quer que as 23 línguas nacionais, juntamente com o português e a língua gestual, sejam utilizadas para melhorar a qualidade do ensino no país.
Segundo a ministra Conceita Sortane, falta agora formar os professores. "Os nossos institutos de formação de professores têm estado a garantir a capacitação de professores que podem falar ou dar a sua aula em língua local", diz.
Deputados "não têm culpa de estarem a dormir"
O professor e investigador Feliciano Chimbutane avalia de forma positiva o uso de línguas maternas, pois o aluno fica mais à vontade na sala de aula. Além disso, descartar as línguas locais traz repercussões negativas, como acontece em debates de alto nível no Parlamento, frisa o académico.
"Muitos daqueles deputados que dormem não têm culpa de estarem a dormir - é porque a língua não é aquela que devia ser usada para a sua contribuição", afirma. "É interessante que, por exemplo, é o macua [língua falada em Nampula] que nós procuramos usar para mobilizar aquele indivíduo para dar o voto, mas a partir da altura que temos o voto é o português que domina o macua."
Outro professor, Armindo Ngunga, confirma que nas zonas rurais onde o bilinguismo está a ser implementado tem havido melhorias na assimilação da matéria. Por isso, diz que é urgente resgatar a identidade dos moçambicanos.
"Vamos devolver a nossa cultura ao povo, vamos levar as nossas línguas à sala de aula, para que elas, como veículo de cultura e conhecimento, possam ser instrumentos de aquisição de todos os conhecimentos necessários ao desenvolvimento que queremos construir."
O ensino em línguas maternas está paulatinamente a ser implementado nas zonas rurais das províncias de Nampula, no norte, e da Zambézia, no centro de Moçambique.

Moçambique debate papel do homem em África.

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Júlio Langa na RFI a 26 de Janeiro de 2018.RFI/Miguel Martins
Maputo acolhe entre 23 e 27 deste mês o segundo fórum africano MenEngage. Uma organização conjunta da rede HOPEM e da Universidade Eduardo Mondlane visando debater o papel do homem na sociedade. MenEngage pretende lutar contra os estereótipos veiculados em torno da imagem do homem na sociedade.






Melhor distribuição das tarefas no casal, luta contra a violência conjugal, mas também contra a homofobia são temáticas sobre as quais versam o evento.
Pretende-se desconstruir as imagens ligadas à masculinidade que a associam, frequentemente, à insensibilidade, à violência doméstica, ao consumo de álcool, à promiscuidade, à negligência médica.
O evento já passou por cidades como Rio de Janeiro e Nova Delhi, a sua versão regional africana teve já uma primeira edição na África do Sul.
A rede MenEngage África de que faz parte a HOPEM, Rede Homens pela Mudança, reúne mais de 20 países, fundamentalmente anglófonos.
Moçambique, até ao momento, é o único país lusófono a integrar esta aliança, um movimento que visa espalhar-se por demais Estados de línguas portuguesa e francesa.
Com este evento a decorrer no campus da Universidade Eduardo Mondlane pretende-se fazer um diagnóstico dos desafios por resolver, mas também dos progressos registados.
Moçambique que na África austral tem alguma abertura em relação a países limítrofes, como o Zimbabué nestas questões, mas sem comparação com a África do Sul que legalizou, mesmo, a abertura do casamento a casais do mesmo sexo.
Porém os desafios são muitos: a organização Lambda, da sociedade civil moçambicana, actua na área do apoio às minorias sexuais, até ao momento não se conseguiu legalizar.
Júlio Langa, coordenador nacional da HOPEM, Rede Homens pela Mudança, em Moçambique, apelava a que os demais países lusófonos em África se implicassem nestas temáticas e participassem no simpósio de Maputo.
Júlio Langa, coordenador nacional da HOPEM, Rede Homens pela Mudança.
fonte: RFI

ANGOLA: BIFE EM PRATO DE LATÃO OU FARELO EM PRATO DE PRATA?

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Os deputados angolanos aprovaram hoje, na generalidade, a proposta de Lei do Investimento Privado, com a qual o Governo diz que pretende aumentar a captação de Investimento Directo Estrangeiro e reduzir a burocracia.

Aproposta de lei passou, por unanimidade, com 193 votos, durante a oitava reunião plenária ordinária da Assembleia Nacional, realizada hoje em Luanda, permitindo a proposta, que desce à discussão na especialidade, liberalizar o investimento privado em Angola, sem montantes mínimos ou a obrigação de um sócio angolano.
Ao proceder à apresentação do documento no parlamento, o ministro da Economia e Planeamento de Angola, Pedro Luís da Fonseca, assegurou que o diploma permitirá a “redução da burocracia”.
“Desde logo a lei não inclui limites para o investimento. Isto é, não há limites em termos de valores para que a lei se aplique a projectos de investimentos. O que se releva neste sentido é precisamente a natureza económica do próprio investimento”, disse.
Registe-se a forma pedagógica como o ministro explica as coisas. “A lei não inclui limites para o investimento. Isto é, não há limites em termos de valores para que a lei se aplique a projectos de investimentos”. Perceberam senhores deputados? Ou é preciso fazer um desenho?
Pedro Luís da Fonseca realçou igualmente que no sentido da “obrigatoriedade de participações de nacionais”, o diploma “já elimina os referidos limites”, impostos na lei actualmente em vigor.
Já durante a discussão do documento no plenário, os deputados das cinco forças políticas representadas no parlamento apresentaram posições divergentes em relação à aplicabilidade da Lei do Investimento Privado e o seu reflexo na “vida difícil que os cidadãos atravessam devido à crise”.
Para o deputado do PRS, Benedito Daniel, o investimento privado em Angola carece de alterações profundas, sublinhando que o diploma em discussão “ainda traz algumas insuficiências”.
“Não devemos esperar que leis complementares venham a definir situações paritárias do empresário angolano com o seu parceiro estrangeiro, porque a Lei do Investimento Privado é esta que estamos a aprovar e há aí situações que não se consegue perceber”, afirmou.
Para o deputado Luís Oliveira Rasgado, do MPLA, partido no poder em Angola desde 1975, esta proposta de lei é “um instrumento jurídico-legal capaz de ajudar o país a absorver “know-how” e tecnologia, bem como atrair parceiros de reconhecidas competências”.
“Porém, há que remover desta lei todos aqueles aspectos que podem desincentivar os investidores”, exortou.
Por sua vez, o deputado da UNITA, Alcides Sakala, admitiu que o debate sobre o investimento privado no país “é oportuno” porque a “economia angolana está doente, trucidada por um endividamento público excessivo”.
“Entendo que neste ambiente de crise social e económica, se houver vontade de melhorar o actual ambiente de negócios, o investimento privado pode-se transformar na alavanca geradora da riqueza (…) O país deve criar um ambiente de negócio credível”, defendeu.
Já o deputado da CASA-CE, Manuel Fernandes, apontou que a melhoria do ambiente de negócios no país “deve passar pelo fim de práticas de venda de facilidades, criada pelo aparelho do Estado, como o fenómeno gasosa”.
“É também importante ter em atenção outros sectores vitais para o ambiente de negócios que concorrem para a redução dos custos de produção, como a água e energia eléctrica, a par das vias de comunicação. Temos que reflectir o país”, adiantou.
A proposta da nova lei do investimento privado assenta “no estabelecimento de bases gerais que visam uma maior celeridade, desburocratização e simplificação do processo de investimento”, comportando nove capítulos e 45 artigos que se aplicam a investimentos privados “de qualquer montante”, contrariamente aos actuais, pelo menos, 50 milhões de kwanzas (200 mil euros, à taxa de câmbio actual).

João La Palice Lourenço

Quando o Presidente João Lourenço nos brinda com verdades de La Palice é caso para nos congratularmos. No dia 5 de Janeiro de 2018, em Luanda, disse o que – pelos vistos – ninguém sabia, um verdadeiro “ovo de Colombo”. Ou seja, que o desenvolvimento económico e social do país só pode ser feito com a participação do empresariado privado. É obra!
O Titular do Poder Executivo falava numa audiência com empresários nacionais no Palácio Presidencial, a quem informou que o Estado tem outras responsabilidades e que compete ao sector privado da economia criar empregos e produzir bens e serviços.
João Lourenço recordou que o encontro com os empresários ocorria após a equipa económica do Governo ter feito a apresentação do Plano de Estabilidade Macroeconómica (PEM) para o corrente ano.
Participaram nesse encontro representantes de várias organizações empresariais dos ramos da agro-pecuária, indústria, pescas, hotelaria, construção civil e banca e ministros ligados à equipa económica do Executivo.
Como não poderia deixar de ser, cientes de que há 42 anos que os nossos governantes preferem ser assassinados pelo elogio do que salvos pela crítica, os empresários consideraram positivas as expectativas criadas pelo Executivo, para o relançamento da produção interna, a diversificação da economia nacional e o desenvolvimento económico e social do país.
Amílcar Silva, presidente da Associação Angolana de Bancos (ABANC), reafirmou a abertura do sector no apoio ao desenvolvimento económico e social do país, ao mesmo tempo que exprimiu simpatia pelo novo regime cambial proposto pelo Executivo.
O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, depois de considerar provado que o Presidente da República é um interlocutor muito activo no domínio económico, defendeu maior pragmatismo empresarial para aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
José Severino referiu que foram levantadas diversas questões, tendo os empresários obtido a garantia de que o Estado venha a ser mais comprador de bens nacionais, a necessidade da interacção entre os sectores de produção, distribuição e consumo, bem como numa maior articulação entre a agricultura e a indústria.
O líder da AIA sugeriu o desenvolvimento da indústria de exploração mineira junto das margens dos rios, maior investimento na conservação do pescado, melhoria da indústria petroquímica e refinação para que a indústria seja competitiva.
José Severino pediu ainda medidas para combater o contrabando, ao mesmo tempo que defendeu a liberalização da actividade empresarial, redução da burocracia, a realização de feiras transfronteiriças para eliminar o comércio ilegal e captar cambiais.
João Gonçalves, da Associação dos Hotéis, Restaurantes e Similares de Angola (Horesia), defendeu o incentivo à formação de jovens para o ramo.
De acordo com outro empresário, Silvestre Tulumba (que está a ser investigado pela Polícia Judiciária de Portugal por alegados crimes de burla), uma das questões que preocupa a classe é a descentralização das divisas, fundamentalmente, para o sector agrícola, defendendo o incentivo aos empresários para que a curto prazo se possa substituir a importação de produtos de primeira necessidade.
Por seu lado, Raul Mateus, da Associação de Empresas de Comércio e Distribuição Moderna de Angola (Ecodima), disse que uma das propostas apresentadas no encontro ao Chefe de Estado prende-se com o pagamento das dívidas públicas e os critérios para a alocação de divisas.
A audiência entre o Presidente João Lourenço e a classe empresarial nacional, na opinião do empresário Luís Cupenala permitiu estabelecer uma base para o alinhamento da política do Executivo e com o empresariado privado nacional.
A intenção do país passar para uma fase de produção mais competitiva, a subvenção do preço do combustível e a aquisição de divisas, foram, dentre outras, preocupações manifestadas no encontro, segundo Manuel Monteiro, presidente da Associação Agro-pecuária de Angola.

Outubro de 2015 – Eduardo dos Santos

Estávamos em Outubro de 2015. As associações representativas das várias áreas do sector privado angolano defendiam a criação de um Conselho de Concertação Económica e Empresarial para apoiar a relação entre empresários e o Estado.
A posição, subscrita por 17 associações empresariais, constava de um documento enviado aos jornalistas, após reunião, em Luanda, destes representantes do empresariado privado angolano, que se destinou a analisar o discurso sobre o estado da nação do então chefe de Estado.
Lido a 15 de Outubro na Assembleia Nacional pelo vice-Presidente, Manuel Vicente, esse discurso sobre o estado da nação ficou marcado pela crise económica, financeira e cambial que afecta Angola, devido à quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional.
“Tendo em conta a envergadura, profundidade e complexidade das tarefas em presença e não sendo possível a sua implementação e materialização, na economia real sem o empenho total e motivado do sector privado”, estas associações anunciaram agora uma proposta para a “instituição de um Conselho de Concertação Económica e Empresarial” em Angola.
O objectivo, explicaram, passa por “motivar e galvanizar os agentes económicos em apoio as diversas propostas e programas de desenvolvimento económico e social preconizado pelo Executivo”.
No discurso sobre o estado da nação foi também sublinhado pelo Executivo a então recente aprovação da nova Lei do Investimento Privado e a reestruturação da área do Governo que executa a política do investimento privado.
“As diligências feitas apontam para o reforço do dinamismo e da eficiência dos seus serviços e para uma previsão do aumento da captação do investimento privado estrangeiro de aproximadamente 10 mil milhões de dólares nos próximos dois anos”, frisou Manuel Vicente, falando ao país em representação de José Eduardo dos Santos, na altura ausente do parlamento devido a uma “indisposição”.
“Este montante, acrescido ao que for possível obter dos investidores angolanos, permitirá acelerar a diversificação da economia no sector não petrolífero, bem como o crescimento económico e o emprego em cifras que podem ultrapassar os 300 mil postos de trabalho”, disse ainda.
A revelação de que a linha de crédito a atribuir pela China a Angola, para obras e projectos já em 2016 e 2017, atingirá os seis mil milhões de dólares, mereceu a observação dos empresários angolanos, que pretendem “cooperar e contribuir” neste processo.
“Para que haja, de facto, uma maior participação das empresas angolanas no fornecimento ao Estado”, assumem as associações angolanas representativas dos vários sectores privados, dando como exemplo os projectos a contratar com o investimento chinês.


Folha 8 com Lusa

ANGOLA: SONANGOL PÕE À VENDA DOIS BLOCOS PETROLÍFEROS.

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ANGOLA. A petrolífera estatal Sonangol quer vender até Agosto parte dos direitos que detém em dois blocos de produção de petróleo em fase de exploração no “offshore” angolano, operados pela Cobalt, com a qual manteve um diferendo milionário há vários meses.
De acordo com informação apresentada no seu site pela Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), a petrolífera estatal refere que “tenciona proceder à cedência de parte” dos interesses que mantém nestes dois blocos.
Em causa estão os blocos 20/11, participado pela Sonangol (30%), pela BP (30%) e operado pela Cobalt (40%), e 21/09, participado pela Sonangol (60%) e operado pela Cobalt (40%), ambos em águas profundas e que ainda não entraram em fase de produção.
A Sonangol refere que, para o efeito, serão realizadas sessões com potenciais investidores – petrolíferas nacionais e internacionais – a partir de 24 de Abril, processo que se desenrolará até 29 de Junho, decorrendo em paralelo em Luanda e em Houston, Estados Unidos da América, “com o propósito de partilhar informação técnica, legal e contratual, relativa aos blocos”.
O processo de venda, segundo a Sonangol, termina a 31 de Julho de 2018.
fonte: jornalf8.net

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