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domingo, 26 de junho de 2011

Eleito para FAO, Graziano diz que erradicar fome é "razoável e alcançável".

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

DA FRANCE PRESSE, EM ROMA
DE SÃO PAULO.
Brasileiro José Graziano da Silva, novo diretor-geral da ONU, discursa e diz que combater fome é "alcançável".
Após vencer a disputa pelo cargo de diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o brasileiro José Graziano da Silva, 61, disse neste domingo que sua prioridade à frente do organismo -- que tem orçamento de US$ 1 bilhão-- será o combate à fome.

"Precisamos erradicar a fome e ajudar os países mais pobres", disse o professor e agronômo brasileiro em seu primeiro pronunciamento, perante representantes de 177 nações. "A partir de agora, deixo de ser o candidato dos brasileiros para ser o diretor-geral de todos os países".
"Estou convencido, com base em minha experiência no Brasil e em outros países, que erradicar a fome é uma meta razoável e alcançável", afirmou ainda Graziano, recebendo muitos aplausos.
"Com o passar dos anos aprendi que é preciso caminharmos juntos, obter o consenso, para conquistar os objetivos", acrescentou José Graziano depois de agradecer aos países latino-americanos, africanos, de língua portuguesa e, inclusive, aos países europeus e desenvolvidos.
"Foi um exercício democrático e soberano", disse.
De acordo com dados da ONU, o mundo tem cerca de 1 bilhão de pessoas famintas.
VITÓRIA
Por 92 votos contra 88, Graziano venceu o ex-ministro das Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, nas eleições realizadas em Roma neste domingo. No primeiro turno, ele já havia superado Moratinos por 77 a 72 votos. 
Veja vídeo da eleição, de autoria da colaboradora Gina Marques:

Gaziano vai suceder o senegalês Jacques Diouf, diretor-geral da FAO desde 1994. É a primeira vez que um brasileiro ocupa o cargo.
Seu mandato vai de 1º de janeiro de 2012 a 31 de julho de 2015. Ele terá pela frente a dura tarefa de reformar um organismo internacional sob críticas pesadas --a instituição já foi acusada de ser vagarosa e desperdiçar dinheiro na execução de seus programas para combate a fome.
Drante sua permanência na FAO, conseguiu que os países da América Latina e Caribe fossem os primeiros em nível mundial a assumir o compromisso de erradicar a fome antes de 2025.
APOIO
Graziano agradeceu publicamente o apoio da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A presidente Dilma divulgou nota neste domingo comemorando a vitória de Graziano.
"Sua reconhecida contribuição na formulação da bem-sucedida estratégia governamental de assegurar o direito dos povos à alimentação, aliada às sólidas credenciais acadêmicas e o profundo conhecimento da FAO, acumulado à frente do escritório regional da entidade em Santiago, conferem a José Graziano qualificações essenciais para o cargo que ocupará nos próximos quatro anos", afirma a nota da presidência divulgada na tarde deste domingo (26).
Na nota, a presidente afirma que a vitória do brasileiro reflete "o reconhecimento pela comunidade internacional das transformações socioeconômicas em curso em nosso País --que contribuem de forma decisiva para a democratização de oportunidades para milhões de brasileiras e brasileiros".
Graziano, que ocupa o cargo de diretor regional da FAO desde março de 2006, foi ministro da Segurança Alimentar e do Combate à Fome durante o governo Lula. Na pasta, o agrônomo e economista foi coordenador da elaboração do programa Fome Zero.
CRISE GLOBAL
Na apresentação de seu programa, Graziano admitiu que "houve um longo período de negligência com a agricultura, a pesca, as florestas e em desenvolvimento rural e segurança alimentar" no mundo.
"A recente crise econômica global e a crise de alimentos é um alerta para que acordemos. Lembra-nos que estamos interconectados, e isso é mais evidente na alimentação e na agricultura", disse na véspera ao apresentar seu programa.
Graziano é doutor em Economia pela Unicamp e foi professor titular de Economia Agrícola da mesma universidade. Cursou pós-graduação na Universidade da Califórnia e no Instituto de Estudos Latino-Americanos da University College de Londres.
No total seis candidatos participaram do primeiro turno, após o qual quatro desistiram: Franz Fischler (Áustria), Indroyono Soesilo (Indonésia), Mohammad Saeid Noori Naeini (Irã), Abdul Latif Rashid (Iraque).

Fonte: Folha São Paulo 

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