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O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

sexta-feira, 8 de março de 2024

O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração a céu aberto, pelas forças sionistas de Israel, já dura mais quase cem dias e, ao contrário das velhas guerras do passado, o genocídio do povo palestino de Gaza está sendo transmitido e visto por milhares de milhões de pessoas, em tempo real, pelos meios de comunicação e mídias digitais. A justificativa para essa barbárie foi o ataque da resistência palestina, liderada pelo Hamas, dia 7 de outubro, a bases militares e agrupamentos de colonos sionistas, quando centenas deles foram mortos e sequestrados durante o ataque. Acostumados em realizar arbitrariedade contra os palestinos, há cerca de 75 anos, como segregação racial, cerca militar de suas regiões, assassinatos coletivos, prisões, tortura, morte de prisioneiros políticos e humilhações de todo tipo, o exército de ocupação sionista foi pego de surpresa em 7 de outubro e sofreu uma derrota histórica. A arrogância e a impunidade eram tão grandes que, mesmo com informações dos órgãos de inteligência, de que haveria a possibilidade de um ataque da resistência palestina, os dirigentes sionistas não levaram a sério as informações porque imaginavam que os palestinos jamais seriam capazes de enfrentar em campo aberto o exército sionista, afinal os sionistas os consideram cidadãos de segunda classe. Subestimaram a resistência e sofreram uma derrota que ficará marcada na história como o começo do fim da política sionista e a retomada do processo de libertação da palestina em outro patamar. Os sionistas esqueceram que aqueles garotos que enfrentavam tanques e metralhadoras com pedras e estilingues cresceram, aprenderam a manejar armas, se tornaram guerrilheiros e defensores de seu povo e colocaram em xeque o mito do maior, mais poderosos e bem equipado exército do Oriente Médio e do melhor e mais eficiente serviço de informações do planeta. Tudo isso virou pó em menos de 24 horas. Os meios de comunicação, quase todos alinhados com a propaganda sionista, procuram vender uma imagem de que o governo de Israel é vítima do terrorismo e que os palestinos e suas organizações de resistência são um bando de bárbaros que matam civis inocentes e que querem jogar Israel ao mar. Essa vitimização permanente do povo judeu tem sido a tônica, desde o final da Segunda Guerra, para ganhar a simpatia mundial, mas pouca se fala do que realmente significa para os palestinos as atrocidades do Estado de Israel. É verdade que o nazismo matou cerca de seis milhões de judeus nos campos de concentração e câmara de gás, mas isso não justifica as brutalidades que os colonialistas de Israel cometem diariamente contra o povo palestino, especialmente neste momento. A propósito, é bom lembrar que a União Soviética, mesmo perdendo 26 milhões de seus habitantes para livrar a humanidade do nazismo, mais de quatro vezes as mortes dos judeus, não se vitimiza permanentemente nem disso faz marketing para justificar suas ações. Inclusive é bom lembrar que foi o Exército Vermelho quem libertou a maioria dos campos de concentração e dos judeus que sobreviveram à barbárie nazista. Que ninguém se engane: os sionistas consideram os palestinos “animais humanos” e seu projeto sionista, desde os primórdios, é ocupar toda a região e expulsar os palestinos de suas terras, o que vem sendo operado meticulosamente desde antes da fundação do Estado de Israel. Se observarmos o mapa da Palestina antes de 1948, e o que resta hoje, poderemos ver claramente o avanço do sionismo sobre os territórios da região e, consequentemente, a brutalidade, as normas e restrições cada vez mais duras contra a população palestina, como o controle da eletricidade, da internet, do trânsito de pessoas, da água, da comida, as restrições contra os camponeses, a destruição de plantações agrícolas, das oliveiras centenárias e, principalmente, a repressão permanente e cada vez mais brutal contra a população civil, que inclui prisões arbitrárias, inclusive de crianças e adolescentes, invasões de bairros e acampamentos e assassinatos em massa de civis, além da destruição de residências daqueles que os sionistas consideram simpatizantes da resistência. Tudo isso transformou Israel num Estado tipicamente colonial, racista, que opera uma espécie de apartheid muito semelhante ao que os racistas da antiga África do Sul realizavam contra a população negra daquele País. Do romantismo ao colonialismo Para compreendermos o conflito atual, é importante rememorarmos rapidamente um pouco da história daquela região. A história do povo judeu é muito romantizada e seus líderes, numa grande jogada de marketing, transformaram os relatos do antigo testamento bíblico num livro de história para tornar verdade uma série de episódios pouco críveis relacionados à trajetória dos judeus, bem como justificar as atuais medidas tomadas pelo Estado sionistas contra os palestinos.[1] O certo é que os palestinos vivem na região há mais de dois mil anos e, ao longo desse período, palestinos e os judeus que continuaram na região (algo em torno de 10%) conviveram pacificamente. Historicamente, ao longo de vários séculos a Palestina esteve sob o domínio dom Império Otomano. Com o final da primeira guerra e a divisão do Oriente Médio entre ingleses e franceses, a Palestina ficou sob o domínio do Reino Unido. No período que vai do mandato britânico até a segunda guerra, as famílias endinheiradas judias, influenciadas pela pregação sionista de criação de um Estado judeu na Palestina e com o apoio britânico, começaram a financiar a compra de terras e estimular a imigração de judeus para a região, o que foi facilitado pelo fato de que estavam sendo perseguidos por Hitler. No entanto, com as barbaridades cometidas pelos nazistas nos campos de concentração, a necessidade de construção de um Estado judeu ganhou simpatia mundial. Enquanto se discutia os trâmites para a criação desse Estado na ONU, os sionistas mais radicais, que depois se tornaram dirigentes do Estado de Israel, como Menachen Begin e Yitzhak Shamir, criaram organizações terroristas que semearam o terror e massacraram populações palestinas visando expulsá-las de suas terras.[2] Em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas, decidiu criar o Estado de Israel nas terras palestinas, nas quais os judeus ficaram com 53% e os palestinos com 47% e cerca de quatro meses depois é fundado o Estado de Israel, inclusive com apoio de Brasil e União Soviética que viam naquele novo Estado um aliado contra as monarquias feudais árabes e, politicamente, porque suas lideranças estimulavam a criação de kibutz, que eram fazendas coletivas com meios de produção próprios, com igualdade social entre seus membros e com prioridade na educação de seus membros. Mas logo depois os árabes (Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque) declaram guerra ao novo Estado. Apoiado pelas potências vitoriosas na segunda guerra, Israel derrotou os árabes e aproveitou a vitória para ampliar seu espaço no território palestino para 79% das terras. É nessa oportunidade que ocorre aquilo que ficou conhecido na história como nakba, ou a catástrofe, na qual cerca de 750 mil palestinos foram obrigados a fugir das terras em função do terror sionista, deixando para trás suas casas, propriedades e a própria nação em que viviam historicamente. Até hoje continuam no exílio em acampamentos ou vilas precárias em vários países da região e nunca mais puderam voltar às suas terras de origem. A política expansionista do Estado sionista continuaria, especialmente com a nova guerra árabe-israelense de 1967, que envolveu Síria, Egito e Jordânia, na qual novamente os árabes foram derrotados e Israel passou a controlar Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Sinai e Colinas de Golã, ampliando ainda mais a expansão colonial. Os árabes tentaram novamente reconquistar as terras perdidas em 1973, mas foram novamente derrotados. Criação e declínio da OLP Alguns anos antes os palestinos criaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), uma frente político-militar que na época reunia todas as facções palestinas e que passaria a comandar a luta interna contra Israel tanto do ponto de vista político quanto da luta armada. A criação da OLP representou um salto de qualidade na luta dos palestinos contra a ocupação israelense, uma vez que agora os palestinos passariam a contar com uma organização própria para combater o sionismo e a ocupação. Nesse período, a luta dos palestinos contava com o apoio dos soviéticos e dos países do Leste, além de vários países árabes e a OLP conseguiu realizar um conjunto de ações, tanto interna quanto no exterior, que chamaram a atenção do mundo para a causa palestina e contribuíram para organizar o povo palestino contra a ocupação. Mas a luta da OLP sofreria uma série de percalços após a queda da União Soviética, que era uma âncora importante na luta dos palestinos. Esse processo começou a partir da assinatura a partir dos Acordos de Oslo onde pela primeira vez os palestinos, através da OLP, reconhecem o Estado de Israel, o que gerou forte oposição interna e, consequentemente, a formação de várias organizações que não mais reconheceriam a OLP, como o Hamas e a Jihad Islâmica.[3] Realmente, a assinatura dos Acordos de Oslo representou uma mudança política radical, pois anteriormente a OLP não reconhecia o Estado israelense e propunha um único Estado na região, onde palestinos e judeus poderiam viver pacificamente. Os Acordos de Oslo foram firmados entre o governo israelense, chefiado por Yitzhak Rabin, e pela OLP, dirigida por Yasser Arafat, em 1993. Por esse acordo os palestinos reconheciam o Estado de Israel e, em troca, os israelenses reconheceriam a OLP como legítima representante do povo palestino. Em consequência dos acordos Rabin e Arafat ganharam o Prêmio Nobel da Paz. Os acordos previam a retirada dos israelenses da Faixa de Gaza e o desmantelamento dos assentamentos na Cisjordânia, além de que os territórios passarias a ser administrados parcialmente pela Autoridade Nacional Palestina, entidade constituída após a assinatura dos acordos. No entanto, a entidade sionista continuaria controlando setores chaves do território palestino, como a água, a eletricidade, comércio internacional, impostos, etc., além do fato de que os palestinos não poderiam ter seu próprio exército nem uma moeda nacional. Em termos concretos, continuaram também os postos de controle israelense, as prisões arbitrárias e a dependência econômica, o que praticamente deixou a Autoridade Palestina refém do sionismo e da ajuda internacional, o que politicamente enfraqueceu a OLP junto a vários setores da população palestina. Na verdade, os acordos não atendiam as demandas históricas do povo palestino, como o retorno dos refugiados expulsos no período da nakba, nem a definição do status de Jerusalém e muito menos a libertação dos prisioneiros palestinos. Por isso, a autoridade da OLP começou a ser contestada, principalmente pela juventude. Um ano depois dos acordos, após ganhar o prêmio Nobel da Paz, Rabin foi assassinado por um radical sionista. Nas eleições seguintes a extrema-direita, o Likud, fusão de antigos grupos terroristas de Israel, ganhou as eleições e Benjamin Netanyahu enterrou definitivamente os Acordos de Oslo. No ano 2000, com Netanyahu fora do governo, ocorreu novamente uma tentativa de acordo, na chamada Cúpula de Camp David, mas não se chegou a nenhum resultado porque Arafat, já muito contestado internamente, não cedeu às novas pressões de Israel. Ainda em 2008 buscou-se nova tentativa de acordo, mas também não se obteve qualquer resultado. Posteriormente, em 2009, Netanyahu ganhou novamente as eleições e encerrou qualquer tipo de negociação com a OLP. As novas organizações de resistência É nesse contexto que deve ser entendido o crescimento de grupos fora da OLP, como o Hamas, Jihad Islâmica, entre outros, grupos político-militares-religiosos que nunca reconheceram Israel. Nessa mesma conjuntura surgiram ainda dissidências internas na própria organização do Fatah, principal organização da OLP, os Comitês de Resistência Popular e a organização comandada por Marwan Barghouti, a Al Mustaqui (O Futuro). Mas outros fatores também contribuíram para a mudança de perfil da resistência palestina: a) não se pode esquecer que a União Soviética apoiava firmemente os palestinos e, com sua desagregação, os palestinos perderam uma de suas principais âncoras militares e diplomáticas. Além disso, o fracasso dos Acordos de Oslo, Camp David e outros contribuíram para desmoralizar a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que passou a ser vista, principalmente pela juventude, como muito moderada e vacilante, enquanto os sionistas continuavam tomando terras, aumentando as arbitrariedade, perseguições e prisões, além do fato de que existiam muitas denúncias de corrupção contra a liderança do Fatah, principal grupo da OLP, além da percepção de que esta representava muito mais os interesses da burguesia palestina que do conjunto dos palestinos. Mas o desprestígio da |OLP ficaria mais claro quando o Hamas ganhou as eleições legislativas em Gaza, em 2006, o que significou um duro golpe às posições moderadas em relação a Israel, uma vez que o Hamas nunca reconheceu o Estado sionistas e sempre esteve entre as suas táticas a luta armada contra o exército de ocupação. As contradições foram se acirrando, porque tanto os Estados Unidos quanto Israel, exigiam que a Autoridade Palestina combatesse o Hamas, mas internamente isso se tornara inviável em função da sua popularidade junto à população de Gaza. Esse processo culminou com a tentativa da OLP de dissolver o governo do Hamas em Gaza, mas essa medida foi ignorada pelo Hamas que, além de denunciar esse fato como uma tentativa de golpe militar, em contrapartida, expulsou os integrantes do Fatah de Gaza, ocupou suas sedes, confiscou suas armas e formou um governo independente da ANP em Gaza. Israel então bloqueou a Faixa de Gaza, passando a controlar a entrada e saída das pessoas, o que transformou a região no maior campo de concentração a céu aberto no mundo. Mesmo não reconhecido pela maioria dos países, o governo do Hamas continuou sua estratégia de se contrapor à ocupação israelense mediante a combinação de métodos políticos e militares para expulsar o exército israelense da região. Agora com o 7 de outubro todos ficamos sabendo que a estratégia do Hamas de resistir à ocupação e à brutalidade sionistas tinham enraizamento muito maior do que se imaginava. Basta constatarmos, com a guerra, o enorme trabalho de organização militar que o Hamas realizou com a construção de milhares de quilômetros de túneis por toda a região de Gaza, onde montou sua infraestrutura e onde seus militantes, treinados dentro e fora de Gaza, realizam o enfrentamento com Israel. Os relatos informam que é uma rede construída com as mais modernas técnicas de edificação com capacidade para estocar todo tipo de armamento, inclusive mísseis, alimentação, combustível, alojamentos para os militantes, calefação, logística de comunicação e pontos de saída camuflados para que os guerrilheiros possam atacar o inimigo em qualquer das regiões de Gaza. Evidente que tudo isso foi construído com o financiamento de nações que têm simpatias com esse grupo político-militar, mas não se pode deixar de reconhecer que foi um trabalho muito bem elaborado ou como se diz popularmente, feito nas barbas de Israel e sua famosa inteligencia. Mas Frente de Resistência Palestina, que atualmente enfrenta o Exército invasor não é composta apenas pelo Hamas, como tenta fazer crer a propaganda sionista, mas por um conjunto de organizações dos mais diversos perfis ideológicos, desde aquelas de caráter marxista-leninista até os grupos fundamentalistas religiosos como o Hamas e Jihad Islâmica. Para entendermos os meandros do conflito atual, é importante conhecermos as principais organização que organizaram o 7 de outubro e que estão em luta contra o exército sionistas, de forma a que não caiamos no conto da propaganda sionista de que a guerra é para derrotar os “terroristas do Hamas”. A Frente de Resistência Palestina, que organizou o 7 de outubro, é formada pelas seguintes organizações: Hamas, a maior de todas em Gaza, Jihad Islâmica, a segunda maior na mesma região, Frente Popular para a Libertação da Palestina, a maior de todas as organizações marxistas, Frente Democrática Para a Libertação da Palestina e Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral. Mas existem ainda organizações que apoiam ativamente a luta palestina desde fora do País e constituem o chamado o Eixo da Resistência, constituído pelo Hezbollah, que atua desde o Líbano, guerrilhas na Síria, Iraque e os houthis, no Yemen, que abriram outras frentes de luta visando a que os sionistas não possam concentrar todo seu fogo contra Gaza. Vejamos as principais características políticas e ideológicas das organizações envolvidas diretamente na luta armada contra a ocupação sionistas: Hamas – Organização político-militar de caráter fundamentalista religioso, apoiada por alguns países árabes como o Qatar e Irã. O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2006 quando expulsou o Fatah da região. Seu poderio pode ser explicado tanto por questões políticas quanto militares e calcula-se que tenha entre 20 mil e 40 mil militantes armados. O Hamas recebe financiamento e treinamento militar de países árabes e até início da guerra centralizava o governo em Gaza, bem como toda parte administrativa e financeira da região. Nesse momento é a maior das organizações em luta contra os sionistas. Não faz parte da OLP e seu braço armados são as Brigadas Al Qassam. Frente Popular Para a Libertação da Palestina (FPLP), organização de caráter marxista-leninista, fundada em 1967 por Georges Habash e outros líderes palestinos, combina atividades políticas com ações militares e tem como braço armado as Brigadas Abu Ali Mustafa. Realizou várias ações no exterior e internamente contra alvos sionistas e ocidentais nas décadas de 70 e 80, mas diminuiu sua influência com a queda da União Soviética, muito embora continue sendo a maior das organizações marxistas palestinas. Faz parte da OLP e defende o socialismo e a formação de um único Estado na Palestina, democrático e laico, onde judeus e palestinos possam viver pacificamente. Jihad Islâmica – Fundada em 1981 na Faixa de Gaza, inicialmente como um braço militar da Irmandade Muçulmana. A Jihad é grupo também fundamentalista religioso, sendo inspirada pelos princípios do Islã Político e tornou-se conhecida pelos atentados a alvos sionistas no interior de Israel. Igualmente ao Hamas, não está vinculada a OLP e se contrapõe aos acordos de paz com Israel e acredita que a luta armada é o único caminho para a libertação da Palestina. É a segunda maior organização em Gaza e recebe apoio logístico e financeiro de vários países árabes e reivindica a criação de um Estado Palestino independente em toda a região da Palestina histórica. Seu braço armado é constituído pelas Brigadas Al-Quds. Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) – Dissidência da FPLP fundada em 1969 por Hayef Hawatmeth, a FDLP também se declara marxista-leninista, defende o socialismo, mas já flertou com o maoismo no passado, buscando se diferenciar da FPLP. Realizou várias ações contra alvos israelense, tanto interna quanto no exterior, e faz parte da OLP. Também combina ações militares com atividades políticas. Defende a solução de um único Estado na região onde palestinos e judeus possam viver pacificamente. Seu braço armado são as Brigadas de Resistência Nacional. Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral. Dissidência da FPLP, essa organização foi fundada em 1968 por Ahmed Jibril, sendo uma das organizações mais militaristas da região. Nas décadas de 70 e 80 também realizou vários ataques contra soldados sionistas e cooperou com o Hezbollah no Sul do Líbano e com a Síria na luta contra o Isis. Essa organização se se desligou da OLP em 1974, por considerá-la conciliatória, sendo considerada a mais esquerdista e militaristas das organizações de resistência palestina. Seu braço armado são as Brigadas Jihad Jibril. Existem ainda outras organizações que não fazem parte da atual Frente de Resistência, como a Al Fatah, a maior e mais antiga das organizações palestinas, fundada em 1959 por Yasser Arafat. Desenvolveu no passado várias ações guerrilheiras contra Israel, mas envolveu-se em vários acordos de paz que desprestigiaram sua liderança junto aos palestinos, o que resultou em dissidência internas, com líderes mais populares que o atual presidente da ANP. Sua atual liderança é Mahmoud Abbas, que também é o presidente da Autoridade Nacional Palestina. O Fatah aceitou os acordos de Oslo, que reconhecia Israel e atualmente defende a criação de dois Estados – um palestino e outro israelense. Seu braço armado são as Brigadas dos Mártires Al-Aqsa. Existe uma dissidência do Fatah muito forte e com enorme prestígio entre os palestinos, mas que não está na Frente de Resistência atual, a Al Mustaqui (O Futuro) liderada pelo histórico dirigentes do Marwan Bargouthi, preso em Israel desde 2002 e condenado a cinco prisões perpétuas, fundada em 2005. Marwan foi secretário-geral do Fatah, fundador do seu braço militar e um dos principais líderes das duas Intifadas contra Israel. A prisão e as condenações só aumentaram seu prestígio junto aos palestinos e dizem que hoje, se houvesse eleições na região, ele ganharia, inclusive do Hamas e de Abbas. A Al Mustaqui é composta em grande parte por membros da jovem guarda do Fatah que estava em desacordo com sua linha política e com a corrupção na organização. A força de seu prestígio pode ser medida pelo fato de que o Documento de Conciliação Nacional, inspirado por ele, foi aceito por todas as organizações palestinas como base para um futuro governo de unidade nacional a ser alcançado. Existe ainda os Comitês de Resistência Popular (CRP), dissidência do Fatah, fundado em 2000, cujo Líder é Ayman Shashniya e sua ala militar são as Brigadas Al-Nasser Salar al-Deen. Os dados indicam que os CRP são a terceira organização mais forte em Gaza. Seu braço militar é conhecido como Brigadas Al Nasser Salah Al-Deen. Há ainda uma organização dirigida por Mustafá Barghouti (médico formado em Moscou), criada em 2002, com a participação do conhecido intelectual Edward Said, denominada Al Mubadara (Iniciativa Nacional palestina). Mustafá foi candidato a presidente na Palestina em 2006 e obteve um terço dos votos. Sua organização é filiada à Internacional Socialista e propõe uma resistência de massas não violenta a Israel, semelhante ao modelo Ghandi na Índia, e tem apoio entre os grupos laicos palestinos e junto ao movimento pacifista israelense.[4] Além dessas organizações, existem ainda dois partidos comunistas, O Partido Comunista Palestino, PCP, histórico partido comunista da região, que reunia árabes e judeus que atuavam no território da Palestina. fundado em 1919. Quando foi aprovado o Estado de Israel, os comunistas apoiaram a criação do Estado israelense e os comunistas do novo Estado fundaram o Partido Comunista de Israel, que também reivindica sua fundação em 1919. O PCP que se define como marxista-leninista e afirma lutar para ser a vanguarda dos trabalhadores palestinos. Passou por grande turbulência interna após a queda da União Soviética, com a divisão da organização, mas se manteve fiel aos princípios marxistas. O PCP defende o estabelecimento de um único Estado na Palestina onde todos os povos possam viver democrático e pacificamente. Suas ações são mais voltadas pera a organização dos trabalhadores e da população e, aparentemente, não possui um braço armado. Existe ainda o Partido Popular Palestino (PPP), fundado em 1982, dissidência do PCP. Mesmo sendo dissidente, o PPP não se tornou um partido de direita. Participou da primeira Intifada e da delegação para os Acordos de Oslo, em 1993. Nas eleições para o Conselho Legislativo Palestino, de 2006, o PPP formou uma aliança com a Frente Democrática para a Libertação da Palestina e a União Democrática Palestina (a Al Badil, A Alternativa) e essa aliança conquistou dois lugares no Conselho. Tem boas relações com o Partido Comunista de Israel. Em 1997 o PPP também se dividiu com a saída de Mustafá Barghouti para fundar a Iniciativa Palestina. Essas são as principais organizações que atuam na Palestina. Existem muitas outras organizações menores, mas sem a influência destas aqui citadas.[5] . O cotidiano de brutalidades e humilhações As brutalidades contra o povo palestino pelos sionistas ocorrem desde antes da criação do Estado de Israel, mas foram se intensificando à medida que os sionistas ampliavam o confisco de terras na Palestina, após as vitórias Israel nas guerras contra os países árabes (1967/1973), a partir das quais passaram a controlar cerca de 77% do território da região, incluindo Sinai, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Colinas de Golã. Após o Acordo de Oslo e o reconhecimento de Israel pelo Egito e a Jordânia, Israel devolveu o Sinai, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, onde está a sede da Autoridade Palestina em Ramallah. A propósito, a Cisjordânia não é inteiramente dos palestinos, pois pelos acordos 18% ficaram sob o controle da ANP, 22% sobre controle conjunto Israel-Palestina e 60% sobre o controle de Israel. O caráter racista de Israel foi aprovado pelo Parlamento israelense, quando foi definido o caráter judaico do Estado de Israel, medida que institucionaliza a etnia de um povo sobre outro. Mesmo com os acordos, Israel continuou a sua política de assentamentos em Jerusalém Oriental e Cisjordânia, proporcionando aos colonos, que hoje já somam mais de 700 mil pessoas, uma série de benefícios, como subsídios financeiros, sistema de água e eletricidade, além de proteção do Exército e entrega de armamentos, sob o pretexto de que é necessário para sua defesa. Sob a proteção do exército sionista, os colonos cometem cotidianamente as maiores atrocidades contra a população local, como a expulsão de suas terras, derrubada das oliveiras e destruição de plantações, além da violência e assassinatos de palestinos. Mesmo sendo considerados ilegais pela ONU e pela comunidade internacional, Israel continua estimulando a construção de assentamentos, pois sua política estratégica dos sionistas é expulsar os palestinos dos territórios e ocupar toda a região, pois os sionistas se consideram o povo escolhido e consideram a Palestina Terra Prometida pelo deus bíblico. Numa região com grande tensão hídrica, Israel controla mais de 90% da água do rio Jordão, a eletricidade, as costas marítimas, as fronteiras, as telecomunicações, a entrada e saída de pessoas e alimentos nos chamados postos militares de controle, além da economia palestina. Para garantir seu poderio, Israel gasta anualmente cerca de R$ 120 bilhões com as forças militares e de inteligência, o que lhe permitiu formar um dos mais poderosos exércitos do mundo, com uma vantagem especial que todos sabem, mas poucos denunciam: Israel tem um significativo estoque de armas nucleares. Enquanto o imperialismo estadunidense, com sua dupla moral, fica esbravejando e impondo sanções contra países que buscam o desenvolvimento da energia atômica ou de armas atômicas, como Irã e Coréia Popular, fecha os olhos, protege o imenso arsenal nuclear sionista e finge que não sabe e busca de todas as formas evitar uma investigação internacional sobre o problema. Esse imenso poder militar e econômico é que possibilita aos sionistas realizarem cotidianamente todo tipo de atrocidade contra os palestinos. Trata-se de um dos governos mais repressivos do mundo contra um povo em regime de ocupação. Sob o pretexto de combater o terrorismo, destrói a infraestrutura agrícola dos camponeses palestinos, queima suas plantações e colheitas, derruba com escavadeiras residências e instalações pecuárias para criação de animais daqueles que consideram suspeitos, impõe restrições rigorosas para o movimento dos palestinos, incluindo o fechamento de entrada de vilarejos e estradas. Além disso, o exército sionista realiza permanentemente a repressão e o assassinato seletivo de todos aqueles que considera terrorista, impõe punição coletiva a bairros inteiros, com destruição de encanamentos de água e esgoto onde a resistência palestina realiza atos contra as forças de ocupação, e realiza prisões em massa, especialmente de jovens e crianças quando há protestos contra as arbitrariedades do exército sionista. Um dos elementos mais odiosos da política sionista na região são as chamadas prisões administrativas, medida utilizada largamente nos territórios ocupados para conter os protestos populares contra a ocupação, desde 1967. Essas prisões são inspiradas nas medidas realizadas pelo o império britânico quando este tinha mandato colonial sobre a região da Palestina. São realizadas da maneira mais arbitrária possível, uma vez que, por esse mecanismo, qualquer pessoa pode ser detida sem culpa formada, sem provas, sem defesa, bastando apenas Israel alegar razões de segurança. Como não existe nenhum procedimento que permita que o detido possa se defender, os presos são encarcerados por anos a fio, ressaltando-se que existiram presos que passaram mais de 15 anos nas chamadas prisões administrativas. Antes do início do genocídio contra Gaza existiam mais de sete mil e quinhentos presos políticos palestinos nas masmorras de Israel. Com a guerra até agora já foram detidos mais de 4.500 palestinos. Muitos são torturados da maneira mais selvagem, humilhados e outros mortos e desaparecidos durante a prisão. Em outras palavras, essa opressão cotidiana do povo palestino, que se tornou mais dura após a emergência da extrema-direita no governo de Israel, nos permite definir que Estado sionista é um Estado colonial que rouba as terras palestinas, considera os palestinos cidadãos de segunda classe (animais humanos como diz o atual governo), realiza uma política de apartheid semelhante ao que os racistas faziam na África do Sul, visando a limpeza ética, se utiliza da repressão militar para prender e assassinar os que são suspeitos ou se contrapõe à ordem ilegítima, portanto um governo imoral que pratica o terrorismo de Estado e que deve ser desmantelado para que um dia palestinos e judeus possam viver pacificamente na região. Dessa forma, torna-se claro que a origem da violência na Palestina é de responsabilidade dos sionistas e que todas as formas de resistência contra essa opressão são legítimas. A operação Inundação de Al Aqsa Foi diante dessa conjuntura que a resistência palestina decidiu enfrentar a opressão sionista e realizar a operação Inundação de Al Aqsa. Essa foi uma operação político-militar histórica que pegou de surpresa os sionistas, seu exército e seu serviço de informações que até então era considerado o melhor do mundo. É importante explicarmos que o Exército sionistas é um dos mais bem equipados do mundo, com as armas mais sofisticadas, tanto fabricadas internamente quanto fornecidas largamente pelos Estados Unidos, que também é responsável pelo apoio ao sionismo no poder e pelos massacres contra os palestinos e portanto tem também as mãos sujas de sangue nessa guerra porque. Enquanto isso, a resistência palestina, à exceção da alta mortal de seus combatentes e da convicção da causa pela qual estão lutando, atua com armas quase artesanais. Não tem armas atômicas, nem tanques nem aviões, nem navios de guerra, submarinos e muito menos artilharia pesada. Muitas de suas armas são fabricadas artesanalmente e outras são adquiridas nos países árabes, mas não existe paralelo de comparação com o armamento do exército sionista. Mas como em todas as lutas de libertação nacional, o moral, a convicção, a criatividade, o sacrifício e o conhecimento do terreno das tropas guerrilheiras são fatores fundamentais para se realizar uma guerra de guerrilha contra o inimigo invasor. Como se pôde conhecer posteriormente, o 7 de outubro foi uma operação que levou cerca de dois anos de planejamento pelas organizações da Frente de Resistência[6] e tinha elementos estratégicos que posteriormente se tornaram públicos, tais como: a) infligir uma derrota moral, política e militar ao regime sionista; b) colocar a questão palestina de volta ao debate internacional após o fracasso dos diversos acordos realizados pela OLP; c) libertar o maior número de prisioneiros palestinos em troca de reféns caso a operação fosse vitoriosa; d) obrigar Israel lutar corpo a corpo nos escombros e vielas da Palestina, onde a resistência conhecia o terreno, e realizar uma guerra de guerrilha para a qual o inimigo sionista não estava preparado; d) como Israel reagiria de maneira irracional, a guerra exporia ao mundo a brutalidade sionista contra os palestinos e isso poderia mudar a percepção da opinião pública sobre o regime sionista e obter simpatia para a causa palestina. Pelo visto, muitos desses objetivos estão sendo alcançados mesmo com o terrível sacrifício da população civil que diariamente é bombardeada e massacrada pelo exército sionista. O primeiro dos objetivos foi plenamente alcançado: surpreendido pelas ações da resistência, governo, militares e serviço de inteligência foram pegos de surpresa no dia 7 de outubro e os guerrilheiros, utilizando inclusive de tratores para derrubar o muro em torno de Gaza e parapentes improvisados com metralhadoras, destruíram bases militares sionistas, mataram e sequestraram vários soldados, oficiais e colonos e sequestraram ainda mais de duas centenas de israelenses. Essa operação desmoralizou o mito de invencibilidade do exército sionista, especialmente do seu serviço de informações que era considerado o melhor do mundo. Tudo isso em menos de 24 horas com poucas perdas para a guerrilha, que após a incursão a grande maioria dos guerrilheiros voltou para suas bases com os reféns para os subterrâneos de Gaza. O segundo grande objetivo também foi alcançado porque a causa palestina voltou à ordem do dia nas relações internacionais e muitas pessoas que estavam envolvidas pela propaganda sionista no sentido de que quem criticava Israel era antissemita, começaram a perceber a verdadeira natureza do Estado sionista, sua brutalidade e a opressão com que tratam os palestinos nos territórios ocupados, fatos agora reforçados com as cenas dantescas das atrocidades em Gaza. Além disso, demonstrou também o fracasso da política desenvolvida pela OLP, cuja vacilação e conciliação só trouxe prejuízos e humilhações para os palestinos e que tornou claro que a libertação da região não pode ser realizada a partir de acordos com o inimigo sionista que hoje dirige o Estado de Israel, cujos governos de extrema-direita a estão a serviço da expulsão e da da limpeza ética palestina, além de serem os gendarmes do imperialismo na região. Isso é tão verdade que autoridades dos Estados Unidos já afirmaram que se Israel não existisse era necessário criar um Estado semelhante. O terceiro objetivo até agora não foi ainda alcançado, muito embora já tenha havido troca de prisioneiros entre reféns e palestinos. Mas uma das promessas da Resistência é a libertação de todos os prisioneiros palestinos em troca de todos os reféns em seu poder. Até agora as tentativas de libertar os reféns através das armas por parte de Israel tem sido um rotundo fracasso militar e um desastre político. Na última tentativa, os soldados sionistas terminaram matando por engano e desespero três de seus compatriotas reféns, o que representou uma derrota moral e política para o exército e governo sionista porque o movimento interno em favor de uma troca de prisioneiros por reféns tem aumentado de maneira acentuada, uma vez que quase diariamente há manifestações de milhares de pessoas em Israel em defesa dessa reivindicação. Se a arrogância sionista não levar em conta a capacidade da resistência de reter bem guardados os reféns e insistir em libertá-los pela força das armas poderemos ter um desastre humanitário de grandes proporções. O quarto objetivo está em desenvolvimento, pois Israel destruiu mais de 70% das residências de Gaza e transformou aquela região em monte escombros, mas em contrapartida o exército sionista está sofrendo perdas militares muito maiores que seus dirigentes imaginavam. Uma coisa é bombardear população civil numa região onde não há defesa antiaérea ou artilharia pesada para responder à ofensiva do inimigo, outra é ocupar o terreno onde uma resistência atua como uma espécie de fantasma: aparece nos locais mais inusitados e ataca o inimigo e depois desaparece. Com o apoio de informações da população, volta a atacar tanques, escavadeiras e soldados sionistas realizando uma guerra de desgaste que já impôs severas baixas materiais e físicas ao inimigo. A retirada de várias brigadas militares da região, inclusive a famosa brigada Golani, além do grande número de mortos e ferido que chegam a Israel, é uma prova de que os sionistas são muito valentes para bombardear e matar a população civil, mas no campo de batalha, no corpo a corpo a história é outra. O quinto objetivo também está sendo alcançado. O mundo inteiro acompanha chocado o genocídio e as cenas de destruição que o exército de ocupação vem realizando na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, com a matança indiscriminada de civis, mulheres e crianças. Já foram mortos mais de 25 mil civis, entre eles mais de 10 mil crianças, foram destruídos ou invadidos praticamente todos os hospitais, onde muitas vezes as operações da população ferida estão sendo realizadas sem anestesia porque o exército sionista impede a entrada de medicamentos. Bairros inteiros foram destruídos, com milhares de pessoas soterradas e apodrecendo embaixo dos escombros, centenas de jornalistas mortos para não divulgarem as atrocidades. Enfim, há um banho de sangue contra a população palestina, provando que o objetivo dos sionistas é punir toda a população palestina e ocupar suas terras. Esse genocídio tem levado ao isolamento cada vez maior do Estado de Israel, tanto na ONU quanto em vários países do mundo onde as manifestações contra o genocídio são realizadas diariamente, o que tem mudado a percepção da opinião pública mundial em relação ao sionismo, com milhões em todas as partes do planeta se manifestando em defesa da causa palestina. Israel poderia ser derrotado? Para compreendermos um possível desenvolvimento da guerra em Gaza, é fundamental olharmos para a história mais recente de todos os povos que realizaram lutas vitoriosas de libertação nacional, apesar das forças do inimigo serem muito mais fortes e bem mais equipadas que as forças guerrilheiras. A propaganda sionista tem procurado apresentar Israel como um Estado que tem o direito absoluto de se defender do terrorismo do Hamas, tudo isso para esconder que há uma guerra de libertação nacional na Palestina, organizada por vários grupos guerrilheiros, com amplo apoio junto à população e que suas ações ocorrem em resposta a décadas de opressão contra o povo palestino. Como toda guerrilha, seus dirigentes sabem que não podem enfrentar um exército muito mais poderoso num encontro força contra força, mas numa guerra de guerrilha com apoio das massas, num terreno em que o inimigo não tem a vantagem que teria numa guerra clássica, essa luta pode desgastar o inimigo ao ponto de derrotá-lo como já aconteceu em outras regiões. Não podemos esquecer que uma guerra não é somente a disputa militar entre duas forças opostas mas, como ensinou Clausewitz, a guerra é a continuação da política por outros meios. Portanto, não se pode analisar uma guerra apenas do ponto de vista militar ou da magnitude de um exército em relação a outro. No caso das guerras irregulares, que são a forma clássica dos oprimidos se contraporem aos opressores muito mais poderosos, as regras da guerra são de outra qualidade, tem outras normas e outras dinâmicas. Por isso, nessas guerras, as forças irregulares ampliam as suas chances de derrotar um inimigo mais forte. Os exemplos da guerra de libertação da Argélia contra os colonialistas franceses, dos guerrilheiros cubanos contra o exército de Batista, dos vietnamitas contra os franceses e, posteriormente, contra os Estados Unidos, são exemplos clássicos de como uma força guerrilheira com apoio popular é capaz de derrotar um inimigo muito mais poderoso. Isso não significa que Israel terá o mesmo destino desses exércitos, mas existe uma possibilidade real de que o exército sionista seja derrotado tanto do ponto do vista político quanto militar. O que até agora podemos constatar é que as forças de Israel são muito valentes para bombardear bairros inteiros e matar e humilhar civis, atacar hospitais, afinal os palestinos não contam com defesa aérea para se contrapor à aviação sionista. No entanto, para derrotar a resistência palestina não basta destruir prédios, residências e levar o terror à população civil, é preciso conquistar o terreno. Aí então é que começam as dificuldades da força invasora, porque a resistência palestina, ao atrair o exército sionista para um ambiente ao qual não está acostumado a lutar, melhora a sua capacidade de enfrentar o inimigo e pode golpeá-lo onde ele menos espera, uma vez que os guerrilheiros conhecem melhor o terreno, podem se movimentar sem que os drones e aviões espiões os vejam, além do fato de que podem escolher o melhor momento para alvejar o inimigo levando insegurança e pânico para suas tropas. O que se tem observado é uma enorme capacidade da guerrilha resistir à ocupação. Suas ações realizadas de rua em rua, de casa em casa, em meio aos escombros, atacando e desaparecendo entre túneis e vielas, tem golpeado fortemente o invasor com resultado militares significativos. Apesar da propaganda israelense afirmar a morte apenas de cerca de três centenas de soldados em Gaza, outros meios indicam que até agora já morreram mais de cinco mil soldados sionistas e mais de 10 mil foram feridos e agora lotam os hospitais de Israel. Outro indicador das dificuldades dos sionistas é o fato de que Israel retirou do teatro de operações várias brigadas militares, inclusive a brigada Golani, tida como uma das mais preparadas do exército israelense. Há relato na internet de problemas entre as forças de ocupação, como stress, pânico diante de um inimigo invisível e até mesmo de fogo amigo no enfrentamento com a guerrilha. Até agora nenhum dos objetivos militares de Israel foi atingido: nem a destruição da resistência (que eles sintetizam no terrorismo do Hamas para efeito de propaganda), nem a libertação dos reféns. A guerrilha continua praticamente intacta, operando normalmente e assestando golpes cada vez mais duros às forças de ocupação à medida que vão ganhando experiência no tereno. Aliás, quanto mais o tempo passa mais difícil se torna a justificativa para o banho de sangue em Gaza, principalmente porque o discurso das autoridades israelenses de que é necessário destruir a Resistência e libertar os reféns já não corresponde à realidade. Está claro que o objetivo é transformar Gaza inabitável para que possa ser ocupada pelos sionistas. Aliás, os parentes dos reféns sequestrados comentam abertamente que os reféns estão mais seguros nos túneis da guerrilha do que expostos bombardeios aleatórios que Israel realiza diariamente para espalhar o terror entre a população palestina. Além disso, a própria população de Israel, que já vinha realizando grandes manifestações contra o governo de Netanyahu por suas tentativas de emplacar leis autoritárias no País, já começa a demonstrar cansaço com a guerra e seus resultados desastrosos para sua imagem internacional. Além disso, há ainda outros fatores estão aumentando as dificuldades da ocupação, como as ações realizadas pelo Eixo da Resistência, no Sul do Líbano, em regiões como a Síria, Iraque e Yemen. A partir do Líbano, o Hezbollah continua fustigando as forças israelenses, o que resultou na retirada de dezenas de milhares de israelenses que moravam perto da fronteira com esse País e também fez com que Israel fosse obrigado a manter parte do exército na região para se precaver de uma possível invasão por parte do Hezbollah. Outras forças guerrilheiras também estão atacando bases dos Estados Unidos na região, de onde provem a ajuda militar a Israel. Mas a maior dor de cabeça para os sionistas e o imperialismo dos Estados Unidos é a ação dos houthis, do Yemen, que estão atacando todos os navios que se dirigem a Israel, fato que tem contribuído para reduzir o comércio israelita com o mundo. Isso se tornou tão grave que os Estados Unidos formaram uma coalização para garantir a navegação na região, muito embora até agora sem êxito. O tempo também tem um papel fundamental no desenvolvimento da guerra em Gaza, pois os assassinatos em massa, as práticas genocidas diariamente veiculadas pela televisão, o corte de energia, eletricidade, o impedimento da entrada de caminhões com alimentos às populações atingidas, as humilhações públicas de centenas de palestinos presos e enfileirados apenas com roupas íntimas em campos de detenção, em meio ao frio e humilhações, as mortes de milhares de mulheres, crianças e bebês e a destruição em massa de bairros inteiros são cenas que chocam o mundo inteiro e provocam manifestações de solidariedade em todos os continentes. Esses acontecimentos significam um desastre para as autoridades sionistas, que sempre buscaram construir uma imagem de País democrático, com um exército mais moral do mundo, enquanto as organizações palestinas seriam terroristas bárbaros que assassinam a sangue frio civis israelense. Tudo isso está sendo desmentido pela realidade da guerra. Quem está sendo bárbaro, quem bombardeia civis e mata mulheres e crianças e comete todo tipo de atrocidades contra a população civil é o chamado exército mais moral do mundo. Esse processo tem isolado internacionalmente Israel, mudado a percepção da opinião pública sobre o sionismo, e aumentando a solidariedade aos palestinos em todos os continentes e colocado na ordem do dia a necessidade de resolução da questão palestina. Uma das iniciativas que demonstram o isolamento de Israel é a denúncia do genocídio em Gaza por parte da África do Sul junto à Corte Internacional da Justiça, em Haia, onde se demonstra com provas concretas a magnitude da matança que os sionistas estão realizando contra a população de Gaza. Para se ter uma ideia, nesses mais de três meses de invasão já foram lançadas em Gaza uma quantidade de bombas 3,25 mais maiores que as bombas nucleares sobre Hiroshima e Nagasaki. O documento denuncia ainda o fato de Israel obrigar o contínuo deslocamento de milhares de pessoas de uma região para outra e quando a população chega aos locais definidos é bombardeada, acusa a política genocida de matar de fome a população ao impedir a entrada de caminhões de alimentos, denuncia ainda a destruição de bairros inteiros, universidades, mesquitas, o bombardeio de geradores que fornecem energia para os hospitais, o encarceramento de médicos e pessoal de saúde visando dificultar o atendimento dos feridos, a morte de dezenas de jornalistas, entre outras atrocidades. Evidentemente que essa denúncia pode resultar em nada, até mesmo porque os Estados Unidos já saíram em defesa dos sionistas, mas demonstra um isolamento de Israel que até gora não se tinha observado Além disso, quanto mais o Exército sionista intensifica as barbaridades na região palestina, mais aumenta o apoio popular à resistência. Uma carta recente encontrada numa casa destruída tinha um bilhete na qual os antigos proprietários escreveram que estavam deixando alimentos no armário e dinheiro para os guerrilheiros e que pedia ainda para que tomassem cuidado e se mantivessem vivos. Esse não é um fato isolado, pois o ódio ao invasor só vai aumentar as fileiras da resistência. Afinal, depois de tudo que está acontecendo, para a grande maioria da população, não existe nenhuma outra alternativa do que resistir à brutalidade sionista e lutar, principalmente entre a juventude. Se os sionistas imaginavam que a fome e o terror seriam capazes de levar a população a se revoltar contra a Resistência, erraram completamente. Do ponto de vista da política em geral, o sionismo está muito mais frágil agora do que no início da guerra. E se o conflito continuar sem os resultados esperados, esse governo pode cair e, dependendo da evolução dos acontecimentos, esses dirigentes sionistas poderão até ser julgados e presos por tribunais internacionais. Em resumo, após o 7 de outubro a questão palestina ganha uma nova dimensão. Politicamente, o Estado sionista está derrotado e terá cada vez mais maiores dificuldades para continuar essa guerra de terror contra os palestinos, tanto porque não atingiu os objetivos propostos, quanto porque a opinião pública poderá colocar Israel na mesma condição em que colocou o apartheid sul-africano. E do ponto de vista militar a situação se torna cada vez mais difícil, pois vencer uma guerra não é matar milhares de civis ou destruir cidades inteiras, mas derrotar o adversário armado e ocupar o terreno, o que não está acontecendo. A situação pode evoluir para uma conjuntura na qual o exército, diante da falta de resultado militares concretos no terreno militar, pode ser obrigado a se retirar de Gaza, o que representaria uma derrota humilhante para aquilo que se gabava de ser o mais poderoso exército do Oriente Médio, com o melhor serviço de inteligência do mundo. *Edmilson Costa é secretário-geral do PCB [1] Entre esses episódios bíblicos está aquele em que Moisés, ao voltar com seu povo do exílio no Egito, pediu a deus que separasse as águas do mar para todos pudessem passar. As águas se abriram e os judeus passaram, mas todos os soldados egípcios que vinham em seu encalço morreram afogados porque o mar milagrosamente se fechou. Já a chamada diáspora judia, a partir dos anos 70 depois de Cristo, quando os romanos derrotaram Jerusalém, é também um fato pouco crível, uma vez que os romanos nunca exilaram nenhum povo naquela região. Eles dominavam o povo, escravizavam os prisioneiros de guerra, e o resto da população continuavam no local vivendo e pagando impostos para os romanos. Realmente, parece um conto de fadas esses episódios do povo hebreu. Somente uma mente pouco informada pode acreditar que o mar se abriu e fechou por ordem de deus para favorecer povo hebreu. Além disso, naquela época a região era dominada pelos egípcios e não teria sentido os judeus saírem do Egito, onde supostamente estavam escravizados, para voltaram a uma região dominada ... pelos egípcios. (In Shlomo Sand. Como surgiu o povo judeu. Le Monde Diplomatique, dez. 2023) [2] Altman, Contra o sionismo. Retrato de uma doutrina colonial e racista. São Paulo: Alameda, 2023. [3] Os acordos de Oslo foram firmados na capital da Noruega, em 1993, entre Yitzhak Rabin, por Israel, e Yasser Arafat, pela Palestina. [4] Por uma nova Palestina. Entrevista de Mustafá Barghouti a Ignacio Ramonet para o Le Monde Diplomatique. Maio de 2008. [5] As informações sobre o Partido Comunista da Palestina e o Partido Popular Palestino foram obtidas na Wikipedia, tendo em vista que as informações sobre essas duas organizações não foram encontradas em outras fontes, nem mesmo na Solidnet, página que reúne os Partidos Comunista do mundo inteiro. [6] As organizações que compõem a Frente de Resistência e que organizaram o 7 de outubro são as seguintes: Hamas, Jihad Islâmica, Frente Popular para a Libertação da Palestina, Frente Democrática para a Libertação da Palestina e Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral. Ver mais em https://port.pravda.ru/mundo/58295-gaza_genocidio/

"A Rússia já não tem linhas vermelhas com a França".

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O vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, Dmitry Medvedev, afirmou nesta quinta-feira, 7 de Março, que a Rússia já não tem “linhas vermelhas” com a França. Por: RFI Aumenta a escalada de tensão entre Moscovo e Paris. Depois do Presidente francês, Emmanuel Macron, ter avançado a hipótese de enviar tropas para a Ucrânia, as autoridades russas multiplicam as ameaças. O Presidente Vladimir Putin avisou que as consequências para possíveis intervenções serão muito mais trágicas, nesta quinta-feira foi o vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, Dimitry Medvedev, que escreveu nas redes sociais que a Rússia já não “tem linhas vermelhas” com a França. "Macron disse que chega de linhas vermelhas, chega de restrições no apoio à Ucrânia. Isso significa que a Rússia não tem mais linhas vermelhas com França", escreveu Medvedev na página Facebook. Esta manhã, em entrevista à radio France Info, o secretário nacional do Partido Comunista lamentou as declarações do Presidente francês que defendeu recentemente que não existem restrições no apoio dos aliados à Ucrânia. Fabien Roussel alertou para o risco deste conflito ser tornar generalizado, defendendo que Moscovo está disponível para a retoma das negociações com Kiev. “O Presidente disse-nos que a Rússia pedia um cessar-fogo. Mas tanto o Presidente da República como o Presidente ucraniano não querem um cessar-fogo neste momento”, acrescentou. Ontem à noite, o ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros, Sthéphane Séjourné, e o ministro das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, reuniram-se com os homólogos dos representantes de 28 países, incluindo a Ucrânia, bem como representantes da NATO e da União Europeia, O encontro serviu para aprofundarem as áreas de apoio à Ucrânia abordadas durante a conferência sobre apoio à Ucrânia, organizada em Paris em 26 de Fevereiro, a nível de chefes de Estado e de Governo. rfi.fr

Haiti declara estado de emergência após fuga de presos.

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As gangues dizem que querem destituir o primeiro-ministro Ariel Henry. O governo haitiano declarou no domingo, 3 de março, o estado de emergência e o recolher obrigatório noturno, numa tentativa de recuperar o controlo do país após um ataque mortal de gangs à principal prisão da capital, que permitiu a fuga de milhares de reclusos. O recolher obrigatório será aplicado das 18h00 às 5h00 na região Ouest, que inclui a capital, até quarta-feira, informou o Governo em comunicado, acrescentando que tanto o recolher obrigatório como o estado de emergência podem ser prolongados. Cerca de uma dúzia de pessoas morreram quando membros de gangues atacaram a Penitenciária Nacional em Porto Príncipe durante a noite de sábado para domingo, observou um repórter da AFP. O ataque foi parte de uma nova onda de violência extrema na capital haitiana, onde gangues bem armados que controlam grande parte da cidade têm causado estragos desde quinta-feira, 29. Os mesmos dizem que querem destituir o primeiro-ministro Ariel Henry, que lidera o país em crise desde o assassinato do presidente Jovenel Moise em 2021. Apenas cerca de 100 dos cerca de 3.800 presos da Penitenciária Nacional ainda estavam dentro das instalações no domingo após o ataque da gangue, disse Pierre Esperance, da Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos. "Contámos muitos corpos de prisioneiros", acrescentou. Um repórter da AFP que visitou a prisão no domingo observou cerca de uma dúzia de corpos fora da prisão e quase ninguém dentro. Alguns corpos apresentavam ferimentos de balas ou outros projécteis. O governo do Haiti é notoriamente fraco, os raptos e outros crimes violentos são galopantes e as gangues são descritos como muito mais bem armados do que a própria polícia. Segundo a polícia, membros de gangues também atacaram uma segunda prisão chamada Croix des Bouquets. Missão de segurança liderada pelo Quénia O Conselho de Segurança da ONU aprovou em outubro uma missão internacional de apoio policial ao Haiti que Nairobi concordou em liderar, mas uma decisão do tribunal queniano pôs em dúvida o seu futuro. O Primeiro-Ministro Ariel Henry viajou para o Quénia na semana passada para tentar obter apoio para a entrada de uma força . Na sexta-feira, Henry assinou um acordo em Nairobi com o Presidente queniano William Ruto sobre o envio da força. O poderoso líder de gangue Jimmy Cherisier, conhecido pelo apelido Barbecue, disse num vídeo publicado nas redes sociais que grupos armados no Haiti agiam em conjunto "para fazer com que o primeiro-ministro Ariel Henry renunciasse". No domingo, não ficou imediatamente claro se o primeiro-ministro tinha regressado ao Haiti após a sua viagem ao Quénia. fonnte: VOA

A campanha eleitoral começa neste domingo durante 13 dias. O presidente Macky Sall assinou o decreto nesse sentido na quinta-feira. Na véspera, revela Les Échos, membros do Governo receberam um telefonema informando que a reunião semanal do Conselho de Ministros, inicialmente marcada para as 9h, foi adiada. Segundo o jornal, foi por volta das 17h que a reunião começou. O ambiente estava eletrizante, afirma a fonte: “Recebi a decisão do Conselho Constitucional e vou aplicá-la. Sem debate. Decidi libertar o primeiro-ministro para que ele possa preparar a sua campanha”, disse Macky Sall. Segundo Les Échos, o antecessor de Me Sidiki Kaba já foi informado da sua saída, durante “o pré-conselho que reúne o Presidente, o Primeiro-Ministro, o Secretário-Geral da Presidência, e [o] do Governo”. O Conselho Constitucional, que tinha inicialmente fixado a data das eleições presidenciais para 31 de Março, alinhou-se com a data de 24 de Março escolhida pelo Chefe de Estado.

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A campanha eleitoral começa neste domingo durante 13 dias. O presidente Macky Sall assinou o decreto nesse sentido na quinta-feira. Na véspera, revela Les Échos, membros do Governo receberam um telefonema informando que a reunião semanal do Conselho de Ministros, inicialmente marcada para as 9h, foi adiada. Segundo o jornal, foi por volta das 17h que a reunião começou. O ambiente estava eletrizante, afirma a fonte: “Recebi a decisão do Conselho Constitucional e vou aplicá-la. Sem debate. Decidi libertar o primeiro-ministro para que ele possa preparar a sua campanha”, disse Macky Sall. Segundo Les Échos, o antecessor de Me Sidiki Kaba já foi informado da sua saída, durante “o pré-conselho que reúne o Presidente, o Primeiro-Ministro, o Secretário-Geral da Presidência, e [o] do Governo”. O Conselho Constitucional, que tinha inicialmente fixado a data das eleições presidenciais para 31 de Março, alinhou-se com a data de 24 de Março escolhida pelo Chefe de Estado. seneweb.com

Biden ataca Trump, o seu “rancor” e o seu “ressentimento”, com rara de ferocidade.

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Promete encarnar o “otimismo” contra o “rancor” de Donald Trump, a “força moral” contra o “ódio” alimentado pelo republicano: na quinta-feira, antes do Congresso, Joe Biden atacou o seu rival com rara ferocidade. Durante o seu discurso sobre o Estado da União, que durou mais de uma hora, o democrata de 81 anos mencionou 13 vezes o seu “antecessor”, que é quase garantido que voltará a enfrentar nas eleições presidenciais de novembro. Sem nunca o identificar, acusou em particular o republicano de 77 anos de "se submeter" ao presidente russo, Vladimir Putin, e de colocar a democracia americana em "perigo". Donald Trump, que aumentou as suas declarações inflamatórias durante a sua campanha, denunciou, na sua rede social Truth, um “discurso raivoso, divisionista e odioso”. Respondendo com animação e até com prazer às invectivas de alguns governantes eleitos trumpistas, Joe Biden também pode ter acalmado, durante algum tempo, as dúvidas persistentes dos eleitores sobre a sua resistência física e mental. - "Mais quatro anos!" - “Na minha idade, certas coisas ficam mais claras do que nunca”, disse ele, prometendo defender “a honestidade, a força moral, a dignidade, a igualdade”. "E agora alguém da minha idade está contando outra história, a de uma América voltada para o ressentimento, a vingança e a vingança", disse o presidente, cujo discurso foi pontuado por ovações e pelos "Mais quatro anos! Mais quatro anos!" autoridades eleitas de seu campo. Donald Trump, rodeado de processos judiciais, prometeu várias vezes “vingar-se”, ele que nunca reconheceu a sua derrota em 2020. Confrontado com a retórica do “declínio” do republicano, Joe Biden vangloriou-se de ter presidido à “maior recuperação” que a América conheceu, depois de uma pandemia de Covid-19 que colocou de joelhos a maior economia do mundo. Isto delineia “um futuro cheio de promessas”, segundo o presidente americano. "A questão para o nosso país não é a nossa idade, é a idade das nossas ideias. O ódio, a raiva, a vingança, o ressentimento são as ideias mais antigas que existem", afirmou. Economia e aborto Ele prometeu nunca “demonizar” os migrantes como o seu antecessor, e elogiou a prosperidade económica americana, “a inveja de todo o mundo”. Joe Biden criticou a proximidade de Donald Trump com a NRA, o poderoso lobby das armas, quando quer proibir as espingardas semiautomáticas. Ele prometeu “restaurar” em todo o país a proteção ao direito ao aborto, dinamitado pelo Supremo Tribunal ultraconservador reconstituído pelos republicanos, e tributar mais as multinacionais como se fossem bilionários. Todas estas promessas implicam não só vencer as eleições presidenciais, mas também recuperar, e em grande parte, o controlo do Congresso durante as eleições legislativas que as acompanham. Em termos de política externa, Joe Biden também quis distinguir-se do seu “antecessor”. Putin e Gaza Donald Trump "disse a Putin 'faça o que quiser'. É uma frase, um ex-presidente disse mesmo isso, submetendo-se a um líder russo. Acho que é ultrajante. É perigoso, e é “inaceitável!”, condenou o democrata, assegurando que ele “nunca se curvaria”. No que diz respeito à guerra em Gaza, o presidente americano falou, mais longamente do que nunca, sobre o sofrimento dos civis palestinianos. Ele alertou Israel que a ajuda humanitária “não pode ser uma consideração secundária ou uma moeda de troca”. Para chegar ao Capitólio, o presidente norte-americano fez um percurso prolongado para evitar grupos de manifestantes que exigiam um cessar-fogo. Joe Biden e Donald Trump esmagaram toda a concorrência nas primárias. Os eleitores americanos, que pouco desejam, terão de, salvo surpresa geral, escolher entre um e outro no dia 5 de novembro. Se o democrata tropeçar na questão da sua idade, o seu rival terá de conciliar uma agenda jurídica ocupada: nada menos que quatro acusações criminais. fonte: seneweb.com

Senegal, 2º país com o custo de vida mais caro de África (início de 2024).

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O custo de vida é caro no Senegal. De acordo com os últimos dados publicados pela Numbeo em Fevereiro, o país de Téranga é mesmo o 2.º país onde o custo de vida é mais caro em África no início de 2024, atrás da Costa do Marfim e à frente da Etiópia. Este índice de custo de vida mede os custos relativos de bens e serviços, incluindo gastos básicos de consumo, alimentação, transporte e serviços públicos, excluindo aluguel. Esse primeiro índice é combinado com o do poder de compra de um morador que recebe um salário médio. No Senegal, o índice de poder de compra está em 18,03%, enquanto o custo de vida está em 44,03%. O que significa que um senegalês médio terá grandes dificuldades em fazer face às despesas correntes de consumo, restauração, transportes e serviços públicos. Além disso, comparativamente, um senegalês só poderá comprar 81,97% das coisas que um nova-iorquino (a base do índice) nas mesmas condições que ele. Em primeiro lugar entre os países onde o custo de vida é mais caro em África, está a Costa do Marfim, com um índice de 44,69%. A Etiópia segue atrás do Senegal, com um índice de 43,14%. Seguem-se Moçambique (43,03), Maurícias (39,84), Zâmbia (39,73) e Camarões (39,60), segundo dados divulgados pela Jeune Afrique. Quando classificado em 2023, o Senegal ocupava o primeiro lugar em África no índice de custo de vida, mas foi ultrapassado no início do ano pela Costa do Marfim. fonte: seneweb.com

Eleições presidenciais no Senegal: RSF oferece aos candidatos um programa de dez pontos para o direito à informação.

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No momento em que a campanha para as eleições presidenciais começa no dia 9 de Março no Senegal, os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apelam aos candidatos para que retomem um programa de dez pontos para que o país se torne mais uma vez um porta-estandarte da liberdade de imprensa. No início da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 24 de Março, a RSF apela aos candidatos para que incluam o respeito e a promoção do direito à informação entre as prioridades do seu programa eleitoral. Isto visa abordar um contexto geral para o exercício da liberdade de imprensa que se deteriorou no país desde o início da agitação sociopolítica em 2021. A RSF está a propor ao futuro presidente um programa de dez pontos a ser implementado para resolver estas questões. . “A imprensa senegalesa vive os seus anos mais sombrios desde 2021, com detenções de jornalistas, suspensões de meios de comunicação, bloqueio de acesso à rede Internet, etc. A RSF pede ao futuro presidente que se comprometa a realizar grandes reformas sem demora para que o Senegal volte a ser um exemplo e um promotor da liberdade de imprensa na região. O programa de dez pontos proposto pela RSF permitirá ao novo chefe de Estado lutar contra a crescente insegurança dos jornalistas, contra a desinformação e as estratégias de propaganda e, assim, a favor do direito dos seus cidadãos à informação.” Sadibou Marong Diretor do escritório da RSF na África Subsaariana Programa de dez pontos da RSF para liberdade de imprensa no Senegal 1. Votar e promulgar a lei de acesso à informação de interesse público. 2. Garantir a independência do serviço público de informação que desempenha um papel importante no panorama mediático. 3. Garantir uma melhor governação da publicidade no espaço mediático com um órgão regulador dotado de verdadeiros poderes de controlo. 4. Estabelecer a regulamentação das plataformas digitais de acordo com as propostas da Parceria para a Informação e a Democracia, da qual o Senegal é signatário. 5. Incentivar os meios de comunicação social a comprometerem-se com a qualidade, tornando-se certificados pela Journalism Trust Initiative (JTI); integrar a certificação JTI nos critérios de concessão de ajuda pública aos meios de comunicação social. 6. Eliminar penas de prisão e multas exorbitantes para crimes de imprensa no Código de Imprensa aprovado em 2017. 7. No estado actual da lei, garantir que nenhum jornalista seja privado da sua liberdade para o exercício do jornalismo. E, em primeiro lugar, retirar as acusações contra os jornalistas que foram indiciados, incluindo Pape Alé Niang, Pape Ndiaye e SerigneSaliou Guèye, todos actualmente em liberdade provisória. 8. Estabelecer um sistema nacional para a segurança dos jornalistas e formação das forças de segurança para proteger os repórteres que cobrem manifestações. 9. Incentivar a aquisição e implementação nas redações de protocolos de segurança e kits individuais de primeiros socorros. 10. Solicitar ao Ministério Público que abra investigações sistemáticas e apropriadas sobre casos comprovados de ameaças ou violência contra jornalistas, a fim de garantir que os autores de atos repreensíveis contra jornalistas sejam processados ​​e levados à justiça. Luta contra ataques multifacetados contra jornalistas e o direito à informação O programa RSF permitirá ao futuro presidente pôr fim à redução da liberdade de imprensa no Senegal. Porque, desde 2021, os jornalistas têm sido frequentemente vítimas de detenções – uma dezena de jornalistas detidos no exercício da sua função entre julho de 2022 e agosto de 2023 – e de mais de vinte ataques – provenientes tanto das forças de segurança como de atores políticos ou dos seus apoiantes. Ataques que também ocorrem em linha, sendo os jornalistas e os seus meios de comunicação social diretamente visados ​​no âmbito de estratégias de desinformação e propaganda de atores políticos de todos os matizes que surgiram, em particular, nas redes sociais. Os abusos de poder também aumentaram, incluindo a suspensão dos sinais de televisão e as restrições ao acesso à Internet e às redes sociais. O Senegal está classificado em 104º lugar entre 180 no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa. fonte: seneweb.com

[8 de março] Oito mulheres comprometidas que estão mudando as linhas.

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“Investir nas mulheres: acelerar o ritmo” é o tema do Dia Internacional da Mulher deste ano. Por ocasião do dia 8 de março, a Seneweb coloca 8 mulheres em destaque. A equipe editorial descobriu perfis tão comprometidos quanto apaixonados por suas áreas. Entre o compromisso cívico, comunitário ou político, estas mulheres têm um denominador comum: a determinação. Sylvestine Mendy: “No início éramos chamadas de molecas” Khady Ndiaye Mendy, mais conhecida como Sylvestine Mendy, é coordenadora do movimento “África Primeiro”. Um movimento que luta pela liberdade do povo africano, pela soberania e unidade do continente. A morte do americano George Floyd em 2020 foi o estopim para o compromisso contra a injustiça do natural de Fatick. “Diante da injustiça, sinto-me obrigado a reagir e dizer não”, afirma a estudante do Mestrado 2 em História da Faculdade de Letras e Ciências Humanas da Universidade Cheikh Anta Diop, em Dakar. O activista pan-africanista também tem estado na linha da frente na luta pela libertação dos chamados presos políticos no Senegal desde 2021. Tendo como referência as figuras femininas históricas do Senegal, Sylvestine soube impor a sua determinação e empenho àqueles que a rodeavam que, no início, a viam como “uma mulher rebelde” ou mesmo “uma moleca”. Segundo a ativista, ainda há “um caminho a percorrer no que diz respeito ao ativismo feminino”. Sophie Gueye: A esperança dos necessitados seneweb.com

segunda-feira, 4 de março de 2024

Delegação do Hamas está no Cairo para estudar proposta de cessar fogo.

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Israel diz que Hamas não apresentou lista de reféns vivos como acordado CAIRO — Uma delegação do movimento palestiniano Hamas chegou ao Cairo para conversações sobre um cessar-fogo que prevê a suspensão dos combates por seis semanas. Os Estados Unidos, um dos países medianeiros, disseram que um acordo aprovado por Israel está na mesa das negociações, necessitando apenas a aprovação do Hamas. Uma entidade palestiniana foi citada pela agência Reuters como tendo dito, no entanto, que nada está ainda acordado e há notícias de que Israel não enviou uma delegação porque o Hamas não publicou uma lista dos reféns vivos, o que o Hamas disse ser prematuro. Uma entidade americana disse que há agora “uma linha reta” para um cessar-fogo e “há um acordo na mesa”. O acordo prevê a maior trégua desde o início da guerra com a libertação de dezenas de reféns em troca de centenas de palestinianos. Ao abrigo do acordo, a ajuda humanitárias seria intensificada. O acordo, disseram fontes ligadas ao processo, não prevê, o fim da guerra como exigido pelo Hamas e não resolve a questão de reféns de homens em idade militar. Mediadores egípcios disseram que essas questões seriam abordadas mais tarde. Entretanto, residentes disseram terem se registados intensos bombardeamentos em Khan Younis no sul do território, um pouco ao norte de Rafah. Ontem aviões americanos deitaram de paraquedas 38.000 rações alimentares na Faixa de Gaza, mas agências internacionais disseram que isso terá apenas um impacto marginal já que centenas de milhares de pessoas necessitam agora de ajuda alimentar. Israel diz que investigação indica que palestinianos morreram esmagados quando tentavam apoderar-se de ajuda alimentar As autoridades militares israelitas disseram hoje, 3 de março, que a maioria dos palestinianos que morreram quando multidões cercaram camiões com ajuda alimentar na Faixa de Gaza na semana passada foram esmagadas, mas entidades hospitalares locais disseram que pessoas que entraram nos hospitais tinham ferimentos de balas de grande calibre. Multidões cercaram os camiões de ajuda, registando-se pânico que resultou em atropelamentos e em tiroteios. Vários países pediram uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) Entidades palestinianas disseram que mais de 100 pessoas morreram no incidente, a maioria atingidas a tiro por soldados israelitas. Um porta-voz militar israelita disse hoje que uma investigação preliminar concluiu que a maioria das vítimas foi esmagada pela multidão que atacou os camiões que transportavam ajuda numa operação organizada por Israel com a colaboração do Egipto e de empresários palestinianos. O porta-voz disse que vários indivíduos foram atingidos por forças israelitas quando avançaram sobre os soldados de um modo que indicava uma ameaça imediata. Segundo o mesmo, foi iniciada uma investigação independente, mas não deu outros pormenores. Organizações internacionais avisaram que centenas de milhares de pessoas em Gaza fazem face à fome. fonte: VOA

Senegal: data para eleições presidenciais cria polémica.

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Um fórum de diálogo promovido pelo Presidente Macky Sall defendeu a 27 de Fevereiro que o chefe de Estado se mantenha no poder, além do fim do seu mandato, que expira a 2 de Abril. Por: Miguel Martins O órgão reunindo parte da oposição preconiza eleições antes da época das chuvas em Junho, mas além do fim do mandato do Presidente Macky Sall, que expira a 2 de Abril. Oumar Diallo, Professor de Estudos lusófonos da Universidade Cheikh Anta Diop de Dacar, lembra que as figuras mais significativas da oposição não participaram nessa concertação. Esta data de 2 de Junho foi decidida por uma parte da oposição com a sociedade civil. Na verdade, os pesos pesados da oposição não estiveram presentes neste diálogo, portanto a questão fica aberta. Mas segundo a lei, é o Presidente que, no final, decide a data. O que se percebe é que, com esta proposta, o Presidente quererá ficar mais tempo, prolongar o seu tempo, embora ele diga o contrário. A política é assim feita. (Oumar Diallo, Universidade Cheikh Anta Diop Por outro lado, o Parlamento deve começar a debater hoje a proposta presidencial de uma amnistia para presos de casos políticos. Um texto que pode vir a apaziguar o ambiente no país, depois de uma muito forte crispação ligada ao fim do segundo mandato de Macky Sall, segundo o estudioso Oumar Diallo. Este projecto de amnistia vai apaziguar [as tensões] porque os opositores detidos, como Ousmane Sonko, detido há sete, oito meses, assim como o seu número dois, também detido, lideravam um partido, o Pastef, que tem grande adesão perante a juventude e sobretudo nas universidades senegalesas. Penso que com esta lei da amnistia assistiremos à libertação de Ousmane Sonko e dos seus militantes. O Senegal é um país de muito diálogo, históricamente. Mas actualmente, estamos à beira do caos, políticamente. As conclusões desta reunião são contrárias às exigências da oposição e de uma parte da sociedade civil, que boicotaram este "diálogo nacional" e exigem que as eleições presidenciais sejam organizadas antes de 2 de Abril. fonte: rfi.fr

TCHAD: CANDIDATURA DE MAHAMAT DEBY À PRESIDÊNCIA NO CHADE - Em nome do pai, do filho e do clã.

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O presidente da transição chadiana anunciou finalmente oficialmente a sua candidatura às próximas eleições presidenciais marcadas para 6 de Maio, perante várias centenas de pessoas reunidas para a ocasião no grande anfiteatro do Ministério dos Negócios Estrangeiros que serviu de cenário para esta cerimónia em solene e festivo. Este é o fim de um verdadeiro falso suspense, pois sabíamos que o General cinco estrelas ia ser candidato à sua própria sucessão à frente deste segundo país menos desenvolvido do mundo, já que o partido criado pelo seu falecido pai investiu em clima de carnaval no dia 13 de janeiro. É agora uma coligação de 221 partidos políticos que apoia o homem forte de Ndjamena no que sugere uma vitória fácil no final das eleições cruciais que se avizinham, enquanto do outro lado está quase totalmente vazia, uma vez que a oposição política foi chamada a a sopa ou violentamente reprimida. O chefe do partido no poder, Mahamat Zène Bada, não se esforçou para anunciar a cor, afirmando sem um miligrama de humildade que só o candidato que quer ser esmagado ousará enfrentar o General do Exército Mahamat Deby em as urnas. A temperatura política corre o risco de atingir picos de calor antes mesmo das eleições de 6 de maio Os fiéis do Presidente da Transição trabalham arduamente há vários meses para obter o “tuk-guilli” ou o nocaute, organizando uma verdadeira operação de caça furtiva na floresta da oposição política, coroada pela “rendição” e pela mobilização do principal adversário, Succès Masra, mas prejudicado pelo assassinato, em meados da semana passada, da outra figura de destaque do anti-Deby, Yaya Dillo, cuja sede do partido foi destruída com uma escavadeira. Ao mesmo tempo, o general Deby realizou uma operação de sedução contra a tribo Zaghawa da qual faz parte, ao permanecer vários dias na sua região de origem, e ao casar recentemente com a filha do pai mais velho do seu falecido, como se para silenciar as críticas de que ele deu as costas à sua comunidade para se apaixonar pela tribo Gorane de onde vem sua mãe. Se a tudo isto acrescentarmos o facto de este estrategista militar ter afastado muitos oficiais cuja lealdade não está assegurada, poderíamos dizer que é no veludo que o General “Kaká” cavalgará nesta busca pela legitimidade da sua liderança à frente da o país. Mas isso seria feito rapidamente, porque, com o assassinato na última quarta-feira de Yaya Dillo, opositor e membro da mesma tribo do presidente, seguiu-se a prisão muscular de Saleh Deby Itno (irmão do ex-presidente e tio de Mahamat Deby), a temperatura política corre o risco de atingir picos de calor mesmo antes das eleições de 6 de Maio. Estes dois acontecimentos que provocaram um terramoto em Ndjamena e em todo o Nordeste do Chade constituem certamente uma mensagem muito forte enviada à oposição e à numerosa família Zaghawa para que todos regressem às fileiras antes da coroação de Mahamat Deby em Maio 6. A comunidade internacional murou-se em silêncio e aguarda a explosão para falar hipocritamente Mas não é certo que neste país cronicamente instável, devastado por várias décadas de rebeliões armadas, chegaremos ao fim deste processo eleitoral sem ainda ouvirmos o estalar das Kalashnikovs ou os sons dos tanques. Muitas vozes já se levantam, de facto, para pedir vingança contra Yaya Dillo e até para retirar Mahamat Deby do poder antes que esta série de tragédias cristalize ressentimentos e enfraqueça o clã familiar e o grupo étnico Zaghawa dos Debys, no centro dos assuntos políticos e económicos durante várias décadas. A resposta dos apoiantes do presidente corre, infelizmente, o risco de ser muito brutal. Porque eles não economizarão em nenhum meio para perpetuar a memória de Deby-pai, perpetuar o poder de Deby-filho e preservar os interesses do clã. Embora os riscos de um cenário de desastre existam de facto, a comunidade internacional manteve-se em silêncio e aguarda a explosão para falar hipocritamente ou desempenhar o papel cínico de médico após a morte. Nos países da Aliança dos Estados do Sahel (Mali, Burkina, Níger), esperamos firmemente que a União Europeia, os Estados Unidos e a União Africana venham gritar pela exclusão dos soldados que lideram os regimes de transição, que enviem bolas de fogo sobre estas organizações que aplicam padrões democráticos de geometria variável, que são rápidas a condenar algumas (as potências cáqui de Bamako, Ouaga e Niamey) e inclinadas a estender a mão a outras (a boina vermelha de Ndjamena). A perda de influência da França no seu antigo distrito precisamente por causa deste “duplo padrão” estranhamente não serviu de bússola ou de lição para outros países ocidentais, que ainda são condescendentes e desprezadores quando se trata das regras democráticas aplicáveis ​​em África. fonte: lepays.bf ​

PUBLICAÇÃO DE UM LIVRO SOBRE AS EXAÇÕES DO EXÉRCITO MALIANO: O Coronel Sangaré errou ao levantar a tampa de uma panela já fervendo.?

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O Coronel Alpha Yaya Sangaré deu um golpe em Djoliba. Com efeito, no seu livro de 400 páginas, intitulado: O Desafio do Terrorismo em África, este responsável afirma que “desde 2016, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) têm-se envolvido em abusos contra os acusados ​​de terrorismo”. Bastou a Grande Muda sair do silêncio para condenar estas afirmações, não sem nos lembrar que o livro foi publicado sem a sua luz verde. O Coronel Sangaré errou ao levantar a tampa de uma panela já fervendo? Porque, como sabemos, o Mali atravessa um dos períodos mais sombrios da sua história com o terrorismo que causou e continua a causar muitas mortes e pessoas deslocadas internamente. Ao acusar o exército do Mali de violar os direitos humanos num tal contexto de guerra contra o terrorismo, o Coronel Sangaré não dá motivos para considerar acções destinadas a desmoralizar as forças combatentes? O momento foi bem escolhido? Se for para aliviar a consciência, não deveria o Coronel Sangaré ter esperado o momento certo, ou seja, depois deste período de brasas? De qualquer forma, uma coisa é certa. O Coronel Sangaré demonstra coragem. Porque raramente vimos um oficial da ativa publicar um livro ridicularizando o corpo ao qual pertence e em plena guerra. Isto significa que ele não deve ficar surpreendido com a sua detenção e com as sanções que dela poderão resultar. Dito isto, ao ignorar o seu dever de reserva e ao fazer tais revelações, o Coronel Sangaré traz água para o moinho das organizações de direitos humanos que, em numerosas ocasiões, acusaram o exército do Mali e os seus representantes russos de abusos contra civis. A publicação deste livro corre o risco de deteriorar ainda mais o clima político no Mali Sendo o acusador um oficial activo, isto deveria levar o exército do Mali a questionar-se. De qualquer forma, qualquer que seja a sanção imposta ao Coronel Sangaré, ele parece já ter alcançado o seu objetivo, pois o livro está agora nas mãos de várias pessoas que irão deliciar-se com o seu conteúdo. É verdade que não existe uma guerra adequada. Como prova, até o exército francês foi acusado de ter matado civis em Bounti, no Mali, em 2021, durante um casamento, quando Barkhane operava neste país. E, mais recentemente, os defensores dos direitos humanos denunciaram e continuam a denunciar as operações do exército israelita na Faixa de Gaza, onde mulheres e crianças inocentes são mortas. Isto quer dizer que o exército do Mali beneficiaria se visse neste livro não um acto de provocação ou conspiração, mas sim um acto de questionamento. Porque, como dizem, errar é humano, mas é a persistência no erro que é diabólica. Dito isto, mesmo que o exército do Mali abafasse a voz do Coronel Sangaré, isso resolveria o problema? Podemos duvidar disso. Quando se trata de segredos de Estado, nenhum país quer que certas informações sensíveis venham à tona. Mesmo os Estados Unidos da América não hesitaram em lançar uma caçada ao co-fundador do Wikileaks, Julian Assange, que corre o risco de até 175 anos de prisão, se for extraditado para o seu país, por ter publicado documentos confidenciais sobre militares americanos e atividades diplomáticas, especialmente no Iraque e no Afeganistão. Em qualquer caso, a publicação deste livro corre o risco de deteriorar ainda mais o clima político no Mali. Especialmente porque surge num contexto em que vozes e não vozes menores, nomeadamente a dos Estados Unidos, se levantam cada vez mais para apelar à organização de eleições. Devemos temer que a publicação deste livro leve as autoridades de transição a retaliar, adiando indefinidamente as eleições no Mali. Na verdade, eles poderiam temer ser apanhados pelo passado. " O país "

POBREZA EXTREMA EM ÁFRICA CRESCEU 71% ENTRE 1990 E 2023

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A Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) prevê que o crescimento das economias africanas acelere para 3,5% este ano e 4,2% em 2025, depois de ter registado um abrandamento nos últimos dois anos. Segundo uma apresentação feita pela economista-chefe e secretária executiva adjunta, Hanan Morsy, “o crescimento económico em África decaiu para 2,8% em 2023, face aos 3,1% em 2022, devido ao aperto da política monetária, procura limitada das exportações africanas e impacto da guerra na Ucrânia, mas prevê-se que a expansão económica acelere este ano, para os 3,5%, e chegue aos 4,2% em 2025”. Falando na conferência dos ministros das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico, que decorreu em Victoria Falls, no Zimbabué, Hanan Morsy apresentou os principais indicadores económicos para a região, estimando uma descida da inflação, de 18,3% no ano passado, para 14,5% este ano e 10,6% em 2025, devido “à manutenção dos apertos na política monetária e preços elevados no sector alimentar e energético”. A UNECA estima que, num contexto de desvalorização das moedas nacionais, os custos com a dívida tenham aumentado e as economias tenham sido prejudicadas pelas múltiplas crises que afectam o continente. “Estas múltiplas crises que temos enfrentado continuaram a perpetuar e exacerbar os níveis de pobreza, desigualdade e desemprego, com 476 milhões de pessoas a passar por pobreza extrema, o que é um aumento de 71% face ao que se registava em 1990”, disse Hanan Morsy. A economista sublinhou que “o número de pessoas que estão vulneráveis à pobreza extrema aumentou 28% entre 2019 e 2023, o que aumenta o desemprego e a desigualdade de género”. Entre as principais recomendações políticas, a UNECA salienta a mobilização de mais recursos domésticos e a introdução de mecanismos inovadores de financiamento, através da construção da capacitação, fortalecimento institucional, promoção de reformas fiscais, utilização de tecnologia digital e a introdução da tributação ambiental. A reunião do comité de peritos africanos decorreu em Victoria Falls, sendo seguida de eventos laterais durante este fim de semana, e termina com a reunião dos ministros com as pastas das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico. FOME PODE MATAR 123 MILHÕES DE AFRICANOS Por sua vez, o chefe de divisão no Departamento Africano do Fundo Monetário Internacional (FMI), Luc Eyraud, disse no dia 15 de Outubro de 2022 que, desde 2019, cerca de 40 milhões de pessoas engrossaram o número de africanos que podem morrer de fome, para um total de 123 milhões que, com a barriga vazia, têm a morte todos os dias à espera. de barriga. Nesta matéria, Angola (ainda) pertence a África? Pertence se se considerar o povo que continua a ser gerado com fome, nasce com fome e morre pouco depois com… fome. Não pertence a África se se considerar o nível de vida dos seus dirigentes, todos há 49 anos do MPLA. Enquanto a esmagadora maioria come, quando come, peixe podre e fuba podre, os dirigentes deleitam-se com trufas pretas, caranguejos gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas e umas garrafas de Château-Grillet. “A insegurança alimentar é muito preocupante, o número de pessoas em severa insegurança alimentar subiu para 123 milhões; há muitos conceitos sobre má nutrição, insegurança alimentar extrema, mas o que isto significa é que correm risco de vida, há famílias a morrer porque não têm comida suficiente, e o número aumentou massivamente nos últimos três anos, uma em cada três destas pessoas entrou nesta situação desde 2019”, disse Luc Eyraud. A propósito das perspectivas económicas para a região da África subsaariana, o director de divisão do FMI afirmou que há muitas razões para a degradação das condições alimentares de boa parte dos países em África, mas salientou as perturbações na cadeia de abastecimento e o aumento de preços, além do impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia e da evolução cambial das moedas africanas. “Como os preços são em dólares, a inflação sente-se mais nestes países, e as alterações climáticas criaram a maior seca dos últimos 40 anos no Corno de África, por isso juntando todos estes factores, ficamos com uma preocupação enorme”, afirmou o responsável. Questionado sobre o que podem os países africanos fazer para contrariar a situação, Luc Eyraud disse que, a curto prazo, as transferências de capital para as famílias são fundamentais, mas salientou que a ajuda não pode ser permanente. “O que aconselhamos a curto prazo é um sistema de transferências sociais bem estabelecido, como acontece em Portugal, mas em África é muito difícil fazer isto, não só pela falta de infra-estruturas, mas também pelo peso do sector informal na economia, o que acaba por fazer com que toda a gente tenha subsídios e beneficie dos cortes de impostos sobre a energia e os alimentos”, explicou. “Temos de reconhecer que é legítimo usar estes mecanismos em situação de emergência, mas dadas as vulnerabilidades das finanças públicas, estas ajudas não podem ser permanentes, e esse é o maior desafio: ajudar, sim, mas reconhecer que as ajudas são muito caras e não são direccionadas especificamente para quem delas mais precisa”, apontou. A médio prazo, acrescentou, África precisa de “aumentar a produção alimentar, mas apostando em medidas e técnicas que sejam resilientes às alterações climáticas, por exemplo utilizando novos tipos de sementes”. No princípio de 2020, o FMI canalizou cerca de 50 mil milhões de dólares (51,12 mil milhões de euros) para os países da África subsaariana, incluindo 23 mil milhões de dólares (23,51 mil milhões de euros) em Direitos Especiais de Saque, e tem programas de assistência financeira em 22 dos 45 países da região. O FMI lançou a janela de financiamento contra choques, o Fundo de Resiliência e Sustentabilidade, que permitirá aumentar o capital disponível para os países em necessidades, calculado em função de um aumento de 50% sobre o valor que podem pedir emprestado ao FMI, que é actualmente 150% da quota de participação na instituição. “É um montante decente de verbas que podem dar uma ajuda significativa”, disse, salientando que o valor depende de país para país. fonte: folha8

CUBA PEDE AJUDA PARA DAR LEITE ÀS CRIANÇAS.

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O Governo de Cuba pediu, pela primeira vez, ajuda ao Programa Alimentar Mundial (PAM) devido às dificuldades em continuar a distribuir leite às crianças menores de sete anos, confirmou a ONU. O brilhantismo cubano mostra assim as virtudes económicas, sociais, políticas etc. de uma república socialista marxista-leninista unitária e uni-partidária. Talvez, sob a liderança de Vladimir Putin, com assessoria de Lula da Silva, os BRICS (acrónimo de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a que se juntaram mais recentemente Arábia Saudita, Argentina, Egipto, Emirados Árabes, Etiópia e Irão) possam ajudar Cuba, para já não falar do MPLA, a adiar a morte das suas crianças. Segundo o PAM, a direcção executiva da organização, que se define como “a maior organização humanitária do mundo”, recebeu uma comunicação oficial de Havana e já está a enviar leite em pó para a ilha caribenha. Ao que Cuba chegou, lamentam muitos. Pois é, segundo o “grande irmão” de Cuba (Lula da Silva), a culpa é dos EUA, da Europa, da NATO, da União Europeia, talvez com a conivência da Liga Árabe, União Africana e CPLP… “Confirmamos que o PAM recebeu uma mensagem oficial do Governo cubano solicitando apoio para continuar a distribuição mensal de um quilograma de leite destinado a meninas e meninos menores de sete anos em todo o país”, indicou por escrito a delegação do PAM na ilha, citada pela agência de notícias espanhola Efe. Referindo uma “necessidade urgente”, o programa das Nações Unidas sublinhou “a importância deste pedido”, especialmente no contexto da “profunda crise económica que Cuba enfrenta”, que está a afectar “significativamente a segurança alimentar e nutricional da população”. O executivo de Havana, chefiado por Miguel Díaz-Canel (também “irmão” do querido líder do MPLA, general João Lourenço), não tinha divulgado nem o pedido, nem as primeiras contribuições internacionais, apesar de andar há semanas a falar do problema. A organização multilateral confirmou também que “é a primeira vez que Cuba pede ajuda enviando uma comunicação oficial ao mais alto nível da direcção do PAM”, embora o programa tenha vários projectos na ilha já há algum tempo. Segundo duas fontes com conhecimento do pedido, o Ministério de Comércio Externo e Investimento Estrangeiro (Mincex) enviou a carta à direcção executiva do PAM, em Roma, em finais do ano passado. Na sequência dessa carta, o PAM indicou já entregou “144 toneladas métricas de leite em pó desnatado”, beneficiando quase 48.000 crianças com idades compreendidas entre sete meses e três anos em Pinar del Río e Havana. Este número corresponde a apenas 6% das crianças a quem o Governo tenciona distribuir leite subsidiado. Além disso, de acordo com o PAM, o pedido cubano “não refere um prazo explícito” – não pede apoio por um período de tempo limitado -, pelo que a agência multilateral está a tentar “mobilizar recursos adicionais”. “Estamos em constante diálogo com doadores tradicionais e não tradicionais, explorando diversas opções que facilitem tanto a doação como o financiamento”, afirmou o PAM. Há anos que o leite é um bem escasso em Cuba, embora em geral as crianças até aos sete anos (e pessoas com dietas especiais) pudessem contar com uma determinada quantidade de leite em pó por mês, através de um cartão de racionamento (que inclui também arroz, café e óleo), pelo que o obtinham a um preço altamente subsidiado (2,5 pesos por quilo, cerca de 19 cêntimos de euro). Contudo, a disponibilização de leite pelo Estado deteriorou-se nos últimos meses. Algumas províncias reduziram os números da população prioritária ou reduziram as quantidades que entregam, ao passo que outras começaram a distribuir bebidas vitaminadas como substituto. A ministra do Comércio Interno, Betsy Díaz Velázquez, declarou em meados de Fevereiro que a produção nacional de leite é insuficiente e que tem havido problemas para importar a quantidade necessária, razão pela qual o Estado não consegue dar resposta à procura de “mais de 2.000 toneladas” mensais de leite para os menores de sete anos e pessoas com necessidades alimentares especiais. É possível encontrar em Cuba leite líquido e em pó em algumas empresas do incipiente (e durante décadas ostracizado) sector privado do país, mas a preços inacessíveis para a imensa maioria dos cubanos: o quilo de leite em pó pode custar entre 1.500 e 2.000 pesos (58 e 77 euros), quando o salário médio mensal é de 4.200 pesos (cerca de 160 euros). As dificuldades económicas crónicas de Cuba degeneraram há três anos numa grave crise por causa da pandemia, do agravamento das sanções económicas dos Estados Unidos e de decisões de política macroeconómica, comercial e monetária nacional. A situação é especialmente flagrante na escassez de bens de primeira necessidade (alimentos, combustíveis e medicamentos). Cuba importa 80% do que consome e tem sérios problemas para obter as divisas de que precisa para importar bens. Nos últimos meses, muitos dos produtos que ainda estão incluídos no cartão de racionamento, como arroz, café e óleo, foram distribuídos de forma irregular ou em quantidades reduzidas. As longas filas em volta dos armazéns que entregam os produtos subsidiados são permanentes. Recentemente, o Governo reconheceu que não podia assegurar o fornecimento de pão através do cartão de racionamento em Fevereiro e Março, devido a problemas de abastecimento de farinha. Recorde-se que o Presidente brasileiro, Lula da Silva, uma espécie latino-americana de Robin dos Bosques, defende o fim do bloqueio económico a Cuba e ainda a soberania da Argentina nas Malvinas (Falkland segundo os ingleses). “Defender o fim do bloqueio a Cuba e a soberania argentina nas Malvinas interessa a todos nós”, frisou o chefe de Estado brasileiro, num discurso recente na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). “Todas as formas de sanções unilaterais, sem amparo no Direito Internacional, são contraproducentes e penalizam os mais vulneráveis”, acrescentou Lula, referindo-se ao embargo dos Estados Unidos sobre Cuba, em vigor desde 1962 e às ilhas Malvinas, território no centro de um conflito de soberania entre o Reino Unido e a Argentina. Na sua opinião, a região deve ser um exemplo de construção da paz, “num mundo em que tantos conflitos vitimam milhares de inocentes, sobretudo mulheres e crianças”. Segundo o Presidente brasileiro, os países membros da CELAC devem decidir “se querem integrar-se no mundo unidos ou separados” e garantiu que, se o fizerem como região, terão “muito mais possibilidades de influenciar” a comunidade internacional. Nessa cimeira participaram, entre outros, os presidentes da Bolívia, Luís Arce, da Colômbia, Gustavo Petro, de Cuba, Miguel Díaz-Canel, da Venezuela, Nicolás Maduro, e das Honduras, Xiomara Castro, que assumiu a presidência temporária da organização nesta cimeira. Também estiveram presentes vários líderes das Caraíbas e, entre os ausentes, destacam-se quase todos os líderes do arco ideológico da direita, como o argentino Javier Milei, o salvadorenho Nayib Bukele, o equatoriano Daniel Noboa, o paraguaio Santiago Peña e o uruguaio Luis Lacalle Pou. No entanto, também se registaram ausências na esquerda, como o mexicano Andrés Manuel López Obrador, o chileno Gabriel Boric e o nicaraguense Daniel Ortega. fonte: folha8

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