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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Rússia pretende restaurar a sua influência na África.

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A Rússia cancela a dívida da África. 17459.jpeg

A Rússia cancelou a dívida de US $ 20 bilhões para vários países africanos, comunicou o Chefe do Departamento de Organizações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Vladimir Sergeyev. O tal comportamento parece estranho e inadequado nas condições da crise econômica. Mas as autoridades russas pensam estrategicamente. Porque é que a Rússia fê-lo ? Por que a Rússia precisa da África?

Esta anulação não é a primeira. Em 2008, Moscou cancelou cerca de $ 16 bilhões de dívida dos países africanos. E não se limitou a esses atos. Tem transferido US $ 50 milhões para a Fundação do Banco Mundial para os países pobres, disse o diplomata na Assembléia Geral da ONU. Os fundos dela estão enviados para o desenvolvimento do continente africano a sul do Saara. Além disso, a Rússia nos últimos 4 anos tem destinado US $ 43 milhões a programa do Banco Mundial para melhorar a educação nos países em desenvolvimento — especialmente em países africanos. Mais de 8.000 estudantes da África estão estudando nas instituições de ensino superior da Rússia, e mais da metade deles fazem-no gratuitamente.

Rússia assinou acordos com a Tanzânia e Zâmbia no âmbito do programa "a troca de dívida", ou seja, em troca de serem aliviados da obrigação de restituir uma parte da dívida internacional, os países se comprometem a retirada dos fundos para promover seu desenvolvimento. O governo russo pretende assinar acordos semelhantes com Moçambique, Benin e Etiópia.

Rússia regularmente cancela as dívidas de seus devedores em todo o mundo. Foram formados durante o período soviético quando esses países estavam comprando as armas da União Soviética. Em setembro deste ano, a Federação Russa "perdoou" a dívida de US $ 11 bilhões para a Coréia do Norte. No verão de 2010, a Rússia cancelou 12 bilhões de dólares para o Afeganistão, e no inverno de 2008- cerca de 8 bilhões de dólares para o Iraque. Ao longo dos últimos 11 anos, a Rússia tem cancelado dívidas externas no valor total de US $ 80 bilhões e pagou 124 bilhões de dólares aos seus credores. Aqui está a lista das maiores dívidas que foram anuladas pela Rússia:

Afeganistão — US $ 12 bilhões, Iraque — $ 11,9 bilhões, Mongólia — $ 11 bilhões, a Coréia do Norte — $ 11 bilhões, Síria — $ 9,8 bilhões, Etiópia — $ 4,8 bilhões, Líbia — $ 4,5 bilhões, Argélia — $ 4,3 bilhões, Nicarágua — $ 4,3 bilhões, Angola — 3,5 bilhões de dólares .

O dinheiro é significativo, mas esta generosidade esconde pragmatismo equilibrado e prudente.

Hoje, as grandes potências estão lutando pelo continente africano desempenhando um papel cada vez mais importante nas políticas deles. Os Estados Unidos, China, Inglaterra, França e Índia têm aumentado sua influência política e econômica na África. A Rússia não quer ser uma exceção. O interesse na África está baseado, antes de tudo, nas suas matérias-primas. Além disso, a África é um enorme mercado.

O continente Africano é abundante em recursos. Ocupa o primeiro lugar no mundo em termos de reservas de cromo, minério de manganês, ouro, platina, diamantes, vanádio, e fosfato. África é a segunda em reservas de minérios de urânio e cobre, e ocupa o terceiro lugar do mundo em reservas de minério de ferro, gás e petróleo. Que país não queria uma fatia desse bolo?

Negócio russo também tem seus interesses na África. A petrolífera Lukoil, a empresa de alumínio Rusal, a Gazprom, Norilsk Nickel, química Renova, de diamantes Alrosa, de armas Rosoboronexport, Rosatom, empresas financeiras e de telecomunicações, esta não é a lista completa de empresas atualmente atuando na África. Hoje em dia, a gama de cooperação econômica tem se expandido. No entanto, a África representa apenas 1,5 por cento de todos os investimentos da Rússia em países estrangeiros. Esta é a razão que faz a Rússia amortizar as dívidas dos países africanos.

Alguns especialistas acreditam que a Rússia nas suas relações com a África procura retornar para o tipo de cooperação que tinha a União Soviética. Mas não é verdade de fato. Moscou entende que os modelos anteriores de cooperação não fazem sentido no momento presente. A África representa um real interesse econômico para a Federação Russa que inclui:

- acesso a certas categorias de exploração estratégica de recursos minerais (diamantes, metais do grupo de platina, gás);

- o desenvolvimento conjunto de recursos para aumentar o impacto dos países exportadores a sistema econômico mundial,
-as vendas dos seus produtos industriais,
-as exportações dos serviços e capitais.

De fato, ao contrário dos EUA, China e Índia, a Rússia não está muito interessada na importação de recursos minerais crudos da África. A indústria russa tem uma  falta de certos minerais (manganês, cromo, bauxita) que possam ser importados da África, no entanto, a economia russa não depende de modo extremo destes recursos africanos.

A cooperação no domínio de processamento, produção e comercialização das matérias-primas é muito mais interessante, porque a Rússia visa a virar um líder mundial econômico. Além do gás, os metais de platina e diamantes tem interesse em urânio e petróleo. A Rússia também está interessada no desenvolvimento  de tais setores da economia africana como de energia, metais e petroquímicos. Exporta tradicionalmente armas e equipamentos bélicos e de destino civil. Assim, o potencial de exportação da indústria russa depende diretamente do apoio dos programas governamentais para modernizar os objetos construídos no continente durante os tempos soviéticos.

A Rússia pretende restaurar a sua antiga influência na África e ganhar novas áreas de investimento do capital. Em setembro de 2006, Putin visitou a África do Sul e Marrocos. Em junho de 2009, Medvedev visitou quatro países africanos — Egipto, Nigéria, Namíbia e Angola. As visitas revelam o interesse da Rússia na retomada das relações econômicas e políticas com os países africanos.

Bancos russos também mostram seu interesse no setor financeiro da África. VTB Bank (Banco Econômico  do Exterior da Rússia) abriu filiais na Namíbia e em Angola. As empresas de telecomunicações evidenciam interesse também. Tais empresas  como AFK Sistema, Altimo, MegaFon, SITRONICS consideram o continente africano um mercado promissor para a sua expansão.

Para aumentar a sua influência no continente a Rússia tem de fazer certas concessões. Cancelando bilhões de dólares de dívida é uma opção, levando em consideração poucas chances de ter essas dívidas de volta. A Rússia procura melhores maneiras de usa-las em troca de certos privilégios.

O ex-ministro da Economia, Andrei Nechayev disse que um credor recorre a uma anulação de dívida, em primeiro, quando é quase impossível ter a dívida paga de volta. Em segundo lugar, é a influência política, e finalmente — a imagem financeira do país, ou seja, no caso da Rússia, demonstra a estável situação financeira dela com objetivo de conquistar os mercados de capitais internacionais no futuro próximo. Portanto, a Rússia age estrategicamente correto.
Serguei Vasilenkov
fonte: pravda

Brasil: Promotores pedem isolamento de cúpula do PCC em prisões federais.

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Polícia em Paraisópolis (foto: Getty Images)
Policia ocupa favela de Paraisópolis como resposta a assassinatos de policiais no Estado

Um grupo de promotores de Justiça elaborou um documento defendendo o isolamento da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) e a transferência dos líderes da facção criminosa de presídios do Estado de São Paulo para unidades federais.
"O sistema prisional do Estado (de São Paulo) não tem condições de assegurar o isolamento de líderes das organizações criminosas e impedir (...) que exerçam influência e liderança", diz o documento, ao qual a BBC Brasil teve acesso.
O tema é sensível e polêmico. O chefe da facção, Marcos Herbas Camacho, o Marcola, e uma dúzia de criminosos que formam a cúpula do PCC são detentos do sistema prisional paulista. Segundo o Ministério Público, eles são capazes de controlar todo grupo, enviando de dentro da cadeia ordens, por meio de telefones celulares, para gerir o tráfico de drogas, comprar armas e assassinar rivais e autoridades.
Em 2006, a transferência dessas lideranças para presídios paulistas de regime disciplinar mais rígido teria sido, segundo analistas, um dos gatilhos de uma onda de ataques que parou a cidade e matou quase 500 pessoas.
Uma série de transferências de integrantes de escalões mais baixos da facção, que já faz parte da nova parceria entre o Estado de São Paulo e a União, está programada para ocorrer nos próximos dias. A medida é interpretada por analistas como um recado do governo paulista para a cúpula da facção.
O primeiro detento transferido foi Francisco Antônio Cesário, o Piauí, - um membro do terceiro escalão do PCC tido como chefe do narcotráfico na favela paulista de Paraisópolis e acusado de envolvimento em mortes de policiais.
Outras 18 transferências de membros de posições hierárquicas inferiores da facção devem ocorrer ainda em novembro.

Segurança 'máxima'

Porém, para a Promotoria de Execuções Criminais de São Paulo - o órgão do Ministério Público que investiga as lideranças do PCC - essa ação não será suficiente para combater a organização. Para esses promotores, apenas o isolamento total de Marcola e de todos os membros do segundo escalão da facção pode desestruturar o PCC.
Os promotores elaboraram o documento alertando o Procurador Geral do Estado, Márcio Elias Rosa, sobre a necessidade de "aceitar as vagas federais" e transferir a liderança do PCC para outros Estados.
Segundo os promotores, uma investigação da Polícia Federal mostrou que, mesmo em uma penitenciária de segurança máxima em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, os líderes do PCC continuam se comunicando com subordinados. Para eles, afastar a cúpula da facção de São Paulo os faria perder o controle da facção e assim a desestabilizaria.
As primeiras transferências e a discussão sobre adoção da iniciativa entre as lideranças do PCC ocorrem em meio à escalada da violência com conflitos armados e assassinatos envolvendo a polícia e a facção criminosa PCC. Como resultado, mais de 130 pessoas foram mortas só nas últimas duas semanas o que criou uma sensação de medo generalizado em São Paulo.

Ajuda da União

A possível transferência de líderes do primeiro escalão do PCC de presídios paulistas para unidades prisionais da União pode vir a ser a mais polêmica das medidas negociadas entre o governador Geraldo Alckmin e o governo federal.
Há menos de um mês, o governo de São Paulo se dizia capaz de resolver localmente a atual onda de violência, que vem crescendo desde maio. O comércio em diversos bairros da periferia tem fechado até três horas mais cedo. Moradores evitam sair na rua à noite temendo a chegada de atiradores mascarados em motocicletas - que diariamente disparam tanto em policiais como em suspeitos de ligação com o narcotráfico.
Escolas de portas fechadas e ônibus incendiados por criminosos também compõe o cenário da capital paulista dos últimos dias.
Esse pico de violência, ao lado da execução de 90 policiais e de três agentes penitenciários desde o início do ano, fez o governo do Estado mudar de estratégia e aceitar ajuda da presidente Dilma Rousseff.
Um pacote de medidas conjuntas foi adotado. Entre elas, a criação de uma agência para compartilhar informações de inteligência, ações de combate à lavagem de dinheiro e intensificação da fiscalização de fronteiras.

Rebeliões

Segundo Camila Nunes Dias, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do ABC, desde a onda de ataques de 2006, não há rebeliões significativas em penitenciárias de São Paulo devido a um processo de acomodação de forças.
Nele, o governo procura não mandar líderes do PCC para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) - um prisão em Presidente Bernardes mais dura que as unidades de segurança máxima, onde o contato do preso com o mundo exterior é quase totalmente restrito.
Em contrapartida, e supostamente de forma não direta ou explícita, segundo Dias, os chefes da facção impediriam a realização de rebeliões. O governo paulista nega qualquer tipo de acordo formal com os criminosos.
Na hipótese da cúpula da facção ser transferida pela atual parceria, segundo Camila, é possível que sistema prisional se desestabilize. "Mas não acho que (um nível de violência semelhante ao de 2006) voltará a acontecer. A estratégia atual (do PCC) é fazer ataques isolados".
Ela afirmou estar pessimista em relação à parceria governamental. "Não acho que isolamento e castigo tragam benefícios a longo prazo". Segundo ela, já houve parceria em 2006 e ela não impediu a atual onda de violência.
Dias disse ainda que, em 2001, as lideranças do PCC foram transferidas para outros Estados. A medida não só não acabou com a facção, como teria colaborado para aumentar sua zona de influência.
A organização têm membros na maioria dos presídios de São Paulo, além de ramificações em ao menos outros cinco Estados e países vizinhos.

Integração

O cientista social José dos Reis Santos Filho, do Núcleo de Estudos sobre Situações de Violência e Políticas Alternativas da Unesp, afirmou que a parceria governamental está no caminho certo ao integrar órgãos como o Banco Central e a Receita Federal aos esforços de São Paulo para rastrear e bloquear o dinheiro sujo movimentado pela facção criminosa e assim asfixiá-la.
Ele afirmou também que a integração das polícias e órgãos de inteligência que foi proposta já deveria ter ocorrido há muito tempo. "Hoje, praticamente não existe conversa entre os órgãos por diferenças ideológicas, políticas e corporativas", disse.

fonte: Da BBC Brasil em São Paulo.




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