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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Em um anúncio feito em 21 de novembro, a junta do Mali decidiu proibir as atividades de ONGs financiadas pela França. Uma decisão que, como sabemos, é uma resposta à medida tomada por Paris, uma semana antes, ou seja, em 16 de novembro de 2022, de suspender sua ajuda oficial ao desenvolvimento de Bamako. Uma resposta que, como podemos ver, é uma resposta do pastor à pastora. A junta do Mali sempre brandiu respeito pela sua soberania e respeito pelas escolhas dos seus parceiros e pelas escolhas estratégicas feitas. É uma decisão corajosa. Mas, ao decidir prescindir da ajuda de todos os sócios que não quer mais ver em seu território, mediu todos os riscos que corre? A crise de segurança não corre o risco de se agravar e provocar uma crise humanitária sem precedentes? Não teme Bamako um efeito bumerangue desta decisão quando sabemos que a conjugação destas duas crises é certamente susceptível de complicar a situação no terreno? Esta medida, que não será isenta de consequências, irá certamente levar as autoridades malianas a criar mecanismos para colmatar o vazio deixado por todos estes parceiros que a assistiram. A junta do Mali se beneficiaria de colocar a bola no chão Mas com que conta Bamako para alienar esta comunidade internacional que sempre a acompanhou para sair da crise? O Mali tem certamente o direito de brandir a sua soberania, de recusar qualquer forma de ajuda se considerar que o parceiro oposto não é sincero. Mas terá ele meios suficientes para rejeitar em bloco tudo o que possa ajudar as bravas populações malianas que beneficiam das ajudas destinadas a tirá-las da precariedade? De qualquer forma, nenhum país do mundo pode viver em autarquia. Além disso, 60% do território maliano está fora do controle do exército maliano, apesar da presença dos auxiliares russos de Wagner. Muitas populações do Mali, vítimas da crise de segurança, são forçadas a fugir de sua área em favor de outras áreas mais seguras. Esta decisão de retirada, se fosse implementada, sem dúvida prejudicaria as bravas populações que não só correm o risco de cair sob as balas assassinas dos terroristas, mas também de morrer de fome por falta de alimentos. Em nome das populações cujos interesses afirma defender, a junta maliana beneficiaria de colocar a bola no chão e de se voltar resolutamente para a reconciliação e para o reatamento do diálogo com os seus parceiros. Ben Issa TRAORE

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