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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

SAI UMA PRIVATIZAÇÃO PARA A MESA DE PERITOS (DO MPLA).

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O processo de privatização das empresas públicas, iniciativa que será apreciada em breve pelo Executivo, vai permitir que as mesmas sejam mais eficientes, rentáveis e geradoras de mais postos de trabalho, afirmou hoje, em Luanda, a secretária de Estado para Finanças e Tesouro, Vera Daves.

Asecretária de Estado, que não apontou as empresas a serem privatizadas (isso depende dos interesses estratégicos de domínio do país por parte do MPLA), explicou que o processo implica uma radiografia às instituições, melhorar processos e estruturação, para que contribuam no desenvolvimento da economia nacional.
Vera Daves, que falava à imprensa na abertura da primeira Feira do Investidor, em representação do ministro das Finanças, Archer Mangueira, referiu que várias companhias e empresas públicas serão privatizadas nos próximos tempos, uma actividade que será igualmente antecedida por um concurso público rigoroso. Sendo que o significado de “rigoroso” também depende da análise dos peritos do… Comité Central do MPLA.
O Governo pretende privatizar mais 74 empresas a médio prazo. Globalmente, pretende vender a sua participação nessas empresas, a maioria das quais opera no sector industrial.
O país introduziu em 1994 a legislação sobre privatizações, para aumentar a eficiência, produtividade e competitividade da indústria angolana, e o resultado da privatização “made in MPLA” está à vista: corrupção, roubalheira, peculato etc..

Privatizar como prova de vida

Onovo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), instituído em Junho por decreto presidencial, vai assumir o processo de privatização das empresas estatais. O IGAPE substitui, em termos de denominação, o anterior Instituto para o Sector Empresarial Público (ISEP).
O novo instituto é criado como um “órgão especializado ao qual incumbe a regulação e monitorização do Sector Empresarial Público”, bem como a “execução da política e programa de privatizações e reestruturações, a gestão e o controlo das participações financeiras do Estado”. Vai ainda assegurar o “acompanhamento e supervisão da gestão dos activos financeiros e dos fundos públicos” e dos empréstimos concedidos pelo Estado.
Em concreto, caberá ao IGAPE, entre outras missões, elaborar a política e o programa de privatizações e reestruturações nas empresas públicas, bem como executar os procedimentos inerentes, desde logo através da emissão de pareceres.
O Governo prevê privatizar 74 empresas públicas a médio prazo, sobretudo do sector industrial, processo que até 2017 permitiu um encaixe financeiro para o Estado de quase 20 milhões de euros.
A informação consta de uma informação enviada aos investidores e que refere que Angola privatizou entre 2013 e 2017 um total de 29 pequenas empresas, que renderam ao Estado 23,4 milhões de dólares (19,6 milhões de euros).
“Angola pretende privatizar mais 74 empresas a médio prazo. Globalmente, o Governo pretende vender toda a sua participação nessas empresas, a maioria das quais opera no sector industrial”, lê-se no documento, que recorda que a política de longo prazo do Governo é que as empresas que não sejam obrigadas a permanecer na esfera pública, por questões políticas, “devem ser privatizadas”.
Contudo, o documento não adianta quais as empresas a privatizar ou o montante que o Governo estima arrecadar com essas operações.
“O Governo quer que futuras privatizações sejam realizadas através de um processo claro e competitivo, para o qual, na medida do necessário, as leis de privatização de Angola serão actualizadas”, acrescenta o documento.
Angola introduziu em 1994 a nova legislação sobre privatizações, para aumentar a eficiência, produtividade e competitividade da indústria do país, nacionalizada após a independência de Portugal, proclamada a 11 de Novembro de 1975.
As fábricas de cerveja Cuca e Ngola, a empresa de café Liangol, a transportadora Manauto ou a fábrica de vidro Vidrul são algumas das empresas históricas privatizadas.
Entre 2001 e 2005, o Governo chegou a identificar 102 empresas para privatização total ou parcial, processo que não chegou a ser concluído.
Entretanto, o Presidente João Lourenço criou, por despacho de 20 de Fevereiro de 2018, uma comissão de preparação e execução do processo de privatização em bolsa das empresas públicas de referência, que será coordenada pelo ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior.
Esta comissão, que integra ainda os ministros das Finanças e da Economia e Planeamento, deverá assegurar, segundo o documento, a realização dos objectivos definidos pelo Titular do Poder Executivo (João Lourenço), nomeadamente “garantir a integridade dos sectores estratégicos do Estado” e assegurar o “redimensionamento do sector empresarial público, o aumento da eficiência, da produtividade e competitividade da economia das empresas”.
Além disso, deve também “assegurar a maximização da arrecadação de receitas resultados do processo de privatização” e “possibilitar uma ampla participação dos cidadãos, através de uma adequada dispersão do capital, dando particular atenção aos trabalhadores das próprias empresas e aos pequenos subscritores”, lê-se no mesmo despacho presidencial.
O presidente da Comissão de Mercados de Capitais (CMC) de Angola, Mário Gavião, garantiu em Novembro passado que estavam criadas as condições, por parte da instituição, para que as primeiras empresas angolanas cheguem à bolsa de acções em 2018.
“O que falta na verdade é que as empresas adiram ao mercado. Tem havido interesse, há um conjunto de empresas que têm mostrado interesse em participar, nesta primeira fase. Depende dos accionistas das empresas, mas as indicações que nós temos é que muito provavelmente haverá em 2018 a abertura do mercado de acções”, adiantou.

Multiplicação de comissões

Não é por falta de comissões que a “coisa” não avança. Por despacho presidencial, João Lourenço criou uma comissão cujo objectivo é preparar e implementar o processo de privatização, via Bolsa de Valores, de empresas públicas ditas de referência.
A referida comissão é coordenada pelo ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes, e integram os titulares das Finanças, Economia e Planeamento, os secretários para os assuntos Económicos, das Finanças e Tesouro do Presidente da República.
Fazem também parte os presidentes dos conselhos de administração do Instituto do Sector Empresarial Público (ISEP), da Comissão de Mercado de Capitais (CMC) e da Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA).
De acordo com o despacho presidencial, publicado em Diário da República, de 20 de Fevereiro, o resultado do trabalho desta comissão deve assegurar a realização dos objectivos definidos pelo Titular do Poder Executivo, como garantir a integridade dos sectores estratégicos do Estado, assegurar o rendimento do sector empresarial público, o aumento da eficiência da produtividade da economia e das empresas.
Por outras palavras, a comissão deve promover o fomento empresarial e o reforço da capacidade empresarial nacional, assegurar a maximização da arrecadação de receitas resultantes do processo de privatização, promover o mercado de acções e dinamizar a actividade do mercado de capitais angolano, e em particular da BODIVA, são, entre outros, resultados esperados.
A comissão, de acordo com o diploma, é orientada a interagir com os departamentos ministeriais que superintendem o sector de actividade das empresas do sector empresarial público, indicadas para privatização, bem como as próprias empresas elegíveis, de modo a obter as informações necessárias para o correcto diagnóstico legal e financeiro das mesmas.
Para o cumprimento das funções, a referida comissão é apoiada por um grupo técnico coordenado pela secretária de Estado para as Finanças e Tesouro, Vera Daves, que vai proceder ao levantamento e diagnóstico legal e financeiro das empresas elegíveis e com potencial para a privatização em bolsa de valores.
Propor medidas de reestruturação e saneamento financeiro, bem como os ajustamentos juridico-legais de que as empresas elegíveis necessitem antes do processo da privatização, são entre outras atribuições deste grupo técnico.
Ainda em Fevereiro, o Presidente João Lourenço ordenou a criação de uma outra comissão para rever contratos celebrados entre o Estado e empresas que asseguram a limpeza urbana em Luanda, modelo instituído em 2016 e que custa mais de 300 milhões de euros anualmente.
Foi pelo despacho presidencial de 10/18, de 8 de Fevereiro, e que refere “a necessidade de se actualizar os contratos celebrados entre o Estado e as empresas que prestam serviços de higiene pública e limpeza urbana na província de Luanda”, criando para o efeito uma comissão de trabalho intersectorial.
A limpeza pública é considerada como um dos maiores problemas de Luanda, metrópole com cerca de sete milhões de habitantes, por constituir um dos principais focos de transmissão de doenças. Isto, mau grado, o governo provincial estar (como todo o país) nas mãos do MPLA desde 1975.
A comissão criada pelo decreto assinado pelo chefe de Estado ficou “encarregue da preparação das condições necessárias para a melhoria do modelo de gestão de resíduos urbanos” na capital, coordenada pelo governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho.
Integra ainda os secretários de Estado do Ambiente e das Finanças e Tesouro, bem como o vice-governador provincial para a área económica, o presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Resíduos, o Director Nacional do Ambiente e o Director Geral do Instituto Nacional de Gestão do Ambiente, entre outros responsáveis, nomeadamente dos ministérios das Finanças e da Energia e Águas.
Mesmo antes do resultado do trabalho deste comissão, João Lourenço exigiu a 9 de Fevereiro que seja alterado o actual modelo de recolha de resíduos sólidos, para o transformar num novo negócio do qual a população possa se beneficiar dos seus subprodutos, nomeadamente energia, adubos e fertilizantes.
A recomendação de João Lourenço consta de um comunicado final saído da reunião que realizou naquele dia na sede do Governo da Província de Luanda, com o governador da capital, Adriano Mendes de Carvalho, membros do executivo e administradores.
O actual governo, como os anteriores, está com os tambores da falsidade aquecidos para, numa poluição sonora, de muito má qualidade, e que intriga a maioria dos angolanos, tentar branquear os 42 anos de uma política de má gestão económica e social, discriminação política, perseguição aos opositores e sociedade civil, não bajuladora e, mais grave, a lixeira de uma política irracional, que já não consegue sair dos monturos por si implantados.
Por mais que João Lourenço tente sacudir o lixo para o quintal do vizinho, exonerando governadores e criando comissões, ao longo destes 43 anos de independência, caricatamente, todos, absolutamente, todos os governantes ficam em cima dos contentores, a analisar a lixeira do lixeiro que se segue.
Mas esta psicose das comissões está no ADN do MPLA. Todos nos recordamos da Comissão para a Economia Real do Conselho de Ministros que, por exemplo, já em Outubro de 2014 deu bitaites sobre o Programa Executivo do Plano de Aceleração da Diversificação da Economia, que se consubstanciava em reformas que visavam melhorar a sustentabilidade da estrutura de crescimento e desenvolvimento da economia do país. O resultado está à vista.
Segundo o comunicado da reunião, na altura (24 de Outubro de 2014) orientada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Domingos Vicente, a Comissão recomendou que os departamentos ministeriais da Economia, das Finanças e o Banco Nacional de Angola continuassem com o processo de concertação. Não poderia ser mais original, incisivo e pragmático.
Tratava-se de um processo de concertação com todos os ministérios que integram a economia real, com vista a trazer para o fórum de discussão mais actores directa ou indirectamente envolvidos no processo de diversificação da economia nacional, incluindo os bancos e instituições financeiras.
A 12ª Sessão Ordinária da Comissão para a Economia Real recomendou, igualmente, a elaboração de um plano de acção para a implementação imediata de acções, tendo como base os investimentos já feitos pelo Estado em infra-estruturas e unidades fabris nos mais diversos sectores em todo o país.
Folha 8 com Lusa

Tudo o que a mulher que acusa Ronaldo tem de provar.

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Jogador é acusado num caso que remonta a 2009

Kathryn Mayorga acusa Cristiano Ronaldo de violação. Esta quarta-feira à noite, os advogados da norte-americana deram uma conferência de imprensa para explicar o caso. Aos jornalistas, confirmaram que o processo passa por provar que o acordo de confidencialidade assinado em 2010 é nulo.
O que não será uma tarefa fácil, uma vez que os tribunais tendem a não considerar inválidos acordos extrajudiciais, ainda para mais quando a parte que procura essa anulação foi representada por um advogado. Se fosse fácil invalidar um acordo, estes não seriam feitos com tanta regularidade. No entanto, há alguns argumentos que os tribunais podem aceitar para invalidar um acordo. Três dessas razões são invocadas no processo de Kathryn:
Falta de capacidade para assinar um contrato obrigatório. A base é de que Kathryn não estava em condições mentais para se compreender o que estava a assinar e os moldes desse acordo. A resposta de CR7 deverá ser de que apesar da jovem por estar a sofrer stresse pós-traumático e de depressão, isso não a impedia de perceber o que estava no acordo. Se nas semanas seguintes ao incidente a jovem tiver retomado o trabalho e as suas rotinas sociais, a defesa de Ronaldo pode ter aí um argumento ainda mais forte, explica Michael McCann. Além de que a advogada da alegada vítima teria a obrigação legal de lhe explicar o que estava a assinar.
A coação é outros dos motivos que foram invocados no processo. Terá de provar que a defesa do Ronaldo usou meios desleais para persuadir Kateryn a aceitar um acordo, como sendo a parte mais frágil. Este será um argumento que o tribunal estará disposto a aceitar. Os advogados de Ronaldo podem argumentar que a equipa de 2009 estava apenas a ser zelosa do seu trabalho.
Deturpação de factos por parte de Ronaldo é a terceira razão. Mayorga defende que os advogados de Ronaldo deturparam factos com a intenção de que esta aceitasse o acordo, já que no seu estado fragilizado não iria contestá-los. Mais uma vez aqui Ronaldo vai usar o facto de Kathryn ter sido representada por um advogado que tinha por obrigação legal examinar os termos do acordo.

Onze queixas no processo

Mas o caso não é simples e tem várias camadas, explicadas na Sports Il lustrated , pelo conselheiro legal e vice-reitor da Faculdade de Direito da Universidade de New Hampshire, Michael McCann. A defesa de Ronaldo será de que Mayorga abdicou dos seus direitos de queixa ao assinar um acordo de confidencialidade. A alegada vítima terá de convencer o tribunal a considerar esse acordo nulo. Mas esta é apenas uma das nuances do caso, que remonta à noite de 12 de junho de 2009 e há muito mais que Kathryn terá de provar.
A professora, hoje com 35 anos, decidiu processar Cristiano Ronaldo. No documento em que apresenta 11 queixas, entre as quais coação, abuso de pessoa vulnerável e inflação intencional de stresse emocional (pode ler a queixa neste link, em inglês).
Ronaldo terá convidado Kathryn Mayorga e uma amiga para irem à suite do hotel onde se encontrava hospedado, depois de se terem conhecido no bar onde a jovem, então com 25 anos, trabalhava. Terá sido no quarto, enquanto ela mudava de roupa para entrar no jacuzzi,que o jogador da Juventus a terá atacado, apesar de ela ter gritado repetidamente "não".

O acordo questionável

Aconselhada pela família, Kathryn Mayorga contratou uma advogada, que é descrita como inexperiente. Foi ela que contactou os representantes de Ronaldo na tentativa de chegarem a um acordo, fora dos tribunais. Ao mesmo tempo, uma equipa de especialistas, contratados pelo futebolista, teriam investigado a norte-americana na tentativa de perceber se ela teria provas sólidas contra ele.
Os investigadores privados terão dito a Ronaldo que Mayorga estaria apavorada com a perspetiva de retaliação por parte do jogador. Uma fonte dos investigadores na polícia de Las Vegas terá dito que estariam dispostos a encerrar o caso, se o jogador chegasse a um acordo financeiro com Mayorga.
Mayorga diz ainda que foi ameaçada por estes investigadores privados de que a iam expor como alguém que queria extorquir o jogador depois de terem tido uma relação sexual consentida, caso esta falasse com a polícia ou algum elemento de autoridade.
Este clima terá levado a jovem a assinar o acordo com Cristiano Ronaldo. Apesar de Mayorga garantir que a sua advogada de então não era totalmente capaz e que estaria a tomar medicação que a tornaria "extremamente emocional, emocionalmente instável, indecisa, irritável, agitada, hipervigilante e errática". A verdade é que o acordo acabou assinado, e em troca de 322 mil euros, Mayorga teria de destruir de forma permanente todas as provas em relação àquela noite, fazer uma lista de todas as pessoas a quem teria contado e nunca mais falar do que aconteceu naquele quarto de hotel.
O caso só viria a público em 2017, a propósito dos chamados Football Leaks, nas páginas do Der Spiegel. Nessa altura não se sabia o nome da alegada vítima. Mas agora, o novo advogado da professora de Las Vegas decidiu apresentar queixa e dar uma entrevista ao jornal alemão. Ficou aí desvendada a sua identidade.
A defesa de Kathryn passará por provar que o acordo assinado em 2010 é inválido, alicerçado na ideia de que esta não estaria no pleno uso das suas capacidades. A que pode juntar a alegação de que ao proibi-la a si, à sua família e aos seus amigos de falar do assunto, o documento pretendia obstruir e evitar uma investigação criminal. O conselheiro legal Michael McCann sublinha este ponto como importante, uma vez que para o processo agora iniciado avançar é preciso que o acordo seja considerado nulo.

Ronaldo quebrou o contrato?

Tendo a conta a dificuldade de anular um acordo, a estratégia de Mayoga pode passar por acusar Ronaldo de ter violado o acordo. Um dos termos implicava que Ronaldo lesse uma carta escrita pela própria Kathryn, nas duas semanas a seguir a ter recebido a missiva. Um dos advogados de CR7 admitiu ao Der Spiegel que este leu uma carta. Mas, a agência do jogador, a Gestifute, defende que este nunca recebeu, logo nunca leu tal carta.

Outros crimes a provar

Kathryn terá ainda de provar a questão da coação. Ou seja, que Ronaldo agiu de forma a amedrontá-la, depois do episódio, colocando-a numa sensação de perigo iminente. No processo, a norte-americana pede 200 mil dólares (174 mil euros).
Ronaldo irá tentar provar que não houve violação e que a relação sexual foi consentida, de forma a conseguir que o caso se torne numa situação de "ele disse/ela disse". Embora possam existir provas (como a alegada admissão de culpa que o Der Spiegel diz ter acesso), ou testemunhas. No caso da alegada confissão, a defesa do capitão da seleção nacional pode alegar que esta está protegida pela relação advogado-cliente.

Acusação criminal

Mas a maior preocupação para Ronaldo não é este processo civil que agora lhe foi movido. Será a possibilidade de vir a enfrentar um processo-crime por violação. Uma situação que o poderá levar a ser extraditado para ser julgado ou até condenado à prisão.
Porém, a possibilidade de o caso chegar até aqui é ainda assim muito reduzida. Já que o episódio aconteceu em 2009, passou muito tempo, as provas e as testemunhas já não são tão viáveis. Além disso, o facto de as autoridades não terem dado seguimento criminal às queixas de Mayorga em 2009 pode indicar que há complicações ou discrepâncias entre a sua versão que podem tornar uma acusação muito difícil de acontecer.
Por outro lado, a polícia metropolitana de Las Vegas anunciou na segunda-feira que reabriu o caso e pode chegar agora a um entendimento diferente daquele que encontrou em 2009.

Danos na imagem

Mais certo pode ser o dano causado por este processo na imagem de Cristiano Ronaldo. A começar pelas campanhas publicitárias que valem ao jogador 47 milhões de dólares por ano (40,9 milhões de euros/ano) e que incluem marcas como a Nike ou a EA Sports.

Um moçambicano, a reunificação e a xenofobia na Alemanha.

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Como tantos outros estrangeiros, Ibraimo alberto foi e continua a ser vítima de racismo. Fenómeno que, para o moçambicano, piorou depois da reunificação da Alemanha, mas que precisa ver um fim.
fonte: DW África
Berlin - Mosambikaner Ibraimo Alberto (DW/C. Teixeira)
Ibraimo Alberto veio de Charonga, na província de Manica, para a extinta República Democrática da Alemanha (RDA) em 1981, como trabalhador convidado. Aqui, tornou-se pugilista, deputado do Partido Social Democrata (SPD) no parlamento municipal de Schwedt, no leste, e adquiriu a cidadania alemã. Atualmente atua como assistente social numa associação que apoia refugiados.
É uma uma testemunha da história da Alemanha. Ibraimo Alberto assistiu à queda do Muro de Berlim e acompanhou o processo de reunificação da Alemanha. O seu primeiro sentimento, naquela época, foi de felicidade.
"O bom dos direitos teve um grande significado. Mas também, por outro lado, não levou muito tempo, pensando que com a Reunificação mudou. Todos os discos viraram e apareceu o racismo diário. Na RDA estava escondido. Era também perigoso, mas estava mais controlado", descreve.
Buchcover |„Ich wollte leben wie die Götter“ von Ibraimo Alberto
Capa do livro de Ibraimo Alberto
Racismo na RDA
Ibraimo já conhecia a xenofobia. Paralelamente ao trabalho na Berlim Oriental, o moçambicano tornou-se um pugilista de sucesso na RDA e viajava pelo país a participar em torneios. Mas quando brilhava nos ringues de cidades como Dresden, Magdeburg ou Weimar, os torcedores reagiam com agressões.
"Gritavam: 'Tem medo desse macaco? Você não pode ser vencido por esse macaco. Não seja vencido por esse macaco. O macaco só tem a força onde tem árvores, lá na África, de onde ele vem," recorda.
Esses acontecimentos ficam pequenos quando comparados a outras situações de racismo que Ibraimo presenciou. A pior delas, afirma, foi a morte do também moçambicano António Manuel Diogo, há 32 anos.
"Amarram os pés e abrem as portas do comboio - eram portas que a pessoa poderia abrir. Deixaram o corpo no chão e para as rodas do comboio começarem a mastigar os pés, de pedaço em pedaço. Espedaçaram o corpo dele. Nem sei como contar. Isso é o racismo mais pesado que eu sobrevivi naqueles tempos", afirma Ibraimo.
Abstimmung DDR-Volkskammer (picture-alliance/dpa)
Na RDA, reunificação foi decidida em votação na Câmara Popular
Xenofobia após a reunificação
Depois da Reunificação, a violência racial não teve fim, diz Ibraimo. "Morriam pessoas que eram vistas como estrangeiros, eram abatidas na rua, no dia-a-dia. Eram abatidos na rua, empurrados, insultados, não eram servidos nos restaurantes. Aquilo já estava a piorar mesmo. A situação foi cada vez mais caótica", avalia.
Ibraimo viveu também na cidade de Schwedt, no leste. Lá, tornou-se deputado municipal. O seu objetivo principal era combater as ideias do Partido Nacional-Democrático da Alemanha (NPD).
"Eu vi que os racistas estavam já ganhando cada vez mais e faziam cada vez mais o que faziam. Então eu conseguia enfrentá-los, discutir com eles. Tentava sempre reagir, procurar um ponto da maioria para travar os problemas", conta.
Situação atual
Nos últimos anos, a xenofobia ganhou ainda mais espaço na política, com a entrada do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), no Parlamento alemão. Ibraimo Alberto vê esses desenvolvimentos com preocupação. "A AfD ganha as eleições porque as pessoas estão zangadas com tudo, porque o próprio Governo, que está no poder, não está a fazer nada," considera.
Em 2008, Ibraimo Alberto foi distinguido Mensageiro para Democracia e Tolerância. Um reconhecimento por sua exemplar integração na sociedade alemã. Atualmente, trabalha como assistente social numa associação que apoia refugiados. Para os que chegam, dá sempre o mesmo conselho.
"A pessoa tem que ser muito paciente, ser tolerante e ter uma participação clara. É muito importante mostrar 'eu trouxe isso mais aquilo, mas quero aprender de você isso e aquilo," sugere.
Pelo caminho do diálogo, o moçambicano acredita ser possível vencer a xenofobia e promover a convivência em harmonia.
Ibraimo conta sua trajetória no livro "Ich Wollte Leben Wie Die Götter" - em português "Eu Queria Viver Como os Deuses" - lançado em 2014, em alemão.

MOÇAMBIQUE: Continuidade ou mudança: Quem vencerá autárquicas na Beira?

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O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com Daviz Simango, lidera os destinos da cidade da Beira há 15 anos. Chegou a hora da FRELIMO ou da RENAMO? Campanha para as autárquicas de 10 de outubro entrou no nono dia.
fonte: DW África
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Apoiantes da FRELIMO
O atual autarca da Beira e cabeça de lista pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, mostra-se otimista em renovar a sua liderança em mais um mandato de cinco anos. Durante um "showmício" no bairro de Macurrungo, nos arredores da cidade da Beira, o atual edil falou na língua local "chindau", para dizer à população que, nenhum partido vai arrancar o poder ao MDM.
Mosambik Daviz Simango Bürgermeister von Beira
Daviz Simango, edil da Beira e candidato do MDM
Mas segundo o analista, Sérgio Andrade, a popularidade de Daviz Simango na Beira já foi maior do que é atualmente. "O povo da Beira está um bocado cansado, porque são 15 anos que Daviz está no poder, são 15 anos em que, praticamente, as coisas ficaram piores do que eram antes", afirma.
Promessas da FRELIMO 
Simango parece ter poucas hipóteses de conseguir a reeleição na edilidade mais importante do MDM. Os dois candidatos adversários - o secretário-geral da RENAMO, Manuel Bissopo, e a secretária-permanente do governo provincial, Augusta Maita - mostram-se mais fortes do que nunca.
A cabeça de lista da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Augusta Maíta, diz ser este o momento oportuno para os munícipios votarem na mudança das condições de vida. "O nosso programa de governação prevê iluminar todas estradas para permitir que a população ande à vontade", assegura.
A candidata da FRELIMO também promete resolver o problema do assentamento urbano, que não é observado no bairro da Munhava, por exemplo. "O que iremos fazer é, identificar onde ainda há espaços seguros para construção e criar as condições de infraestruturas básicas, para que as pessoas possam construir as suas habitações", diz.
RENAMO quer resgatar autarquia
A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) também pretende resgatar esta autarquia, que há anos governou. Manuel Zeca Bissopo parece ser outro candidato forte nesta campanha e tem arrastado multidões por onde passa.
"A cidade da Beira é da RENAMO. Dia 10 de outubro, vamos ganhar com maioria esmagadora. Prova disso é esta massa humana toda de hoje, mesmo não sendo fim de semana", disse Bissopo num ação de campanha no início da semana.
Até ao momento, a situação é considerada calma, embora tenham sido detidos três cidadãos em três autarquias da província de Sofala. Houve feridos e apedrejamentos quando as caravanas da FRELIMO e do MDM se cruzaram na autarquias da Gorongosa. E em Marromeu, a RENAMO denunciou o uso da força policial para intimidar membros da oposição. 

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