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domingo, 16 de outubro de 2011

É bom saber disso: “Sou angolano”, diz o cantor Alexandre Pires.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

image “Tenho um grande carinho pelo povo africano, em especial pelo povo de Cabo Verde, Moçambique e Angola”.
O ponto de encontro é num hotel em Lisboa, dias antes do espectáculo marcado para ao Campo Pequeno, na capital portuguesa (ver caixa). Alexandre Pires chega e deixa-nos à vontade. Descontraído, solta um “vamos a isso”.

Sentamo-nos e a conversa começa, sempre animada. Aos 13 anos, o “Neguinho” – como é carinhosamente chamado no Brasil – saltou para a ribalta, após o sucesso alcançado com o grupo Só Pra Contrariar (SPC). A partir daí foi sempre a subir, tendo iniciado a carreira a solo em 2002. De Angola só tem boas recordações. Afinal, conta, foi lá que deu o espectáculo mais lindo da sua vida. Sem rodeios, admite que em Angola está em casa. “Noutras vidas fui dali”… 
Nasceu numa família de músicos… Como foi adquirir essa experiência?A família foi fundamental para a paixão que tenho pela música. Os meus pais são músicos há muitos anos: a minha mãe é cantora e o meu pai baterista. Vivi esse movimento musical em casa, e assim a hipótese de fazer outra coisa que não fosse música era muito pequena. Tudo começou no final de 1989 para 1990, quando comecei a tocar. Em seguida formámos o grupo (SPC). 
Como foi a sua infância, ainda antes de formar os SPC?Muito divertida. Sou de uma cidade do interior do Brasil, do estado de Minas Gerais, de Uberlândia. Apesar de ter sido uma infância curta, porque comecei a trabalhar muito cedo, com 13 anos, foi muito divertida, intensa. Fiz todas as coisas que uma criança gostava de ter feito, as coisas simples. Adorava estar na rua com os colegas, soltar papagaios (risos), jogar futebol… Mas sempre tive aquela coisa de fazer algo para ajudar a família. Tinha um avô que era marceneiro e ajudava-o, até que a música tomou conta do meu dia-a-dia, do meu coração.
Percebeu quando surgiu esse clique pela música?Foi no início de 1990. “Poxa é isso que quero para mim”, disse. 
Quando se formaram os SPC o sucesso foi tremendo. Era muito jovem, tinha 13 anos! Como foi lidar com a fama?Era uma coisa muito tranquila, espontânea, tocávamos em sítios pequenos lá na cidade para amigos. Queríamos tocar, era a euforia do inicio de ser músico. Até que, em 1992, a coisa já estava séria, tocávamos em cinco lugares diferentes por semana e o público gostava do que fazíamos. No final de 1992 recebemos um convite da editora BMG para gravar um LP, que foi lançado em Março de 1993, e que resultou bem. Não imaginávamos isso, não tínhamos essa pretensão.
Esperava que o sucesso com os SPC durasse tanto tempo? Foram mais ou menos dez anos…É verdade, não imaginávamos que tudo isto fosse acontecer nas nossas vidas. Sair de Uberlândia e de repente ter oportunidade de conhecer o país, viajar, aquela loucura, o sucesso. As músicas tocavam muito nas rádios. Foi um momento único para nós. O SPC foi um grupo que alcançou coisas únicas. Tudo isso levou-nos a caminhos que não esperávamos. 
Em 2002 iniciou a carreira a solo. Como surgiu essa ideia?Foi tudo muito rápido também. Lancei um disco a solo em espanhol, que foi editado no Brasil, e em português. Era um disco que seria um trabalho paralelo ao que fazia com o grupo, só que também foi uma coisa que ninguém imaginava. Iniciei uma carreira a solo e ainda continuava no grupo, mas tomava-me muito tempo, até que decidimos que o melhor a fazer era eu seguir sozinho e o grupo seguir o seu caminho com o meu irmão, o Fernando, como vocalista.
Foi uma decisão acertada…Acertada mas muito difícil. Você sai de um grupo de tanto sucesso como os SPC… Era um risco muito grande. Mas havia a oportunidade de seguir com um trabalho internacional, que era um grande desejo que tinha. Um dos responsáveis pela minha saída do grupo foi justamente esse trabalho internacional. Esse disco, que foi lançado lá fora, deu-me muitas alegrias, um Grammy [em 2002, na categoria “Engenharia de Som”], fui artista do ano na revista Billboard [conquistou o prémio de “Melhor Artista do Ano” no Latin Music Awards]… 
O que sentiu quando cantou a “Garota de Ipanema” para George Bush?Isso faz parte da carreira a solo, em 2002 ou 2003. Uma grande emoção. É um evento que eles fazem todos os anos. Convidam personalidades latinas que se destacaram durante o ano, e eu fui o convidado. Foi um dos momentos mágicos desse novo período, digamos assim. Como os duetos que fiz lá fora [com, por exemplo, Alejandro Sanz e Gloria Estefan]. Tudo isso encheu-me de orgulho, por estar a representar o Brasil e o povo latino. Foi uma das grandes emoções dos últimos dez anos.
Em 2005 recebeu o troféu raça negra!Foi um prémio tão importante como todos os outros que recebi, de melhor intérprete do ano, mas lembro-me que nessa ocasião estavam presentes grandes artistas no Teatro Municipal de São Paulo. Foi um prémio especial. Talvez o meu primeiro galardão de grande destaque no Brasil [foi atribuído no Brasil no Dia Nacional da Consciência Negra].
Mais recentemente, e dando um “salto” na conversa, como foi cantar com a Yola Araújo e com o Anselmo Ralph?Sim… Gravámos juntos um DVD que lancei no Brasil, que foi lançado aqui também [em Portugal] e que se chama “Em Casa”. Foi maravilhoso, porque tenho um grande carinho pelo povo africano, em especial pelo povo de Cabo Verde, Moçambique e Angola. A musicalidade deles, essa cultura musical “bacana” e o intercâmbio rítmico que existe no Brasil com a música africana. Fomos a um “show” em Angola, eu conheci-os e tempo depois liguei-lhes e disse: “Poxa, estou gravando um DVD aqui, vem para cá participar!”. “Poxa é mesmo, que legal e tal” [disseram Yola Araújo e Anselmo Ralph]. Cantámos uma música, “A Deus Eu Peço”, que é uma versão dos Juanes, e foi um sucesso… A participação deles foi muito interessante, o público brasileiro gosta muito disso, a coisa rítmica. Essa participação foi muito comentada no Brasil, o público adorou. Foi uma honra cantar com eles, são grandes artistas.
Quando esteve em Angola, e foi há pouco tempo, disse que gostaria de ter novos projectos com músicos angolanos. É um objectivo?Pode ter certeza. Estive a falar sobre isso com o Bonga. Falámos sobre a possibilidade de fazer algumas coisas juntas, cantar sobre temas típicos de Angola e outros do Brasil. É um projecto que quero realizar, se Deus quiser.
Para já não há nada definido?Por enquanto não. Esta tournée é muito jovem, estamos a viajar há sete meses com este “show”. Provavelmente seguimos até ao segundo semestre do ano que vem. Aí sim, sabemos o que vamos fazer (risos).
Angola e Brasil estão separados por milhares de quilómetros, mas há uma proximidade entre os dois povos. Pelo que conhece da cultura angolana qual a sua opinião sobre este assunto?Acho interessantíssimo. O povo angolano é muito querido, um povo que está a desenvolver-se e que saiu de um momento muito difícil, mas é um povo que mesmo com a dificuldade, com a adversidade, tem uma felicidade, uma esperança, uma força dentro de si que nunca vi. A primeira vez que estive lá, em 1997, fizemos um “show” com os SPC, foi talvez o “show” mais lindo que já fiz na vida. Não imaginávamos que as pessoas conhecessem as músicas. É um povo que tem um carinho enorme pelo Brasil, e nós também temos pelos angolanos. A História diz tudo... Essa história podia fundir-se mais. Mas sou angolano (a cantar) (risos).

Há uma frase que o Alexandre disse que vou agora reproduzir: “Angola, a minha segunda casa, o meu segundo país, tenho um carinho e respeito muito grande…”
É, porque acho que noutras vidas eu fui dali. Tenho absoluta certeza disso. Quem viveu todos esses anos comigo, quem conviveu comigo, sabe do que estou a falar. O meu carinho por Angola será eterno. É um povo único, muito particular.
E não tem qualquer tipo de ligação familiar com Angola, correcto?É verdade. A forma como eles tratam-me também é como se fosse angolano. Por exemplo, quando foi a apresentação que fiz na Casa Branca, e isso foi divulgado em Angola, as pessoas e a imprensa comentaram que o público ficou muito feliz, como se eu fosse angolano. Isso toca-me. 
Estamos a falar de música, de Angola, de Brasil, de Portugal, onde vai dar mais dois concertos [realizaram-se nos dias 29 e 30 de Julho, no Porto e em Lisboa, respectivamente]. E fala-se muito da relação entre os países lusófonos. A música pode funcionar como ponto de ligação entre estas nações?A música é uma coisa linda, maravilhosa, que tem o dom de juntar as pessoas e de certa forma de emocionar. Seja qual for a música, o idioma, ela é universal. E, claro, é um dos pontos de ligação, de união, de espírito, de patriotismo. A música tem uma participação muito grande na vida das pessoas. Ver um filme sem música, uma novela sem música… Aquela cena bonita de amor e de repente entra aquela música romântica, aquela orquestra… Tudo fica diferente. A música é uma coisa que nos aproxima de Deus, uma dádiva maravilhosa.
Falou no romance, no amor… É considerado uma das vozes mais românticas do Brasil. Sente-se bem com essa conotação?Gosto muito de cantar outros estilos, músicas rítmicas, mais tropicais, mas acho que a minha voz, o timbre, encaixa-se bem nas músicas românticas. Essa é a minha essência maior.
“Quem é Você” [música que Alexandre Pires dedicou à mulher, Sara, no seu último álbum, intitulado “Mais Além”, de 2010]?Sou um (pausa) rapaz que (pausa) quem sabe um dia serei um grande homem (risos). Sou feliz demais. Um apaixonado pela música e pela família. As coisas boas e simples da vida é o que procuro viver nos dias de hoje.
Sente-se realizado?Muito. Tenho uma família linda, os meus filhos, a esposa, o meu público, a música, tudo o que qualquer ser humano gostaria de ter, independentemente da função que exerça. Estou realizado em todos os sentidos. 
Que receita da felicidade tem para os leitores da África Today?(longa pausa) Acho que não existe uma receita para a felicidade, basta ser você mesmo, e se busca algum objectivo na vida entregue-se de corpo e alma, faça apenas o que lhe dê felicidade. No meu caso a música faz-me muito feliz. A família é a nossa grande Igreja, e falando de igreja, acho que ninguém é feliz sem ter fé, sem acreditar em algo que seja superior a tudo o que vivemos aqui.
Um espectáculo inesquecível
Na entrevista que concedeu à África Today prometeu cantar as “músicas velhas”. “O público quer ouvir isso, temos esse cuidado, de dar o que o público quer. Além das músicas novas quer ouvir os grandes ‘hits’”, contou. Dito e feito. A longa espera pelo início do espectáculo – estava previsto começar às 21h30, mas Alexandre Pires e companhia subiram ao palco perto das 23 horas – foi bem compensada… Um regresso ao passado que fez com que os fãs esquecessem “o tempo perdido”. No final, a frase “valeu a pena a espera” foi das mais ouvidas. E animação foi coisa que não faltou durante as quase duas horas do espectáculo. O “mineirinho” arrancou o concerto com o tema “Pode Chorar”, dos Só Pra Contrariar, e cantou de seguida duas músicas do seu último álbum: “Ainda te Espero Baby” e “Eu Sou o Samba”. O momento alto do concerto aconteceu quando Alexandre Pires cantou dois medleys, nos quais integrou o seu grande sucesso “Depois do Prazer”. Nessa altura, o Campo Pequeno foi ao rubro com tanta emoção. E já ninguém se lembrava que o espectáculo tinha começado com quase hora e meia de atraso… Pelo meio, o músico brasileiro ainda teve tempo de cantar um tema cujo original é de Rossana, chamado “Custe o Que Custar”. “Adoro Portugal, sinto-me em casa aqui. Gosto de partilhar com os fãs o que é importante para mim, por isso, vou cantar uma música que marcou muito a minha infância”, disse. Emoção e interacção com o público foi uma constante durante as quase duas horas de concerto, de resto, como é habitual nos espectáculos de Alexandre Pires. A provar que tem Portugal no coração, o “neguinho” dedicou ao público uma música de Roberto Carlos, chamada “Como é Lindo o Amor por Você”, mas, neste caso, cantou “Como é lindo o amor por vocês…”. Um amor recíproco.

Frederico Gonçalves
fonte: Revista Africa Today

Presidente do Brasil visita África.

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Na próxima semana, Dilma Rousseff vai iniciar um périplo por três países de África. África do Sul, Angola e Moçambique são os três países que vão receber a presidente do Brasil. 


A visita da chefe de Estado brasileira enquadra-se num pequeno périplo a África, que vai levar Dilma Rouseff à África do Sul, para a cimeira do grupo IBAS (Índia, Brasil e África do Sul), e posteriormente a Maputo, nos dias 18 e 19 de Outubro.Segundo o conselheiro da Embaixada do Brasil em Maputo, João Marcelo, além de Moçambique, Dilma Rousseff deverá visitar também a capital angolana.

Fonte: Diário Digital/Lusa 

Economia: 15.10.2011 - G20 discute saídas para crise na Europa em meio a protestos mundiais.

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Lideranças econômicas do grupo querem que Alemanha, Brasil e China ajudem zona do euro a superar a crise. Enquanto solução ainda é incerta, mundo assiste a uma onda de manifestações.


Enquanto lideranças econômicas do G20 discutiam saídas para a crise da dívida na zona do euro, manifestantes foram às ruas em várias partes do mundo protestar contra os bancos e as duras medidas de austeridade que vêm sendo adotadas por alguns governos para conter seus déficits. Uma onda de protestos inspirada no Occupy Wall Street, dos Estados Unidos, ocorreu neste sábado (15/10) em cidades como Berlim, Roma, Bruxelas e Londres.
Após o encontro de dois dias em Paris, os representantes das 20 economias ricas e emergentes colocaram ainda mais pressão sobre os europeus, para que solucionem rapidamente a crise na zona do euro, evitando o contágio de outras economias. O grupo sugeriu que países que apresentam alto superávit – como Alemanha, China e Brasil – deveriam ajudar a economia global, impulsionando suas demandas internas.
"Aqueles que apresentam maiores superávits também devem implementar políticas para voltar o crescimento para suas demandas internas", afirmaram ministros das Finanças e chefes de bancos centrais em um comunicado ao final do encontro, referindo-se a "economias avançadas".
"Economias emergentes em superávit deverão acelerar a implementação de reformas estruturais para reequilibrar demandas por meio do aumento do consumo interno", ressaltou o comunicado, em referência à China e ao Brasil.

Papel do FMI
Em Roma, quase 200 mil manifestante foram às ruas 
Em Roma, quase 200 mil manifestante foram às ruas.
 
Os ministros das Finanças do G20 também defenderam o uso do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) para conter a crise da dívida. "Aguardamos decisões adicionais que aumentem a força do FEEF para controlar o contágio, bem como o resultado do encontro de cúpula da UE do dia 23 de outubro", afirmaram na declaração conjunta. Os líderes europeus devem se encontrar nesta data para apresentar propostas mais concretas para a saída da crise.
Os países do G20 comprometeram-se a continuar permitindo, por meio de seus bancos centrais, o acesso a crédito para que as instituições financeiras possam se capitalizar.
Eles também defenderam que o Fundo Monetário Internacional (FMI) disponha de recursos "adequados" para enfrentar crises financeiras como a atual. De acordo com o ministro francês das Finanças, François Baroin, o assunto deverá ser debatido no encontro dos líderes políticos do G20 que será realizado entre os dias 3 e 4 de novembro em Cannes. Ele afirmou que os resultados deste encontro serão "decisivos".
O papel do FMI diante da crise europeia ainda divide opiniões no G20. Durante os debates em Paris, as lideranças financeiras rejeitaram proposta do Brasil, da Índia e da China de elevar o capital da instituição, para que ela pudesse comprar títulos públicos de países com problemas orçamentários, como Itália ou Espanha, ou mesmo oferecer créditos para resgatar bancos. Os Estados Unidos posicionaram-se contrários à proposta.

Onda de protestos
Londrinos protestaram contra os efeitos da crise 
Londrinos protestaram contra os efeitos da crise.

As contínuas incertezas sobre os rumos da economia global motivaram uma onda mundial de protestos. Em Roma, quase 200 mil pessoas foram às ruas um dia após o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, ter obtido um voto de confiança da Câmara dos Deputados. A Itália – terceira maior economia da zona do euro – tem sido uma fonte crescente de instabilidade econômica no bloco por conta dos altos níveis de suas dívidas.
O governo de Berlusconi adotou um pacote de austeridade de 60 bilhões de euros para prevenir uma eventual necessidade de ajuda financeira ao país, assim como ocorreu com a Grécia, Irlanda e Portugal.
"Os jovens estão certos em se indignar. Eu os entendo", afirmou o presidente do Banco Central italiano, Mario Draghi, que em novembro assume a chefia do Banco Central Europeu.
Na Alemanha, onde a opinião pública tem se mostrado cética com relação ao resgate à Grécia, cerca de 5 mil pessoas protestaram em frente ao prédio da Chancelaria Federal em Berlim. Em Bruxelas, sede da União Europeia, cerca de 2 mil pessoas foram às ruas como forma de pressionar líderes europeus.
Na Austrália, ativistas de Sidney levantaram placas com os dizeres: "Não se pode comer dinheiro". Reino Unido, Japão, Nova Zelândia, Filipinas, Taiwan e África do Sul também foram palco de protestos.

fonte: MS/dpa/lusa/ap/afp
 
 

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