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NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Em 2014, guerrilheiros do islamista Boko Haram raptaram estudantes q...

segunda-feira, 5 de junho de 2023

LEGISLATIVO NA GUINÉ-BISSAU: Embalo vai ganhar o seu jogo de poker?

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No passado dia 4 de Junho, os 884 mil guineenses inscritos na lista eleitoral foram chamados a nomear nas urnas os 102 parlamentares que os vão representar na Assembleia Nacional. O principal desafio desta eleição é virar a página da instabilidade política que levou à dissolução do parlamento em maio de 2022. O remédio mágico prometido pelo Presidente Umaro Sissoco Embalo, em caso de vitória, é expurgar a lei fundamental do país, do mal que mina a vida política nacional, passando de uma modalidade semi-parlamentar a uma modalidade presidencial que lhe conferirá plenas capacidades. Recorde-se que é a disposição constitucional que lhe impôs como Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, homem forte do seu antigo partido, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) fundado por Amílcar Cabral, que fora na origem da crise com o parlamento. Esta crise, agravada pela tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro de 2022, tinha servido de pretexto a Embalo para pôr fim ao parlamento da Guiné-Bissau que se tinha tornado, segundo ele, “um espaço de guerrilha política e conspiração”. A questão que se coloca, no entanto, é a seguinte: será que o eleitorado da Guiné-Bissau vai dar plena confiança a Embalo para fazer a aposta que ousou tentar criar uma nova maioria na 'Assembléia conquistada para a sua causa? Não há nada que responda afirmativamente a esta pergunta. Até porque a sua antiga família política, o PAIGC, parece determinada a bloquear-lhe o caminho. A tarefa da Embalo para melhor estabelecer o seu poder é tanto mais difícil quanto as populações, cansadas da crise económica, em particular a quebra do mercado de comercialização da castanha de caju, principal fonte de rendimentos do país, são pouco permeáveis ​​ao discurso político. CEDEAO deve saber antecipar a possibilidade de uma nova crise política “Temos viajado por todo o país, mas os camponeses recusam-se a vir ouvir os discursos de alguns candidatos devido ao fracasso da campanha de comercialização da castanha de caju. Este ano, é um fiasco total”, sugeriu um militante do partido presidencial, Madem. Mas seria preciso mais para conter o ardor do chefe de Estado que havia vencido a aposta de vencer seu ex-partido na última eleição presidencial no segundo turno. E isto, juntando forças com uma coligação que sem dúvida teve tempo para se afirmar mais seriamente no país na gestão do poder do Estado e que sonha acabar com a hegemonia histórica do PAIGC. Posto isto, pode-se questionar se a eventual vitória do campo presidencial será suficiente, por si só, para trazer de volta a serenidade ao jogo político na Guiné-Bissau. Podemos duvidar na medida em que Embalo promete não aplicar a cláusula constitucional que lhe impõe um primeiro-ministro de maioria presidencial. Se cumprisse sua promessa, criaria a mesma crise que o colocou contra sua antiga família política e a antiga Assembleia Nacional. Se ele não obtivesse a maioria parlamentar, estaríamos fazendo parte da continuidade da velha crise. Em todo o caso, parece que vamos direto para a parede e temos o direito de nos perguntar se o que está a minar a vida política nacional na Guiné-Bissau não são as ambições pessoais do Chefe de Estado. Com efeito, como pode querer governar sem o partido que o levou ao poder? É por isso que podemos ser tentados a acreditar que o problema da Guiné-Bissau não é tanto a Constituição acusada de criogénica, mas a sinceridade dos actores políticos. É, portanto, mais uma terapia de que o país precisa. E é neste sentido que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que há muito se mantém à beira do leito deste país acamado, deve saber antecipar a possibilidade de uma nova crise política que reduza a sua capacidade arruinada esforços. fonte: lepays.bf

Senegal: Seu filho morto durante as manifestações, o grito de dor de Ndeye LO.

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Fallou Sene, de 15 anos, é uma das 16 mortes registradas durante as sangrentas manifestações que se seguiram ao veredicto que condenou o oponente Ousmane Sonko a 2 anos de prisão por corrupção juvenil na última quinta-feira, 1º de junho. A aluna do sexto ano da escola Les Scientifiques de l'Unité 12, teria recebido um tiro no peito, durante as manifestações na Unit 22 des Parcelles Assainies, na passada quinta-feira, entre as 17h e as 18h, informa o Enquête. O jornal destaca que a família do falecido aguarda os resultados da autópsia. O que ainda não havia sido realizado até ontem, domingo. Porém, testemunhas levadas pela fonte, já indexam a polícia. Enquanto espera saber mais sobre as circunstâncias da morte do filho, Fatimata conhecida como Ndeye LO revela que esta partiu sem o seu conhecimento. "Eu estava tomando um banho. Ele saiu pelas minhas costas, explica o Mãe. Assim que saí do banho, comecei a procurá-la. Disseram-me que ele foi à manifestação. No entanto, eu o proibi. » Outras testemunhas confidenciam que Fallou Sene saiu “por curiosidade. É assim que ele “se vê preso entre manifestantes e policiais. Sua mãe descreve "um menino calmo e não violento". Ndeye Lo pede calma. “Peço às autoridades que tragam paz. O Senegal é conhecido como um país de teranga (hospitalidade). É referência na sub-região”, afirma. Antes de se dirigir aos jovens, pedindo-lhes “que fiquem em casa e parem com a destruição e pilhagem”. fonte: seneweb.com

NETO, O MAIOR GENOCIDA DEPOIS DA II GUERRA MUNDIAL.

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O Maio, 2023, foi-se! As sequelas do seu bem e mal, atravessaram a fronteira de Junho, por isso ainda peregrinamos, singelas pinceladas inseridas numa obra com acertos e desacertos, sobre uma realidade, muita vivida e outras partilhadas de contares e viveres, na primeira pessoa do singular de guerrilheiros, políticos, dirigentes, discriminados e vítimas de um ignóbil genocídio. Não me atenho, exclusivamente, a 27 de Maio de 1977, mas a todos os “Maios”, que o antecederam, principalmente, decurso do consulado de António Agostinho Neto, feito herói, por uns e genocida por milhões. Por William Tonet Ahistória do MPLA está prenhe de contornos sinuosos, desde o seu tumultuado nascimento. Sem maternidade, data e progenitores definidos, tudo foi ao acaso, no século XX e, assim continua, até aos dias de hoje (século XXI), 2023. A galeria de feitos e heróis é tão fértil de mentiras e intrigas que se assiste a condecoração de facínoras e humilhação das vítimas, a quem se acha como bastante o endossamento de 50% de um perdão, onde a verdade histórica é escamoteada. As páginas de hoje trazem partes importantes de revoltas e sublevações vividas em importantes regiões do MPLA, que foram um apanágio da direcção de Neto. A história parece repetir-se na esquina do vento. Depois da cisão entre Neto e Viriato da Cruz, seguida da expulsão deste último e de Matias Miguéis em 1963, nos primórdios da década de 1970 o MPLA encontrar-se-á de novo ameaçado, no seu seio, por duas facções dissidentes. A primeira, unicamente política, é a do grupo conhecido pelo nome de “Revolta Activa”, dirigido pelos irmãos Andrade (Mário e Joaquim), adjuvados por Gentil Viana, o Dr. Eduardo Macedo dos Santos e outros jovens quadros do MPLA, entre os quais, Manuel Jorge; a outra é militar, mais conhecida pelo nome de “Revolta de Leste”, dirigida por Daniel Chipenda. A “Revolta Activa” nasce, segundo testemunhos de membros da organização, como uma manifestação alimentada por uma parte dos militantes do MPLA contra a autoridade do Dr. Agostinho Neto. Composta essencialmente por jovens “intelectuais” do MPLA, ela acusava o presidente de “presidencialismo”, ao mesmo tempo que o acusava de ter um carácter antidemocrático no seio do executivo do movimento. Segundo Joaquim Pinto de Andrade, membro dessa oposição, a crise entre a tendência política que ele representava e o grupo de Neto seria anterior a 1974, mais precisamente vinha dos primórdios dos anos setenta, entre 1970 e 1972. Na origem, tinha-se manifestado em alguns dos militantes do movimento, entre os quais Gentil Viana, que estava de regresso da China, a vontade de experimentar no seio do MPLA métodos políticos empregues nas assembleias populares chinesas, baseadas sobre a crítica e a autocrítica. Trata-se na realidade de uma iniciativa de um grupo de intelectuais que, alertados pelo estado escabroso de atomização do Movimento tomam a iniciativa de tentar aquilo que ficou designado como Movimento de Reajustamento. Agostinho Neto, na sua qualidade líder do MPLA teria dado o seu acordo desde o princípio, considerando nessa altura esta proposta como democrática, sem imaginar qualquer efeito contrário aos seus interesses. Mas a base do Movimento de Reajustamento de imediato viu nos debates políticos a expressão duma nova forma de democracia e aproveitou o ensejo para formular as suas críticas em relação à direcção. Agostinho Neto não aceitou essas críticas e decidiu pôr um termo a essa experiência democrática, levando o aglomerado de dissidentes a formar o grupo da “Revolta Activa” e a publicar um manifesto assinado por mais de sessenta militantes a denunciar a atitude da direcção do movimento. Letra morta. E mais uma vez se manifestava a vontade de Agostinho Neto para impor unilateralmente a sua vontade. DUAS REVOLTAS, A DA “JIBÓIA” E A DE LESTE” Estava o MPLA a braços com a dissidência dos “jovens intelectuais” da “Revolta Activa”, quando duas insurreições, a da “Jibóia” e a da “Revolta de Leste”, eclodiram de maneira inesperada, como que fossem, segundo os termos de alguns dos seus actores, o corolário do comportamento do Dr. Agostinho Neto à cabeça do MPLA. Os insurgidos acusavam-no de autoritarismo e, sobretudo, de ter torturado e massacrado militantes do movimento oriundos do Sul de Angola, acusados de urdir um atentado contra a sua pessoa. Exigindo doravante o reconhecimento do seu movimento e do seu presidente, antes da formação do governo de transição, os membros da “Revolta de Leste” ameaçavam persistentemente recorrer à violência armada caso as suas reivindicações fossem ignoradas. O acontecimento que desencadeou uma grande violência a partir de Dezembro de 1969, foi a execução sem julgamento dos camaradas PAGANINI, ROQUETE, JOAQUIM E CARLOS, oriundos do Leste de Angola, numa zona comandada militarmente pelo comandante Toca, natural do Norte de Angola. Essa sanção foi considerada como um acto deliberado, visando a eliminação dos quadros da região Lunda pelos que vinham de fora. Barreiro Freitas, também conhecido pelo pseudónimo de “Jibóia” e de “Katuwa Mitwé», encabeçou em Dezembro de 1969 um movimento de contestação de guerrilheiros “mbundu” (Sul de Angola), que largou do Leste com a firme intenção de chegar a Lusaka, mas acabou finalmente por parar na fronteira por causa de divergências que se declararam no seu seio. O líder foi demitido das suas funções de director adjunto do Centro de Instrução Revolucionário (CIR) e passou a ser simples militante. A revolta do “Jibóia” era pacífica, ao contrário da que se desenvolvia na outra revolta, a de Leste. De facto, no momento da ira da “Jibóia”, o seu chefe, Daniel Chipenda, mandatado pela direcção do movimento para servir de mediador nas discussões com os contestatários, depois de ter tomado conhecimento das suas reivindicações, acabou por as adoptar e as expor no decorrer dos debates organizados pelo «Movimento de Reajustamento». Não obtendo qualquer apoio durante esses debates, Chipenda refugiou-se na Zâmbia, pretextando problemas de saúde. Foi na sequência, longínqua, de toda esta confusão, que se realizou o Congresso de Lusaka. fonte: folha8

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