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terça-feira, 20 de junho de 2017

Morre estudante americano que foi preso na Coreia do Norte.

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Uma semana após Otto Warmbier, de 22 anos, ser libertado em coma, família anuncia sua morte em hospital de Ohio, nos EUA. Jovem passou 17 meses preso no país asiático. Médicos afirmam que ele sofreu danos cerebrais.
fonte: DW ÁFRICA
Warmbier durante seu julgamento em março de 2016
Warmbier durante seu julgamento em março de 2016
O estudante americano Otto Warmbier, de 22 anos, que esteve preso durante 17 meses na Coreia do Norte antes de retornar aos Estados Unidos em coma há uma semana, morreu nesta segunda-feira (19/06), anunciou sua família num comunicado. A causa da morte não foi divulgada.
"Infelizmente, o maltrato terrível e tortuoso que nosso filho recebeu das mãos de norte-coreanos assegurou que nenhum outro desfecho fosse possível além deste triste que experimentamos hoje", afirmou a família de Warmbier, após a sua morte no Centro Médico da Universidade de Cincinnati, em Ohio.
Warmbier foi detido na Coreia do Norte em janeiro de 2016. Acusado de ter tentado roubar um cartaz de propaganda no hotel no qual estava hospedado como turista, ele foi condenado por subversão a uma pena de 15 anos de prisão e trabalhos forçados.
Em coma, o estudante foi libertado na última terça-feira e transportado de volta aos Estados Unidos. De acordo com médicos, ele sofreu danos cerebrais, mas a causa destes danos não é conhecida.
Pyongyang alegou que Warmbier entrou em coma logo após o julgamento que aconteceu em março do ano passado. O regime disse que o estudante teria contraído botulismo e tomado um remédio para dormir.
Amigos e conhecidos prestam apoio à família de Warmbier em Wyoming
Amigos e conhecidos prestam apoio à família de Warmbier em Wyoming
A família do jovem contesta a versão norte-coreana. Médicos que examinaram Warmbier após sua libertação disseram que não havia sinais de botulismo em seu organismo.
Os pais de Warmbier, Fred e Cindy, disseram à agência de notícias Associated Press que desejam que o mundo sabia o tratamento brutal que seu filho recebeu do regime norte-coreano.
Trump lamenta morte
Após a morte do estudante, o presidente americano Donald Trump classificou o regime norte-coreano como brutal. "Coisas ruins acontecem, mas pelo menos ele voltou para casa para os seus pais", disse o republicano, durante um evento na Casa Branca.
Em comunicado, o presidente ofereceu as condolências à família do jovem e afirmou que a tragédia aprofundou a determinação de sua administração para prevenir que inocentes caiam em mãos de regimes que não respeitam os direitos humanos. "Os Estados Unidos condenam mais uma vez a brutalidade do regime da Coreia do Norte", acrescentou.
Depois da libertação de Warmbier, um funcionário da Casa Branca contou que o enviado dos EUA à Coreia do Norte, Joseph Yun, se reuniu secretamente com representantes de Pyongyang, na Noruega, no mês passado. No encontro, o regime norte-coreano permitiu que diplomatas suecos visitassem os quatros americanos que estavam detidos no país.
Uma semana antes da libertação, Yun foi informado sobre a condição de saúde de Warmbier. O enviado viajou ao país, onde visitou o estudante na prisão na segunda-feira passada e pediu que ele fosse solto por questões humanitárias.
Três americanos continuam presos na Coreia do Norte –  dois professores universitários da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang, detidos neste ano, e um sexagenário de origem sul-coreana naturalizado americano, capturado em uma região de fronteira com a China em 2105. Todos são acusados de atos hostis contra o regime de Kim Jong-un.
Os Estados Unidos acusam o regime norte-coreano de usar os detidos como moeda de troca em negociação com os EUA. A tensão entre os dois países aumentou diante dos repetidos testes balísticos de Pyongyang.  
Desde 2006, a Coreia do Norte já realizou cinco testes atômicos, dois deles só no ano passado. O regime de Pyongyang também trabalha atualmente no desenvolvimento de mísseis de longo alcance, que poderiam levar cujas ogivas nucleares até os EUA.
CN/rtr/ap/afp

Prisão de “Manecas” é "deplorável" e mostra "medo" do poder guineense.

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Detenção de Manuel dos Santos ("Manecas") é "deplorável" e demonstra receio que o poder político da Guiné-Bissau tem "até da própria sombra", afirma escritor e jornalista Tony Tcheka.
Manuel dos Santos (Manecas), Mitglied der PAIGC (casacomum.org/Documentos Amílcar Cabral)
Foto de arquivo: Manuel dos Santos "Manecas" ao lado de Amílcar Cabral (esq.) (1972)
"A detenção de Manecas Santos é deplorável e motivo de uma enorme indignação. Nenhum cidadão guineense, independentemente das suas razões e questões ideológicas, pode estar tranquilo com uma atitude dessa natureza", sublinhou à agência de notícias Lusa o também vice-presidente da Associação de Escritores da Guiné-Bissau (AEGB).
A detenção na segunda-feira (19.06.) de "Manecas" Santos surgiu na sequência de uma entrevista dada em abril ao jornal português Diário de Notícias, em que o veterano comandante, de naturalidade cabo-verdiana, alertou para a possibilidade, face ao impasse político vigente há cerca de dois anos, de um novo golpe militar na Guiné-Bissau.
O veterano da luta armada pela independência da Guiné-Bissau tinha sido ouvido, há cerca de um mês, pelo Ministério Público, em Bissau, para esclarecer as declarações.
Motivações políticas?
Questionado esta terça-feira (20.06.) pela Lusa, Tony Tcheka, afirmou não ver qualquer outra razão para a detenção de "Manecas" Santos que não "motivações políticas".
Buch über Guinea-Bissau Krise (DW/M. Ribeiro)
Tony Tcheka
"Trata-se de uma perseguição feita em lume brando, hoje isto, amanhã aquilo. Qual o mal que tem um homem que, com o passado de Manecas Santos, vivendo na Guiné-Bissau, faça uma análise da situação social e política", questionou. "O grande crime de 'Manecas' Santos é que as circunstâncias, tudo o que envolve a Guiné-Bissau de hoje, pode indiciar situações mais complicadas, entre elas a possibilidade de um golpe de Estado. Temos um passado recente complexo, sabemos como foi o conflito político-militar de 1998/99, como aconteceu, Manecas Santos estava presente no terreno, de maneira que nada melhor do que alertar", acrescentou.
Tony Tcheka salientou, por outro lado, a ideia de que quem pretende levar a cabo um golpe de Estado não o anuncia.
"Quem vai dar um golpe de Estado, quem está alinhado em golpes de Estado, não ameaça nem diz que vai fazer um golpe de Estado. 'Manecas' não disse que vai dar, ou que vai participar ou que faz a apologia do Golpe de Estado. Simplesmente disse que o cenário existente pode conduzir a uma situação de golpe de Estado", explicou.
Guiné-Bissau sob a batuta de Jomav
Para o jornalista, escritor e poeta guineense, os "atuais senhores" da Guiné-Bissau "acabam por ter medo de tudo e todos, até da própria sombra".
Guinea-Bissau Jose Mario Vaz (Getty Images/AFP/Seyllou)
José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau
"Têm tudo o que é poder, o que são forças da Nação, ao seu serviço, não em defesa da Constituição da República, não em defesa das leis, mas sim em defesa dos seus próprios interesses. Quem não alinha nesse festim, quem não bate palmas, automaticamente é eleito como inimigo a abater, a eliminar".
"Isso é deplorável, é lamentável, e mostra exatamente os caminhos por que a Guiné-Bissau está a seguir sob a batuta do Presidente da República", José Mário Vaz, concluiu.
PAICV apela à libertação "imediata e incondicional" de 'Manecas'
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) apelou esta terça-feira (20.06.) à libertação "imediata e incondicional" de 'Manecas' Santos, classificando a sua detenção como um "ato inqualificável" e "injustificado" que configura "violação dos direitos humanos".
Kapverdische Inseln Unterstützer PAICV mit Fahnen (picture-alliance/dpa/M. Cruz)
"A detenção do comandante 'Manecas' Santos, uma figura carismática da luta de libertação nacional de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, é um ato inqualificável, que demonstra uma grande falta de respeito e uma vã tentativa de humilhar um alto dirigente do PAIGC", considerou o PAICV em comunicado.
Para o PAICV, mandar deter 'Manecas' Santos, por "ter emitido uma opinião, enquanto cidadão, e numa sociedade que se diz livre, democrática e pluralista, consubstancia um ato injustificável e com laivos de autoritarismo, e constitui, ademais, uma grave violação dos direitos humanos".
Por isso, os responsáveis do partido cabo-verdiano condenam o que consideram uma "detenção ilegal", solidarizam-se com 'Manecas' Santos e apelam "à sua libertação imediata e incondicional". 

Dia Mundial do Refugiado: Analistas defendem debate profundo.

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Número de refugiados atingiu valor recorde em 2016. Na Europa, ainda não há solução à vista para a crise migratória – em grande parte, porque os envolvidos têm evitado debates “incómodos”, dizem os analistas.
Libyen Migranten Flüchtlinge Boot (picture-alliance/dpa/E.Morenatti)
Assinala-se esta terça-feira, 20 de junho, o Dia Mundial do Refugiado. Segundo as Nações Unidas, o número de pessoas que foram forçadas a abandonar as suas casas devido à guerra, violência ou perseguição atingiu um valor recorde em 2016, com 65,6 milhões de deslocados internos e refugiados. Em Angola, por exemplo, há atualmente cerca de 30 mil refugiados da República Democrática do Congo e o número deverá atingir os 50 mil nos próximos meses. As agências humanitárias pedem ajuda financeira para receber os refugiados.
Em 2016, de acordo com os dados das Nações Unidas, o número de refugiados atingiu o valor mais elevado de sempre: 22 milhões e meio de pessoas, das quais mais de metade são crianças, foram forçadas a abandonar as suas casas.
Traficantes beneficiam do fracasso político
O cenário agrava-se quando se olha para situações como a do mar Mediterrâneo: desde o início de 2014, morreram ou foram dadas como desaparecidas mais de 12 mil pessoas que tentavam chegar à Europa por via marítima.
Karl Kopp von Pro Asyl Deutschland
Karl Kopp, ativista da organização Pro Asyl
Karl Kopp, da organização alemã de defesa dos direitos humanos Pro Asyl classifica a situação como o "capítulo mais triste” da "erosão europeia”. Uma erosão que já vem de trás, antes dos enormes movimentos de refugiados em direcção à Europa que mergulharam o continente numa crise que já dura há dois anos – e que não deverá terminar tão cedo.
Mas há quem lucre com esta crise: os traficantes de pessoas. No norte de África, o tráfico já rendeu mil milhões de euros. Aqueles que no passado eram classificados como "traficantes ocasionais” são agora grupos cada vez mais organizados e profissionais que prometem aos migrantes a entrada na Europa. Sem um debate aberto e profundo sobre factos "desconfortáveis” e sobre os problemas estruturais das actuais políticas migratórias, o problema deverá agravar-se nos próximos anos, dizem os analistas. 
Falta solidariedade na Europa
Um dos grandes problemas, segundo os observadores, é a falta de solidariedade europeia. Desde os anos 90 que a Europa tenta, sem sucesso, criar um direito único de asilo. Karl Kopp sublinha a falta de vontade política de alguns membros da União Europeia e a ausência de poder de fiscalização da organização:"É com isto que temos de lidar agora. O primeiro-ministro húngaro, por exemplo, diz ‘não quero saber da lei europeia, castiguem-me no dia de São Nunca' e outros seguem o exemplo.”
Oliviero Angeli, investigador na Universidade de Dresden, destaca também a falta de vontade política de alguns países europeus para receber refugiados. "Muitos países, como a Polónia, a República Checa ou a Hungria, não são levados por pressões económicas a aceitar os requerentes de asilo. As ideologias estão muito enraizadas e os governos têm medo da reacção dos eleitores se aceitarem receber refugiados.”
Falhas no processo de asilo
O problema, segundo Karl Kopp, passa também pelas autoridades responsáveis pelos processos de asilo. Segundo o analista, estão sobrecarregadas de pedidos e mal preparadas para lidar com um processo já de si complicado.
Ao mesmo tempo, nem todos os requerentes de asilo têm direito a protecção. Estima-se que metade dos refugiados abandonam as suas casas por motivos económicos – especialmente aqueles que saem da África Ocidental. O facto é que estas pessoas não têm direito ao estatuto de refugiados segundo a Convenção de Genebra. Ainda assim, muitos tentam a sua sorte no processo de asilo.
Combater o problema nos países de origem?
Guntram Wolff (DW/M. Fiedler)
Guntram Wolff, economista do Bruegel
Nos países de origem, onde muitos analistas dizem que deve começar o combate às causas da migração, há também obstáculos.
Vários estudos mostram que, mesmo com o desenvolvimento económico, o número de migrantes continua a aumentar. Isto, porque o vencimento anual per capita tem de rondar os 9 mil euros para evitar que as pessoas saiam do país e as elite políticas destes países não estão dispostas a pagar esta conta nem têm interesse em travar a migração, diz o economista Guntram Wolff, do Think Tank europeu Bruegel. "As elites locais têm interesse no status quo”, explica. "Quando vêem que as pessoas deixam o país e o status quo não se altera, isso agrada-lhes. Os migrantes enviam dinheiro para os países de origem e elas podem beneficiar disso”.
Mais rotas legais
O que deve ser feito para combater esta crise? Quase todos os especialistas apontam para um conjunto de medidas, desde o combate ao tráfico até à maior partilha dos problemas entre os países europeus. Mas isto também significa pensar em novos caminhos legais.
A Europa tem de criar mais alternativas para a migração além do sobrecarregado sistema de asilo. É o que defende o economista Guntram Wolff: "Sou a favor das rotas migratórias legais, que contribuiriam para combater o negócio dos traficantes de pessoas”. No entanto, acrescenta Wolff, "é preciso pensar em termos concretos: estes canais deverão estar abertos para pessoas altamente qualificadas? Deveria haver quotas humanitárias? Um sistema de sorteio?”
"Estou aberto a uma mistura de diferentes métodos para combater as rotas da migração ilegal no Mediterrâneo”, conclui o economista.

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