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terça-feira, 9 de outubro de 2018

PROCESSO MANUEL VICENTE? NEM COM GABRIEL MONDLANE.

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A Procuradoria-Geral da República (do MPLA) indicou hoje que continua a analisar o processo remetido (por via digital mas também em papel) pela justiça portuguesa envolvendo Manuel Vicente, à altura dos factos PCA da Sonangol e que depois foi vice-presidente da República, acusado de alegados crimes de corrupção activa, branqueamento de capitais e falsificação de documento.

Ainformação foi hoje avançada à Lusa pelo porta-voz da Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana, Álvaro João, no dia em que estava prevista, em Lisboa, a leitura do acórdão da Operação Fizz, entretanto adiada, processo em que estava acusado Manuel Vicente por alegada corrupção activa do ex-procurador português Orlando Figueira.
Segundo Álvaro João, a PGR continua a “estudar o processo”, que contém “um número elevado de peças”.
“O processo está em análise, está em estudo, tem um número elevado de peças, é quase da minha altura, eu tenho 1,74 metros, mas estamos a trabalhar nele”, explicou Álvaro João.
E explicou bem. Se a PGR tivesse pessoal da envergadura de Gabriel Mondlane (era moçambicano, media 2,65 metros, pesava mais de 180 quilos, e foi considerado o homem mais alto do mundo, fazendo parte do Livro de Recordes do Guinness), ainda vá que não vá. Mas assim, o melhor mesmo é esperar que daqui a uns 57 anos um qualquer historiador pegue no que restar deste dossier que, aliás, está muito bem acompanhado com o dos massacres do 27 de Maio de 1977.
Em Junho deste ano, a justiça portuguesa remeteu para Angola, após decisão um mês antes, do Tribunal da Relação de Lisboa, o processo que envolve o ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, para julgamento em Luanda, pondo termo a um caso que causou mal-estar nas relações entre os dois países, por vários meses, este ano.
A Operação Fizz assenta na acusação de que Manuel Vicente corrompeu Orlando Figueira, com o pagamento de 760 mil euros, para que este arquivasse dois inquéritos em que estava a ser investigado, um deles o caso da empresa Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril em 2008.

Fizz e Lex à moda do… bordel

Para melhor se compreender o que é este prostíbulo luso-angolano ou, é só escolher, angolano-português, nada melhor e mais elucidativo do que recordar o artigo «“Fizz” e “Lex” nasceram em Angola mas foram adoptados em Portugal», da autoria de Paulo de Morais, Presidente da Frente Cívica, e que o Folha 8 publicou no dia 9 de Fevereiro de 2018:
«A corrupção está na ordem do dia em Portugal, graças aos escândalos designados por “Operação Fizz” e “Operação Lex”. Mas, de facto, a verdadeira origem destes processos está em Angola, onde o assunto vem sendo esquecido e silenciado!
Os processos criminais Fizz e Lex são gémeos, constituem duas faces da mesma moeda. Em ambos, os principais acusados são magistrados portugueses, nomeadamente o procurador Orlando Figueira, na Fizz; e o Juiz Rui Rangel, no caso Lex. Os magistrados são acusados de terem proferido decisões favoráveis em vários processos, em particular naqueles em que estão ou estiveram envolvidos Manuel Vicente e Álvaro Sobrinho, angolanos todo-poderosos.
Estes estarão alegadamente implicados em sistemas múltiplos de branqueamento de capitais. Capitais que o ex-vice presidente de Angola Vicente e o ex-banqueiro Sobrinho transferiram para Portugal, nomeadamente adquirindo imóveis luxuosos. Capitais que, como sabemos, foram obtidos no imparável carrossel de corrupção, em Angola, à custa da miséria e da fome dum povo que sofre amargamente.
Os processos originais nasceram porque nem Vicente nem Sobrinho (assim como muitos dos seus parceiros de negócios) conseguem explicar cabalmente a origem legal do capital mobilizado para estes investimentos imobiliários milionários. Obviamente, o facto de não conseguirem esclarecer a origem legal leva à conclusão de que, simplesmente, as suas fortunas foram obtidas de forma ilícita e corrupta, em Angola.
A origem dos capitais de Manuel Vicente está mais do que desvendada: tem origem nos recursos petrolíferos que deveriam ser utilizados em benefício dos angolanos, mas têm sido retidos por poucas famílias, com Vicente a ocupar neste grupo privilegiado um lugar de destaque. Já, por outro lado, Álvaro Sobrinho conseguiu um predomínio na finança, em Angola e Portugal. Contribuiu, de forma destacada, para a falência do Banco Espírito Santo em Portugal e o seu congénere BES (Angola). Conseguiu protecção por parte do ex-presidente Eduardo dos Santos, da sua família, dos militares e do MPLA – uma protecção ilimitada. Obteve-a a troco da concessão de créditos sem garantias aos mais altos dignitários de Angola (com o actual presidente João Lourenço incluído). E tornou-se, com estas moscambilhas e outras de igual jaez, multimilionário, um dos angolanos mais ricos.
Para Álvaro Sobrinho e Manuel Vicente, a intervenção dos Tribunais portugueses e as acusações de que foram alvo constituíram surpresa – habituados que estão a uma dócil justiça angolana, maleável e submissa aos poderosos. Como foram apanhados pela Justiça, terão tentado subornar os actores da Justiça portuguesa, nomeadamente procuradores e juízes.
O procurador Orlando Figueira, o juiz Rui Rangel e os seus eventuais cúmplices estão agora a contas com a Justiça. E bem. Estão acusados e espera-se que tenham um julgamento justo, a que qualquer cidadão deve ter direito num estado de direito democrático. Mas confiemos também que os processos originais de branqueamento de capitais provenientes da corrupção em Angola não sejam esquecidos.
Mais do que os processos em si, é importante desmascarar e desmontar todo um sistema, através do qual o dinheiro sujo das fortunas dos apaniguados do regime corrupto de Eduardo dos Santos, tem chegado a Portugal e, a partir daí, à Europa. Lisboa transformou-se nos últimos anos numa enorme lavandaria de dinheiro dos angolanos menos sérios (e mais ricos). Estes não só contaminam os negócios imobiliários (e outros) portugueses com esquemas de corrupção e branqueamento de capitais – como conseguem até estender a sua “longa manus” ao sistema judicial português.


A lavagem de dinheiro é a mais peculiar forma de exportação e contaminação de corrupção – modalidade em que o regime angolano se especializou. A contaminação é, aliás, uma das principais características da corrupção. Seja qual for a sua origem, mormente em Luanda, o fenómeno dissemina-se em todos os países com quem os corruptos interajam. De Timor ao Brasil, passando pela Guiné Equatorial ou por Portugal, a podridão propaga-se – chegando mesmo aos Tribunais superiores portugueses. É bem sabido que, quando se juntam maçãs podres e maçãs boas… nunca são as podres que ficam boas!»
fonte: folha8

ANGOLA RENOVA A HIPOTECA.

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O embaixador de Angola na China, João Salvador dos Santos Neto, ressaltou hoje, em Pequim, a importância da cooperação bilateral, sublinhando que a visita do Presidente da República, João Lourenço, simboliza o interesse dos dois Estados no estreitamento das relações.

OChefe de Estado angolano chegou hoje à cidade de Pequim, para uma visita de Estado de dois dias (9 e 10 de Outubro) ao país que detém a segunda maior economia do mundo (depois dos EUA), com o qual Angola prevê rubricar quatro novos instrumentos de cooperação.
João Lourenço, o primeiro líder africano a ir à China, depois da realização da III Cimeira do Fórum de Cooperação China-África, encabeça uma comitiva governamental que vai negociar com as autoridades chinesas a assinatura de três Acordos de Cooperação e de um Memorando de Entendimento.
Estarão em negociações os acordos para evitar a dupla tributação, de cooperação económica e técnica entre os dois países, sobre a linha de crédito entre o Banco de Desenvolvimento da China e o Ministério das Finanças, bem como um memorando de entendimento sobre recursos humanos.
No entender do embaixador de Angola na China, que falava à imprensa a propósito dos prováveis ganhos da primeira visita de Estado de João Lourenço à China, esses instrumentos vão ajudar a reforçar a cooperação bilateral entre os dois países, que mantêm relações diplomáticas desde 1983.
Nos últimos 16 anos, a China tornou-se o principal financiador estrangeiro de infra-estruturas em Angola, que já passou a ser o seu terceiro maior parceiro comercial em África.
O país mais populoso do mundo (com mais de 1,38 biliões de habitantes), maior exportador e o terceiro importador de mercadorias do planeta já abriu para Angola, desde 2002, linhas de crédito no valor de 23 mil milhões de dólares, para apoiar projectos de infra-estruturas, segundo as autoridades angolanas.
De acordo com o embaixador de Angola, há hoje no país um quadro político e legislativo favorável para os investidores estrangeiros, em particular os chineses, daí ver com “bons olhos” a possibilidade de novos parceiros se instalarem em solo angolano.
O diplomata disse haver várias solicitações de investimento chinês em Angola, resultado do trabalho deixado pela delegação angolana que participou, em Setembro, no Fórum de Cooperação China-África.
“Nós temos sentido, mesmo ao nível da embaixada, a manifestação do interesse de muitos empresários chineses, para investirem em Angola. É este um dos objectivos do Presidente da República”, declarou.
Outro ponto que considerou importante nessa visita de Estado de João Lourenço é a possibilidade de Angola poder conhecer e tirar vantagens do potencial tecnológico da China, sobretudo da capacidade técnica da “gigante” do mundo das telecomunicações, a Huawei.
De igual modo, o embaixador acredita que a visita de João Lourenço à cidade de Tianjin venha servir para Angola tirar boas ilações de como pode modernizar o país. “Acho que é uma boa experiência que nós vamos viver”, concluiu.
Para essa missão de Estado, o Presidente da República de Angola faz-se acompanhar de titulares de vários departamentos ministeriais estratégicos, bem como do Titular do Poder Executivo e do Presidente do MPLA…
A sua deslocação à China ocorre numa altura em que o país procura recuperar de uma forte crise económica, derivada da queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional, que fez diminuir as receitas, desde finais de 2014, e elevar o custo de vida da população.
Dados do Instituto Nacional de Estatística apontam que, no primeiro trimestre de 2018, “a riqueza gerada em Angola recuou 2,2 por cento, face ao mesmo período de 2017”.

Há anos que a China “comprou” angola

Nesta matéria, como em muitas outras, João Lourenço e os seus embaixadores limitam-se a fazer o que foi feito por José Eduardo dos Santos. Ou seja, pedem fiado e mais fiado, como se hipotecar o país e o seu Povo fosse a solução para a criminosa incapacidade de governar de forma séria e honesta.
Em Novembro de 2016, representantes de cerca de 600 empresas chinesas estiveram em Luanda a participar no fórum de investimento Angola/China, que – repare-se na coincidência dos objectivos – visou reforçar a cooperação económica entre os dois países, identificando novas oportunidades de negócio.
Fonte da organização deste fórum, a cargo da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) da Casa Civil do Presidente da República de Angola, informou que áreas como agricultura, pescas, energia e águas, construção e minas estiveram na agenda das potencialidades angolanas que interessaram aos empresários chineses.
Na altura, o Governo encarregou o ministro e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Manuel da Cruz Neto, para liderar uma comissão, com mais oito ministros, que preparou este fórum.
Nessa altura, a China já comprava praticamente metade do petróleo produzido em Angola, liderando os destinos das exportações angolanas. Além disso, era também o maior financiador do país, com linhas de crédito para obras em Angola, realizadas por empresas chinesas. A última destas linhas fora concedida em 2015, no valor de 5,2 mil milhões de dólares.
O Governo destacava que a China “constitui um parceiro importante” de Angola e que “as excelentes relações entre os dois Estados têm reforçado cada vez mais o âmbito da cooperação, particularmente no domínio económico”.

Camaradas chineses, o MPLA está convosco

Angola (mais propriamente o regime) já era na altura o país africano que mais beneficiou de empréstimos concedidos pela China, ultrapassando os 12 mil milhões de dólares, desde 2000, segundo a unidade de investigação sedeada nos EUA, ChinaAid.
O principal receptor das linhas de crédito abertas por Pequim foi o sector transporte e armazenagem, que absorveu 20% do montante global, detalha aquela pesquisa. Logo a seguir, surge a produção e abastecimento de energia, que recebeu 18% do crédito chinês.
Governo e sociedade civil, comunicações e abastecimento de água e saneamento, que, no conjunto, acederam a 667 milhões de dólares, surgem no fim da lista.
Depois de a guerra civil em Angola ter acabado, em 2002, a China tornou-se um dos principais actores da reconstrução do país, nomeadamente das suas estradas, caminhos-de-ferro e outras infra-estruturas.
Em troca, “obteve condições favoráveis para a exploração de minérios”, referia uma pesquisa conduzida pela jornalista de investigação espanhola Eva Constantaras.
A China já era em 2016 o maior importador do petróleo angolano, mas, devido à queda do preço daquela matéria-prima, o valor das exportações angolanas para o mercado chinês diminuiu cerca de 50%, em 2015, para 15,98 mil milhões de dólares.
“A maioria dos principais receptores são países ricos em recursos naturais – incluindo petróleo, diamantes e ouro – e muita da ajuda chinesa serve para tornar essa riqueza acessível para exportar”, apontava o estudo/pesquisa.
Recorde-se que a Economist Intelligence Unit (EIU) considera que o aprofundamento das relações económicas entre Angola e China é mutuamente positiva.
“Ambos os países gostam de falar muito da sua relação mutuamente vantajosa, e ambos certamente têm algo a ganhar se avançarem para além do tradicional modelo de crédito estatal, mas estas boas intenções devem primeiro superar as dificuldades e os altos custos de fazer negócios em Angola, e podem ser abrandadas pelo próprio abrandamento económico da China”, escreve a EIU.
“Angola está a aprofundar a sua relação económica com a China, esperando ir além do tradicional modelo estatal de linhas de crédito pagas em petróleo, para uma abordagem mais diversificada e liderada pelo sector privado”, escreveram os analistas da EIU numa nota enviada aos investidores.
“O investimento privado estrangeiro é urgentemente necessário em Angola, a lutar contra os preços baixos do petróleo, a sua maior exportação e fonte de receitas”, escreve a EIU, acrescentando que “as empresas chinesas têm a capacidade de fornecer dinheiro e ‘know-how’ para ajudar o país a desenvolver sectores não petrolíferos, como a agricultura e a manufacturação, e criar os tão necessários empregos”.


“Com os preços do petróleo fortemente pressionados, o volume de crude que Angola tem de enviar para a China para cumprir as obrigações financeiras cresceu consideravelmente”, escreve a EIU, concluindo que “isto significa que Angola tem menos crude para vender noutros locais, aumentando as dificuldades de receita do Governo e provocando críticas renovadas da oposição sobre os contornos das linhas de crédito chinesas”.
fonte: folha8

Violência em campanha eleitoral em Moçambique antecipa votação quente.

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Eleições são no dia 10

Eleições são no dia 10
CIP pede atenção às autoridades em dia de eleição
Algumas organizações da sociedade civil em Moçambique consideram que os últimos dias de campanha para as eleições autárquicas do próximo dia 10 foram marcados por sinais preocupantes de violência em alguns dos 53 municípios do país.
Para o Centro de Integridade Pública (CIP), os simpatizantes da Frelimo, da Renamo e do MDM foram aqueles que se envolveram em tumultos durante a campanha que terminou ontem.

Aquela organização de promoção da transparência e boa governação indica que na passada sexta-feira, 5, apoiantes da Renamo em Chimoio, capital da província central de Manica, atiraram pedras contra a máquina escavadora da empresa do cabeça de lista da Frelimo, João Ferreira.

Indica ainda que em Mandimba, na província nortenha do Niassa, igualmente na passada sexta-feira, apoiantes da Frelimo atiraram garrafas contendo bebidas alcoólicas contra membros da Renamo e do MDM.
Campanha eleitoral, autarquícas Moçambique
Campanha eleitoral, autarquícas Moçambique
Por seu turno, Dércio Alfazema, que representa um grupo de organizações da sociedade civil, diz que a campanha eleitoral foi marcada por sinais de violência, sobretudo nas províncias de Gaza, sul, e Tete e Zambézia, centro, que em alguns casos se traduziram na destruição de viaturas e de outros bens.
Alfazema recomenda às autoridades maior atenção para que a violência não afecte a votação na próxima quarta-feira.
Entretanto, o porta-voz da polícia moçambicana, Inácio Dina, reconhece ter havido sinais de violência durante a campanha eleitoral, "mas que não mancharam o processo".
Refira-se que 53 municípios vão a votos na quarta-feira, 10, para escolher os presidentes dos conselhos autárquicos e membros das assembleias autárquicas, num processo em cujos boletins de voto constam 21 partidos, coligações ou grupos de cidadãos.
fonte: VOA

Samara Felippo desabafa sobre assédio e ataca Gentili: 'Não é piada'.

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Texto veio acompanhado de um vídeo do humorista Danilo Gentili

Samara Felippo desabafa sobre assédio e ataca Gentili: 'Não é piada'

A atriz Samara Felippo, 40, publicou um texto em seu Instagram neste domingo (7) desabafando sobre o assédio que sofreu por diversas vezes quando ainda era uma pré-adolescente.
O texto veio acompanhado de um vídeo do humorista Danilo Gentili, 39, com um trecho de uma apresentação de stand-up comedy.
No trecho, ele se refere à frase dita pelo candidato Jair Bolsonaro à deputada Maria do Rosário. "Nem sempre eu concordo com o que ele diz. Por exemplo, ele disse que a Maria do Rosário não merecia ser estuprada. Mas, merece, né?"
Felippo disse que o vídeo lhe causou uma dor profunda. "Lembrei de quando era uma menina de 14 anos, sem qualquer preparo para a maldade do mundo. Fui abusada em inúmeros 'testes para comerciais. Sofria assédio e não percebia. Diretores, agentes. Lembro em uma seleção de catálogo para biquínis, o próprio diretor passava óleo nas meninas", disse a atriz.
Felippo se referiu, ainda, à reação da plateia diante da apresentação. "Muitas mulheres aplaudem. Isso me causou um horror físico e mental. É normal? É stand up? É só uma brincadeira? Você aplaudiria se sua namorada, filha, mãe, se você fosse ou já tivesse sido estuprada?", escreveu a atriz.
fonte: noticiasaominuto

MOÇAMBIQUE: Hermínio Morais, o guerrilheiro da RENAMO que quer governar Maputo.

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É um dos mais famosos comandantes da RENAMO. O general Hermínio Morais, a quem são atribuídos ataques famosos em Moçambique, promete "luxo em vez de lixo" se for eleito em Maputo. Batalha trava-se quarta-feira nas urnas.
fonte: DW África
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Hermínio Morais, antigo comandante da guerrilha da RENAMO, era inicialmente o segundo da lista
"General Bob" - nome de guerra de Hermínio Morais - está de volta aos combates, agora nas urnas. Quer ser o próximo edil de Maputo. E o principal adversário deste major general na reserva da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) é o octogenário Elias Comiche, que já foi presidente do município.
"A grande aposta da RENAMO é transformar o lixo em luxo nesta cidade", prometeu na sua primeira passeata na capital moçambicana, no arranque da campanha do principal partido da oposição. O candidato que veste a camisola da RENAMO para as eleições autárquicas de 10 de outubro diz que "é preciso olhar para o lixo como fonte de rendimento para criar mais empregos para as pessoas".
Natural do famoso bairro da Mafalala, na periferia da capital, o antigo comandante da guerrilha ocupava a segunda posição na lista da RENAMO em Maputo, mas com o afastamento de Venâncio Mondlane pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) ascendeu a número um. E Mondlane, que passou a porta-voz da campanha, tem ido com Hermínio Morais para todo o lado.
Hermínio Morais und Venâncio Mondlane
Hermínio Morais e Venâncio Mondlane juntos por Maputo
O apoio de Venâncio Mondlane durante as ações de campanha "foi uma estratégia que a RENAMO arranjou para emprestar a Hermínio Morais o carisma e a juventude que ele não tem", ao contrário de Mondlane, diz Francisco Carmona, editor do semanário Savana.
Hermínio Morais nem se preocupou em ter um manifesto eleitoral próprio: adotou o manifesto eleitoral de Mondlane, sublinha o jornalista analista político Fernando Lima. O diretor do "Savana" não tem dúvidas sobre o que acontecerá se o general na reserva for eleito: "Quem fará o município e desenhará os planos para Maputo será a direção colegial da RENAMO e a pessoa chave será Venâncio Mondlane."
Pensamento político?
Pouco se sabe sobre as ideias políticas de Hermínio Morais, que se juntou à RENAMO quando era ainda muito jovem e ganhou fama de ser um dos maiores especialistas em explosivos do maior partido da oposição. Mas uma coisa é certa: "Tudo o que a FRELIMO faz, ele está contra", diz o jornalista Fernando Lima.
"É muito discreto, não é dado a muita retórica política. Durante o tempo da campanha, não deu para perceber qual é o pensamento político dele, pelo menos para a cidade de Maputo", comenta Francisco Carmona. "É uma figura muito respeitada do ponto de vista militar, mas o grande público, até agora, não conhece o pensamento político dele. Só é conhecida a parte militar e o seu envolvimento na guerra dos 16 anos", acrescenta o editor.
Beginn der Renamo-Kampagne in Maputo
Campanha da RENAMO em Maputo
Hermínio Morais esteve em Roma, a participar nas negociações que culminaram com a assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992, e também na formação do exército unificado. "Ele fez parte das principais comissões criadas no Acordo Geral de Paz e depois desapareceu misteriosamente", recorda o editor. O antigo guerrilheiro também foi um dos primeiros militares a chegar a Maputo, na época de 90, juntamente com Jerónimo Malagueta - outro comandante na guerrilha da RENAMO que depois dos acordos de paz integrou o exército unificado.
José Manteigas, porta-voz da RENAMO, lembra que esta "figura emblemática" do maior partido da oposição, "um general que esteve sempre no ativo", também tem experiência política, apesar de não ter muito destaque nos meios de comunicação social. Já esteve na Assembleia Municipal de Maputo e também fez parte do Conselho Nacional de Defesa e Segurança de Moçambique - órgão que aconselha o Presidente da República. Atualmente também é administrador não executivo da Empresa Estatal de Petróleos (Petromoc).
Famosos "ataques mortíferos"
Hermínio Morais é mais conhecido "como um grande comandante da RENAMO, provavelmente o mais famoso, e aquele que fez os ataques mais mortíferos e mais destrutivos durante a guerra", lembra Fernando Lima. "Mutarara, Alta Zambézia e Marromeu: todos os que se lembram da guerra talvez se lembrem dos ataques mais espetaculares que foram protagonizados por ele nessas zonas", concorda Francisco Carmona.
Bahnhof Moatize - Linha de Sena
Linha ferroviária de Sena, em Moatize
E exemplos não faltam, lembra o editor do Savana. Diz-se que foi ele o protagonista de um famoso ataque à fábrica de açúcar de Marromeu, no vale do rio Zambeze, província de Sofala, e que foi um dos principais sabotadores da linha ferroviária de Sena, liga o Porto da Beira ao Malawi. Também lhe atribuem o célebre derrube da Ponte Dona Ana, que liga as margens do rio Zambeze, entre a vila de Nhamayabwe, na província de Tete, e o distrito de Caia, na província de Sofala. "Sobre esta figura mítica e emblemática vamos ouvir sempre muita coisa", conclui Carmona.
Também se diz que Hermínio Morais esteve sempre lado a lado do líder da RENAMO Afonso Dhlakama, que morreu a 3 maio de 2017, de quem foi assessor para assuntos de defesa e segurança. "Consta que a perda de protagonismo que teve na RENAMO pouco depois do Acordo Geral de Paz ficou a dever-se a algumas clivagens que terá tido com Afonso Dhlakama. Há quem diga também que se Dhlakama fosse vivo, Hermínio Morais não seria o número dois na lista em Maputo", diz o jornalista.
Agora, o general Hermínio Morais parece estar pronto para mais uma batalha. "Encontro-me preparado desde o princípio", declarou no dia em que a RENAMO o anunciou como cabeça de lista. O vencedor do "combate autárquico de Maputo" será decidido esta quarta-feira.

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