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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

MISSÃO DA CEDEAO FALHA: JAMMEH NÃO ABDICA DO PODER NA GÂMBIA.

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Depois de conversações em Banjul, os líderes da CEDEAO partiram, na noite de sexta-feira (13.01), com o Presidente eleito na Gâmbia, Adama Barrow, para o Mali, a fim de participarem na 27ª cimeira África-França.
 
O chefe de Estado nigeriano, Muhammadu Buhari, liderou a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) à Gâmbia, que integrou a sua homóloga liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, e o ex-Presidente do Gana, John Dramani Mahama.
 
O objetivo da visita era convencer o Presidente da Gâmbia Yahya Jammeh, há 22 anos no poder, a reconhecer os resultados das eleições de 1 de dezembro, que ditaram a vitória do opositor Adama Barrow.
 
Contudo, a missão não teve êxito, admitiu Geoffrey Onyeama, chefe da diplomacia nigeriana. Mas, a CEDEAO continua "determinada em encontrar uma solução pacífica que respeite a Constituição da Gâmbia e que reflita a vontade do povo", afirmou Onyeama.
 
Yahya Jammeh tornou claro que não pretende abandonar o poder até que o Supremo Tribunal da Gâmbia decida sobre o requerimento interposto pelo seu partido, que pede a anulação das eleições. Contudo, o tribunal já anunciou que, devido à falta de juízes, não poderá analisar o requerimento nos próximos meses.
 
A missão da CEDEAO à Gâmbia reuniu-se também com o Presidente eleito, Adama Barrow. Os dirigentes da África Ocidental decidiram deixar Banjul, na companhia de Barrow, na noite de sexta-feira (13.01), rumo a Bamako, no Mali, para participarem na 27ª cimeira África-França.
 
União Africana não reconhecerá Jammeh
 
A Gâmbia vive uma grave crise política desde 09 de dezembro, quando Yahya Jammeh anunciou que não reconhecia os resultados das eleições.
 
default Adama Barrow venceu as eleições na Gâmbia, de 1 de dezembro
 
Inicialmente, Jammeh aceitou a derrota no escrutínio e saudou publicamente o candidato vencedor, Adama Barrow, mas depois retirou o que disse.
 
Entretanto, a União Africana (UA) anunciou que deixará de reconhecer Yahya Jammeh como Presidente da Gâmbia, a partir de 19 de janeiro, data em que termina oficialmente o seu mandato. A UA alertou ainda que haverá “sérias consequências” para Jammeh, sem especificar quais. 
Mohamed Ibn Chambas, representante das Nações Unidas para a África Ocidental e Sahel, disse que a CEDEAO vai pedir ao Conselho de Segurança a aprovação do envio de tropas para a Gâmbia, se Jammeh continuar a recusar deixar o poder.
 
Milhares de refugiados na Guiné-Bissau e Senegal
 
Por causa da crise, milhares de gambianos já começaram a abandonar o país, rumo ao Senegal e à Guiné-Bissau. Segundo o secretário-executivo da Comissão de Apoio aos Refugiados na Guiné-Bissau, Tibna Sambé Na Wana, mais de mil gambianos já entraram no país lusófono. "Têm medo da escalada militar", acrescentou Na Wana.
 
A Organização das Nações Unidas para os Refugiados anunciou que "vários milhares de pessoas", principalmente crianças, já atravessaram a Gâmbia para a região de Casamansa, no sul do Senegal.
 
Yahya Jammeh chegou ao poder através de um golpe de Estado em 1994. É acusado de governar com mão de ferro o país de 1,9 milhões de habitantes e de graves violações dos direitos humanos.
 
Fonte: DW África

GUINÉ-BISSAU: Opinião: NOSSA ECONOMIA EM “MÃOS ALHEIAS”

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Opinião: NOSSA ECONOMIA EM “MÃOS ALHEIAS”
Aliu Soares Cassama _ COLUNISTA
Nos últimos anos tenho constatado que a economia da Guiné-Bissau, na sua configuração, está entregue aos mauritanos, guineenses de Conakry e senegaleses, o que poderá potenciar a fuga de capitais/recursos e consequentemente um desequilíbrio financeiro no país.

Os estrangeiros estão em todas as esferas da nossa economia. Entraram em setores onde há forte presença de pequenas e médias empresas, não interessa ao capital externo comprar pequenas empresas.
Se olharmos com seriedade para a História, percebemos que nenhum país foi capaz de se desenvolver tendo entregado a sua economia e as suas finanças a centros de decisão estrangeiros. Isso é cada vez mais nítido, pois, cada vez mais os guineenses procuram encaixar-se na esfera política deixando a economia nacional à mercê de “mãos alheias”.
Releva-se, pois, enorme e múltipla a leviandade dos dirigentes do país, uma vez que o modelo econômico guineense é baseado essencialmente numa economia informal e numa forte dependência financeira externa.
Tão grandes foram, e continuam a ser, os privilégios que o nosso Estado dá aos investidores estrangeiros, em detrimento dos nacionais e consequentemente qualquer dia não haverá mais guineenses na economia do país, ou seja, não valorizamos o que é nosso.
Uma outra vertente é a irresponsabilidade para com o país e o seu futuro que através da prioridade concedida aos empresários estrangeiros proporcionaram facilidades desmedidas para que os ‘’cartéis’’ estrangeiros se assenhoreassem facilmente do mercado guineense, que nunca lhes esteve fechado.
Ademais, permaneceram abertas as brechas que permitiram uma crescente penetração do capital estrangeiro no sistema financeiro do país.
Recorda-se que, na Guiné-Bissau, quase todos os sectores, incluindo a alimentação, dependem em grande escala de produtos importados. As fábricas são inexistentes e o nosso porto não é competitivo em relação aos demais da nossa sub-região.
Se o cenário fosse invertido?
Haveria uma economia competitiva!
Evitaríamos a fuga de capitais para o exterior!
Não sou xenófobo. Pura e simplesmente gostaria de alertar sobre um perigo a longo termo, desafiando os próprios guineenses a assumirem a economia real e a economia financeira do país. Será pedir demais?
 
Por: Aliu Soares Cassamá, mestre em economia

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