Postagem em destaque

O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

quarta-feira, 17 de maio de 2017

ANGOLA: E assim vai o reino.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Malária, hemorragias, infecções generalizadas e a escolha por partos em casa são as principais causas de mortalidade materna identificadas pelas unidades hospitalares do município de Luanda e que ainda constituem preocupação para as autoridades angolanas. Claro está que nada disto é imputável ao regime que nos (des)governa desde 1975. A culpa é mesmo dos… angolanos, sobretudo dos de segunda classe.

A situação foi hoje abordada num encontro do Comité de Auditoria sobre saúde Materna e Infantil do Município de Luanda, dirigido pela vice-presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda para a Área Política, Social, Assuntos Comunitários e Ambiente, Mara Quiosa.
Em declarações no final do encontro, Mara Quiosa referiu que se regista uma ligeira redução do número de mortes no primeiro trimestre do ano, comparativamente com os últimos três meses de 2016.
Sem avançar números actualizados (primeiro têm de ser validados pelas “ordens superiores”), Mara Quiosa disse que ainda existem “algumas preocupações” nesta matéria, apesar da anunciada redução.
Durante o encontro foram apresentados dados referentes a Janeiro, período em que foram contabilizadas 29 casos de mortalidade materna nas duas principais maternidades da capital angolana.
Segundo a responsável, dos casos avaliados hoje no encontro, chegou-se à conclusão que a chegada tardia às unidades sanitárias é também uma das causas de mortes de mulheres grávidas. Que chatice. Com tanta facilidade de meios de transporte, com tanta ajuda do Governo ainda teimam em chegar tarde.
“Tivemos casos de jovens que estiveram durante uma semana a receber tratamento tradicional e só depois de a família ter verificado o agravamento do estado de saúde é que acorreram ao hospital”, apontou.
Para a responsável, o recurso primeiro ao tratamento tradicional deve-se a factores culturais e não à falta de condições nas unidades hospitalares. Para melhor entender a falácia desta afirmação, aconselhamos a leitura da reportagem “Hospital geral de Luanda: inferno público da morte”, aqui publicada no passado dia 8.
“Nós, enquanto africanos, ainda temos essa cultura e damos uma atenção especial àquilo que é o tradicional, por isso não acorremos de forma imediata às nossas unidades hospitalares, pelo que temos estado a orientar e temos verificado que se tem estado a cumprir, aquilo que é a sensibilização para que recorram aos nossos postos de saúde”, salientou.
Mara Quiosa disse que é preciso admitir-se também que o atendimento em muitas unidades hospitalares tem sido feito de forma tardia, devido às enchentes que as mesmas registam.
“É preciso divulgarmos mais que os centros e saúde a nível dos distritos também realizam esse tipo de trabalho”, disse.
Além da malária, os inquéritos que vêm sendo realizados, permitiram identificar também como causas de mortalidade materna, os abortos quer provocados quer espontâneos, e casos de eclampsia [perturbação da gravidez em que se verifica hipertensão arterial grave], que também se está a verificar em mulheres bastante jovens.
Por sua vez a responsável pela área de saúde reprodutiva no município de Luanda, Ágata Capimgâlã, referiu que as mortes infantis têm na sua maioria como causas as infecções e o tétano neonatal.
O elevado número de adolescentes grávidas constitui também uma preocupação, segundo avançou aquela parteira especializada, indicando que só em Janeiro e em apenas uma unidade hospitalar registaram-se mais de 15 grávidas com idades até aos 15 anos.
A província de Luanda é composta pelos municípios de Luanda, Cacuaco, Kilamba Kiaxi, Cazenga, Talatona, Viana, Belas, Quiçama e Icolo e Bengo.
Em Angola, para desgraça colectiva, o descaso governativo, pese a cobertura constitucional, as maleitas de saúde devem-se ao facto de os dirigentes recorrerem ao exterior para tratamento e assistência médico-medicamentosa. Logo a maioria da população é considerada escumalha, que não necessita de uma assistência digna.
O Governo angolano viola o art.º 77.º (Saúde e protecção social) da CRA (Constituição da República de Angola), porquanto não cumpre os seus articulados, como se pode verificar e comparar, o texto e a realidade vigente:
1. O Estado promove e garante as medidas necessárias para assegurar a todos o direito à assistência médica e sanitária, bem como o direito à assistência na infância, na maternidade, na invalidez, na deficiência, na velhice e em qualquer situação de incapacidade para o trabalho, nos termos da lei.
2. Para garantir o direito à assistência médica e sanitária incumbe ao Estado:
a) desenvolver e assegurar a funcionalidade de um serviço de saúde em todo território nacional;
b) regular a produção, distribuição, comércio e o uso dos produtos químicos, biológicos, farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico;
c) incentivar o desenvolvimento do ensino médico-cirúrgico e da investigação médica e de saúde.
3. A iniciativa particular e cooperativa nos domínios da saúde, previdência e segurança social é fiscalizada pelo Estado e exerce-se nas condições previstas por lei.»
Se a Constituição diz uma coisa e o governo, em representação do Estado, que somos todos nós, anda em sentido contrário, isso tem um nome: crime!
Crime, sim, por ser tarefa do governo e dos governantes, zelar e implementar, com dedicação, uma verdadeira política de saúde pública, a favor do cidadão, logo quem pratica um crime, principalmente se este afectar a vida do cidadão, é um criminoso.
Só assim se entende não haver, desde 1975 a esta parte, um hospital público de qualidade, com meios tecnológicos e recursos humanos, capazes de um tratamento imaculado ou próximo disso, a maioria dos cidadãos angolanos.
Folha 8 com Lusa

"Manecas" vai ser ouvido pelo Ministério Público da Guiné-Bissau.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Ministério Público da Guiné-Bissau quer esclarecimentos sobre “a iminência de um golpe de Estado”, segundo declarações feitas por Manuel dos Santos do PAIGC.
Manuel dos Santos (Manecas), Mitglied der PAIGC (casacomum.org/Documentos Amílcar Cabral) Manuel dos Santos com Amílcar Cabral (dir.) nas matas da Guiné (1972)

O histórico comandante de artilharia do PAIGC na luta contra o exército colonial português pela independência da Guiné e Cabo Verde, Manuel Santos, mais conhecido por "Manecas”, foi notificado a comparecer no Ministério Publico (MP), em Bissau, na próxima quinta-feira, dia 18 do corrente, pelas 14h, para prestar mais esclarecimentos sobre as suas declarações a um jornal português, ao qual afirmou que "a Guiné-Bissau poderá estar na iminência de um golpe de Estado", devido a prolongada crise política e institucional.
Aos microfones da DW-Africa, "Manecas” dos Santos, afirma que "quem não deve não teme”, ou seja, está disposto a enfrentar a justiça.
"Sou uma pessoa que anda sempre dentro da lei. Nunca infringe a Lei. É a minha opinião sobre a atual situação... ou será que não posso ter uma opinião? Estou na reserva há 40 anos e tenho amigos militares". "Manecas” alega que a sua entrevista está a ser politizada e deturpada.
"As pessoas estão a confundir as coisas. Quando digo que a Guiné-Bissau poderá estar na iminência de um golpe de Estado é porque estou a alertar para um caso que poderá  acontecer. Se quisesse  que acontecesse um golpe de Estado não denunciava a situação”, sublinhou.
"José Mário Vaz é um traidor", diz "Manecas".
Nesta entrevista ao Diário de Noticias de Portugal, a 27 de abril, em Bissau, Manuel dos Santos disse que a PIDE (polícia política do regime de Salazar) foi responsável pelo assassinato de Amílcar Cabral, que o atual Presidente José Mário Vaz  é "um traidor", e que a Guiné-Bissau espera por um golpe de Estado "bom", para que as eleições sejam realizadas rapidamente. Recorde-es que devido à crise política e institucional vigente na Guiné-Bissau, há dois anos que o Parlamento não funciona.
Cassamá pede encontro com José Mário Vaz
O presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, pediu um encontro ao chefe de Estado, José Mário Vaz, para analisar a aplicação do Acordo de Conacri, como exigido pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Segundo um comunicado da presidência do Parlamento guineenses, o encontro "visa criar um quadro prévio de desanuviamento do clima interinstitucional prevalecente de modo a permitir, com dignidade e responsabilidade subjacente à função dos titulares de órgãos de soberania, implementar o instrumento de Conacri, aceite e sufragado por todos, na firme convicção de consagrar soluções equilibradas, adequadas, inclusivas e duradouras para a estabilidade", acrescenta o comunicado.
O Acordo de Conacri, prevê a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos representados no Parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado. O prazo dado pela CEDEAO para o cumprimento do acordo termina no próximo dia 25 de maio.
Helicóptero desconhecido
Drogenhandel Guinea Bissau (DW/B. Darame)
Foto de arquivo: Apreensão de cocaina na Guiné-Bissau (2013)

Devido à fragilidade no sistema de controlo e vigilância no país, a situação parece estar a ser aproveitada pelos narcotraficantes para retomarem as suas atividades na Guiné-Bissau, referem os relatórios de instituições internacionais, nomeadamente a ONUDC (Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e o Crime organizado) e a Interpol (polícia internacional), que apontam o recrudescer de tráfico de droga nalgumas zonas do interior profundo e nas ilhas do arquipélago dos Bijagós, embora o Governo diga o contrário, citando dados recolhidos pela Polícia Judiciária guineense.
O caso de um helicóptero de proveniência desconhecida e que aterrou no interior da Guiné-Bissau domina atualidade nesta terça-feira (16.05). As autoridades anunciaram que estão a investigar a aterragem, no domingo (14.05.), do aparelho numa estrada no sul da Guiné-Bissau, como nos conta o administrador de Quebo, Braima Djaló.
"Fui informado que aterrou um helicóptero em Mampatá, no domingo, sem saber do que se tratava. Uma viatura estava a espera do aparelho que pousou numa estrada alegando levar combustível. O facto criou pânico no seio da população. Ainda estamos a investigar o caso, tentanto localizar a viatura”.


Melhorias na segurança tiram Moçambique da lista negra da aviação, diz CE

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Instituto de Aviação Civil de Moçambique está satisfeito com saída das companhias nacionais da lista negra europeia - o que considera ser um "reconhecimento". Já a Comissão Europeia (CE) promete continuar a monitorizar.
As companhias aéreas moçambicanas estão fora da lista negra da União Europeia, depois de seis anos. O que ainda não significa que tenham autorização para operar no espaço europeu. Para que isso aconteça devem ainda ser auditadas pela Agência Europeia de Segurança (EASA- European Aviation Safety Agency, em inglês).
O facto foi dado a conhecer, esta terça-feira (16.05), pela Comissão Europeia (CE). O organismo atualizou a lista das companhias aéreas não europeias que não cumprem as normas de segurança internacionais e, por conseguinte, proibidas ou com restrições operacionais na União Europeia. A lista visa garantir a segurança aérea para os cidadãos europeus.
Moçambique, que entrou na lista em 2011, já não tem lá o seu nome, na sequência da melhoria da segurança aérea. Em entrevista à DW, Enrico Brivio, porta-voz do departamento de transportes da Comissão Europeia, confirma que "todas as companhias certificadas em Moçambique e Benin foram retiradas da lista negra".
Auditoria da EASA
Mas ainda não está vencida a guerra, apenas uma batalha. Se as companhias nacionais quiserem voar no espaço europeu, como anteriormente o fazia a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), terão ainda de passar por mais uma prova de fogo: solicitar uma auditoria à EASA.
 Joao Abreu (privat) João Abreu, diretor do Instituto de Aviação Civil de Moçambique
Como explica João Abreu, diretor do Instituto de Aviação de Moçambique (IACM), "as companhias moçambicanas que [depois de saírem da lista negra da UE] queiram voar para a Europa terão de fazer a submissão de uma candidatura para que sejam auditadas através da EASA para se verificar se cumprem com os requisitos".
CE agradada com trabalho do IACM
De acordo com Enrico Brivio, na tomada de decisão da Comissão Europeia pesaram os esforços das autoridades moçambicanas de aviação. "Pensamos que fizeram progressos suficientes. A Comissão Europeia está em permanente busca de formas para melhorar a segurança. E as autoridades moçambicanas fizeram os esforços necessários para melhorar a segurança na aviação em todo o país, e por isso, decidimos tirar o país da lista negra", explica.
A retirada de Moçambique da lista negra surge numa altura em que a companhia aérea nacional, Linhas Aéreas de Moçambique, é alvo de muitas críticas pelos maus serviços prestados. Parte das críticas prende-se com atrasos que se ficam a dever ao rigor na verificação das aeronaves, facto que o
Instituto de Aviação Civil de Moçambique está satisfeito com saída das companhias IACM já assumiu ser da sua responsabilidade por razões de segurança.
João Abreu prefere não chamar esta decisão da Comissão Europeia de "conquista". Para o responsável do IACM, a retirada das companhias aéreas moçambicanas da lista negra é um "reconhecimento de que a autoridade da aviação civil de Moçambique cumpre com os preceitos e requisitos internacionais em matéria de segurança aérea".
Apesar dos progressos, a Comissão Europeia alerta que não irá baixar a guarda. Afirmando que este organismo se rege por "elevados níveis de segurança", Enrico Brivio explica que o que a União Europeia pretende é que também as "companhias tenham estes mesmos padrões" e que têm a ver "com questões relacionadas com a segurança como a manutenção, estado das aeronaves ou os níveis de controlo". "De momento, estamos satisfeitos com as melhorias [em Moçambique], mas claro que vamos continuar a monitorizar a situação", conclui Enrico Brivio.
Dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, continuam na lista São Tomé e Príncipe e Angola, este último país com exceções.

fonte: DW África

SOBRE O HELICÓPTERO QUE ATERROU, NO DOMINGO, EM MAMPATÁ, REGIÃO DE TOMBALI, SUL DA GUINÉ-BISSAU.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Obrigado Braima Daramé, pelo esclarecimento. De referir que muitos órgãos de (des)informação ligados ao lobby e máfia lusófona, da qual, DSP faz parte, já estavam a fazer 'djambadon com o nome da Guiné-Bissau', ou seja, a desinformar e a intoxicar a opinião pública nacional e internacional alegando que o referido helicóptero transportava uma carga suspeita, ou seja, droga.

Fonte: Jornalista guineense, Braima Darame, via facebook

 A Rádio Jovem acaba de apurar, no principio desta tarde, que o helicóptero que aterrou, no domingo, em Mampatá, região de Tombali, está devidamente identificado e com autorização oficial da agencia de aviação civil da Guiné-Bissau para operar no âmbito da realização da obra que está inserida na estratégia da OMVG, uma rede que engloba a produção de energia e interligação em quatro países: Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri e Senegal.
“É um simples helicóptero proveniente de um dos países da sub-regiao que está ajudar o país na realização de estudos de viabilidade, impacto ambiental e engenharia, entre outros, para a instalação de uma central hidroelétrica de 20 megawatt (MW)”, disse à Rádio Jovem a mesma fonte da Aviação Civil que pediu anonimato.

"As autoridades locais não têm informações oficiais e não comunicaram à capital para saber do que se trata o helicóptero", afirma.

Os estudos para a zona contam com apoio técnico e financeiro do Banco Africano de Desenvolvimento (através do Fundo de Energia Sustentável), do Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e do Banco Austríaco de Desenvolvimento.

O desenvolvimento dos estudos foi adjudicado em abril, anunciou a OMVG.
A organização foi criada em 1978 e junta entidades da região para responder às necessidades de energia, segurança alimentar e comunicações dos quatro países envolvidos. 

MINISTRO DOS COMBATENTES GARANTE PAGAMENTO DE PENSÕES ATRASADO

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

O ministro dos combatentes da liberdade de Pátria garantiu esta terça-feira (16 de Maio) que os combatentes da liberdade de pátria com atrasos de pensões já estão a recebê-lo.
Aristides Ocante da Silva falava durante o empossamento do secretário-geral do ministério e dos directores do centro de documentação histórico da luta de libertação e da reinserção social.
«Há um conjunto de problemas que estão a ser resolvidas entre as quais longas bichas, pagamento dos atrasados, tolerância em termos de documentação e resolução da falha verificada no pagamento dos combatentes residentes no interior do país», conta.
Entretanto, enfatizou que o maior problema dos combatentes da liberdade da pátria é ter uma reforma igual ao dos militares, tendo adiantado que existe combatentes que fizeram carreira militar e outros não.
Por outro lado, sublinhou que estado não tem capacidades financeiras para aumentar pensões aos combatentes da liberdade de pátria, para depois afirmar que não “ é pensão que vai resolver os problemas de combatentes da liberdade de Pátria e o estado financeiramente não tem capacidade de aumentar pensões”, concluiu.
De referir que foram empossados hoje Mário Lopes Martins como secretário-geral do ministério, Eduíno santos como director do centro histórico e Agostinho Sá como director de reinserção social.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba

VETERANO DE GUERRA GUINEENSE, MANECAS DOS SANTOS CONVOCADO PELA JUSTIÇA POR AFIRMAÇÕES SOBRE ALEGADO GOLPE DE ESTADO .

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...



O veterano de luta pela independência da Guiné e Cabo Verde, coronel Manuel "Manecas" dos Santos, foi hoje notificado pelo Ministério Público para esclarecer as suas afirmações sobre a alegada iminência de um golpe de Estado no país.


O Ministério Público quer ouvir "Manecas" dos Santos na quinta-feira.

Numa entrevista ao diário português Diário de Notícias, "Manecas" dos Santos, que foi várias vezes ministro de sucessivos governos na Guiné-Bissau, defendeu que estaria iminente um golpe de Estado, tendo em conta a crise política e o impasse que se vive há cerca de dois anos.

Confrontando hoje pelos jornalistas com as aquelas afirmações, o veterano de luta pela independência disse que as suas palavras estão a ser mal interpretadas por terem sido ditas num contexto de hipótese.

"O que eu disse foi no condicional. A Guiné-Bissau poderá estar (na iminência de um golpe de Estado). Para quem fala português sabe que poderá é uma eventualidade", sublinhou Manecas dos Santos.

O coronel, atualmente membro do Bureau Político do PAIGC, afirmou que não teme ir depor ao Ministério Público onde, irá reafirmar as suas palavras, por serem, notou, uma opinião apenas.

"Manecas" dos Santos acrescentou que as suas palavras visam também denunciar uma situação que o próprio não pretende que aconteça ao país, ainda que, frisou, o momento político pode proporcionar um levantamento militar.

O veterano de guerra guineense referiu ter amigos em todos os quadrantes do país, quer na administração civil quer na militar, embora tenha deixado de pertencer ao Exército desde 1976, quando passou à reserva, o que não quer dizer que possa estar a incitar ninguém.

Conosaba/Lusa

PAIGC ABRE AS PORTAS AOS DEPUTADOS EXPULSOS .

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...



Segunda ronda de negociações é na quarta-feira

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) lançou o processo de negociações com o grupo dos 15 deputados expulsos do partido com vista à sua reintegração, um dos pontos do Acordo de Conacry.

A primeira reunião, com três dos 15 elementos, da comissão encarregue de dirigir as conversações aconteceu ontem e novos encontros estão previstos para breve.

A abertura política do PAIGC em receber os 15 enquadra-se no âmbito do cumprimento do Acordo de Conacry, documento, segundo o qual, estes deputados, expulsos do PAIGC, devem voltar ao partido sem quaisquer condições.

“Nós estamos disponíveis a qualquer momento para continuar este diálogo franco e aberto. Pensamos de que só assim, com a boa vontade e o bom senso, é que havemos de chegar a um ponto comum nesta situação complicada que o país está a viver há dois anos, sem saída e estamos à procura de saída”, disse o secretário nacional dos “libertadores”, Ali Hijazi.

O novo encontro está previsto para quarta-feira, 17, com um formato diferente, ou seja, com audiências individuais, disse à VOA uma fonte partidária.

Essa reaproximação decorre do ultimato dado pela CEDEAO aos actores políticos guineenses que devem, no prazo de 30 dias, cumprir o Acordo de Conacry, que estabelece pontos específicos para a saída da actual crise política.

Os demais pontos do acordo referem-se à nomeação de um primeiro-ministro de consenso e que mereça a confiança do Presidente da República, a formação de um Governo, baseado na representatividade parlamentar, a realização de uma “mini-mesa-redonda”, com os signatários do acordo e representantes da comunidade internacional para aprovação do programa de Governo a ser submetido ao Parlamento para aprovação.

Refira-se que o partido que suporta o actual Governo, PRS, tambémmanifestou a sua disponibilidade para trabalhar na implementação do aludido acordo.

Na quinta-feira, 11, o Conselho de Segurança das Nações Unidas instou os líderes políticos guineenses a cumprir o Acordo de Conacry, tendo, particularmente, convidado o Presidente da República a nomear um novo primeiro-ministro, à luz do Acordo de Conacry.

José Mário Vaz ainda não reagiu à posição do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Conosaba com Voa

Total de visualizações de página