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terça-feira, 7 de maio de 2013

Países ricos desperdiçam mais comida que toda a produção anual do continente africano.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


Quando olha para trás, o que acha que pode melhorar em relação à agenda que está para terminar em 2015?
Tivemos muitos progressos em termos de redução dos índices de pobreza nos últimos anos, falta ainda, sobretudo nas zonas rurais, sobretudo em África, mas temos muitos progressos. Agora, em termos de segurança alimentar, precisamos de acções específicas para eliminar a fome no mundo. Agora que estamos a pensar no futuro estamos também a falar da necessidade de haver um objectivo concentrado na questão da eliminação da fome, sobre a segurança alimentar e nutrição.

Quais são os contornos deste problema?
O mundo tem mudado muito, em 2050 a população do mundo será maior, vamos precisar de produzir mais para dar alimentação suficiente a esta população. Esta é uma parte da questão: buscar um modo de continuar a aumentar a produção para a nova população, mas num contexto de urbanização, já que o trabalho nas zonas rurais vai diminuindo, por força da alteração climática. As zonas que neste momento são as zonas principais de produção agrícola já não o serão no futuro. Todas essas zonas vão mudar por razões climáticas. Depois há a volatilidade dos preços. As pessoas nas zonas pobres, não apenas as urbanas, mas também rurais, e também em países desenvolvidos, em que, evidentemente, agora não se trata apenas de problemas de saúde e de mal-estar físico e mental, mas há também indicações em termos de segurança, estabilidade e de paz.
São coisas para as quais temos de encontrar soluções … em torno destas questões da volatilidade dos preços, dos choques económicos e sociais. Neste momento, as populações rurais e as populações urbanas têm grupos que são sempre desfavorecidos, em relação aos outros.
Quais são as populações mais importantes para tratar?
Primeiro as crianças. Se as crianças não recebem alimentação suficiente durante os primeiros dois anos de vida, os primeiros mil dias a partir do momento da concepção, portanto antes do nascimento, não têm as mesmas opções na vida, no desenvolvimento cognitivo, no desenvolvimento físico. Tudo isso fica prejudicado. Estas crianças não podem ter boas notas na escola, não serão uma boa força de trabalho mais tarde (com relação aos outros). É um problema não apenas para o indivíduo mas para toda a economia de um país em que haja um baixo nível de alimentação para as crianças. Isso é um aspecto muito importante.
Um outro grupo chave é o constituído pelas mulheres. A migração produz um efeito em que os homens vão para as cidades e deixam as mulheres nas  aldeias. Estas mulheres não têm acesso à terra. As vezes têm a responsabilidade de …. Isso depende muito da dinâmica homem / mulher, às vezes podem fazer tudo, mas às vezes as suas opções em termos de decisão são limitadas por razões de tradição. E, ao mesmo tempo, estas mulheres têm um papel muito importante na produção de comida. Se podermos diminuir a desigualdade que elas enfrentam em termos de acesso à terra, em termos de acesso ao crédito em termos de acesso a pesticidas, fertilizantes… estas coisas que são necessárias para a agricultura, e também à educação, à extensão agrícola, etc., elas poderão aumentar a sua produção e diminuir a pobreza e a insegurança alimentar dentro das famílias.
Sabemos que as mulheres investem muito mais do seu salário na alimentação das crianças, então o investimento na mulher é um investimento em toda a comunidade. Também sabemos que as populações indígenas são muitas vezes desfavorecidas. São proporcionalmente mais representativas nos grupos das pessoas mais pobres. Falamos, por exemplo, das etnias minoritárias, que não têm tanta influência, muitas vezes, na política do país. São coisas muito sensíveis mas para as quais, ao mesmo tempo, temos que buscar soluções equilibradas.
Mas a questão da malnutrição não é um exclusivo dos países pobres, é também um aspecto dos países ricos, os países desenvolvidos. Um exemplo é a questão da obesidade, que está a aumentar no mundo. Os países ricos e os emergentes precisam, também de encontrar formas de diminuir a obesidade. Nos últimos dez anos, quando falávamos dos Objectivos do Milénio, este assunto não figurava em lado algum. Todos os actores, ricos e pobres, desenvolvidos e em vias de desenvolvimento têm um papel diferenciado.
Eu falei do novo mundo em 2050, mas um aspecto de que não falei é a questão das perdas alimentares dentro da cadeia que vai da produção ao consumo. Em termos globais este não era um assunto importante, mas agora sabemos tratar-se de um problema enorme. Há estudos que mostram que a comida perdida (desperdiçada) nos países desenvolvidos, ou países ricos, que é parte do consumo anual, é maior que toda a comida produzida em África num ano. É ma coisa incrível, pensar que se diminuirmos os desperdícios alimentares ao nível da produção e também do consumo, isso vai aumentar, em muito, a disponibilidade de boa comida no mundo.

Quais são os problemas dos desperdícios alimentares nos países pobres?
 Estão ligados ao mau acondicionamento nos armazéns, às técnicas que não ajudam a obter bons valores de produção, em que se perde parte da produção no processo de transformação. Também os mercados que não têm infra-estruturas para a conservação dos produtos. Os vegetais, por exemplo, alguns têm um tempo de vida muito curto e se não forem consumidos nas primeiras horas podem estragar-se. Não podemos falar apenas da importância de aumentar a produção para se obter uma disponibilidade suficiente, mas temos também de falar sobre como diminuir os desperdícios dentro de todo o sistema de produção.

A questão da conservação alimentar, quando caminhamos, cada vez mais, para um mundo urbanizado, como se antevê para 2050, como é que está a ser tratada no desenho destes objectivos?
O emprego é o mais importante modo de se ter acesso à comida. Pequenos produtores produzem a sua alimentação, ou produzem para mercados locais. Mas há também pessoas que não têm acesso à terra e que nunca o terão. Não apenas nas zonas urbanas, mas também nas zonas rurais. Então, estas pessoas, só através de um emprego poderão comprar comida.

Como poderemos criar situações de empregabilidade que garantam suficientemente, durante todo o ano, o acesso à comida?
 Porque os países como a Índia que tem uma base de protecção social do trabalho para todos os cidadãos do país e tem trabalhos públicos em muitos modos para tentar favorecer as pessoas mais pobres. Outro exemplo interessante é o “Fome Zero” do Brasil, que inspirou muitos países. Agora temos uma iniciativa de Zero Fome em muitos países do mundo, em África e na América Latina, estão a entrar nesta iniciativa do Pós 2015, isso vai ser uma base de mobilização social, dos governos e das sociedades civis que irão tentar dar um ímpeto muito mais forte na eliminação da pobreza e da fome.

Mas como garantir a estabilidade nas zonas de produção como pré-requisito para que esta produção seja contínua? Podemos falar de reformas do modo como se pensa a produção hoje, olhando já para 2050?
Pensamos sempre a produção alimentar como uma questão mais ou menos global, mas agora estamos a pensar que a produção local é muito importante também. 
Como podemos aumentar a percentagem da comida que vem da produção local? 
Isso é um aspecto que não tem importância apenas olhando para as economias locais, para os pequenos agricultores locais, mas também tem relevância na poupança do transporte, de combustíveis, de energia de poluição… de água… tem ligações com muitas outras coisas.
A forma como comemos tem um impacto sobre o ambiente, sobre a energia, sobre a educação, sobre a saúde, sobre a água, sobre serviços do ecossistema. Porque a agricultura não produz apenas alimentação, está também ligada e promove toda a preservação da tradição, de tipos de diversidade biológica que podem ser fontes de futuro. E essas são coisas que devemos preservar, também, e que ajudam em muitos outros sectores, além do da alimentação.

E que mais poderia ser feito para garantir essa segurança alimentar nos vários países?
Falo dos governos, no geral…
Em primeiro lugar o direito à alimentação, que é uma coisa muito importante. Existe um padrão para a realização progressiva do direito à alimentação. Trata-se de algo que os países deveriam reconhecer e adoptar. A outra é um padrão sobre a governança responsável do fundiário, da terra, pescas e gestão dos recursos naturais. Muitas pessoas não sabem que isto existe, mas existe e foi aprovado este ano de 2013. É algo muito interessante porque apoia o reconhecimento dos direitos das pessoas que vivem nas zonas rurais, que dependem dos recursos naturais que existem lá. É o modo que ajuda as pessoas pobres a serem reconhecidas, a terem os seus direitos e os seus recursos reconhecidos. É um utensílio que os governos podem utilizar e que ajuda também na eliminação da pobreza. A terceira coisa, que não está ainda finalizada, tem a ver com os princípios para um investimento agrícola responsável. É muito importante nesta época em que há mais países que têm dinheiro,  mas não têm alimentação, países que compram terras noutros países que talvez não tenham dinheiro mas têm terra agrícola boa

Eleutério Guevane - Rádio ONU, em Nova Iorque

Macky Sall na cerimônia do içar da bandeira: "A demanda social será gradualmente atendida".

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Presidiu ontem de manhã, no Palácio da República, a cerimônia mensal do içar da bandeira. O Chefe de Estado garantiu que o governo vai apoiar a demanda social e vai resolver progressivamente. De acordo com o presidente da República pediu aos Senegaleses para serem pacientes, todas as disposições serão tomadas em conta devido a uma boa safra do ano 2013.

Macky Sall primeiro deu graças a Deus por nos ter permitido, em 2013, realizar este importante acontecimento na vida de uma nação. Ele lembrou aqueles que encarnam a nação pelo valor do símbolo que é a bandeira nacional. "Todos os países que fizeram progressos fizeram sacrifícios para resolver os seus problemas", argumentou. "Fizemos um esforço e isso é o que tentamos incutir em todos, especialmente as associações, sociedade civil, empresas, etc. Porque todo mundo precisa se inteirar", disse insistindo o Chefe de Estado.

O presidente, que estava acompanhado pelo primeiro-ministro e os ministros que participaram da cerimônia mensal, disse que "esforços estão sendo feitos neste sentido e vão continuar." Ele também lembrou que os recursos mais importantes foram mobilizados em 2012 durante as inundações e campanha agrícola. Isso permitiu ter uma boa produção de mais de 500 mil toneladas, com faturamento de quase 125 bilhões de francos CFA para o amendoim onde o quilo foi vendido por 200 francos CFA. Esta produção, segundo o presidente Sall tem um impacto real sobre a economia senegalesa. Para a próxima safra, o Presidente saudou o apelo dos religiosos, especialmente do califa geral dos mourides, para voltar à Terra. Além disso, ele enfatizou para um investimento no setor agrícola para garantir o desenvolvimento do país. "Reitero o apelo do califa dos "mourides" e eu prometo aos fazendeiros e agricultores que serão apoiados, bem como todos aqueles que trabalham", disse o chefe de Estado. Neste contexto, Macky Sall assegurou que o governo continuará os seus esforços na melhoria da qualidade de sementes para um boa produção agrícola.

Aos Senegaleses, ele pediu para serem pacientes, mas também para serem disciplinados, enfatizando a gestão virtuosa defendida pelo governo que não vai aceitar que estão sendo desperdiçados os recursos.

fonte: lesoleil.sn

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