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domingo, 13 de setembro de 2020

Eleições presidenciais da Costa do Marfim: a Costa do Marfim é um país soberano (Alassane Ouattara).

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O chefe de estado da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, estimou no sábado em Bongouanou (Centro-Leste), onde completou uma visita de estado de quatro dias à região de Moronou, que a Costa do Marfim é um "país soberano", acrescentando que “devemos confiar nas nossas instituições”. “Posso lembrar-lhe que a Costa do Marfim é um país soberano. É por isso que (...) devemos confiar em nossas instituições ”, disse Ouattara, questionado em uma entrevista coletiva por um jornalista sobre sua reunião em Paris com o presidente francês Emmanuel Macron. “Pare de pensar que as decisões têm que ser tomadas em Paris, Nova York ou outro lugar. As decisões são tomadas na Costa do Marfim, pelos marfinenses e por instituições marfinenses ”, acrescentou. Eleito em 2010 e reeleito em 2015, o chefe de Estado, de 78 anos, decidiu inicialmente em março não concorrer a mais um mandato, passando a batuta para o seu primeiro-ministro, Amadou Gon Coulibaly. Mas a morte repentina deste último em 8 de julho, forçou o Sr. Ouattara a rever seus planos e anunciar que ele é um candidato. Para a oposição, esta nova candidatura é uma violação da constituição aprovada em 2016 que proíbe um terceiro mandato para o Sr. Ouattara. Por sua vez, o campo presidencial acredita que esta nova constituição que limita os mandatos presidenciais a dois, voltou a colocar o contador a zero. Portanto, é o primeiro mandato da Terceira República. Cabe ao Conselho Constitucional, que recebeu 44 dossiês de candidatura às eleições presidenciais de 31 de outubro, resolver esse debate.

fonte: afrique-de-l-ouest/cote-ivoire-actualite
 

Jornalistas e personalidades alertam para ameaça do monopólio da imprensa pelo Governo angolano.

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O alegado monopólio dos órgãos de comunicação social pelo Governo
angolano está a preocupar a classe de jornalistas e vários setores da sociedade civil.

Depois da recuperação de vários órgãos privados, comprados por homens do regime de José Eduardo dos Santos com dinheiro público, pelo Executivo surge agora a grande preocupação sobre o destino a ser dado ao referido património.

Várias associações e jornalistas têm vindo a exortar o Governo a garantir um processo transparente e imparcial na privatização desses órgãos.

Elas desafiam o Executivo a designar cidadãos idóneos, vinculados à classe de profissionais ou organizações não governamentais, para acompanhar o processo de transição desses órgãos para a esfera privada.

A principal preocupação dos jornalistas radica no risco de que a passagem destes órgãos para a esfera do Governo possa ferir o princípio da pluralidade e da imparcialidade da informação.

Para personalidades da sociedade civil, a concentração desses órgãos na esfera do Governo não é desejável porque a lei de Imprensa proíbe este
monopólio.

Por outro lado, teme-se que as autoridades possam cair na tentação de interferir na linha editorial desses meios.

Entidade reguladora diz acompanhar o processo

A Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana, através de uma
nota de imprensa divulgada nesta semana, garante estar a acompanhar, com
interesse e preocupação, o processo de recuperação de ativos do
Estado a nível da comunicação social, em prol da salvaguarda da
liberdade de expressão e de pensamento na imprensa.

Aquele órgão augura que o processo não resulte na concentração da propriedade dos meios intervencionados de modo a constituir-se em monopólio ou oligopólio do Estado.

A lei confere à entidade a competência de velar pela não concentração da titularidade de empresas ou órgãos de comunicação social, com vista a salvaguardar o pluralismo da informação e do respeito pela concorrência.

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (STA) e outras associações profissionais produziram recentemente uma declaração pública, na qual manifestam as suas preocupações principalmente relacionadas com as conquistas alcançadas até agora, como a liberdade de imprensa e o pluralismo da informação.

O secretário geral do STA, Teixeira Cândido, defende o respeito da linha editorial desses órgãos e apela o Governo a criar incentivos para todos
aqueles que se mostrarem interessados em investir nos órgãos privados de
comunicação social.

No programa Janela de Angola, além de Teixeira Cândido, o jornalista e ativista Rafael Marques e o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, manifestam as suas opiniões.

fonte: VOA
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O anúncio da candidatura de Alassane Ouattara no início de agosto gerou protestos que às vezes foram reprimidos com violência em todo o país, matando pelo menos 15 pessoas. Desde então, o presidente cessante da Costa do Marfim tem feito vários telefonemas, em busca de apoio externo para atingir seus objetivos.

Em sua linha de visão, o presidente Ouattara estava ansioso para conhecer seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que ficou ensurdecedoramente silencioso desde a reviravolta daquele que ele descreveu em março passado como um "estadista, homem de palavra ". Esse silêncio expressava a decepção do chefe do Elysee, que queria ajudar Ouattara a sair pela porta da frente? Em todo caso, o relacionamento era frio.

"Acolhemos nossas opiniões convergentes sobre a situação econômica e política na Costa do Marfim, especialmente a eleição presidencial em um clima de paz." Foi com essas palavras que Alassane Ouattara tentou encobrir sua decepção ao deixar a audiência na sexta-feira, 4 de setembro. Mas, na realidade, ele se viu preso por um "Júpiter" que se sentiu humilhado desde o anúncio desta candidatura que mergulhou a Costa do Marfim de volta em um novo ciclo de violência, desta vez antes -eleição.

Como foi a audiência?

Poder-se-ia dizer que o RHDP de Alassane Ouattara apostou tudo na interferência do Palácio do Eliseu no seu 3º mandato, o que foi contestado pela opinião nacional marfinense e por activistas africanos. Mas a realidade foi diferente, porque acabou em uma ducha fria!

De acordo com informações recolhidas à margem da reunião da sexta-feira passada, o presidente Macron não queria esta reunião. Ele finalmente aceitou graças ao ativismo de Dominique Ouattara (esposa de Alassane Ouattara), que teve que agitar sua própria rede para vir em socorro do marido, de seu presidente. Entraram em jogo o bilionário libanês-marfinense Pierre FAKHOURY, Melissa BOUYGUES (esposa de Martin BOUYGUES) e Vincent BOLLORE. Estas últimas foram enviadas para Brigitte Macron, a fim de convencer seu marido a receber o Sr. Ouattara. Os lobistas citaram duas razões para fazê-lo: se Alassane Dramane Ouattara não fosse o futuro presidente, o caos estaria na Costa do Marfim; e os interesses franceses seriam ameaçados. Poderíamos ter dito bravo a Mélissa BOUYGUES que conseguiu obter uma audiência através de Brigitte Macron. Mas isso sem contar com o conteúdo da audiência.

A resposta de Macron a Ouattara

A resposta de Emmanuel Macron foi rápida. Paris não é muito favorável ao projeto do terceiro mandato de Alassane Ouattara, o presidente francês não poderia aparecer oficialmente com um personagem que o colocasse em desacordo com a opinião nacional e internacional. Sobretudo porque acabava de presidir a celebração do 150º aniversário da República Francesa poucas horas antes do seu encontro com Ouattara. Somado a isso, há 6 meses em um tweet publicado, Emmanuel Macron parabenizou seu homólogo marfinense após seu anúncio de não candidatura, apresentando-o como “um modelo de democracia em África”! Diante dessa insistência de parentes, o presidente francês acabou recebendo-o sujeito à aceitação das contrapropostas:

Manter um consenso da classe política em cada etapa do processo eleitoral;

Cessação imediata da violência e que não haja mais distúrbios no território;

Nenhuma exclusão de candidaturas, incluindo a do ex-presidente Laurent Gbagbo e a de Guillaume SORO, o ex-presidente da Assembleia Nacional da Costa do Marfim;

Uma votação aberta a todos;

A libertação imediata e incondicional de prisioneiros dos últimos dias, incluindo deputados presos sem julgamento.

Se isso for feito, Paris declarará que a solução da crise (consenso) foi encontrada pelos próprios costa-marfinenses e que não apresentará qualquer interferência.

Washington, o terceiro ladrão

Os Estados Unidos continuam sendo um observador, porque depois de encontrar um terreno comum com Paris no caso de tráfico de drogas envolvendo o primeiro-ministro Hamed Bakayoko e 157 membros do RHDP, Paris se sentiu contra sua vontade de submeter às demandas de Washington, por não ver a Costa do Marfim escapar dele e a chegada de um pró-americano em sua pré-candidatura.

fonte: conakryinfos.com
 

ANGOLA: ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO, TODOS SOMOS… CULPADOS

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O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA) anunciou hoje, em Luanda, que tem provas concretas de que o seu colega, Sílvio Dala, não faleceu de enfarte agudo do miocárdio, mas por outras causas. Para nós, Folha 8, tudo indica que o médico se suicidou só para azucrinar o prestígio, internacionalmente (re)conhecido, da Polícia do MPLA. Simples!

Ainformação foi hoje avançada pelo presidente do SINMEA, Adriano Manuel, no protesto da classe médica, em memória do pediatra Sílvio Dala, que morreu no dia 1 de Setembro, depois de ter sido levado pela polícia para uma esquadra, porque se encontrava a conduzir sem máscara facial. E, como é óbvio, a Polícia sabe muito mais do assunto do que o Sindicato dos Médicos.

Com uma afluência de perto de 300 médicos, trajados de preto e com dizeres nas camisolas como “Exigimos Justiça; Os médicos Exigem Dignidade e Respeito; Não nos Matem, o Povo Precisa de Nós”, ou envergando batas brancas com manchas vermelhas a imitar sangue, a marcha decorreu sem incidentes e sob protecção de dezenas de polícias.

Na sua intervenção, Adriano Manuel sublinhou que é preciso que sejam esclarecidas as verdadeiras causas que levaram à morte o médico Sílvio Dala.

“Por isso, nós vamos obrigatoriamente continuar com o nosso projecto. Temos a necessidade de, na próxima semana, levarmos a tribunal, pois temos provas concretas que o nosso colega não faleceu de enfarte agudo do miocárdio, teve outras causas que jogaram um papel muito importante”, disse.

Adriano Manuel insurgiu-se também contra a bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, Elisa Gaspar, que se demarcou da marcha organizada pelo SINMEA.

“Nós tivemos a oportunidade de observar ontem (sexta-feira), infelizmente, a entrevista da nossa bastonária e nós não gostamos nada de ouvir aquilo, por isso na próxima semana o sindicato vai pronunciar-se sobre isso”, referiu Adriano Manuel, apelando para a calma dos médicos.

Em declarações à agência Lusa, o médico Rodrigo João considerou “uma tristeza” o actual momento, lamentando a morte de um profissional “que podia servir a nação durante vários anos”.

“Infelizmente, não houve piedade e o cidadão morreu em circunstâncias não devidamente definidas”, referiu, reiterando a tristeza entre a classe médica. Rodrigo João defendeu uma polícia “mais humanista” que deve priorizar a pedagogia.

“Quando um cidadão cometer um erro, deve ser chamado a atenção, corrigir o erro desse cidadão, de modo que, das próximas vezes, o cidadão possa agir de melhor forma e não logo perder a vida”, disse.

Por seu turno, a médica Verónica Nanatcha lamentou a perda de um pediatra face ao baixo número de profissionais existentes nessa área.

“Como se sabe era um médico do Cuanza Norte (…) a província perdeu um pediatra, já somos poucos, principalmente no interior do país”, disse Verónica Nanatcha, considerando a perda irreparável.

“Quem vai atender aquelas crianças que o Doutor Dala atendia? Ninguém. Nesse preciso momento essa manifestação é muito importante para nós, para que nos oiçam, para que nos defendam”, disse a médica, questionando “porque é que a polícia tem que agir desta maneira”.

A marcha dos médicos, iniciada no Largo da Mutamba, a qual se juntou um grupo de jovens, políticos, activistas cívicos e membros da sociedade civil, terminou em frente à Ordem dos Médicos de Angola, onde foram depositadas as batas como forma de protesto face à morte de Sílvio Dala.

Também centradas na violência policial registada nos últimos dias em Angola, foram realizadas hoje outras manifestações de jovens, em Luanda, a qual aderiram dezenas de pessoas, todas pedindo reformas na Polícia e pedagogia em detrimento de violência.

Folha 8 com Lusa


ANGOLA: NÃO BASTA TER RAZÃO.

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Dezenas de jovens que ao contrários das ordens superiores, em vigor há 45 anos, não têm o cérebro nos intestinos e coluna vertebral amovível, juntaram-se esta manhã em Luanda para apelar ao fim da violência policial do MPLA na sequência das várias mortes associadas à actuação da polícia (supostamente angolana) desde o início da pandemia de Covid-19.

Um grupo mobilizado pelo rapper Brigadeiro 10 Pacotes sob o lema “Todos pelos Direitos Humanos. Não Toca no Meu Irmão”, juntou-se cerca das 10:00 na Igreja da Sagrada Família pedindo a demissão do ministro do Interior, Eugénio Laborinho, e reformas na polícia, para que os cidadãos “em vez de terem medo, vejam a polícia como protector”.

Gritando palavras de ordem e distribuindo panfletos denunciando “actos bárbaros” contra o activista Jorge Kisseque, alvejado pela polícia, e o médico Sílvio Dala, morto no início de Setembro numa esquadra da polícia, o protesto, um dos quatro que acontecem hoje em Luanda, juntou mais forças policiais do que manifestantes, com elementos da polícia antimotim, cavalaria e brigada canina atentos aos jovens. Tal como acontecia na gestão de José Eduardo dos Santos.

Em declarações à Lusa, o Brigadeiro Dez Pacotes, cujo nome verdadeiro é Bruno Santos, apelou à demissão do ministro da tutela (o que já teria acontecido se Angola fosse o que não é – um Estado de Direito) e pediu escolas para formação da polícia, a fim de melhorar a cultura jurídica e pedagógica quando abordam os cidadãos.

“A polícia é um órgão que deve garantir a confiança do cidadão, hoje vivemos numa insegurança grave em que todos os cidadãos ao depararem com a polícia têm medo, em vez de encararem a polícia como um protector”, afirmou o activista, pedindo “reformas” para que “a polícia seja amiga do cidadão”.

“A polícia não pode ser instrumentalizada para a manutenção do poder do MPLA e reprimir o povo” e “semear o medo”, criticou o rapper, que anunciou no início do ano a intenção de lançar um novo partido político.

Brigadeiro 10 Pacotes sublinhou que Angola ratificou a Declaração Universal dos Direitos Humanos e que se está perante “um atentado” a esse tratado. “Não vamos admitir um Estado que mata os seus cidadãos, que viola sistematicamente os Direitos Humanos, um Estado que ameaça, um Estado que aterroriza ao invés de proteger”, desafiou.

“As vidas angolanas importam”, lia-se num cartaz empunhado por um manifestante num outro protesto (“Não à brutalidade policial”) que começou pelas 12:00 junto do Clube 1º de Agosto, numa alusão ao movimento activista internacional que teve origem na comunidade negra dos EUA.

Cerca de 50 jovens, muitos vestidos de negro, concentraram-se neste local, exibindo cartazes caseiros onde pediam “Parem de nos matar” e “Basta de mortes! São pagos para proteger não são pagos para matar”, enquanto outro exigia “Laborinho [ministro do Interior] fora”.

Em Luanda decorreram hoje quatro manifestações: uma de carácter político, de apoiantes do PRA-JA Servir Angola, projecto partidário de Abel Chivukuvuku, que estão contra a actuação da sucursal do MPLA que dá pelo pomposo nome de Tribunal Constitucional. As outras três contra a violência policial, incluindo uma convocada pelo Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (Sinmea) depois da morte do pediatra Sílvio Dala.

No dia 1 de Setembro, o médico foi conduzido a uma esquadra policial por não usar máscara facial no carro e morreu em circunstâncias esclarecidas pela polícia mas nas quais ninguém acredita.

Recorde-se que o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, confirmou a instauração do inquérito e de um processo-crime que corre trâmites na Procurador-Geral da República para aferir o que terá ocorrido na esquadra.

Também a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, defendeu, em nota de condolências, que deve ser instaurado um processo-crime com vista a esclarecer as circunstâncias reais em que ocorreu a morte do médico, para responsabilização dos eventuais prevaricadores.

Por sua vez, Paulo de Almeida, garante que “não foi morto ninguém nas celas da polícia, não foi morto nenhum médico, foi uma morte patológica que aconteceu, infelizmente coincidiu estar sobre alçada da polícia, mas não foi a principal causa da morte,” disse o comandante à Rádio Nacional do MPLA.

Paulo de Almeida rejeitou também as acusações de abusos de poder por parte dos agentes da polícia envolvidos na aplicação das medidas de prevenção do coronavírus, actuação essa que já mereceu a condenação da Amnistia Internacional.

“É preciso ficar bem claro, não sei quando é que há excesso de zelo, quando o governo publica um diploma em que chama atenção como o cidadão deve andar na via pública está na lei, quando as autoridades competentes do governo anunciam que todo cidadão, quando estiver na via pública deve usar máscara e se não usar está sujeito a penalizações, portanto, actuamos,” disse. “O médico é um cidadão, não é diferente de qualquer outra pessoa”, acrescentou. Diferentes são apenas os dirigentes do MPLA e seus familiares directos.

Segundo o Ministério do Interior, Sílvio Dala foi interpelado por um efectivo da Polícia Nacional, por não uso de máscara na sua viatura, e levado à esquadra. A medida do efectivo da PN baseou-se no Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública (já revogado), que impunha o uso obrigatório de máscara na via pública e no interior das viaturas, mesmo as viaturas pessoais.

O porta-voz do Ministério do Interior, Waldemar José, afirmou há dias, que o médico teria sido encaminhado para uma esquadra policial mais próxima, onde foram cumpridas todas as formalidades da elaboração do auto de notícia e a respectiva notificação de transgressão.

Pelo facto de a esquadra não possuir mecanismo para o pagamento da multa de cinco mil kwanzas, disse, o médico terá ligado para alguém próximo para efectuar o respectivo pagamento e levar o comprovativo à esquadra.

Foi nesse período de espera, de acordo com o oficial comissário do MPLA, que o cidadão teria começado a sentir-se mal tendo desmaiado embatendo com a cabeça no chão.

O mesmo, afirmou, foi prontamente posto numa viatura das forças de defesa e segurança que a levou para o Hospital do Prenda, no mesmo distrito, onde veio a falecer durante o trajecto.

Em comunicado de imprensa, o Ministério referiu que após dirigir-se à esquadra dos Catotes, no Rocha Pinto, foram explicados ao médico os moldes de pagamento da coima e não tendo um terminal de multibanco nos arredores, telefonou a um familiar próximo para proceder ao pagamento.

A nota adianta que “minutos depois, apresentou sinais de fadiga e começou a desfalecer, tendo tido uma queda aparatosa, o que provocou ferimentos ligeiros na região da cabeça”.

“Devido ao seu estado grave, foi levado para o Hospital do Prenda e no trajecto acabou por perecer”, sublinha-se no documento, acrescentando-se que o Serviço de Investigação Criminal interveio, levando a vítima para a morgue do Hospital Josina Machel. De acordo com as autoridades, a família do falecido terá confirmado que o médico padecia de hipertensão.

O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (que comparado com a Polícia nada percebe da questão) contraria a versão da polícia, dizendo que depois da queda o médico foi mantido na cela e horas depois foi encontrado morto.

“Só assim é que entenderam levar na viatura da polícia o malogrado para o Hospital do Prenda, onde apenas foi confirmada a sua paragem cardiorrespiratória irreversível”, refere o sindicato.

Um grupo de colegas do Hospital Pediátrico David Bernardino, onde trabalhava o falecido, depois de tomar conhecimento da morte deslocou-se à referida morgue e ficou surpreendido porque a gaveta onde se encontrava o corpo estava cheia de sangue.

“O colega apresenta uma ferida incisiva, tipo corte na região occipital o que presumimos ter sido submetido a pancadaria e duros golpes que resultou naquela ferida e abundante sangramento”, realça o sindicato.

O malogrado médico deveria saber, e o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, fartou-se de avisar, que a polícia iria reagir de forma adequada ao comportamento dos cidadãos, mas não ia “distribuir chocolates e rebuçados” perante os actos de desobediência.

Ora, não andar com máscara como é (era) obrigatório pode causar, sobretudo dentro das esquadras, “quedas aparatosas” que podem “provocar ferimentos ligeiros na região da cabeça…” que, contudo, originam um “estado grave” e a morte.

Mas quando um cidadão não usa máscara tem de ser levado para a esquadra, o único lugar adequado para resolver tão candente problema, e aí há sempre a possibilidade de quedas, de ferimentos ligeiros que evoluem para grave e que terminam na morgue.

Está, portanto, esclarecido que o médico Sílvio Dala foi (como é timbre da Polícia) levado com toda a cortesia e urbanidade para uma esquadra, tendo ficado irritado com os agentes por estes se terem (e bem) recusado a – como mandou o chefe – dar-lhe chocolates e rebuçados e a servir-lhe um “whisky” (com duas pedras de gelo).

Pensando em denegrir a impoluta imagem da Polícia Nacional, o médico Sílvio Dala terá começado a agredir as grades da cela, atirando-se pelas escadas abaixo numa tentativa de suicídio que se concretizou mau grado o enorme esforço dos agentes para tentarem evitar o falecimento…

Desde o início da pandemia, mais de uma dezena de pessoas perderam a vida na sequência de intervenções policiais para obrigar ao cumprimento dos decretos presidenciais com as medidas que vigoraram no estado de emergência e agora na situação de calamidade pública, nomeadamente o uso de máscara facial.

Folha 8 com Lusa

Cuba: o país que mais ataques terroristas recebeu durante mais tempo.

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Mas setembro tem a sua história e os cubanos, vítimas dessa política do governo ianque, lembramos outros setembros e outros crimes


Fidel abraça Carlos Alberto Cremata, filho de uma das vítimas do ato terrorista que derribou um avião em pleno voo nas costas frente a Barbados, matando 73 pessoas. Foto: Cortesia de Carlos Alberto Cremata.



Em 11 de setembro de 2001, uma notícia ocupou as manchetes de todos os meios de comunicação do mundo «Estados Unidos sob ataque», as imagens das torres do World Trade Center envolvidas em nuvens de fumaça e de poeira se converteram no sinal de uma nova época.

Mais de 3 mil pessoas foram sacrificadas nessa sorte de Moloch em que se converteu o World Trade Center, ícone das finanças e dos negócios. Este fato lamentável também serviu para que os falcoes da guerra pegassem as espadas e espalhassem o medo e a morte em «escuros recantos do mundo».

Tal como disse o ex-diretor da CIA e general, David Petraeus, «A luta contra o terror vai durar gerações».

Os mestres, os mesmos que durante anos patrocinaram o terrorismo como política de Estado no enfrentamento aos países progressistas, os movimentos e líderes da esquerda no mundo, converteram-se naquele nono mês do ano 2001 em «líderes» da luta contra esse flagelo da humanidade.

Mas setembro tem a sua história e os cubanos, vítimas dessa política do governo ianque, lembramos outros setembros e outros crimes.

Em 11 de setembro de 1980, Félix Rodríguez, diplomata da Missão cubana na ONU, nos Estados Unidos, viajava em seu carro pelas ruas de Nova York, indo ao encontro de uns amigos em Queens, quando em um semáforo foi alvejado por vários disparos feitos com uma pistola Mac com silenciador. O crime foi atribuído à organização contrarrevolucionária Omega-7.

Nesse dia Félix tinha lembrado, junto a vários companheiros chilenos, a resistência do presidente Allende ao golpe de Estado perpetrado por Augusto Pinochet no Chile.

O golpe, executado um dia 11 de setembro, sete anos antes do assassinato do diplomata cubano, foi preparado e executado por militares e políticos conluiados, sob o comando da CIA, como parte da estratégia de terrorismo de Estado do governo dos Estados Unidos contra a América Latina.

Também um mês de setembro, mas de 1997, um jovem turista italiano faleceu ao explodir uma bomba que o terrorista Luis Posada Carriles mandou pôr no Hotel Copacabana, em Havana.

Como resultado das 681 ações terroristas provadas e documentadas, morreram 3.478 mulheres, homens e crianças. Outras 2.099 pessoas ficaram incapacitadas.

Nosso país tem toda a moral do mundo para denunciar o governo dos Estados Unidos como o responsável por esses atos.

As rajadas disparadas contra a Embaixada de nosso país em Washington, em 30 de abril passado, e o silencio posterior, não são mais do que a confirmação da vigência dessa política que parece não ter fim, é uma prova da hipocrisia daqueles que, em 2001, se proclamaram inimigos jurados do terrorismo.


fonte: granma.cu

João Lourenço afirma que "não há culpados" pelo adiamento das autárquicas angolanas.

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O Presidente angolano afirmou que "não há culpados" do adiamento das autarquias no país, salientando que tanto o Executivo como a Assembleia Nacional estão a trabalhar no sentido de reunir condições para que se realizem.

João Lourenço, Angola Präsident (Getty Images/M. Spatari)

Os membros do Conselho da República de Angola consideraram, na sua maioria, que não há condições para realizar as primeiras eleições autárquicas do país, uma posição criticada pelo maior partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) que atribuiu a decisão ao receio de uma derrota por parte do partido no poder (MPLA).

Questionado este sábado (12.09) sobre a posição assumida por alguns conselheiros da República que discordam do adiamento, João Lourenço afirmou que "o que conta são as conclusões a que esse órgão chega", independentemente da posição individual dos seus integrantes, e salientou que o Conselho considerou não haver condições para a realização das eleições autárquicas este ano por não terem sido concluídas algumas condições prévias, estando por concluir o pacote legislativo autárquico.

O Presidente da República respondia aos jornalistas após a inauguração do novo hospital do Bié, batizado com o nome do médico canadiano missionário Walter Strangway, que trabalhou durante 39 anos em Angola no início do século passado.

"Esforço bastante grande”

Angola Adalberto da Costa Junior Präsident der UNITA (DW/B. Ndomba)

Adiamento das eleições autárquicas em Angola é "vergonha e deceção", diz UNITA

O chefe do Estado angolano sublinhou que a Assembleia Nacional fez "um esforço bastante grande" em aprovar parte do pacote legislativo autárquico, mas salientou que só com aprovação de todas as leis é que o titular do poder Executivo estará em condições de auscultar as forças políticas e chegar à definição de uma data para convocar as primeiras eleições autárquicas do país, que estavam previstas para 2020.

"Tudo o resto não passa de acusações mútuas, de procurar culpados, mas neste processo não há culpados. Todos estão a trabalhar, quer o Executivo, quer o Parlamento, no sentido de reunir as tais condições que tornarão possível a realização das eleições", destacou João Lourenço.

Questionado sobre informações que dão conta de que se está a organizar uma frente de partidos da oposição para enfrentar o MPLA nas próximas eleições gerais, em 2022, João Lourenço considerou que "se isso é reconhecimento de que individualmente os partidos políticos, concorrendo sozinhos, não têm a capacidade de enfrentar o adversário (…), estão no direito de chamar os amigos e os vizinhos para ajudar a derrotar o adversário".

Novo hospital

O Presidente afirmou ainda, após a inauguração do novo hospital, com 230 camas e prestação de 20 serviços especializados, que o Executivo angolano está apostado em continuar a fazer investimentos não só em infraestruturas, como na formação de pessoal médico e paramédico para "minimizar o sofrimento” da população.

Angola Luanda Joao Lourenco

Presidente angolano afirma que “não há culpados” pelo adiamento das autárquicas

"Trabalhamos no sentido de procurar reduzir, ou eliminar, as juntas médicas que, ao longo das décadas, o país conheceu", disse, lembrando que foram enviados para o exterior "milhares de angolanos para se tratarem, o que representa uma despesa bastante grande e que o governo quer inverter".

"Os recursos avultados que temos vindo a gastar em hospitais de referência fora de Angola vamos gastá-los aqui, vamos investir em Angola em hospitais de referência do género deste e outros", continuou.

João Lourenço disse também que o Governo pretendia inaugurar em Luanda este ano "pelo menos quatro importantes unidades hospitalares", o que "provavelmente" não irá ser feito devido à pandemia de covid-19, prometendo fazê-lo no próximo ano.

No mesmo dia em que o chefe do Executivo angolano se deslocou ao Bié realizaram-se, em Luanda, quatro manifestações, entre as quais uma convocada pelo Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, para homenagear o pediatra Sílvio Dala, que morreu no âmbito de uma intervenção policialem circunstâncias suspeitas e ainda não totalmente esclarecidas.

O Presidente da República não foi questionado sobre o assunto.

fonte: DW África

Líder da RENAMO desvaloriza eventual candidatura presidencial de Dhlakama.

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O líder da RENAMO afirmou este sábado que Henriques Afonso Dhlakama, filho mais velho do antigo líder do partido, pode avançar com a sua pretensão de concorrer às presidenciais de 2024, mas não terá apoio da RENAMO.

Mosambik Nampula | RENAMO Vorsitzender | Ossufo Momade (DW/S. Lutxeque)

O presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Ossufo Momade, considera que a eventual candidatura de Henriques Dhlakama, filho mais velho de Afonso Dhlakama, então líder do principal partido da oposição em Moçambique, às eleições presidenciais de 2024, não abala a sua formação política e encoraja-o a seguir em frente.

"Não temos nenhum problema em relação a essa decisão que ele [Henriques Dhlakama] tomou. Isso não representa nenhuma ameaça ao partido, até porque ele é um cidadão livre de fazer o que bem entender".

Ossufo Momade falava este sábado (12.09) durante a sua deslocação às províncias de Zambézia, Niassa e Nampula, para uma visita de cinco dias.

Henriques Afonso Dhlakama, filho mais velho do antigo líder da RENAMO, anunciou na sexta-feira (11.09) a sua candidatura às presidenciais de 2024, dizendo que pretende evitar que o país entre "num precipício".

Mosambik Nampula | RENAMO Vorsitzender | Ossufo Momade

Momade diz que Dhlakama não terá apoio da RENAMO

Dhlakama sem apoio da RENAMO

candidatura foi confirmada à Lusa por uma fonte partidária, apesar de o novo candidato não fazer referências a partidos no seu anúncio. "Estamos à beira de um precipício e é altura de os moçambicanos reagirem com a ferocidade que se lhes conhece ao longo da sua história", refere, na declaração.

O líder da RENAMO deixou claro que a candidatura de Henriques não terá apoio da direção do seu partido.

"Se ele vai concorrer, não podemos criar nenhum problema a um cidadão que quer concorrer [às eleições de 2024], acho que ele está preparado, organizado e tem convicção daquilo que lhe leva a ter esse pensamento de disputar às presidenciais", disse Momade num encontro com os militantes e simpatizantes da RENAMO.

Convite para Nhogo

Mosambik Nampula | RENAMO Vorsitzender | Ossufo Momade (DW/S. Lutxeque)

Líder da RENAMO em contato direto com os militantes do partido

O presidente do maior partido da oposição moçambicana aproveitou a ocasião para, mais uma vez, convidar o líder da autoproclamada Junta Militar, Mariano Nhogo, a juntar-se ao processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR), abandonando, assim, os ataques que o seu grupo tem protagonizado nas províncias de Sofala e Manica, no centro de Moçambique.

Ossufo Momade está a fazer um périplo pelas províncias o país, onde entre vários assuntos, está a revitalizar os gabinetes eleitorais do seu partido, face às próximas eleições municipais de 2023 e presidenciais de 2024.

"A província de Nampula é celeiro do partido [baluarte], por isso, vim aqui sentir aquilo que é o pulsar do partido a nível da província. Teremos vários encontros e através desses, teremos as perspetivas daquilo que serão os resultados em 2023”, referiu.

 O partido RENAMO, recorde-se, governa oito das mais importantes autarquias, nomeadamente, a cidade de Nampula, Angoche, Ilha de Moçambique, Nacala-Porto, Malema (província de Nampula), Chiure (Cabo Delgado), Cuamba (Niassa) e Quelimane (Zambézia).  

fonte: DW


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