O Comité Central da FRELIMO, o partido no poder em Moçambique, está reunido a partir desta quarta-feira (13.03), em Maputo. A preservação da paz no país é o tema em destaque no encontro de três dias.
Numa altura de agravamento da crise política e militar no país, a 5ª Sessão Ordinária do Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) vai discutir "com mais profundidade" a questão da preservação da paz, anunciou o porta-voz António Niquice.
Reiterando que é essencial manter a ordem e segurança pública no atual contexto, o porta-voz da Frelimo sublinhou ainda que o partido fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a restauração da estabilidade política e militar.
Moçambique vive uma crise política e militar caracterizada por confrontos entre as forças de defesa e segurança moçambicanas e o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), principal partido de oposição, no centro do país, e por ataques a veículos militar e civis em vários troços da principal estrada do país na região, atribuídos ao movimento.
Também a economia moçambicana tem sido atingida por uma queda vertiginosa do metical face ao dólar, descida das exportações e subida de inflação, por efeito não só de causas externas, como a baixa cotação de matérias-primas, como também da seca que atinge centenas de milhares de pessoas no sul e centro do país.
Também a economia moçambicana tem sido atingida por uma queda vertiginosa do metical face ao dólar, descida das exportações e subida de inflação, por efeito não só de causas externas, como a baixa cotação de matérias-primas, como também da seca que atinge centenas de milhares de pessoas no sul e centro do país.
Novo secretário-geral?
Tem sido aventada a possibilidade de o atual secretário-geral da organização, Eliseu Machava, deixar o lugar para dar espaço ao Presidente Filipe Nyusi de indicar um quadro da sua confiança. Porém, António Niquice não se pronunciou sobre essa hipótese.
Eliseu Machava ascendeu ao posto de secretário-geral da FRELIMO em 2014, quando o partido ainda era dirigido por Armando Guebuza, na altura chefe de Estado, e tem sido apontado como um dos últimos baluartes do "guebuzismo" na hierarquia do partido.
Eliseu Machava ascendeu ao posto de secretário-geral da FRELIMO em 2014, quando o partido ainda era dirigido por Armando Guebuza, na altura chefe de Estado, e tem sido apontado como um dos últimos baluartes do "guebuzismo" na hierarquia do partido.
No encontro também será discutida a data e o local da realização do XI Congresso da FRELIMO, previsto para 2017, e que será o primeiro a ser dirigido pelo atual presidente do partido e chefe de Estado, Filipe Nyusi.
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