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sexta-feira, 7 de julho de 2017

PARABÉNS À CPLP!.

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obiang-teodoro

A CPLP está de parabéns. O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, foi reconduzido na direcção do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE) para cumprir um mandato com “duração indeterminada”, por ocasião do 6º congresso ordinário desta formação partidária.

Por Orlando Castro
“Opresidente fundador do PDGE, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, é o presidente do PDGE por uma duração indeterminada”, declarou o secretário-geral do partido, Jerónimo Osa Osa Ecoro, ao ler uma das resoluções do congresso na televisão nacional.
A reunião partidária, que se realizou na capital económica do país, Bata, entre 4 e 6 de Julho, foi dominada pela profunda crise económica que afecta a Guiné Equatorial.
As resoluções do congresso decepcionaram todos os prognósticos sobre a sucessão de Obiang na direcção do partido, e do país, uma vez que era generalizada a expectativa de o seu filho, Teodorin Obiang, a ser julgado em França no caso dos designados “bens mal adquiridos”, fosse indicado para suceder ao seu pai.
Teodoro Obiang, de 74 anos, também continua, depois do congresso, a ser o candidato do partido à eleição presidencial de 2022.
Este conclave partidário reuniu 13 mil congressistas e coincidiu com o 31.º aniversário da fundação da organização.
O presidente da Guiné Equatorial é o líder africano que há mais anos está no poder, tendo sido “reeleito” em 2016, com 93,7% dos votos.
O reino esclavagista de Teodoro Obiang, também conhecido por Guiné Equatorial, tem passados sucessivos e monumentais atestados de estupidez aos restantes membros dessa sarjeta putrefacta que dá pelo nome de Comunidade de Países de Língua (mais ou menos) Portuguesa – CPLP. Tudo normal, portanto. De cócoras, cantando e rindo, eles lá vão… levados, levados sim!
Assim o reino de Obiang (amigo íntimo, recorde-se, de José Eduardo dos Santos) diz que está disposto a abolir “imediatamente” a pena de morte mas só quando for encontrado um “modelo adequado” que tenha em conta o contexto de terrorismo no qual se insere, reafirmou em tempos à Lusa um vice-primeiro-ministro desta ditadura abençoada pelos países ditos lusófonos.
“Pedimos ao Governo amigo português para que nos ajude. Quando encontrarmos um modelo adequado para a abolição total da pena de morte no meu país, vamos adoptá-lo imediatamente”, disse o vice-primeiro-ministro para os Direitos Humanos da Guiné Equatorial, Alfonso Nsue Mokuy.
Que é uma vergonha, isso é. Que é um crime, isso é. Mas, na verdade, a vergonha é algo que há muito está arredado dos países da CPLP. É também um crime se, eventualmente, esses países fossem sérios e íntegros. Como não são, siga a… pena de morte.
O governante equato-guineense garantiu ainda que o cumprimento dos Direitos Humanos no seu país “está a evoluir” e que está a ser adoptada legislação nesse sentido.
Tudo leva a crer que, com a ajuda do “Governo amigo português”, ainda durante este século a Guiné Equatorial adoptará legislação que respeite os direitos humanos e possa abolir a pena de morte.
A abolição da pena capital era uma das condições “sine qua non” exigidas (isto é como quem diz!) para a integração da Guiné Equatorial nesse elefante branco chamado CPLP, da qual se tornou membro de pleno direito na cimeira de Díli, em Julho de 2014, depois de conseguir que nenhum dos outros países mostrasse ter coluna vertebral.
“Nós já demos o primeiro passo e depois falamos com o Governo amigo português para que tenha em conta a nossa situação. Na África Central, especialmente entre a Nigéria e os Camarões, há activistas do Boko Haram [organização fundamentalista islâmica], e todos os dias há mortos”, contextualizou Alfonso Nsue Mokuy, passando assim um atestado de nanismo intelectual a todos os parceiros, sobretudo a Portugal.
“Temos que ter muito em conta a nossa posição na África Central antes de adoptar a abolição da pena de morte”, justificou assim Alfonso Nsue Mokuy o porquê de ainda não ter sido banida a pena capital no seu país.
Se ao Boko Haram se juntar o Estado Islâmico e, entre outros, o Abu Sayyaf, a Al-Qaeda, o LRA – “Exército de Resistência do Senhor”, o Lashkar-e-Tayyiba, o Al-Shabaab etc. é bem provável que a Guiné Equatorial só vá abolir a pena de morte quando Teodoro Obiang conseguir que os rios passem a nascer na foz.
Questionado sobre o respeito pelos Direitos Humanos na Guiné Equatorial, o governante deu sinais do que chama evolução mas que, afinal, é uma mera anedota: “Posso dizer que o cumprimento dos Direitos Humanos está a evoluir. Tivemos recomendações e estamos a materializá-las, ao nível dos direitos dos deficientes, direitos das crianças, igualdade de género. Estamos a adoptar disposições para evoluir”.

CPLP é cada vez mais uma sarjeta

Eque tal a CPLP ser extinta? E que tal a CPLP assumir que a entrada da Guiné Equatorial no bloco lusófono foi, é e será uma questão que envergonha… quem tiver vergonha? Pois é. Na CPLP ninguém tem vergonha. Estão todos em família.
É, de facto, uma vergonha do tamanho da própria Lusofonia. Já não bastavam os problemas que a CPLP tem desde a nascença, pois não? E que tal olhar de forma séria para a Guiné-Bissau, que hoje é um “Estado-falhado”, um “narco-Estado”?
Não. Nada disso. A Guiné Equatorial é que é importante, mesmo sabendo-se que Teodoro Obiang é (a par do seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos) um dos ditadores mais antigos à frente de um Governo em África, lugar que ocupou depois de um golpe de Estado contra o próprio tio, Francisco Macías, que foi posteriormente fuzilado.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse confiar que a CPLP poderá desempenhar “um papel positivo” quanto à pena de morte, em relação à qual a Guiné Equatorial impôs uma moratória.
“A pena de morte está espalhada em todos os continentes ainda, infelizmente. Mas tenho confiança que a CPLP possa desempenhar um papel positivo neste domínio”, defendeu o responsável da Organização das Nações Unidas.
E agora? Bem. Agora António Guterres vai olhar para o lado e assobiar, tal como fazem os principais dirigentes dos países que integram a CPLP. E há quem diga que assobia bem.
Sobre problemas de desrespeito de direitos humanos em países lusófonos, o secretário-geral da ONU considerou que “há passos significativos a dar em matéria de direitos humanos em todo o mundo” e lembrou que é uma das “questões essenciais da agenda das Nações Unidas”.
“Espero que a CPLP, como todas as organizações internacionais, tenha um papel muito importante no sentido de que os direitos humanos se transformem num ponto essencial da agenda internacional. Estou confiante que a CPLP, também aí, exercerá um papel muito importante”, defendeu.
Antes, Guterres sublinhou: “Temos de ir ao essencial. O essencial, para mim, 20 anos depois de ter sido co-fundador da CPLP, é uma profunda alegria estar como secretário-geral (na altura ainda não tinha tomado posse) das Nações Unidas numa reunião da CPLP e ver que está viva, empenhada numa agenda internacional que coincide com a agenda das Nações Unidas”.
E, pelos vistos e fazendo fé nas declarações de António Guterres, a Guiné Equatorial é o único problema – pequeno, certamente – da CPLP. Até porque, disse o secretário-geral da ONU – “o essencial” é – veja-se – que a CPLP está viva.
No dia 16 de Junho de 2010, quando Pedro Pires recebeu o seu homólogo da Guiné Equatorial, ficou a saber-se que o então presidente de Cabo Verde era cada vez mais apologista da entrada do reino de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo na Comunidade de Países de Língua(?) Portuguesa.
Na altura, os mais ingénuos estranharam que Pedro Pires tenha barrado os jornalistas quando estes, numa coisa a que se chama liberdade de imprensa, se aproximaram para chegar à fala com Teodoro Obiang.
Pedro Pires impediu as câmaras da televisão de filmarem a entrada para o veículo oficial que levou Obiang para a Assembleia Nacional, o que gerou manifestações de repúdio dos jornalistas, tal o ineditismo do gesto, que foi mostrado e comentado de forma crítica pela televisão local.
Obiang, que a “Forbes” já apresentou como o oitavo governante mais rico do mundo, e que depositou centenas de milhões de dólares no Riggs Bank, dos EUA, tem sido acusado de manipular as eleições e de ser altamente corrupto. “Mas o que é que isso importa”, terá na altura perguntado Pedro Pires, tal como fizeram na altura José Eduardo dos Santos, Armando Guebuza ou Pedro Passos Coelho.
Obiang, também ele amigo do “querido líder” do MPLA, que chegou ao poder em 1979, derrubando o tio, Francisco Macias, foi “reeleito” com 95 por cento dos votos oficialmente expressos (também contou, como é hábito, com os votos dos mortos), mantendo-se no poder graças a um forte aparelho repressivo, do qual fazem parte os seus guarda-costas marroquinos.
“Mas o que é que isso importa?”, perguntarão hoje José Eduardo dos Santos Filipe Nyusi, António Guterres e António Costa.
Recorde-se que gozando, como todos os ditadores que estejam no poder, de um estatuto acima da lei, Obiang riu-se à grande e à francesa quando em 2009 um tribunal… francês rejeitou um processo que lhe fora intentado por recorrer a fundos públicos para adquirir residências de luxo em solo gaulês, com a justificação de que – lá como em qualquer parte do mundo – os chefes de Estado estrangeiros, sejam ou não ditadores, gozam de imunidade.
“Mas o que é que isso importa?”, perguntam hoje os senhores da CPLP.
Os vastos proventos que a Guiné Equatorial recebe da exploração do petróleo e do gás natural poderiam dar uma vida melhor aos 750 mil habitantes dessa antiga colónia espanhola, mas a verdade é que a maior parte deles vive abaixo da linha de pobreza.
Mas se, por exemplo, em Angola há perto de 20 milhões de pobres, porque carga de chuva não podem também existir, democraticamente, na Guiné Equatorial?, perguntarão certamente António Guterres, Michel Temer e Marcelo Rebelo de Sousa.


Reconheça-se, contudo, que tomando como exemplo Angola, a Guiné Equatorial preenche todas as regras para estar de pleno e total direito na CPLP. Não sabe o que é democracia mas, por outro lado, tem fartura de petróleo, o que é condição “sine qua non” para comprar o que bem entender… incluindo os elogios e a lixívia que, neste caso, os governo da CPLP usam para limpar a imagem dos reinos, entre outros, de José Eduardo dos Santos e de Teodoro Obiang.
fonte:http://jornalf8.net

Encontro Trump-Putin centra atenções no início do G20.

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Antes de embarcar para Hamburgo, presidente americano buscou distanciar-se da Rússia, chamando-a de desestabilizadora do Ocidente. Mas não descarta-se que, da reunião, saiam concessões a Moscou.
fonte: DW ÁFRICA
Symbolbild US-Wahl - Donald Trump & Wladimir Putin (picture-alliance/dpa/S. Thew & A. Druzhinin/Ria Novosti/Kremlin Pool)
Nenhuma outra questão parece ocupar mais a política de Washington, na véspera da cúpula do G20, do que o primeiro encontro entre Donald Trump e presidente russo, Vadimir Putin. Quão bem preparado está o líder americano? Ele fará concessões aos russos?
Mas inicialmente a crise da Coreia do Norte pode jogar sombra sobre o encontro das 20 principais economias mundiais. Após o primeiro teste de um míssil intercontinental por Pyongyang, a comunidade internacional se vê diante da difícil tarefa de frear o líder Kim Jong-un.
"O presidente Trump espera dos demais participantes do G20 solidariedade e uma condenação decidida da mais recente ação agressão da Coreia do Norte", diz Nile Gardiner, da conservadora Heritage Foundation. Em sua opinião, Washington continuará pressionando Pequim, mais do que antes, para que coloque os norte-coreanos nos eixos.
Também o Irã e a Síria ocupam o topo da agenda de Trump em Hamburgo. Em relação à Síria, a principal intenção do político americano é fortalecer a coalizão internacional no combate à milícia terrorista do "Estado Islâmico" (EI).
Nos Estados Unidos, o público, e sobretudo as redes de TV antecipam há dias o primeiro encontro entre seu presidente e o chefe do Kremlin. Isso, talvez porque os americanos não esperam mais surpresas da cúpula do G20 em si.
"Esses encontros são sempre chatos", comentou recentemente um apresentador da emissora conservadora Fox News. Apenas um exemplo: Trump está em atrito com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, devido à retirada do acordo do clima de Paris e da política econômica protecionista dos EUA. E iso não deve mudar.
Ainda assim, a aparição de Trump em Hamburgo poderá ser bem-sucedida, acredita Thomas Wright, especialista em política externa e de segurança do think tank Brookings, em Washington – se ele escutar seus assessores moderados. E contanto que não tente utilizar o encontro como palco para sua política de "America first": a Casa Branca tenta minimizar a importância da conferência internacional, mas Trump quer provar algo grande, afirma Wright.
Os russos já apresentaram suas reivindicações de antemão: eles pressionam, entre outros pontos, para que sejam suspensas as sanções impostas pelo ex-presidente americano Barack Obama. Trump teria encarregado seus assessores de preparar uma lista de potenciais concessões.
Infografik G20 Reichtum POR
Agências de notícias afirmam que uma provável reunião bilateral entre Trump e Putin, paralela à cúpula do G20, ocorrerá nesta sexta-feira. Nile Gardiner vê no encontro como uma grande chance para Trump demonstrar verdadeira capacidade de liderança – se quiser.
"Ele precisa transmitir uma mensagem de força e determinação e deixar claro a Putin que a Rússia deve cessar a ocupação da Crimeia e retirar todas as suas tropas da Ucrânia." Caso contrário, todas as sanções permanecem em vigor.
Nesta quinta-feira, em visita a Varsóvia antes de embarcar para a Alemanha, Trump acusou Moscou de atuar como agente "desestabilizador", principalmente no âmbito da crise ucraniana. E, ainda que não tenha confirmado interferência de Moscou a seu favor no pleito americano, admitiu a possibilidade de que isso possa ter acontecido. 
Mas não há como prever se os dois chefes de Estados chegarão a abordar a provável interferência russa nas últimas eleições presidenciais americanas – que é o tema mais premente nos EUA. Segundo Herbert Raymond McMaster, assessor de segurança nacional de Trump, isso "não consta da pauta fixa do encontro".
"Muitos na Casa Branca estão prendendo a respiração", comenta Thomas Wright. "Simplesmente não sabemos que vai acontecer." 

G20 pode resultar em nova ordem económica mundial.

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Antes do arranque do G20 na cidade alemã de Hamburgo, esta sexta-feira, especialistas defendem comércio livre e justo e, sobretudo, cooperação como diretrizes para a economia global.
fonte: DW ÁFRICA
G20 Gipfel in Hamburg | Messehallen (picture-alliance/dpa/M. Scholz)
Cimeira do G20 acontece nos dias 7 e 8 de julho, nos pavilhões de exposição de Hamburgo
O encontro de alto nível do G20 - grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia - que arranca esta sexta-feira (07.07) irá discutir desenvolvimentos importantes para a economia mundial no contexto da globalização.
"Há naturalmente o fenómeno geral da renacionalização das políticas económicas, medidas protecionistas, partindo também os Estados Unidos. Isto significa que pode ser que a globalização dê um passo para trás," antecipa Henning Vöpel, diretor do Instituto de Economia Mundial de Hamburgo (HWWI).
G20 Gipfel in Hamburg | Donald Trump US-Präsident (Reuters/A. Schmidt)
O Presidente norte-americano, Donald Trump, e sua esposa, Melania Trump, já se encontram em Hamburgo, onde acontece a cimeira do G20
O último relatório do Banco de Compensações Internacionais (BIS) – organização que reúne bancos centrais de 55 países – adverte que exatamente a integração promovida pela globalização teria trazido um melhor padrão de vida e menos pobreza para grande parte da população mundial. Uma das condições, no entanto, é um mais livre quanto possível fluxo de bens e serviços.
"Claro que também é importante tornar o comércio justo. Especialmente no que diz respeito aos países em desenvolvimento, a África - certamente um continente que terá uma influência muito decisiva sobre o progresso da globalização nos próximos 20 anos. No entanto, vemos que o livre comércio esta a ser um pouco reprimido. Os Estados - e não apenas os Estados Unidos - tentam novamente controlar opções e possibilidades de negociação. Por isso, trata-se também de defender o livre comércio," Henning Vöpel explica.
Baixas expectativas
Com os seus complexos e entrelaçados temas, a cimeira corre o risco de ser abafada por uma disputa sobre a formulação apropriada da declaração final. Mas será que nessas condições o compromisso alcançado tem algum valor? Gabriel Felbermayr do Instituto para Pesquisa Económica (IFO) de Munique, acredita que sim.
"Esse regime da economia global baseia-se na cooperação. Por isso, é importante que um compromisso com um comércio livre e o tão justo quanto possível esteja no comunicado. No passado, sempre houve este compromisso por escrito, mas apesar disso, os países, por vezes, adotaram uma política muito protecionista. É, claro, um compromisso de boca, mas ainda assim tem algum valor, porque dita a norma. Quem age diferente, permite ser acusado de se comportar de maneira não cooperativa," defende.
Europeus e alemães, falam sobre comércio livre e justo - e, assim, parecem aceitar as demandas de Donald Trump por um acordo de comércio justo. No entanto, cada um tem ideias diferentes do que seria justo. Mas desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, os europeus e alemães rumam notavelmente, em direção à Ásia, Japão, China e Índia - quando se trata de livre comércio ou das alterações climáticas. Para Henning Vöpel este seria um sinal de mudança nos pesos económicos dos países.
"Donald Trump começou com seu 'América first' (ou 'América primeiro', em português), o que pode resultar em um isolamento gradual dos norte-americanos, em uma descida de um poder militar e econômico. Os chineses aproveitam para reivindicar uma determinada posição. Vêm agora a chance de realmente entrar para as grandes economias. Sim, estamos entrando em uma nova ordem da economia mundial," considera.
As expectativas para a cimeira do G20 entre especialistas económicos são relativamente baixas. Gabriel Felbermayr do Instituto para Pesquisa Económica de Munique espera, no entanto, que Hamburgo envie uma mensagem ao mundo.
"O que o G20 tem que alcançar é enviar um sinal credível de que a cooperação deve continuar a ser o princípio orientador para todas as coisas que são de relevância global," avalia.

Casal brasileiro combate estereótipos sobre África.

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Peças de arte africana.

Peças de arte africana.

Flora e Natan criaram o projecto Afreaka.
Uma viagem a 15 países da África feita por um casal brasileiro virou um projecto de criação de conteúdo e de curadoria em cultura africana contemporânea.
Flora Pereira da Silva é jornalista. Natan de Aquino Giuliano é designer.
O projecto Afreaka começou em 2012 com duas idas ao continente africano por meio de financiamento colectivo. Na primeira, o casal visitou oito países do leste e sul do continente. 
Na segunda, foram sete nações da região oeste.
O trajecto dentro dos países foi todo feito por transporte público.
Desde 2012, Flora e Natan compartilharam as experiências que viveram na África para mostrar aos brasileiros um continente descolado, rico em cultura e diversidade.
Eles também usaram o conteúdo que produziram com textos, imagens, fotografias e vídeos, para combater os estereótipos sobre a África que são encontrados ainda hoje nos livros e na imprensa brasileira.
O projecto Afreaka começou como uma plataforma digital, mas já chegou a virar material didático e cresceu tanto que já promoveu duas edições de um festival que realiza encontros de culturas africanas contemporâneas com a cultura brasileira.
Além de trazer para o Brasil um olhar novo sobre a África, Flora e Natan também puderam observar nos países do continente africano a influência da cultura brasileira, especialmente em Moçambique, o único país lusófono entre os 15 da lista.
Entre as lembranças do casal, está a hospitalidade com que os africanos sempre receberam os brasileiros.
Os próximos passos do casal no projecto Afreaka está estudar mais a fundo a cooperação sul-sul, especialmente entre a América Latina e o continente Africano.
fonte: VOA

GUINÉ-BISSAU: OPINIÃO - CRISE E TERCEIRA REPÚBLICA.

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Delfim da Silva

É preferível deixar cair o discurso de antecipação do final da Nona Legislatura (abril de 2018), pelo menos, por uma boa razão, a saber: a sua duvidosa sustentabilidade técnica. Do meu ponto de vista, não vale a pena precipitar o fim de uma legislatura que, na verdade, já se aproxima do seu fim (abril de 2018). Além de, caso fosse adotado, gerar uma enorme pressão sobre a CNE e o GTAPE, duas estruturas que teriam muitas dificuldades em absorver e monitorizar tecnicamente tal aceleração dos acontecimentos. E mais: tal perspetiva poderia provocar ainda mais stress político, institucional e social, stress esse que seria induzido por um inevitável sobreaquecimento da conjuntura política nacional.

 
Ora, do que realmente precisamos é de tempo para – antes das eleições – sarar feridas; serenar os ânimos político-partidários (ainda muito exaltados); e restaurar a confiança política, um valor muito importante na relação dos cidadãos com as instituições do Estado. Isto faz-se muito melhor com um governo bipartidariamente inclusivo;
 
2. Perece-me até mais plausível atrasar o início da X legislatura (de abril de 2018 para abril-maio de 2019), aprazando para 2019 a realização de eleições gerais na sua máxima expressão: eleição Presidencial, eleição Legislativa e eleição Autárquica – todas no mesmo dia.
 
Note-se que os “ganhos” financeiros desta solução seriam óbvios, o que não é de só menos importância. Além de, eticamente, servir de meio de prova a favor das autoridades políticas nacionais, que, assim, transmitiriam a boa imagem de bom sentido de economia, de bom sentido de racionalidade financeira – note-se -, num país que é muito pobre. País que – pelo menos nos próximos tempos – devia evitar o luxo de gastar “milhões” na Legislativa, “outros milhões” na Presidencial e ainda “mais outros milhões” na eleição Autárquica.
 
E quanto aos eventuais inconvenientes políticos desta “tripla eleição”, eles não seriam muito difíceis de controlar e minimizar tendo em vista reduzir a sua eventual relevância indesejável. O certo é que os ganhos políticos desta solução, a meu ver, suplantariam todos ou quase todos os seus eventuais inconvenientes;
 
Mas atenção: não estou propriamente a pedir o adiamento da eleição. O que estou a dizer é que entre a hipótese de “antecipar” e a hipótese de “adiar”, o meu contra-argumento seria a favor de um adiamento da eleição legislativa por um ano, por razões técnicas e políticas que já apontei. Aliás, desde o início desta longa crise política nunca me convenceram da “bondade” de antecipar eleições, cujo argumento pareceu-me sempre indutivamente falacioso: de que a crise resolvia-se antecipando eleições! Num ambiente de crise aguda, de alta tensão política, a fuga para a eleição (antecipada) pode exacerbar a crise, não resolvê-la. Pelo mundo fora, não faltam experiências que corroborem isso mesmo.
 
3. Se o ponto 2. colher a adesão dos protagonistas, o ponto seguinte seria o de o Presidente da República empenhar-se mais ainda na restauração da normalidade funcional das instituições do Estado, designadamente, recompondo o, ainda desfeito, triângulo estratégico, uma “figura” crucial  para a vida do Estado constitucional de direito: a Presidência da República, a Assembleia Nacional Popular e o Governo. Sendo certo que nesse “triângulo estratégico”, o lugar constitucional do Chefe do Estado é o seu vértice superior (e indutor), bem entendido, no sentido de que o Presidente da República é o protagonista de quem a República mais espera.
 
É claro que o empenhamento do PAIGC e do PRS é indispensável para articular construtivamente a superação desta longa crise político-institucional guineense, nomeadamente, para assegurar a ancoragem parlamentar do Executivo;
 
4. Seria também um ano de reformas! Um ano para “reformar” a Constituição, a lei eleitoral, a lei dos partidos políticos. Seria a terceira república – por que não? Terceira república, sim: que jamais deixará para trás a democratização do poder local; que saberá racionalizar o sistema partidário; que saberá assegurar uma melhor representação política quer dos cidadãos quer das forças políticas. Uma terceira república virada, finalmente, mais para o desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau do que para as dilacerantes lutas de poder que tanto degradaram a nossa segunda república (1994-2018).
 
5. Por este roteiro – de ancoragem parlamentar do Governo inclusivo e de reforma política do Estado -, o país teria de contar com um ano inteiro, um tempo precioso para se serenar, apaziguar, reconciliar antes de lançar os contendores na “arena política” da próxima corrida eleitoral;
 
Enfim, do fundo de uma prolongada crise político-institucional – de muito desânimo, de quebra de autoestima e de muito desperdício de recursos -, eis que teria surgido – na transição da IX para a X Legislatura – uma oportunidade de reforma política do Estado guineense no bom sentido. Nô Pintcha!
 
 
Bissau, 04 de julho de 2017
Por: Professor Fernando Delfim da Silva
Filósofo e Analista Político

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