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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Hélder Vaz, ex-diretor-geral da CPLP, anuncia candidatura à presidência da Guiné-Bissau

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Hélder Vaz, ex-diretor-geral da CPLP, anuncia candidatura à presidência da Guiné-Bissau

O ex-diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Vaz, disse hoje à Lusa que vai candidatar-se à presidência da Guiné-Bissau, e promete fazer “tudo diferente” para que o país se possa tornar na “Suíça de África”.


“Acredito numa Guiné-Bissau positiva, com a excelência dos seus recursos humanos e recursos naturais ainda por explorar”, disse Hélder Vaz à agência Lusa.
Neste sentido, disse acreditar que a Guiné-Bissau pode “vir a tornar-se na ‘Suíça de África’, afirmar-se pela diferença e ser um país especial. Tudo depende dos seus filhos”.
Hélder Vaz referiu que a sua candidatura é “suprapartidária” e quando questionado sobre o que pode fazer pelo seu país, disse: Vou fazer tudo diferente”.
“A minha vida é o espelho daquilo que posso fazer de diferente”, disse, explicando que a diferença é que não pretende “ir buscar votos às etnias”, mas sim juntá-las em torno da sua candidatura por acreditar que representa “a pluralidade dos guineenses”.
“Temos de nos reconciliar enquanto povo, de ter a capacidade de perdoar os infratores para que vitimas e perpetradores possam reconciliar-se na sua humanidade e acabem com os sentimentos de vingança. Temos de ser capazes de trabalhar em conjunto, de desenvolver um plano coletivo que some vontades e atenue as diferenças”, escreveu o candidato na “1.ª Mensagem aos Guineenses e Amigos da Guiné-Bissau”, que serviu para lançar a sua candidatura.
Hélder Vaz, de 54 anos, disse que é apoiado por “um conjunto de personalidades que pretendem mudar a Guiné-Bissau” e justifica assim a escolha do nome da candidatura: Aliança Patriótica para a Salvação da Guiné-Bissau.
O candidato defendeu ainda que “chegou a altura de o poder político assumir o seu papel e da estrutura militar assumir o seu”, considerando que “o papel dos militares é defender a Pátria das agressões externas”.
“Precisamos de dignificar a vida dos antigos combatentes e dar condições aos militares no ativo e na reserva para prosseguirem a sua vida com dignidade social e com oportunidades económicas para que possam ter escolha nas suas opções de vida e de futuro”, disse, defendendo que os militares devem ser isentos “de influências e manipulações políticas”.
A Guiné-Bissau tem um historial de vários golpes de Estado nos últimos anos, tendo o último, a 12 de abril de 2012, afastado do poder o então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que também anunciou na terça-feira à Lusa a sua intenção de concorrer à presidência.
Assumindo-se como “o rosto daqueles que acreditam no projeto político de Amílcar Cabral”, de quem disse ser um “humilde e modesto continuador”, Hélder Vaz estabeleceu como prioridade para o país a educação.
No entanto, pretende também, com a ajuda dos parceiros da Guiné-Bissau, "criar uma estratégia nacional de combate ao crime organizado, nomeadamente ao crime transnacional, movendo um combate cerrado e sem tréguas ao narcotráfico”.
A candidatura de Hélder Vaz às presidenciais de 24 de novembro próximo é a terceira a ser conhecida, depois de Carlos Gomes Júnior e Tcherno Djaló, antigo ministro da Educação da Guiné-Bissau.
Nascido em Bissau, licenciado em filosofia e mestre em administração e gestão publica, Hélder Vaz foi deputado no Parlamento da Guiné-Bissau (1994 -2004) e ministro da Economia e do Desenvolvimento Regional (2000-2001) no primeiro Governo de Coligação, constituído no seguimento da crise político-militar na Guiné-Bissau.
Entre 1999 e 2004 foi Presidente da RGB-MB (Resistência da Guiné-Bissau - Movimento Bafatá), tendo sido Secretário-Geral do mesmo partido entre 1991-1996.
Após a extinção do RGB e uma derrota nas eleições legislativas de 2004, às quais se candidatou numa grande coligação de partidos da oposição, Hélder Vaz abandonou a política ativa e regressou a Portugal.
De 2004 a 2007 esteve ligado à UCCLA (União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas) e, antes disso, fora consultor de várias entidades, nomeadamente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, da USAID, do TIPS (Trade and Investment Project Support) e do Grupo Águas de Portugal.
Assumiu o cargo de primeiro diretor-geral da CPLP a 31 de janeiro de 2008, em que se manteve até ao último dia 18.

fonte: expressodasilhas.sapo.cv

Amazon estreia nova categoria de e-books curtos com Obama.

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Amazon Kindle Singles Interview apresenta, em 15 páginas, entrevista com o presidente americano reeleito Barack Obama Foto: Reprodução
Amazon Kindle Singles Interview apresenta, em 15 páginas, entrevista com o presidente americano reeleito Barack Obama
Foto: Reprodução
A Amazon inaugurou nesta quarta-feira uma nova categoria de livros eletrônicos do tipo Kidle Singles - publicações curtas produzidas pela equipe da gigante de varejo online. Para inaugurar a série Kindle Singles Interview, a loja escolheu conversar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
"Cada Kindle Single apresenta uma ideia interessante - bem pesquisada, bem argumentada e bem ilustrada -, expressada em seu devido tamanho", explica a Amazon sobre a série de e-books curtos. A categoria tem uma loja virtual especial, a Kindle Singles Store, e além de oferecer as edições individuais oferece um pacote por assinatura.
Na entrevista com Obama, realizada na terça-feira, 30 de julho, no escritório da Amazon em Chattanooga, estado americano do Tennessee, o presidente se posiciona contra uma "mudança na cultura" do estilo de vida americano, e discute a necessidade de programas estatais que "façam a diferença". Obama também comenta o desemprego e a posição do Partido Republicano perante a agenda do governo reeleito.
O livro tem 15 páginas e está sendo oferecido gratuitamente.

fonte: terra.com.br

Zimbabwe: longas filas em como zimbabuanos vão às urnas na eleição Crucial.

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Longas filas estão sendo enfrentados em todo o país em como os zimbabuanos vão votar em uma eleição que os analistas descrevem como a mais importante na história do país. E é um dia frio no Zimbabwe, se você está de pé em uma fila por horas.

SW Radio Africa vem recebendo relatos de que existe uma elevada afluência de eleitores em ambas as áreas urbanas e rurais nesta eleição chave, o primeiro desde que a competição disputada em março de 2008 que desencadeou semanas de derramamento de sangue.

A maioria das mesas de voto abriram às 7h e só devem fechar às 19:00h, mas há temores de que muitos talvez não serão capazes de votar porque a votação está tomando muito tempo em muitas estações de votação para verificar eleitores. ZEC disse que, se você chega na fila às 7:00h, as estações deveriam ficar abertas para permitir que você vote.

Tem havido menos violência em todo o país, mas ainda continua a abundância de intimidação contra os apoiantes do MDC-T.

Nosso correspondente em Harare, Simon Muchemwa, disse que muitos eleitores na capital chegaram nas assembleias de voto em torno de três horas e esperaram pacientemente na fila, às vezes por horas.

Em Bulawayo, nosso correspondente Lionel Saungweme nos disse, há também uma alta taxa de participação nas townships da cidade, mas os eleitores estão frustrados com o lento processo de votação.

fonte: allafrica.com

16 países africanos considerados "prioridade" pela França.

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Ayrault-developpement AFP
O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault 31 de julho de 2013 em Matignon. © Bertrand Guay / AFP

Após a reunião da Comissão Interministerial para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento (CICID), Jean-Marc Ayrault anunciou uma "reorientação" da ajuda ao desenvolvimento francês. 16 Estados africanos foram identificados como prioritários.

Enquanto é realizada hoje, quarta-feira, 31 de julho, a primeira reunião depois de quatro anos da Comissão Interministerial para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento (CICID), Jean-Marc Ayrault anunciou uma "reorientação" da ajuda ao desenvolvimento francês para países mais pobres. São 16 Estados africanos: Benin, Burkina Faso, Burundi, República Centro Africano, Djibuti, Comores, Gana, Guiné, Madagascar, Mali, Mauritânia, Níger, Congo, Chade, Togo, Senegal.

O primeiro-ministro francês lembrou o contexto difícil das contas públicas francesas, mas para tranquilizar os beneficiários da ajuda ao desenvolvimento: "Estamos empenhados no controle das finanças públicas (...), mas até agora, a França mantém o seu esforço em desenvolvimento ".

[B] Controle da eficácia da ajuda [/ B]

O governo também quer se concentrar em "transparência" com um "monitoramento da eficácia da ajuda." Assim, para a assistência prestada ao Mali, um site estará online nas próximas semanas para fornecer informações precisas sobre os projectos financiados. A primeira versão da lei básica e a política de desenvolvimento de programação e de solidariedade internacional da Quinta República será apresentado ao Conselho de Ministros em Novembro para um debate no Parlamento no início de 2014.

Esta reunião CICID segue o fundamento do desenvolvimento sustentável e da solidariedade internacional, fechado em março, em Paris pelo presidente François Hollande. A França em 2013 vai gastar € 9,4 bilhões de euros em assistência oficial ao desenvolvimento. Ela é o quarto país contribuidor de ajuda e representa 10% da ajuda global.

fonte: jeuneafrique.com

terça-feira, 30 de julho de 2013

Mali: Projeções das presidenciais no Mali dão vitória a Ibrahim Keita.

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As primeiras contagens apontam para uma vantagem do antigo primeiro-ministro Ibrahim Keita na primeira volta das eleições de domingo (28.07) no Mali. O seu principal adversário é o ex-ministro das Finanças Sumala Cissé.
A contagem dos votos começou já esta segunda-feira (29.07). Sondagens dão como favoritos o candidato do partido Agrupamento por Mali, o ex-primeiro-ministro e antigo presidente do Parlamento Ibrahim Boubacar Keita, de 69 anos, seguido do ex-ministro das Finanças e antigo presidente da Comissão da União Económica e Monetária da África Ocidental Sumalia Cisé, de 63 anos.
Observadores eleitorais dizem que, de forma geral, o processo correu sem grandes incidentes
Participaram na corrida eleitoral 27 candidatos. Se nenhum candidato ultrapassar os 50% dos votos nesta primeira volta, deverão então participar da segunda, prevista para 11 de agosto.
Os resultados oficiais deverão ser anunciados na sexta-feira (02.08). Numa mensagem dirigida aos malianos, o Presidente interino do país, Dioncounda Traore, excluído da corrida por ser membro das autoridades de transição, classificou esta ida às urnas como um “evento histórico”.
Tranquilidade e boletins insuficientes
O Mali foi às urnas escolher um novo Presidente num ambiente de ordem e tranquilidade. Observadores eleitorais dizem que, de forma geral, o processo correu bem, sem grandes incidentes, ao contrário do que se esperava. Poucos dias antes das eleições registaram-se vários episódios de violência que resultaram em mortos nalgumas regiões do norte do país.
O Presidente francês, François Hollande, também já elogiou a forma como decorreu a primeira volta das presidenciais. “Estas eleições marcam o regresso do Mali à ordem constitucional, depois da vitória conseguida sobre os terroristas e a libertação do território”, salientou em comunicado.
Para além das forças locais, os capacetes azuis da missão integrada da ONU para estabilização do Mali (MINUSMA) trabalharam para garantir que as eleições decorressem com tranquilidade. Nas zonas mais críticas do Mali, como Kidal, Gao e Tombuctu, as medidas de segurança eram maiores. Em Kidal, os eleitores foram até revistados.
Em termos organizativos, o escrutínio foi marcado pela desorganização. Os boletins de voto foram insuficientes, abrangendo apenas 85% dos eleitores, num universo de 6,9 milhões de eleitores. Apesar disso, a ansiedade e o dever de cidadão reinaram em muitos eleitores. “É um grande, grande prazer escolher um bom Presidente para o meu país. E espero que ele mude o Mali”, contou um eleitor à DW África.
Eleições cruciais para estabilização
Estas eleições presidenciais são consideradas um passo crucial para a estabilização do país depois do golpe militar que em 22 de março de 2012 depôs o Presidente Amadou Toumani Touré e acabou com a ordem constitucional, e a consequente ocupação do norte por grupos radicais islamitas, como o Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA).
O Governo maliano conseguiu recuperar o norte graças à intervenção militar francesa e a uma missão militar africana. Com o confronto, a região ficou parcialmente destruída. Entretanto, os doadores internacionais já prometeram uma ajuda avaliada em cerca de 3 mil milhões de euros.
O escrutínio também ficou marcado pela desorganização e insuficiência de boletins de voto
fonte: DW.DE

Angola: Clarificar o poder autárquico é imperativo legal.

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O líder da UNITA respondeu com alguma ironia  à actual onda de  abandono das hostes do seu partido  por parte de alguns quadros e dirigentes, quando afirmou esta terça-feira que se “saem dois, entram mil”.
Samakuva  descreveu tais deserções como sendo uma decisão de escolha e de opção  por outros partidos.
“Isto para mim é absolutamente normal  onde há  democracia e num estado onde as pessoas se sentem bem. Quando pensam que os seus objectivos não são atingidos, com um projecto,  escolhem outros projectos e são livres de fazê-lo”, disse o presidente das UNITA.
 Ele  manifestou-se  mesmo surpreso pela forma como tais “saídas” são publicitadas na comunicação social pública.  
 “Onde há democracia, as pessoas são livres de escolher  outros. Isto é normalíssimo,  muitos  angolanos aderiram  à UNITA durante a nossa digressão  e  muitos deles nunca foram do nosso partido”, revelou.
O líder do “Galo Negro”  sustenta que  “se saem dois e entram mil, eu estou satisfeito, e ainda mais num país onde as pessoas são deliberadamente empobrecidas para depois pedirem esmola. Quem sai é livre e desejo-lhe boa viagem e quem entra é bem-vindo. Não estou preocupado com isso”, enfatizou.
Para o presidente da UNITA, “a questão de expor alguém que decide mudar de opinião ou de partido para o outro é só em Angola porque noutros países, onde a democracia é real, isso não se faz  e se alguém pensa que só deve haver um só partido está enganado para além de não ser democrata”.
PODER AUTÁRQUICO
Depois da digressão que efectuou pelo Leste do país o líder da UNITA disse ter cimentado a ideia de que  “Angola  necessita de estabelecer urgentemente os órgãos do Poder Local previstos na Constituição”.
   “Se quem está no Kazombo estiver permanentemente à espera de ordens de Luanda para colocar medicamentos nos hospitais ou para fiscalizar os serviços de construção de uma estrada,  nunca chegarão os serviços públicos que a população precisa”, exemplificou.
Por tudo isso, Samakuva anunciou   que o seu partido   vai realizar em breve, duas conferências nacionais sobre a Organização do Poder Local em Angola e sobre a natureza histórica do Poder Tradicional e o seu enquadramento no ordenamento jurídico angolano. 
MAL-ESTAR COM NUMA

“É mentira que haja algum mal-estar entre mim e o meu conselheiro especial general Numa”, afirmou Isaías Samakuva instado a comentar a carta que o ex-secretário geral terá enviado à direcção da UNITA.
“ Eu não tenho nada contra o general Numa e acredito que ele também não tem contra mim”, acrescentou.
Samakuva disse estar consciente de que nem todos os membros do seu partido apoiam o seu consulado,  mas revelou que em nenhum momento,  Numa   disse abertamente  que não o queria como presidente  da UNITA.
“Agora se nós os dois, sobre determinada questão, temos ideias contrárias,  nós consideramos isso normalíssimo e estaria triste se  estivesse à frente de um partido  que se assemelha a um rebanho de carneiros”, sentenciou.
O líder do “Galo Negro” manifestou-se apologista do  debate interno  “para que as pessoas expressem as suas ideias”.
 O general Numa colocou  a necessidade de se fazer  um congresso extraordinário numa reunião da Comissão Política  realizada  em Dezembro de 2012, tendo-se chegado ao consenso de que não havia necessidade de mais um congresso em tão pouco tempo, segundo justificação de Samakuva.
 Sustentou que as alegações  de Numa não tinham colhido a simpatia dos membros da Comissão Política. Aparentemente  a exigência de Numa num congresso extraordinário para a  eleição  de uma nova direcção, depois das eleições de 2012, já havia sido manifestada    ainda no decurso do congresso que reconduziu Samakuva. 
O presidente da UNITA  disse que o conselho de jurisdição já respondeu a carta de Camalata Numa cujo conteúdo  voltou à discussão na reunião de Comissão Política  realizada, ontem, em Luanda.
O político insistiu em como “é normal na UNITA e o estatuto permitem  a Numa tomar estas posições  e tem o direito a uma terceira vez,  porque todo o membro tem este direito”. Acrescentou que  o general Numa tem o direito de insistir  no seu questionamento,  mas advertiu que esta será a ultima vez que o antigo secretário geral  vai apresentar o mesmo problema.
 Por fim,  o   líder da UNITA disse aquilo que parece ser  o seu maior trunfo para continuar na chefia do “Galo Negro”, quando disse que está  dentro do mandato e só o congresso decide a sua saída e que a insatisfação interna não o levam, para já,  a pôr o cargo à disposição.
DIGRESSÃO
No balanço da visita que efectuou ao Leste do país, Isaías  Samakuva disse ter reunido com os responsáveis dos governos da Lunda-Norte e Sul e Malanje à excepção do Moxico.
O político da oposição  afirmou  que a digressão de  mais de 20 dias permitiu-lhe  constatar e avaliar a situação das bases do seu partido e escutar as suas opiniões  sobre a governação, sobre as suas aspirações, as suas inquietações e as suas dificuldades, para aferir o nível da sua realização enquanto cidadãos de bem  e contactar diversos sectores da população das referidas áreas
O líder da UNITA disse que a viagem permitiu também verificar o desempenho do Governo nas áreas em questão, tendo como base as promessas feitas pelo partido que o sustenta durante a campanha eleitoral.
Saúde
 Em resumo, Samakuva afirmou  ter encontrado um Leste do país com falta   de medicamentos nas unidades hospitalares, havendo uma “gritante  carência  de médicos e, lá onde eles existem, são estrangeiros que, em muitos casos, requerem um tradutor”.
 Disse também que em certas áreas da Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico, “os cidadãos só contam com unidades hospitalares da República Democrática do Congo para onde têm de viajar, vencendo a pé distâncias que têm de percorrer durante um  a dois dias”.
Educação
Sobre o sector da Educação, o líder da oposição afirmou ter constatado   a falta de unidades escolares  suficientes e a baixa qualidade do ensino resultante da não existência  de condições de trabalho para os professores.
“Muitos deles vivem nas capitais provinciais, longe dos seus locais de trabalho. Em virtude disso, não são assíduos no desempenho das suas funções, pelo que não conseguem cumprir os programas estabelecidos, prejudicando assim  os alunos que, entretanto, transitam de classe no fim do ano lectivo, mesmo sem terem adquirido conhecimentos desejados”, disse.
 Segundo Isaías Samakuva, os  professores queixam-se de várias injustiças, resultantes de critérios de atribuição de salários e de “esquemas” vários  que acabam por atribuir salários de professores a cidadãos que não desempenham as suas funções no Sector de Educação. Na Lunda- Norte,  por exemplo,  fazem mesmo  denúncias de desvios de fundos destinados a salários, já comunicadas às autoridades competentes que, entretanto,  continuam indiferentes à situação.
Direitos Humanos
Samakuva disse que  os cidadãos  da região se queixaram de violações constantes pelas autoridades governamentais dos seus direitos e liberdades individuais, nomeadamente no que diz respeito ao direito à identidade pessoal,  à liberdade física e segurança pessoal,  à propriedade e ao direito à liberdade de consciência. 
  “Percorremos milhares de quilómetros, numa extensão territorial  que corresponde a quase um terço do país. A grande constatação que fizemos é que não é possível resolver os problemas da população sem o Poder Local Autónomo”, defendeu.
CASO MFUCA MUZEMBA

Na  conferência de imprensa, Isaías Samakuva remeteu para a Comissão Política  a decisão sobre as conclusões do inquérito  às  acusações que pesam sobre o secretário-geral da JURA, Mfuca Muzemba. Samakuva disse que o inquérito foi realizado a pedido  do acusado e minimizou as insinuações que admitem haver intrigas internas   estimuladas por razões tribais. OPAÍS apurou, entretanto, de fontes internas no Galo Negro  que  99 por cento das suspeitas levantadas foram confirmadas.

SECA
Isaías Samakuva comentou a seca que assola o Sul país, acusando o governo de não ter elaborado programas para a prevenção das consequências da seca que ciclicamente se abate sobre Angola.
Socorrendo-se de uma posição já tomada com base nas constatações do secretário-geral, Victorino Nhany, lamentou que o Executivo não tivesse considerado as sugestões feitas pela UNITA relativamente às áreas mais vulneráveis e às áreas que ciclicamente são afectadas pela seca, assim  como à política que devia ser adoptada de forma a prever situações antes que elas aconteçam.
“O nosso país tem prioridades a que devia atender. Perante a tragédia da fome e miséria que estamos a ter e perante outras necessidades, há pessoas que brincam com dinheiro”, acusou o líder do maior partido da oposição, numa  alusão  às informações sobre um suposto desvio de dinheiro atribuído  ao general Bento Kangamba, secretário provincial do MPLA para a mobilização urbana e periférica em Luanda.
 Sobre esta figura, Samakuva interrogou-se sobre “onde é que este senhor vai buscar tanto dinheiro para gastar em casinos e qual é a empresa que ele tem”.  O líder da UNITA  fez mais um questionamento: “temos mesmo a necessidade de realizar um Campeonato Mundial de Hóquei em Patins,  quando não temos condições para dar escolas às crianças que morrem de fome?”
GREVE NA LUNDA-NORTE
O líder da UNITA negou que tivesse instigado os professores a entrar em greve na Lunda-Norte, que entretanto foi  interpolada  esta semana por decisão das partes envolvidas. 
Samakuva disse que quando chegou à Lunda-Norte  a greve já durava há duas semanas. “O que fiz, e que certamente não agradou ao senhor governador da Lunda-Norte foi, constadas as razões  da greve,   solidarizar-me  com os professores que estavam em greve”.
O líder da UNITA disse que durante esse encontro  recebeu dos sindicalistas  que representam o SINPROF uma explicação detalhada, através de documentos,    de  relatos de coisas  incríveis, inclusive problemas relacionados com desvios de dinheiro  em que há nomes de pessoas que não são professores mas funcionários de outras áreas que ganham dois salários e ainda    professores novos  a ganhar mais do que os antigos com as mesmas qualificações e outras injustiças.
“Os  nossos irmãos do MPLA gostam de culpar a UNITA por tudo que acontece no país e só falta culpar-nos da existência da malária. Os professores têm o direito de reclamar  porque não ganham bem”,  desabafou o  líder do maior partido na oposição .  

Por: Venâncio Rodrigues

fonte: OPAÍS
 


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Os Africanos não são bem-vindos em hospitais israelenses.

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Les Africains, pas les bienvenus dans les hôpitaux israéliens
Criança queniana de 7 anos no 'hospital de Holon, Israël, 2008 / REUTERS
Em Tel Aviv, se você quiser ser tratado, você deve primeiro provar que você é saudável.
Em 1 º de julho de 2013, Gabi Barbash, diretor do hospital Ichilov, em Tel Aviv, fez circular instruções para interditar o acesso de imigrantes ou refugiados africanos que desejam fazer visitas a seus pacientes, exceto em situações de emergência. Oficialmente por razões de saúde pública, a fim de "minimizar o risco à saúde dos pacientes e do pessoal", relatou ao cotidiano israelense Haaretz.

Os africanos vêm para hospitalização, exames e tratamentos médicos, no entanto, são autorizados somente a entrar, refere o site: Os pais de crianças doentes ou maridos de mulheres que trabalham que também podem ter acesso ao hospital, desde que usem um crachá de identificação. Por outro lado, todos os pacientes-e-visitantes devem passar por um raio-X para provar que eles não são portadores de tuberculose, e muito mais.

Mesmo dentro do hospital, os pacientes são discriminados, referiu Haaretz: mulheres grávidas e crianças de imigrantes são colocadas em uma área separada do resto da maternidade e da ala pediátrica.

De acordo com o responsável de Ichilov, a presente directiva não tem um efeito puramente medicinal, de reduzir o risco de contágio. Na verdade, e de acordo com Maariv, em 2012, 15 israelenses foram diagnosticados como portadores de tuberculose contra os 65 africanos. Esta doença requer o estabelecimento de uma quarentena, uma equipe dedicada e cuidados pessoais muito custoso  diz o artigo.

Africanos, todos doentes?
A direção do Hospital Ichilov vem reclamando durante vários anos que tem que fornecer um grande número de tratamento médico para emigrantes e refugiados, sem qualquer compensação financeira, avançou Haaretz. No entanto, de acordo com o Tesouro israelense, o custo adicional destes pacientes é insignificante em comparação com a atividade relatada do hospital.

De acordo com o Maariv, o número de imigrantes africanos ilegais em Tel Aviv é estimado em 80.000, ou cerca de 15% da população. Muitos deles precisam de cuidados intensivos, especialmente porque a taxa de parto prematuro é duas vezes maior entre os africanos que o resto da população, diz o professor Gabi Barbash.

Além da tuberculose, eles também são particularmente afetados por outras doenças: população Africana representa um terço dos novos portadores de AIDS em Israel e metade dos diagnósticos de portadores de malária, diz Maariv.

A pobreza em que estes trabalhadores ilegais vivem só piorou seus problemas de saúde, infectados a partir de seus países de origem e com agravamento durante a viagem a Israel, lamenta Gabi Barbash, que estima que cerca 50 milhões de NIS (mais de € 10 milhões) são gastos por ano com despesas médicas em tratamento de pessoas africanas em Israel.


A medida é discriminatória, para que ela responda a um problema econômico e de saúde pública? Uma outra perspectiva, mais escura, seria mais uma prova de racismo anti-Africano em Israel.

fonte: slateafrique



Falta de proximidade pode ter levado à fuga de fiéis, diz Francisco.

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O papa Francisco disse na noite desta sexta-feira, 28, ao Fantástico, da Rede Globo, que a falta de proximidade com seus discípulos pode ter causado o enfraquecimento da Igreja no Brasil e na América Latina. Em meia hora de entrevista, o pontífice respondeu também sobre manifestações no Brasil e no mundo, comentou escândalos do Vaticano revelados pelo vazamento de documentos secretos (no episódio conhecido como Vatileaks) e expôs um pouco dos bastidores da sua própria eleição, em março.

"A Igreja é como uma mãe. Nem eu nem você conhecemos uma mãe que age por correspondência." Para o pontífice, faltam sacerdotes, especialmente em locais mais isolados, e os cristãos recorrem a pastores protestantes. "As pessoas precisam do Evangelho e vão ouvir um pastor que os dê atenção."
Francisco disse que os problemas atuais da Igreja ajudaram a pautar a escolha do pontífice, em especial nas reuniões anteriores ao Conclave, as Congregações Gerais. "Naquela ocasião falamos claramente sobre problemas da Igreja, para deixar clara a realidade e traçar o perfil do próximo papa. Havia problemas de escândalos, mas também se falou de certas reformas funcionais necessárias."
Nas reuniões ficou decidido que quem quer que fosse o próximo líder da Igreja criaria uma comissão para revisar a administração do Vaticano. "Um mês depois da minha eleição nomeei a comissão, com oito cardeais. As primeiras reuniões serão nos dias 1, 2 e 3 de outubro."
O pontífice defendeu a atuação da Cúria. "A Cúria sempre foi criticada. Mas lá há muitos santos, gente de Deus que gosta da Igreja." O papa citou um provérbio para explicar o foco nos escândalos: "Faz mais barulho uma árvore que cai que um bosque que cresce". Sobre o monsenhor Nunzio Scarano, alto funcionário do Vaticano acusado de lavagem de dinheiro, Francisco disse que "é preciso reconhecer que ele agiu mal e vai ter a punição que merece".
Manifestações. Francisco disse não saber o motivo específico do descontentamento que motiva protestos dos jovens no Brasil, mas, para ele, essa geração deve ser ouvida. "Devemos dar lugar para os jovens se expressarem e cuidar para que não sejam manipulados." E ainda deu seu apoio: "Um jovem que não protesta não me agrada".
Carro. Questionado sobre o carro sem nenhum luxo com o qual se deslocou durante a agenda, um Fiat Idea prata, comercializado também no Brasil, o papa defendeu que os sacerdotes sejam exemplos de simplicidade e disse que opulência ofende os fiéis. "O carro que uso aqui é muito parecido com o que estou usando em Roma: simples, que um empregado normal pode ter. Sinto que temos que dar testemunho de certa simplicidade. E ouso dizer, pobreza. Nosso povo exige pobreza dos sacerdotes", defendeu."Nosso povo fica com o coração muito ofendido quando vê que nós, que estamos consagrados, estamos apegados ao dinheiro".
Segurança. Questionado sobre a segurança durante a Jornada, criticada por diversos especialistas, o pontífice disse que não se sentiu ameaçado em nenhum momento e agradeceu os esforças das equipes do Brasil e do Vaticano em protegê-lo. Francisco falou sobre o hábito de deixar o vidro aberto durante os deslocamentos com carro convencional, bem como da falta de vidros laterais e de blindagem em seu papamóvel. "Eu não sinto medo, sou inconsciente. Sei que ninguém morre na véspera", brincou. "Eu não poderia ver esse povo que tem um grande coração em uma caixa de vidro", disse. "Vim visitar gente. Quero tratá-las (as pessoas) como gente: tocá-las"
fonte: ESTADÃO

Entrevista com o papa Francisco: “Quem sou eu para julgar os gays”.

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Sem tabus, pontífice respondeu por mais de uma hora perguntas de jornalistas durante o voo entre Rio e Roma
ROMA – A Igreja não pode julgar os gays por sua opção sexual e nem marginalizá-los. O alerta é do papa Francisco que, quebrando um verdadeiro tabu, deixa claro que estende sua mão a esse segmento da sociedade. “Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu pra julgá-lo”, declarou. “O catecismo da Igreja explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser marginalizados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade”, insistiu.
As declarações foram dadas em uma entrevista concedida pelo papa aos jornalistas que o acompanharam no avião, entre eles a reportagem do Estado. Na conversa, a garantia do argentino de que o Vaticano tem como papa uma “pessoa normal”, um “pecador” e que vive junto com os demais religiosos porque morar no Palácio Apostólico geraria problemas psicológicos para ele.
Trinta minutos depois de o voo decolar do Rio, o papa deixou sua primeira classe e cumpriu uma promessa que havia feito no voo de ida de Roma ao Brasil: responderia a perguntas dos jornalistas. Mas poucos imaginaram que a conversa duraria quase uma hora e meia.
Para o papa, o problema não é a existência do “lobby gay” dentro da Igreja, mas de qualquer lobby. “O problema não é ter essa tendência. Devemos ser como irmãos. O problema é o lobby dessas tendências de pessoas gananciosas, lobby político, mações e tantos outros lobbies. Esse é o principal problema”, disse.
Pela primeira vez, Francisco ainda deixa claro que, para ele, abusos sexuais contra menores por parte de religiosos não são apenas pecados, mas crimes que devem ser julgados.
Mas se a posição sobre os gays e sobre o abuso sexual pode representar uma mudança, Francisco deixa claro que não haverá uma nova opinião do Vaticano sobre a presença das mulheres na Igreja, sobre o aborto ou sobre o casamento homossexual.
O papa aproveitou a conversa para anunciar que vai exigir transparência e honestidade no Vaticano e garantiu que sua reforma vai continuar. “Esses escândalos fazem muito mal”, disse.
Antes de responder às perguntas, ele elogiou o “grande coração dos brasileiros”, disse que a viagem “fez bem para sua espiritualidade” e ainda disse que a organização do evento foi excelente. “Parecia um cronômetro”. Eis os principais trechos da entrevista:
Nestes quatro meses de pontificado, o senhor criou várias comissões. Que tipo de reforma do Vaticano o sr. tem em mente? O sr. quer suprimir o Banco do Vaticano?
Papa Francisco – Os passos que eu fui dando nestes quatro meses e meio vão em duas vertentes. O conteúdo do que quero fazer vem da congregação dos cardeais. Me lembro que os cardeais pediam muitas coisas para o novo papa, antes do conclave. Lembro-me que tinha muita coisa. Por exemplo, a comissão de oito cardeais, a importância de ter uma consulta de alguém de fora, e não uma consulta apenas interna. Isso vai na linha do amadurecimento da sinonalidade e do primado. Os vários episcopados do mundo vão se expressando e muitas propostas foram feitas, como a reforma da secretaria dos sínodos, para que a comissão sinodal tenha característica consultativa, como o consistório cardinalício com temáticas específicas, como a canonização. A vertente dos conteúdos vem daí. A segunda é a oportunidade. A formação da primeira comissão não me custou mais de um mês. Já a parte econômica, eu pensava em tratar no ano que vem, porque não é a mais importante. Mas a agenda mudou devido a circunstâncias que vocês conhecem que são domínio público. O primeiro é o problema do Ior (Banco do Vaticano), como encaminhá-lo, como reformá-lo, como sanear o que há de ser sanado. E essa foi então a primeira comissão. Depois tivemos a comissão dos 15 cardeais que se ocupam dos assuntos econômicos da Santa Sé. E por isso decidimos fazer uma comissão para toda a economia da Santa Sé, uma única comissão de referência. Se notou que o problema econômico estava fora da agenda. Mas estas coisas acontecem. Quando estamos no governo, vamos por um lado, mas se chutam e fazem um golaço por outro lado, temos que atacar. A vida é assim. Eu não sei como o Ior vai ficar. Alguns acham melhor que seja um banco, outros que deveria ser um fundo, uma instituição de ajuda. Eu não sei. Eu confio no trabalho das pessoas que estão trabalhando sobre isso. O presidente do Ior permanece, o tesoureiro também, enquanto o diretor e o vice-diretor pediram demissão. Não sei como vai terminar essa história. E isso é bom. Não somos máquinas. Temos que achar o melhor. Mas o fato é que, seja o que for, tem que ser feita com transparência e honestidade.
Uma fotografia do sr. deu a volta ao mundo, quando o sr. desceu as escadas do helicóptero em Roma para embarcar para o Brasil carregando sua mala preta. Reportagens levantaram hipóteses também sobre o conteúdo da mala. Porque o sr. saiu carregando a maleta preta e não um de seus colaboradores? E o sr. poderia dizer o que tinha dentro?
Papa Francisco – Não tinha a chave da bomba atômica. Eu sempre fiz isso. Quando viajo, levo minhas coisas. E dentro o que tem? Um barbeador, um breviário (livro de liturgia), uma agenda, tinha um livro para ler, sobre Santa Terezinha. Sou devoto de Santa Terezinha. Eu sempre levei eu mesmo minha maleta. É normal. Nós temos que ser normais. É um pouco estranho isso que você me diz que a foto deu a volta ao mundo. Mas temos de nos habituar a sermos normais, à normalidade da vida.
Por que o senhor pede tanto para que rezem pelo senhor ? Não é habitual ouvir de um papa que peça que rezem por ele.
Papa Francisco – Sempre pedi isso. Quando era padre pedia, mas nem tanto e nem tão frequentemente. Comecei a pedir mais frequentemente quando passei a ser bispo. Porque eu sinto que se o Senhor não ajuda nesse trabalho de ajudar aos outros, não se pode realizá-lo. Preciso da ajuda do Senhor. Eu de verdade me sinto com tantos limites, tantos problemas, e também pecador. Peço à Nossa Senhora que reze por mim. É um hábito, mas que vem da necessidade. Eu sinto que devo pedir. Não sei…
Na busca por fazer as mudanças no Vaticano, o sr. disse que existem muitos santos que trabalham e outros um pouco menos santos. O sr. enfrenta resistências a essa sua vontade de mudar as coisas no Vaticano? O sr. vive num ambiente muito austero, de Santa Marta. Os seus colaboradores também vivem essa austeridade? Isso é algo apenas do sr. ou da comunidade?
Papa Francisco – As mudanças vêm de duas vertentes: do que pediram os cardeais e também o que vem da minha personalidade. Você falou que eu fico na Santa Marta. Eu não poderia viver sozinho no Palácio, que não é luxuoso. O apartamento pontifício é grande, mas não é luxuoso. Mas eu não posso viver sozinho. Preciso de gente, falar com gente, trabalhar com as pessoas. Porque é que quando os meninos da escola jesuíta me perguntaram se eu estava aqui pela austeridade e pobreza, eu respondi: não, não. É por motivos psiquiátricos. Psicologicamente, não posso. Cada um deve levar adiante sua vida, seguir seu modo de vida. Os cardeais que trabalham na Cúria não vivem como ricos. Têm apartamentos pequenos. São austeros. Os que eu conheço têm apartamentos pequenos. Cada um tem que viver como o senhor disse que tem que viver. A austeridade é necessária para todos. Trabalhamos a serviço da Igreja. É verdade que há sacerdotes e padres santos, gente que prega, que trabalha tanto, que trabalha e vai aos pobres, se preocupam em garantir que os pobres comam. Tem santos na Cúria. Também tem alguns que não são muito santos. E são estes que fazem mais barulho. Faz mais barulho uma árvore que cai do que uma floresta que nasce. Isso me dói. Porque são alguns que causam escândalos. Temos o monsenhor que foi para a cadeia (por lavagem de dinheiro). São escândalos que fazem mal. Uma coisa que nunca disse : a Cúria deveria ter o nível que tinham os velhos padres, pessoas que trabalham. Os velhos membros da Cúria. Precisamos deles. Precisamos do perfil do velho da Cúria. Sobre a resistência, se tem, eu ainda não vi. É verdade que aconteceram muitas coisas. Mas eu preciso dizer: eu encontrei ajuda, encontrei pessoas leais. Por exemplo, eu gosto quando alguém me diz: “eu não estou de acordo”. Esse é um verdadeiro colaborador. Mas quando vejo alguém que diz: “ah, que belo, que belo”, e depois dizem o contrário por trás, isso não ajuda.
O mundo mudou, os jovens mudaram. Temos no Brasil muitos jovens, mas o senhor não falou de aborto, sobre a posição do Vaticano sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil foram aprovadas leis que ampliam os direitos para estes casamentos, também em relação ao aborto. Por que o senhor não falou sobre isso?
Papa Francisco – A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso. Eu não queria voltar sobre isso. Não era necessário, como também não falei sobre outros assuntos. Eu também não falei sobre o roubo, sobre a mentira. Para isso, a Igreja tem um doutrina clara. Queria falar de coisas positivas, que abrem caminho aos jovens. Além disso, os jovens sabem perfeitamente qual a posição da igreja.
E qual é a do Papa?
Papa Francisco – É a da Igreja,  sou filho da Igreja.
Qual o sentido mais profundo de se apresentar como o bispo de Roma?
Papa Francisco – Não se deve andar mais adiante do que o que se fala. O papa é bispo de Roma e por isso é papa, que é sucessor de Pedro. Pensar que isso quer dizer que é o primeiro, não é o caso. Não é esse o sentido. O primeiro sentido do papa é ser o bispo de Roma.
O sr. teve sua primeira experiência de massas no Rio. Como o sr. se sente como papa? É muito trabalho ?
Papa Francisco – Ser o bispo é lindo. O problema é quando um pessoa busca ter esse trabalho. Assim não é tão belo. Mas quando um senhor chama para ser bispo, isso é belo. Tem sempre o perigo e pecado de pensar com superioridade, como ser um príncipe. Mas o trabalho é belo. Ajudar o irmão a ir adiante. Têm o filtro da estrada. O bispo tem que indicar o caminho. Eu gosto de ser bispo. Em Buenos Aires, eu era tão feliz. Como padre eu era feliz. Como bispo, eu era feliz e isso me faz bem.
E como papa?
Papa Francisco – Se você faz o que o Senhor quer, é feliz. Isso é meu sentimento.
Vimos o sr. cheio de energia e, agora, enquanto o avião se mexe muito, vemos agora com muita tranquilidade de pé. Fala-se muito das próximas viagens. O sr. já tem um calendário?
Papa Francisco – Definido, definido não há nada. Mas posso dizer algumas coisas que estamos pensando. No dia 22 de setembro, Cagliari. Depois, em 4 de outubro, para Assis. Tenho em mente dentro da Itália ir ver minha família. Pegar um avião pela manhã e voltar com outro à noite. Meus familiares, pobres, me ligam. Temos una boa relação com eles. Fora da Itália o patriarca Bartolomeu I quer fazer um encontro para comemorar os 50 anos do encontro Atenágoras e Paulo VI em Jerusalém. O governo israelense nos deu um convite especial. O governo da Autoridade Palestina acredito que fez o mesmo. Isso está sendo pensado. Na América Latina, acredito que há possibilidades de voltar, porque o papa latino-americano, que acaba de fazer sua primeira viagem à América Latina….Adeus! Devemos esperar um pouco. Acredito que se possa ir à Ásia, mas está tudo no ar. Tive convites para ir ao Sri Lanka e Filipinas. Para a Ásia precisamos ir. Bento XVI não teve tempo.
E para a Argentina?
Papa Francisco – Isso pode esperar um pouco. As outras viagens têm prioridade.
No encontro com os argentinos, o sr. disse que se sentia enjaulado. Por que?
Papa Francisco – Vocês sabem que eu tenho vontade de passear pelas ruas de Roma? Adoro andar pelas ruas. E por isso me sinto um pouco enjaulado. Mas tenho que dizer que a Gendarmeria vaticana é boa. Agora me deixam fazer algumas coisas mais. Mas seu dever é garantir minha segurança. Enjaulado nesse sentido, de que gostaria de estar nas ruas. Mas entendo que não é possível. Em Buenos Aires, eu era um sacerdote das ruas.
A Igreja no Brasil está perdendo fiéis. A Renovação Carismática é uma possibilidade para evitar que eles sigam para as igrejas pentecostais?
Papa Francisco – É verdade, as estatísticas mostram. Falamos sobre isso ontem com os bispos brasileiros. E isso é um problema que incomoda os bispos brasileiros. Eu vou dizer uma coisa: nos anos 1970, início dos 1980, eu não podia nem vê-los. Uma vez, falando sobre eles, disse a seguinte frase: eles confundem uma celebração musical com uma escola de samba. Eu me arrependi. Vi que os movimentos bem assessorados trilharam um bom caminho. Agora, vejo que esse movimento faz muito bem à Igreja em geral. Em Buenos Aires, eu fazia uma missa com eles uma vez por ano, na catedral. Vi o bem que eles faziam. Neste momento da Igreja, creio que os movimentos são necessários. Esses movimentos são uma graça para a Igreja. A Renovação Carismática não serve apenas para evitar que alguns sigam os pentecostais. Eles são importantes para a própria Igreja, a Igreja que se renova.
O senhor disse que está cansado. Há algum tratamento especial neste voo?
Papa Francisco – Sim, estou cansado. Não há nenhum tratamento especial neste voo. Na frente, tem uma bela poltrona. Escrevi para dizer que não queria tratamento especial.
A Igreja sem a mulher perde a fecundidade? Quais as medidas concretas?
Papa Francisco – Uma Igreja sem as mulheres é como o colégio apostólico sem Maria. O papal da mulher na igreja não é só maternidade, a mãe da família. É muito mais forte. A mulher ajuda a Igreja a crescer. E pensar que a Nossa Senhora é mais importante do que os apóstolos! A Igreja é feminina, esposa, mãe. O papel da mulher na Igreja não deve ser só o de mãe e com um trabalho limitado. Não, tem outra coisa. O papa Paulo VI escreveu uma coisa belíssima sobre as mulheres. Creio que se deva ir adiante esse papel. Não se pode entender uma Igreja sem uma mulher ativa. Um exemplo histórico: para mim, as mulheres paraguaias são as mais gloriosas da América Latina. Sobraram, depois da guerra (1864-1870), oito mulheres para cada homem. E essas mulheres fizeram uma escolha um pouco difícil. A escolha de ter filhos para salvar a pátria, a cultura, a fé, a língua. Na Igreja, se deve pensar nas mulheres sob essa perspectiva. Escolhas de risco, mas como mulher. Acredito que, até agora, não fizemos uma profunda teologia sobre a mulher. Somente um pouco aqui, um pouco lá. Tem a que faz a leitura, a presidente da Cáritas, mas há mais o que fazer. É necessário fazer uma profunda teologia da mulher. Isso é o que eu penso.
O que sr. pensa sobre a ordenação das mulheres?
Papa Francisco – Sobre a ordenação, a Igreja já falou e disse que não. João Paulo II disse com uma formulação definitiva. Essa porta está fechada. Nossa senhora, Maria, é mais importante que os apóstolos. A mulher na Igreja é mais importante que os bispos e os padres. Acredito que falte uma especificação teológica.
Queremos saber qual a sua relação de trabalho com Bento XVI, não a amistosa, a de colaboração. Não houve antes uma circunstância assim. Os contatos são frequentes?
Papa Francisco – A última vez que houve dois ou três papas, eles não se falavam. Estavam brigando entre si, para ver quem era o verdadeiro. Eu fiquei muito feliz quando se tornou papa. Também, quando renunciou, foi, pra mim, um exemplo muito grande. É um homem de Deus, de reza. Hoje, ele mora no Vaticano. Alguns me perguntam: como dois papas podem viver no Vaticano? Eu achei uma frase para explicar isso. É como ter um avô em casa. Um avô sábio. Na família, um avô é amado, admirado. Ele é um homem com prudência. Eu o convidei para vir comigo em algumas ocasiões. Ele prefere ficar reservado. Se eu tenho alguma dificuldade, não entendo alguma coisa, posso ir até ele. Sobre o problema grave do Vatileaks [vazamento de documentos secretos], ele me disse tudo com simplicidade. Tem uma coisa que não sei se vocês sabem: em 8 de fevereiro, no discurso, ele falou: “Entre vocês está o próximo papa. Eu prometo obediência”. Isso é grande.
Nesta viagem, o sr. falou de misericórdia. Sobre o acesso aos sacramentos dos divorciados, existe a possibilidade de mudar alguma coisa na disciplina da Igreja?
Papa Francisco – Essa é uma pergunta que sempre se faz. A misericórdia é maior do que o exemplo que você deu. Essa mudança de época e também tantos problemas na Igreja, como alguns testemunhos de alguns padres, problemas de corrupção, do clericalismo… A Igreja é mãe. Ela cura os feridos. Ela não se cansa de perdoar. Os divorciados podem fazer a comunhão. Não podem quando estão na segunda união. Esse problema deve ser estudado pela pastoral matrimonial. Há 15 dias, esteve comigo o secretário do sínodo dos bispos, para discutir o tema do próximo sínodo. E posso dizer que estamos a caminho de uma pastoral matrimonial mais profunda. O cardeal Guarantino disse ao meu antecessor que a metade dos matrimônios é nula. Porque as pessoas se casam sem maturidade ou porque socialmente devem se casar. Isso também entra na Pastoral do Matrimônio. A questão da anulação do casamento deve ser revisada. Também é preciso analisar os problemas judiciais de anular um matrimônio. Porque os…eclesiásticos não bastam para isso. É complexo o problema da anulação do matrimônio.
Como Papa, o senhor ainda pensa que é um jesuíta?
Papa Francisco – É uma pergunta teológica. Os jesuítas fazem votos de obedecer ao papa. Mas se o papa se torna um jesuíta, talvez devem fazer votos gerais dos jesuítas. Eu me sinto jesuíta na minha espiritualidade, a que tenho no coração. Não mudei de espiritualidade. Sou Francisco franciscano. Me sinto jesuíta e penso como jesuíta.
Em quatro meses de pontificado, pode nos fazer um pequeno balanço e dizer o que foi o pior e o melhor de ser papa? O que mais o surpreendeu neste período?
Papa Francisco – Não sei como responder isso, de verdade. Coisas ruins, ruins, não aconteceram. Coisas belas, sim. Por exemplo, o encontro com os bispos italianos, que foi tão bonito. Como Bispo da capital da Itália, me senti em casa com eles. Uma coisa dolorosa foi a visita a Lampedusa, me fez chorar. Me fez bem. Quando chegam estes barcos (com imigrantes), e que os deixam a algumas milhas de distância da costa e eles têm que chegar (à costa) sozinhos, isso me dói porque penso que estas pessoas são vítimas do sistema socioeconômico mundial. Mas a coisa pior é um ciática, é verdade, tive isso no primeiro mês. É verdade! Para uma entrevista, tive que me acomodar numa poltrona e isso me fez mal, doía muito, não desejo isso a ninguém. O encontro com os seminaristas religiosos foi belíssimo. Também o encontro com os alunos do colégio jesuíta foi belíssimo. As pessoas…conheci tantas pessoas boas no Vaticano. Isso é verdade, eu faço justiça. Tantas pessoas boas, mas boas, boas, boas.
O senhor se assustou quando viu o informe sobre o Vatileaks?
Papa Francisco – Não. Vou contar uma anedota sobre o informe do Vatileaks. Quando fui ver o papa Bento, ele disse: aqui está uma caixa com tudo o que disseram as testemunhas. Havia ainda um envelope com o resumo. E ele sabia tudo de memória. Mas não, não me assustei. São problemas grandes, mas não me assustei.
O sr. tem a esperança de que esta viagem ao Brasil contribua para trazer de volta os fiéis?
Papa Francisco – Uma viagem do papa sempre faz bem. E creio que a viagem ao Brasil fará bem, não apenas a presença do papa. Esta Jornada da Juventude, eles (os brasileiros) se mobilizaram e vão ajudar muito a Igreja. Tantos fiéis que foram se sentem felizes (por terem ido). Acho que vai ser positivo não só pela viagem, mas pela Jornada, que foi um evento maravilhoso.
Os argentinos se perguntam: o sr. não sente falta de estar em Buenos Aires, pegar um ônibus?
Papa Francisco – Buenos Aires, sim, sinto falta. Mas é uma saudade serena.
Hoje os ortodoxos festejam mil anos do cristianismo. Seu comentário?
Papa Francisco – As igrejas ortodoxas conservaram a liturgia tão bem, no sentido da adoração. Eles louvam Deus, adoram Deus, cantam Deus. O tempo não conta. O centro é Deus e isso é uma riqueza. Luz é oriente. E o ocidente, luxos. O consumismo nos faz tão mal. Quando se lê Dostoievski, que acho que todos nós devemos ler, precisamos deste ar fresco do Oriente, desta luz do Oriente.
O que o senhor pretende fazer em relação ao monsenhor Ricca (acusado de ter amantes) e como o sr. pretende enfrentar toda esta questão do lobby gay?
Papa Francisco – Sobre monsenhor Ricca, fiz o que o direito canônico manda fazer, que é a investigação prévia. E nesta investigação, não tem nada do que o acusam. Não achamos nada. É a minha resposta. Mas eu gostaria de dizer outra coisa sobre isso. Vejo que muitas vezes na Igreja se busca os pecados de juventude, por exemplo. Abuso de menores é diferente. Mas, se uma pessoa, seja laica ou padre ou freira, pecou e esconde, o Senhor perdoa. Quando o Senhor perdoa, o Senhor esquece. E isso é importante para a nossa vida. Quando vamos confessar e nós dizemos que pecamos, o Senhor esquece e nós não temos o direito de não esquecer. Isso é um perigo. O que é importante é uma teologia do pecado. Tantas vezes penso em São Pedro, que cometeu tantos pecados e venerava Cristo. E este pecador foi transformado em papa. Neste caso, nós tivemos uma rápida investigação e não encontramos nada.
Vocês vêm muita coisa escrita sobre o lobby gay. Eu ainda não vi ninguém no Vaticano com uma carteira de identidade do Vaticano dizendo que é gay. Dizem que há alguns. Acho que quando alguém se vê com uma pessoa assim devemos distinguir entre o fato de que uma pessoa é gay e fazer um lobby gay, porque todos os lobbies não são bons. Isso é o que é ruim. Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, pra julgá-la ? O catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade. O problema não é ter essa tendência. Não! Devemos ser como irmãos. O problema é fazer lobby, o lobby dos avaros, o lobby dos políticos, o lobby dos mações, tantos lobbies. Esse é o pior problema.
fonte: ESTADÃO

domingo, 28 de julho de 2013

Os Malianos votaram massivamente ao longo dessa primeira volta das presidenciais.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Un militaire vient de voter à Kati, le 28 juillet 2013.

Quase 7 milhões de malianos foram convidados a votar, domingo 28 de julho, para o primeiro turno de uma eleição presidencial muito aguardada. A participação foi considerada boa, apesar de algumas falhas na organização que foram relatadas. À Reportagem, em Bamako, de nossos enviados.
As urnas foram abertas por mais de duas horas na escola do acampamento militar Kati, o reduto dos autores do golpe de Estado no ano passado, quando uma dúzia de guarda-costas investiram no pátio central e garantiram passagem para se chegar ao bureau n°6. Além de algumas crianças e uma dúzia de jornalistas, poucas são as pessoas que estavam interessadas. Ao sair da viatura, de boubou e koffia azul, Amadou Haya Sanogo saúda a multidão de eleitores com uma indiferença quase geral. Com o seu cartão de eleitor denominado Nina (com número de identificação nacional), como em todos os outros cartões, relata-se a sua profissão: Servidor Público do Estado. "O golpe acabou", ele comentou perante os jornalistas. E o ajuste de contas, a revanche: "Eu sou um capitão completo, como durante a campanha, qual candidato não utilizou as mesmas palavras quando assumiu o cargo? "
Nas últimas semanas, alguns candidatos têm-no acusado de apelar os militares do Mali para votar nele como um dos favorito ao escrutínio, Ibrahim Boubacar Keita (IBK), agora na boca dos seus adversários "o candidato do golpe." "O capitão não tem candidato, eu não me encaixo neste pequeno jogo", retorquiu ele, depois de assegurar que as tropas iriam permanecer no quartel e permanecerão, independentemente da eleição. E, em seguida, retornou para o acampamento, que ele raramente tem deixado nos últimos meses.

Participação: missão cumprida
Era muito cedo na noite de domingo, para dar as primeiras tendências da primeira rodada do suposto fim da eleição presidencial de transição. Mas, o encerramento do acto eleitoral às 18 horas, a primeira observação a fazer: apesar de alguma confusão encontrada nos últimos dias na emissão de cartões de eleitor, a ameaça de ataque a partir do Movimento pela singularidade e o jihad na África Ocidental (Mujao) e os atrasos registrados nessa manhã de domingo em várias localidades de votação, os malianos votaram em massa. Especialmente no sul, onde se concentra 90% do eleitorado.
O apoio ao processo eleitoral no Mali (Apem), que implantou 2 dos 100 observadores em todo o país, verificou-se "uma grande mobilização dos eleitores." No entanto, a estrutura continua em um comunicado divulgado ao meio-dia ", foram observadas as disparidades entre as regiões, particularmente em Kidal, onde constatou-se que apenas 12,5% das urnas foram abertas em torno de 09:00" .
"Estamos mais motivados do que nunca, temos de sair desta crise", explicou Mamadou, enfrentando uma manhã de domingo em Kati, embora lamenta que a maioria dos eleitores são aqueles que tem feito parte dos governos ao longo dos últimos vinte anos. "É o momento, eu esperei muito por um longo tempo, diz o seu vizinho, Adama. Tenho certeza de que a resposta dos malianos se fará presente. "

A recontagem na calma e no escuro
Resposta dentro de algumas horas ou mais tarde a 15 km da capital. São 17:30 na Escola Nelson Mandela quarto Hipódromo em Bamako. Um dos maiores centros de votação da cidade (mais de 20 000 eleitores) estão prestes a fechar suas portas. A abordagem de contagem. "Eu nunca vi isso, receber um magistrado atuando como observador em nome do Tribunal Constitucional. Até 14 horas, a votação não parou. Um fluxo constante de eleitores. Tinha 20 a 30 pessoas. As pessoas estão mobilizadas! Talvez teremos 60% de taxa de participação aqui. "
Poucos minutos depois, os membros de uma urna estrearam a contagem no escuro. Os primeiros resultados preliminares devem sair na terça-feira, e os resultados finais na sexta-feira.

Por: Rémi Carayol, enviado especial para Bamako
Fotos: Emilie Regnier por J. A.

fonte: jeuneafrique


Brasil: Papa desfila de papamóvel em Copacabana. " Acompanhe ao vivo aqui".

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fonte: ESTADÃO

sábado, 27 de julho de 2013

Senegal: Visita do Chefe de Estado a Marrocos - Rabat e Dakar assinam sete acordos e convenções.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


Casablanca (Marrocos) - Sua Majestade o Rei Mohammed VI, acompanhado pelo príncipe Moulay Rachid, e o presidente da República do Senegal, o Sr. Macky Sall presidiram ontem, no Palácio Real de Casablanca, a assinatura de sete acordos e convenções bilaterais.

O primeiro acordo é sobre o Memorando de Cooperação entre o Conselho Económico, Social e Ambiental do Reino de Marrocos e do Conselho Econômico, Social e Ambiental da República do Senegal. O acordo foi assinado pela Sra. Aminata Tall, Presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental do (Senegal) e Sr. Chakib Benmoussa, presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental de (Marrocos).

O segundo documento é um acordo de cooperação entre os dois países na área de Assuntos Islâmicos. O acordo foi assinado pelo Sr. Mankeur Ndiaye, o ministro dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Exterior e Toufiq Ahmed, ministro da investidura e Assuntos Islâmicos.

O terceiro é um acordo de cooperação entre os dois países na área de Turismo, assinado por Youssou Ndour, o ministro de Turismo e Lazer e Sr. Lahcen Haddad, ministro do Turismo.

O quarto documento é um memorando de entendimento no domínio dos transportes marítimos, assinado pelo Sr. Pape Diouf, Ministro das Pescas e Assuntos Marítimos e Rebbah Aziz, ministro de Equipamento e dos Transportes. Quanto ao quinto documento, ele se refere a um acordo sobre uma parceria económica entre entidades patronais dos dois países. Foi assinado por Baidy Agne, representando o Conselho Nacional dos Empregadores do Senegal, e a Sra. Meriem Bensaleh, a presidente da Confederação Geral das Empresas de Marrocos.

O sexto documento se refere ao acordo de cooperação entre a Caixa Económica e de Gestão do Reino de Marrocos (CDG) e a Caixa de Económica e de Consignação de Senegal (CDC), assinado pelo Sr. Thierno Seydou Niane, Diretor Geral da CDC e o Sr. Anas Alami Houir, Diretor Geral da Cdg.

 Parceria Estratégica

O último documento é de um acordo sobre uma parceria entre a Agência para o desenvolvimento da aquicultura do Reino de Marrocos e a Agência Nacional de Agricultura da República do Senegal, assinado por Magatte Ba, Diretor da Agência Nacional de Agricultura do Senegal e pela Diretora da Agência para a Agricultura, a Sra. Majida Maârouf. A assinatura destes acordos e convenções no âmbito da parceria estratégica, pró-ativa e multifacetada entre os dois países demonstra mais uma vez, a vontade dos dois chefes de Estado de elevar as expectativas bilaterais dos dois povos irmãos.

A cerimônia contou com a presença, do lado do Senegal, o Sr. Alassane Thierno Sall, o ministro das Infra-estruturas e Transportes, Sr. Abdoulaye Balde, Ministro da Agricultura e de Equipamento, Sr. Khoudia Mbaye, Ministro Desenvolvimento Urbano e Habitação, Amadou Sow, o embaixador do Senegal no Marrocos.

Também estiveram presentes Srs. Mubarak Lô, ministro-director adjunto do Gabinete do Presidente da República, Oumar Demba Ba, ministro-conselheiro diplomático do presidente, Malick Ndiaye, ministro-conselheiro do presidente, Pape Abdou Cissé, ministro-conselheiro do Presidente, Diagna Mamadou Ndiaye, Ministro -Assessor do Chefe de Estado, Amadou Lamine Sy, diretor de Cooperação ao Conselho Económico, Social e de Meio Ambiente, a Sra. Ndao Fatou Bintou Corréa, diretora para a Ásia do Ministério dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Exterior, o Sr. Yerim Thioub, diretor-geral da Agência Nacional dos Assuntos Marítimos e Sr. Diagne Mbeinda, Chefe de Assuntos Jurídicos e da Cooperação. Presente na cerimónia, do lado marroquino, os conselheiros do rei, Taib Fassi Fihri, Srs. Zoulikha Nasri, Fouad Ali El Himma, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, o Sr. Saad El Dine Otmani o Ministro da Agricultura e Pesca Marítima, Aziz Akhannouch, o ministro da Habitação e Desenvolvimento Urbano e Política Urbana, Nabil Benabdellah, o embaixador do Marrocos no Senegal, a Sra. Taleb Berrada, Diretora Geral do Centro Marroquino de Promoção as Exportações, Sra. Zahra Maafiri, e o director do Gabinete de Feiras e Exposições em Casablanca, Sr. Gouraftei Aziz El Alami.

(MAP)

Mohamed VI e Macky Sall oraram na sexta-feira na Mesquita Hassan II

Rei Mohammed VI, acompanhado pelo príncipe Moulay Rachid, e o presidente Macky Sall, realizaram a oração da sexta-feira na mesquita Hassan II em Casablanca.

Em seu sermão, o Imam disse que esta sexta-feira é o 17 º dia do mês sagrado do Ramadã, que celebra um grande e decisivo acontecimento na história do Islã, ou seja, a grande batalha de Badr (Ano 2 da Hégira), que aconteceu em um lugar chamado "Badr", localizado entre Meca e Medina, e viu a vitória dos muçulmanos, embora o seu número de guerrilheiros era pequeno, um terço de seus inimigos.

Esta vitória, segundo ele, favoreceu grandemente o sucesso da missão de mensageiro de Deus, Seydina Maomé (paz e a salvação para ele, que constitui um apelo ao Estado de direito, a justiça e os valores morais que consagram a dignidade do homem. Ele também fez um apelo à reconciliação e fraternidade, como descrito no versículo do Alcorão Sagrado: "É Ele que apela por vossa segurança e pelo alívio e pela assistência aos crentes. Ele uni seus corações. O "Imam observou que a comemoração deste evento coincide com uma sexta-feira e que os marroquinos, e o Grand Imam, Amir Al Mouminine, o rei Mohammed VI, a celebração então que o Rei acolheu no famoso hotel do Reino, Sua Excelência Macky Sall, Presidente da República do Senegal, cuja visita permite que dois líderes fortaleçam os laços entre os dois povos.

E para enfatizar que os dois líderes realizaram as orações da sexta-feira nesta mesquita abençoada e construída por um grande soberano, rei Hassan II, que Deus tenha a sua alma, um edifício que representa, pelo seu tamanho e seu caráter civilizatório, a glória do Islam no país pacífico.

Eles em seguida seguiram já atrasados para o património de civilização comum do Reino de Marrocos e da África Ocidental criado desde o reinado dos Idrissas e Almorávidas, patrimônio que faz ligação histórica, humana, política, cultural e espiritual, de uma solidez e profundidade raramente encontradas em outras regiões.

Estes laços estreitos continuam e se consolidam ao longo do tempo, notadamente depois do advento do reinado da Dinastia Alaouite, cujos Soberanos estabeleceram relações com os seus homólogos da região, apoiados pela ação Oulémas, Xeques de Sufismo e comerciantes que contribuíram muito para promover o intercâmbio de bens, estilo de vida, ciência e as artes, disse o Imam.

Ele ainda ressaltou a profunda unidade da fé que foi forjada ao longo dos séculos, entre Marrocos e os países da África Ocidental, e cujos pontos fortes são a sustentabilidade e continuidade e a adoção, ainda hoje, da doutrina da Ahl Sunnah que prega moderação e rejeita o extremismo e a excomunhão, notando que esta unidade é reforçada graças à difusão em países da África Ocidental, do tariga de sufismo procedência Marroquina, o mais conhecido é tijania tariqa, o tariqa qadiria e tariqua chadiliya.

Esses links, continuou o Imam, estão enraizados no coração imune de contingências e caprichos do tempo e manobras, independentemente da nossa origem, no sentido de que as relações entre os marroquinos e os seus irmãos no sul do Sahara permanecem até os dias atuais, com base na fidelidade aos pactos selados pelos seus antepassados ​​e como colher os frutos de uma relação baseada nos princípios da fé e aliança, e os interesses comuns.

Finalmente, o Sr. Yessef se dirigiu ao Sr. Rei e ao Presidente da República do Senegal, oferecendo duas cópias de um livro.

fonte: lesoleil.sn



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