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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

EUA: Sobre Trump.

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Trump


Sylvain LAFOREST

É o momento certo para todos compreenderem o que Donald Trump está  a fazer e tentar decifrar a ambiguidade de como ele está a fazê-lo. O Presidente polémico tem uma agenda muito mais clara do que qualquer um pode imaginar, quer em política estrangeira, quer nos assuntos internos, mas como ele tem de permanecer no poder ou mesmo permanecer vivo para alcançar os seus objectivos, a sua estratégia é tão refinada e subtil que quase ninguém consegue vê-la. O seu objectivo total é tão ambicioso que ele precisa seguir cursos elípticos imprevistos, para ir do ponto A ao ponto B, usando padrões que afastam as pessoas da compreensão do homem. Isso inclui a maioria dos jornalistas independentes e os chamados analistas alternativos, assim como os principais editores de notícias falsas do Ocidente e uma grande maioria da população.


Sobre a sua estratégia, eu poderia fazer uma analogia rápida e precisa com a medicação: a maioria das pílulas é preconcebida para curar um problema, mas vem com uma série de efeitos secundários. Bem, Trump está a usar medicamentos apenas para os efeitos colaterais, enquanto a primeira intenção da pílula é o que o mantém no poder e vivo. No final deste artigo, verão que esta metáfora se aplica a praticamente todas as decisões, movimentos ou declarações que ele fez. Quando compreenderem o que é Trump, poderão apreciar a presidência extraordinária que ele está a conduzir, como nenhum antecessor chegasse, de perto, a igualar.

Para começar, vamos esclarecer o único aspecto da sua missão que é sério e terrivelmente directo: ele é o primeiro e o único Presidente americano a abordar a pior falha colectiva da Humanidade, a ignorância total da realidade. Visto que as empresas e agências da comunicação social e a educação são controladas por um punhado de bilionários que governam o planeta, não sabemos nada sobre a nossa História, que foi distorcida pelos vencedores e não temos ideia do mundo actual. Ao entrar na arena política, Donald popularizou a expressão "fake news"/notícias falsas, para convencer os cidadãos americanos e também a população mundial, de que as agências da comunicação social mentem sempre para vós. Agora, a expressão tornou-se um lugar comum, mas percebem o quão profundamente chocante é o facto de que quase tudo o que pensam que sabem, é totalmente falso? As mentiras mediáticas não abrangem só a História e a política, mas moldaram a vossa percepção falsa em assuntos como economia, alimentação, clima, saúde, em tudo. E se eu vos disser que sabemos exactamente quem atirou, a partir da colina relvada, sobre JFK, que o conhecimento prévio do ataque a Pearl Harbor foi provado em tribunal, que o efeito estufa do CO2 é cientificamente absurdo, que o nosso dinheiro é criado através de empréstimos de bancos que nem sequer têm esse dinheiro, ou que a ciência prova com 100% de certeza que o 11 de Setembro foi uma operação interna? Já escutaram um jornalista, um documentário da PBS ou um Professor universitário a falar sobre esses assuntos? 44 presidentes estiveram no poder e passaram sem sequer levantar uma palavra sobre esse enorme problema, antes de surgir o 45º Presidente. Trump sabe que libertar as pessoas desta ignorância insondável é o primeiro passo para a liberdade geral, portanto, começou a chamar os jornalistas tradicionais e os meios de comunicação pelo que eles são: mentirosos patológicos.

"Milhares de profissionais de saúde mental concordam com Woodward, escritor de opinião do New York Times: Trump é perigoso."- Bandy X. Lee, The Conversation 2018
 "A questão não é se o Presidente é louco, mas se ele é louco como uma raposa ou louco como um doente mental."

- Masha Gessen, The New Yorker 2017
Vamos deixar uma questão clara: para o 'establishment', Trump não é mentalmente perturbado, mas é visto, definitivamente, como um possível inimigo do mundo deles. Desde que se mudou para a Casa Branca, Trump tem sido descrito como narcisista, racista, sexista e céptico em relação ao clima, carregado de histórias obscuras e problemas mentais. Embora aproximadamente 60% do povo americano não confie mais na comunicação mediática, muitos aceitaram a história de que Trump pode ser um pouco louco ou inadequado para governar e a estatística aumenta ainda mais quando você sai dos EUA. É claro que Donald não está a fazer nada de especial para mudar a percepção profundamente negativa que tantos jornalistas e pessoas têm sobre ele. Ele é declaradamente ultrajante e provocador no Twitter, parece ser impulsivo e burro na maioria das vezes, age irracionalmente, mente diariamente e lança sanções e ameaças como se fossem gulodices da sacola lateral de um elfo num 'shopping center' em Dezembro. Podemos destruir, de imediato, um mito persistente da comunicação mediática: a imagem que Trump está a projectar é autodestrutiva e é exactamente o oposto de como os narcisistas patológicos agem, visto que adoram ser amados e admirados por todos. Donald simplesmente não se importa se vocês gostam ou não gostam dele, o que, por definição psicológica o torna o anti-narcisista supremo. E isto nem é uma opinião, é um facto bastante simples e inegável.

O seu plano geral revela um dos seus lemas favoritos: "Vamos devolver o poder ao povo", porque os Estados Unidos e a sua teia imperialista tecida no mundo estão nas mãos de alguns banqueiros globalistas, industriais militares e multinacionais, há mais de um século. Para concretizar o seu plano, ele precisa de acabar com as guerras no exterior, trazer de volta as crianças/jovens soldados, desmantelar a NATO e a CIA, controlar a Reserva Federal, cortar todas as ligações com os aliados estrangeiros, abolir o sistema financeiro Swift, destruir o poder de propaganda das empresas da comunicação mediática, drenar o pântano do Estado Profundo (Deep State) que administra as agências de espionagem e desactivar o 'governo sombra' que se esconde no Conselho de Relações Exteriores (Council on Foreign Relations) e nos departamentos da Comissão Trilateral. Em resumo, tem de destruir a Nova Ordem Mundial e a sua ideologia globalista. A tarefa é enorme e perigosa, para dizer o mínimo. Felizmente, ele não está sozinho.
Antes de abordarmos as suas técnicas e tácticas, precisamos saber um pouco mais sobre o que realmente está a acontecer no mundo.
A Poderosa Rússia
Desde Pedro, o Grande, toda a História da Rússia é uma demonstração permanente da sua vontade de manter a sua independência política e económica dos bancos internacionais e do imperialismo, pressionando essa grande nação a ajudar muitos países menores que lutam para manter a sua própria independência. A Rússia ajudou duas vezes, os Estados Unidos contra o Império Britânico/Rothschild; primeiro apoiando-os abertamente na Guerra da Independência, e novamente na Guerra Civil, quando Rothschild financiava os confederados para subjugar politicamente a nação e trazê-la de volta à cooperativa do Império colonial britânico. A Rússia também destruiu Napoleão e os nazis, ambos financiados por bancos internacionais como ferramentas para esmagar nações economicamente independentes. A independência está no seu DNA. Depois de quase uma década de oligarquia ocidental assumindo a economia da Rússia após a queda da URSS, em 1991, Putin assumiu o poder e drenou o pântano russo. Desde então, todos os movimentos que ele fez visam destruir o Império Americano, ou a entidade que substituiu o Império Americano, em 1944, que é o nome da teoria da não conspiração da Nova Ordem Mundial. O novo império é basicamente o mesmo esquema de banco central, com apenas um grupo de proprietários ligeiramente diferentes que trocaram o exército britânico pela NATO, como sendo a sua Gestapo mundial.

Até à chegada de Trump, Putin lutou sozinho contra a Nova Ordem Mundial, cuja obsessão centenária é o controlo do mercado mundial do petróleo, já que o petróleo é o sangue que corre nas veias da economia mundial. O petróleo é mil vezes mais valioso do que o ouro. Os navios de carga, os aviões e os exércitos não funcionam com baterias. Portanto, para combater os globalistas, Putin desenvolveu os melhores sistemas de mísseis ofensivos e defensivos e o resultado é que, agora, a Rússia pode proteger todos os produtores de petróleo independentes, como a Síria, a Venezuela e o Irão. Os banqueiros centrais e o governo sombra dos EUA ainda se agarram ao seu plano moribundo, porque sem uma vitória na Síria, não há como ampliar Israel, encerrando assim a fantasia secular de unir a produção de petróleo do Médio Oriente às mãos da Nova Ordem Mundial . Perguntem a Lorde Balfour, se tiverem alguma dúvida. Essa é a verdadeira aposta da guerra na Síria, é nada menos do que fazer ou morrer.


Um Século de Mentiras
Então agora, porque um governo sombra está a dar ordens directas à CIA e à NATO, em nome dos bancos e das indústrias, Trump não tem controlo sobre os militares. O Estado Profundo é um rosário de funcionários permanentes que governam Washington e o Pentágono, que só respondem às suas ordens. Se ainda acreditam que o «Comandante Chefe» está no comando, expliquem por que razão, cada vez que Trump ordenou sair da Síria e do Afeganistão, entraram mais tropas? Enquanto escrevo este texto, as tropas dos EUA e da NATO saíram das zonas curdas, foram para o Iraque e voltaram com equipamentos mais pesados ​​para as reservas de petróleo da Síria. Donald tem muito mais para drenar do pântano antes que o Pentágono realmente ouça qualquer coisa que ele diga. Trump deveria estar indignado e denunciar em voz alta que o comando militar não se preocupa com o que ele pensa, mas isso acenderia um caos inimaginável e talvez até uma guerra civil nos EUA, se os cidadãos, que possuem cerca de 393 milhões de armas em suas casas, percebessem que os interesses particulares estão sob a alçada das forças armadas. Também levaria a uma pergunta muito simples, mas dramática: "Qual é exactamente o propósito da democracia?" Essas armas são as cercas de titânio que protegem a população de um Big Brother totalitário.

É preciso perceber quantos problemas o exército e as agências de espionagem dos EUA estão a enfrentar através da criação de operações de bandeira falsa há mais de um século, para que as suas intervenções sempre pareçam justas, em nome da promoção da democracia, direitos humanos e justiça em todo o planeta. Explodiram o navio Maine, em 1898, para entrar na guerra hispano-americana, depois o Lusitania, em 1915, para entrar na Primeira Guerra Mundial. Pressionaram o Japão para atacar Pearl Harbor, em 1941, souberam do ataque com 10 dias de antecedência e não disseram nada à base havaiana. Forjaram uma agressão com torpedos norte-vietnamitas nos seus navios, na Baía de Tonkin, para justificar o envio de tropas para o Vietname. Inventaram uma história de soldados iraquianos a destruir creches/berçários para invadir o Kuwait, em 1991. Inventaram armas de destruição em massa para atacar o Iraque novamente, em 2003, e organizaram o 11 de Setembro, para destruir a Constituição de 1789, atacar o Afeganistão e iniciar uma guerra contra o terror. Essa máscara de virtude, totalmente falsa, tem de ser preservada para controlar a opinião dos cidadãos americanos e o seu arsenal doméstico, pois precisam acreditar que usam os chapéus brancos dos 'cowboys' da democracia.

 Então, como reagiu Trump, quando soube que as tropas americanas estavam a tornar a entrar na Síria? Ele repetiu sempre, em todas as entrevistas e declarações, que «asseguramos os campos de petróleo da Síria» e até acrescentou «Estou a pensar em enviar a Exxon para a região, para cuidar do petróleo sírio». Os neoconservadores, os sionistas e os bancos ficaram emocionados, mas a maioria ficou indignada, porque a grande maioria não percebe que Trump está a engolir esta pílula apenas pelos seus efeitos secundários. Neste único frasco, está escrito em letras pequenas que «o uso desta droga pode forçar as tropas americanas e as tropas da NATO a sair da Síria, sob pressão da comunidade mundial unida e espantar a população americana.» Trump tornou a situação insustentável para a NATO permanecer na Síria, e como ele repetiu essa posição profundamente chocante e politicamente incorrecta, mostra claramente a sua verdadeira intenção. Ele destruiu mais de um século de virtude falsa, com uma única frase.

Trump é uma anomalia histórica
Trump é apenas o quarto presidente da História dos EUA a lutar realmente pelo povo, ao contrário dos outros 41, que canalizaram, principalmente, o dinheiro do povo, num 'pipeline' de dólares que acaba nos bancos privados. Primeiro, foi Andrew Jackson, morto a tiros depois de destruir o Segundo Banco Nacional, que ele acusou abertamente de ser controlado pelos Rothschild e pela City, de Londres. Depois, Abraham Lincoln, que foi assassinado depois de imprimir as suas "verdinhas", dinheiro nacional que o Estado emitiu para pagar aos soldados, porque Lincoln se recusara a pedir emprestado o dinheiro de Rothschild, com juros de 24%. Seguidamente, JFK, que foi morto por uma dúzia de razões que contrariam principalmente os lucros dos bancos e das indústrias militares, e agora é Donald Trump, que gritou aos quatro ventos, que ele «iria devolver a América ao povo».
Como a maioria dos empresários, Trump odeia os bancos pelo poder formidável que eles têm sobre a economia. Leiam o único livro de Henry Ford, "O Judeu Internacional", para descobrir quão profunda era a sua desconfiança e ódio pelos bancos internacionais. Os negócios de Trump sofreram muito, devido a essas instituições que, basicamente, vendem um guarda-chuva para vocês, para recuperá-lo logo que chove. O controlo dos bancos privados sobre a criação de dinheiro e as taxas de juros, através de todos os bancos centrais de quase todos os países, é um poder permanente sobre as nações, muito acima do ciclo efémero dos políticos. No ano 2000, esses saqueadores da nação estavam a poucos passos do seu sonho totalitário planetário, mas alguns pormenores pararam esse acontecimento: Vladimir Putin e 393 milhões de armas americanas. Depois veio o Donald de rosto laranja, a última peça do quebra-cabeça que nós, o povo, precisávamos para acabar com 250 anos de império bancário.

Técnicas e tácticas
No início de seu mandato, Trump tentou ingenuamente a abordagem directa, cercando-se de rebeldes do 'establishment' como Michael Flynn e Steve Bannon, irritando cada um e todos os seus aliados estrangeiros, destruindo os tratados de comércio livre, impondo impostos sobre as importações e insultando-os na cara deles nas reuniões do G7, de 2017 e 2018. A reacção foi forte e todos duplicaram o absurdo do Russiagate, pois parecia a única opção para travar o homem no seu caminho de destruição do globalismo. Previsivelmente, a abordagem directa não levou a lugar algum; Flynn e Bannon tiveram de se afastar e Trump foi envolvido em algumas investigações que o fizeram perceber que não conseguiria nada com transparência. Teve de encontrar uma maneira de aniquilar as pessoas mais perigosas do planeta, mas, ao mesmo tempo, permanecer no poder e vivo. Teve de se acalmar.

Foi quando o seu génio explodiu no mundo. Mudou completamente a sua estratégia e abordagem e começou a tomar decisões absurdas e a twittar declarações ultrajantes. Por mais ameaçadoras e perigosas que alguns delas parecessem, Trump não as usou pelo significado de primeiro grau, mas estava a visar os efeitos genuínos de segundo grau, que os seus movimentos teriam. Não se importava com o que as pessoas pensavam dele pelo que fazia, pois os resultados só contam no final. Até brincava de fanfarrão no Twitter, parecia ingénuo, lunático ou completamente idiota, talvez na esperança de espalhar a crença de que ele não sabia o que estava a fazer e que não podia ser tão perigoso. Ele está  a ser, deliberadamente, politicamente incorrecto para mostrar o rosto feio que os Estados Unidos estão a esconder atrás das suas máscaras.

O primeiro teste da sua nova abordagem foi tentar parar o crescente perigo de um ataque e invasão da Coreia do Norte pela NATO. Trump insultou Kim Jung-Un através do Twitter, chamou-o de Rocket Man e ameaçou destruir a Coreia do Norte. O seu furioso erro político continuou durante semanas até que afundou na mente de todos, que não eram boas razões para atacar um país. Ele paralisou a NATO. Trump então conheceu o Rocket Man e caminharam no parque, dando início a uma bela amizade, rindo juntos, enquanto não realizavam absolutamente nada nas suas negociações, uma vez que não tinham nada para negociar. Muitos estavam a falar sobre o Prémio do Nobel da Paz, porque muitos não sabem que, geralmente, é entregue a criminosos de guerra como Obama ou Kissinger.
Depois veio a Venezuela. Trump levou sua táctica um passo adiante, para garantir que ninguém pudesse apoiar um ataque ao país livre. Colocou os piores neoconservadores disponíveis no caso: Elliott Abrams, anteriormente condenado por conspiração no acordo Irão-Contras, nos anos 80, e John Bolton, famoso militarista de primeiro grau. Trump então confirmou Juan Guaido como a sua escolha para Presidente da Venezuela; um boneco vazio tão burro que ele nem consegue ver o quanto está a ser usado. Mais uma vez, Trump ameaçou queimar o país em escombros, enquanto a comunidade mundial observava com admiração a total falta de subtileza e diplomacia no comportamento de Trump, com o resultado do Brasil e da Colômbia recuarem e dizerem que não queriam nada com um ataque à Venezuela. O medicamento de Trump deixou só 40 países satélites em todo o mundo, com Presidentes e Primeiros Ministros suficientemente mortos cerebralmente para apoiar timidamente Guaido, o bobo da corte. Donald marcou a caixa ao lado da Venezuela na sua lista e continuou a rolar para baixo.

Depois vieram os dois presentes para Israel: Jerusalém como capital e as Colinas de Golã, na Síria, como posse confirmada. Netanyahu, que tem pouca inteligência, pulou de alegria e todos gritaram que Trump era um sionista. O resultado real após o efeito foi que todo o Médio Oriente se uniu contra Israel, que ninguém mais pode apoiar. Até o seu cúmplice histórico, a Arábia Saudita, teve que desaprovar abertamente esse enorme bofetada na cara do Islão. Os dois presentes de Trump foram, na verdade, facadas nas costas no Estado de Israel, cujo futuro não parece muito brilhante hoje em dia, já que a NATO terá de sair da região. Verifiquem novamente.

Como a realidade se desmorona
Mas há mais! Com a sua falta de controlo sobre a NATO e o exército, Trump está muito limitado nas suas acções. À primeira vista, a excelente multiplicação de sanções económicas em países como a Rússia, a Turquia, a China, o Irão, Venezuela e outras nações parece dura e impiedosa, mas a realidade dessas sanções empurrou esses países para fora do sistema financeiro Swift, projectado para manter as nações escravizadas através da hegemonia do dólar e todos estão a escapar às garras dos bancos internacionais. Forçou a Rússia, a China e a Índia a criar um sistema alternativo de pagamentos comerciais com base nas moedas nacionais, em vez do todo-poderoso dólar. A realidade bipolar do mundo agora é oficial e, com as suas próximas sanções, Trump empurrará mais países para fora do sistema Swift para se juntar ao outro lado, enquanto bancos importantes estão a começar a cair na Europa.

Mesmo no furacão político em que Trump está, ele ainda encontra tempo para mostrar o seu humor arrogante quase infantil. Vejam a sua zombaria grandiosa de Hillary Clinton e Barack Obama, quando ele se sentou com os generais mais sérios que pôde encontrar, para tirar uma foto na chamada "Sala da Situação", enquanto fingiam a supervisão da morte de Baghdadi em algum lugar onde ele não poderia estar, exactamente como os seus predecessores criminosos fizeram há muito tempo com a falsa morte de Bin Laden. Até ampliou a farsa para adicionar os detalhes de um cachorro que reconheceu o falso califa do Daesch, ao cheirar a sua roupa interior. Agora que vocês percebem quem Trump realmente é, também poderão apreciar o programa, em todo seu esplendor e verdadeiro significado.

«Asseguramos os campos de petróleo da Síria». De facto, com esta frase curta, Trump uniu a sua voz à do General Smedley Butler, que abalou o mundo há 80 anos com um pequeno livro chamado "Guerra é uma roubalheira". Saquear e roubar petróleo definitivamente não é tão virtuoso como promover a democracia e a justiça. O que me surpreende são os inúmeros jornalistas e analistas "alternativos", que conhecem na ponta dos dedos todos os problemas técnicos do 11 de Setembro, ou a realidade científica da absurda história do aquecimento global, mas ainda não têm ideia do que Trump está a fazer, após três anos no seu mandato, porque eles compraram a grande comunicação mediática que convenceu todos de que Trump é um doente mental.

Para aqueles que ainda têm dúvidas sobre a agenda de Trump, acreditam realmente que a implosão óbvia do Imperialismo Americano no planeta é uma coincidência? Ainda acreditam que é devido à influência russa nas eleições de 2016 que a CIA, o FBI, todos os medias, o Congresso Americano, a Reserva Federal, o Partido Democrata e a metade belicista dos republicanos estão a trabalhar contra ele e que estão até a tentar destituí-lo? Como a maioria das coisas que saem na comunicação mediática, a realidade é exactamente o oposto do que vos estão a dizer: Trump pode ser o homem mais dedicado que pôs os pés na Sala Oval. E certamente o mais ambicioso e o mais politicamente incorrecto.

Conclusão
O mundo mudará drasticamente entre 2020 e 2024. O segundo e último mandato de Trump coincide com o último mandato de Putin como Presidente da Rússia. Pode nunca haver outra coincidência como esta, durante muito tempo, e ambos sabem que é agora ou talvez nunca. Juntos, eles têm de acabar com a NATO, com o sistema Swift e a União Europeia deve desmoronar. O terrorismo e o aquecimento global antropogénico saltarão no vórtice e desaparecerão com os seus criadores. Trump terá que drenar o pântano, na CIA e no Pentágono, e tem de nacionalizar a Reserva Federal. Junto com Xi e Modi, poderiam pôr um fim ao sector bancário privado nos assuntos públicos, ao recusar-se a pagar um único centavo das suas dívidas e redefinir a economia mundial mudando para as moedas nacionais produzidas pelos governos, pois os bancos privados cairão com um efeito dominó, sem mais servos do tipo Obama para salvá-los à vossa custa. Logo que estas medidas sejam efectivadas, paz e prosperidade insuperáveis ​​podem percorrer o planeta, pois os nossos impostos serão aplicados no desenvolvimento dos nossos países, em vez de comprar equipamentos militares inúteis e pagar juros de empréstimos de banqueiros que, sobretudo, nem sequer tinham dinheiro.
Se ainda não compreendem Donald Trump depois de ler o texto acima, é inútil. Ou vocês podem ser Trudeau, Macron, Guaido ou qualquer outro idiota útil, desconhecedor de que o tapete sob os seus pés já se escapuliu. 

fonte: pravda.ru
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

https://nowarnonato.blogspot.com/2019/11/pt-sylvain-laforest-sobre-trump.html

Brasil: Efeito Bolsonaro promove maior aumento anual do desmatamento neste século.

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Efeito Bolsonaro promove maior aumento anual do desmatamento neste século.

Discurso contrário ao meio ambiente e desmonte de políticas públicas causaram um aumento de 30% na destruição da floresta em relação ao ano anterior, segundo o Inpe
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) acaba de divulgar a taxa de desmatamento na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019, detectando 29,9% de aumento relativo, o maior entre um ano e outro neste século. É o reflexo do "efeito Bolsonaro", que começou ainda na campanha eleitoral, com seguidas incitações do então candidato presidencial à invasão de áreas protegidas, e prosseguiu após a sua eleição e posse, com as medidas de desmonte do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e dos demais órgãos federais responsáveis pela proteção das florestas e do meio ambiente em geral.
Passados onze meses desde o início do governo Bolsonaro, não dá mais para responsabilizar os governos anteriores, ou a tendência observada desde 2012. O desmatamento atual é fruto desse governo e confirma a tendência de alta apontada pelo sistema Deter-B, de detecção de alertas, durante o primeiro semestre de 2019. O Deter-B era o principal instrumento de apoio às operações de fiscalização na Amazônia, e foi atacado pela atual gestão, com críticas diretas ao trabalho do Inpe, que é referência internacional na área. Ao mesmo tempo, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), principal política pública para a conservação da Amazônia, teve sua coordenação esvaziada, enquanto o Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi transferido do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Agricultura, o que só criou mais obstáculos ao combate aos crimes ambientais.
Jair Bolsonaro, desde que assumiu a presidência do Brasil em 1º de janeiro de 2019, tem apresentado um discurso e tomado medidas que ameaçam o meio ambiente, a floresta amazônica e os povos indígenas e tradicionais. Dentre elas, podemos citar: a paralisação na demarcação de terras indígenas, o corte de R$ 24,8 milhões no orçamento da fiscalização do Ibama e outros R$ 5,4 milhões do ICMBio, a defesa das atividades minerárias e da agropecuária em terras indígenas, as desautorizações sobre as operações do Ibama contra madeira ilegal, a insistência na revisão das unidades de conservação, o estímulo à grilagem de terras, a retirada de postos de fiscalização do Ibama, a pior performance em autuações e os avisos antecipados da localização das operações de fiscalização.
Outro recibo que não dá para colocar na conta dos governos anteriores é a paralisação no único instrumento de financiamento voltado à redução do desmatamento, o Fundo Amazônia. A sua paralisação não se dá, segundo o relato do ministro, apenas para a revisão do modelo de gestão, mas sim pelo descrédito que o atual governo mostra aos principais doadores do Fundo.
Neste cenário de destruição, as terras indígenas (TIs) e unidades de conservação (UCs) encontram-se mais ameaçadas do que nunca. Durante o primeiro semestre de 2019, as terras indígenas registraram um aumento de 38% nos alertas de desmatamento do Deter-B, em comparação com o primeiro semestre de 2018. Para as UCs federais, os alertas de desmatamento foram 85% maiores em comparação com o primeiro semestre de 2018. Processo parecido foi observado com os alertas de degradação por mineração: aumento de 85% nas terras indígenas em comparação com o primeiro semestre de 2018. Durante o mês de julho, início do segundo semestre, os alertas do Deter-B de desmatamento e mineração também dispararam. Foram 1.864,2 km2 em alertas, e representam um aumento de 278% em comparação com o mês de julho de 2018.
A estimativa divulgada pelo Inpe não captura a devastação ocasionada pelo desmatamento e incêndios florestais amplamente divulgada nos meses de agosto e setembro de 2019, o que deve elevar facilmente o desmatamento ao final de 2019 para patamares acima dos 10 mil km2. Os dados do Deter-B apontam que entre agosto e a primeira semana de novembro foram registrados alertas de desmatamento que cobrem 3.929 km2, que representa 40% do desmatamento registrado nos últimos doze meses.
No início de 2019, o governo federal estava em processo de negociação de pelo menos US$ 1 bilhão de dólares de investimentos internacionais para o combate ao desmatamento e às mudanças climáticas. Cerca de US$ 500 milhões com o Fundo Verde de Clima da ONU e outros US$ 500 milhões em empréstimos do banco de desenvolvimento dos BRICS. Com a redução significativa dos esforços da União no combate ao desmatamento e a dúvida sobre o compromisso do país com essas agendas, tais recursos ficam ameaçados.
O governo Bolsonaro vem conseguindo o seu intento de promover o esbulho do meio ambiente e dos direitos das populações tradicionais, mas a síntese numérica que resulta, expressa nos números agora divulgados, joga por terra a retórica evasiva do ministro Ricardo Salles e promete distanciar o Brasil do cumprimento das metas de redução nas emissões de gases estufa assumidas no Acordo de Paris, além de esquentar o tempo nas negociações comerciais em curso e fragilizar ainda mais a imagem do país. Com suas políticas desastrosas, é o próprio governo quem expõe - gravemente - a soberania nacional sobre a Amazônia.

Antonio Oviedo
fonte: pravda.ru
ISA

 

Senegal: "Para o sabre de El Hadji Oumar, não há nada a agradecer à França" (por Abdourahmane Sall).

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A França, através de seu chefe de governo, devolveu ao Senegal o sabre de El Hadji Oumar, apreendido pelas tropas francesas em abril de 1893, durante uma luta contra o filho deste último, ou melhor, emprestou a espada ao nosso país, por 5 anos. Temos o direito de nos perguntar em que mundo estamos.

 A França lutou contra os líderes religiosos do Senegal e da África, bem como o ceddo hostil ao seu projeto político de assimilação e aculturação. Quantos crimes atrozes horrendos eles cometeram em nome da civilização. Ninguém sabe disso. A única falha dos resistentes cometidos é querer definir sua própria identidade social, cultural e religiosa, recusando assim a ocupação e a conquista colonial.

 Está na hora de nossos Chefes de Estado e de Governo lembrarem à França e a todas as organizações que devem governar o mundo de que os nossos Estados são soberanos e independentes. A herança Omarien confiscada pela França, as esculturas de Abomey, bem como todos os outros restos ilegalmente detidos pela França, devem ser devolvidas aos seus proprietários sem demora e sem condições.

 Ao entregar a espada de El Hadji Oumar ao Estado do Senegal, a França só devolveu uma propriedade ao seu proprietário. Não há nada para agradecer, ela só nos fez bem. Ao roubar a espada de El Hadji Oumar, a França é ilegal. Ela foi proibida na tentativa de ocupar pela força os nossos territórios, ela é proibida, de lutar sem razão, nem fé, nem lei, contra nossos povos
, cujo único erro é aspirar à liberdade e dignidade .

 Chegou a hora de nossos chefes de estado e de governo accionarem os tribunais internacionais para restabelecer seus direitos e lhes devolverem de vez os bens de propriedade ilegal fora de nossas fronteiras, mesmo sabendo desde o início que essas jurisdições não são nem sempre imparciais. Este será um forte sinal que será dado à França e aos outros colonizadores para fazê-los entender que a era da colonização acabou e que nossos estados são soberanos e independentes.

 Abdourahmane SALL

 Secretário da Politica Nacional de Modelo Economista 


fonte: seneweb.com 

Senegal: 5 bilhões na conta de um alto funcionário: O que diz Moustapha Diakhaté.

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 Moustapha Diakhaté

Birahim Seck revelou na quarta-feira que a quantia arrumada de 5 bilhões de francos CFA, destinada ao programa de defesa dos interesses econômicos e de segurança, foi depositada na conta de um alto funcionário do Estado. Uma informação séria, de acordo com Moustapha Diakhaté, que desafia o governo.

"A seriedade dessas informações exige uma resposta diligente do governo do Senegal e das autoridades judiciais para esclarecer o povo senegalês sobre os meandros deste caso", disse ele em um fórum publicado em sua página no Facebook.

E para proteger os denunciantes, ele propõe: "No quadro da política de boa governança e moralização da vida pública, seria relevante fornecer aos denunciantes um status que lhes permita apreender diretamente o Decano dos juízes pelo início de um processo judicial. ".


fonte: seneweb.com

 

Movimento dos Estudantes do Ensino Superior rejeita propina proposta pelo Governo angolano.

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 Valor das propinas pode chegar a 2.100 kwanzas por mês


O Movimento dos Estudantes do Ensino Superior de Angola rejeitou nesta quinta-feira, 21, a nova proposta de propina para as universidades públicas apresentada pelo Governo e anunciou uma nova manifestação para o dia 30 de Novembro para exigir a sua anulação da iniciativa.
A posição foi tomada depois de o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, ter sugerido aos estudantes na terça-feira que o valor das propinas se situem entre 1.050 e 2.100 kwanzas por mês.
A decisão, aprovada pela Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, foi justificada com a necessidade de “os estudantes comparticiparem na produção do serviço educativo, na medida em que o custo por estudante, no ensino universitário, é muito superior ao valor da proposta em discussão”.
A ideia, segundo Eugénio da Silva, é fixar o valor da propina anual ao equivalente a meio salário mínimo nacional obrigatório, ou seja, entre 10.500 kwanzas e 21.100, kwanzas, repartidos pelos 10 meses do ano escolar.
Em reacção, o responsável do Movimento dos Estudantes, Arante Kivuvu, afirma que a maioria dos jovens estudantes não possui recursos para suportar mais uma despesa a juntar-se ao material escolar e ao transporte.
“O Estado angolano tinha que criar condições para o empoderamento dos angolanos e só depois implementar o pagamento de propinas", sustenta Kivuvu.
Na conversa com a VOA, aquele activista afirma não haver garantias de que "o valor avançado pelo Governo não venha a ser alterado em função da persistente desvalorização do kwanza".
Opinião contrária tem o Sindicato do Ensino Superior que concorda com a proposta do Governo, segundo o seu secretário-geral, Eduardo Perez Alberto.
Para o sindicalista, embora se reconheça que a maioria dos estudantes são pobreso, valor proposto está ao alcance dele.
“Temos que potenciar as instituições do ensino superior”, defende Alberto.
A obrigatoriedade das propinas no ensino regular (diurno) já consta da Lei 16/17, Lei de Base do Sistema de Educação e Ensino, mas não clarifica os valores a cobrar.
Actualmente, as propinas são cobradas apenas aos estudantes do período nocturno, que pagam 15 mil kwanzas mensais para todos os cursos do ensino público.
A pretensão do Governo de cobrar propinas no ensino superior regular a partir de 2020 já foi motivo de uma primeira manifestação de estudantes e activistas que juntou mais de duas centenas de jovens em Luanda, no dia 26 de Outubro .
A manifestação foi, entretanto, inviabilizada pela polícia que usou bombas de gás lacrimogéneo para dispersar cerca de 200 estudantes e activistas.

fonte: VOA

Guiné-Bissau: "Sistema eleitoral é tão transparente que não permite fraude"

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

 Cerca de 2 mil agentes das forças de defesa da Guiné-Bissau votam antecipadamente nesta quinta-feira (21.11) nas presidenciais, agendadas para domingo, dia 24. CNE diz que o processo é um dos mais transparentes do mundo.

fonte: DW Africa


Caderno eleitoral com dados dos eleitores da Guiné-Bissau
 Caderno eleitoral com dados dos eleitores da Guiné-Bissau

As forças de defesa e segurança da Guiné-Bissau que vão trabalhar no dia das eleições presidenciais, próximo domingo (24.11), já estão a votar em todo o território nacional para eleger o futuro Presidente da República, garantiu nesta quinta-feira (21.11) à DW África a porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) do país.
"Já começou a votação dos militares e paramilitares que, no dia das eleições, vão garantir segurança ao processo eleitoral. Uma média de 1.600 homens. Quanto aos cidadãos que se recensearam na Guiné-Bissau e que não estarão no país no dia da votação, temos cerca 60 eleitores que vão votar ainda hoje", disse Felisberta Moura Vaz.
A votação antecipada vai decorrer em todas as regiões. "Em Bissau, capital do país, decorre na Comissão Regional de Eleições e também no interior do país tem lugar nas respetivas sedes regionais da CNE", precisou Moura Vaz.
Mais de 700 mil guineenses votam no domingo para escolher o próximo Presidente do país, entre 12 candidatos. A campanha eleitoral termina nesta sexta-feira (22.11). Em entrevista exclusiva à DW África, a CNE garante que, tanto na diáspora como em todo o país, a logística eleitoral está garantida para assegurar eleições transparentes no próximo domingo.
Fraude eleitoral em curso?
Guinea-Bissau Wahlen CNE Bissau Felisberta Moura Cada concorrente tem fiscais na mesa de voto
Nos últimos dias da campanha eleitoral, o candidato suportado pelo segundo maior partido no Parlamento guineense, o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Úmaro Sissoco Embaló, tem dito que há uma tentativa de fraude eleitoral para favorecer o candidato do partido no poder, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.
Sissoco ameaça não aceitar os resultados, tendo afirmado que qualquer irregularidade poderia levar o país a uma guerra civil. O candidato e líder de Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), suportado pelo Partido da Renovação Social (PRS), Nuno Gomes Nabian, igualmente vice-presidente do Parlamento, avisou à comunidade internacional que não "vai aceitar que fabriquem Presidente, que não ganhou eleições nas urnas".
À DW África, a porta-voz da CNE minimizou essas afirmações e garantiu que o processo eleitoral da Guiné-Bissau "é dos mais transparentes que existe", por ser fiscalizado passo a passo pelos representantes dos concorrentes nas eleições.
"O nosso sistema eleitoral é tão transparente, mas tão transparente, de forma que falar de eventuais fraudes é quase impossível. Temos um sistema eleitoral cascata: a contagem dos votos é feita nas assembleias na presença dos fiscais dos candidatos e as atas são preenchidas no local e assinadas por todos os membros da mesa e os representantes dos candidatos", explicou Moura Vaz.
Todo o processo é fiscalizado
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Guiné-Bissau: "Sistema eleitoral é tão transparente, que não permite fraude"

A também secretária-executiva adjunta da CNE disse ainda que as atas dos resultados de cada mesa de voto são levadas para as Comissões Regionais de Eleições, onde também os concorrentes têm os representantes que fiscalizam o trabalho.
"Não se faz nada atrás dos fiscais dos candidatos, e mais: o Ministério Público está presente para fiscalizar a legalidade do ato. Após o apuramento nas assembleias de voto, nas comissões regionais, na presença dos fiscais dos concorrentes, segue-se para a CNE, onde também têm mandatários que acompanham tudo de perto", esclareceu Moura Vaz, que salienta que depois da votação, todos os candidatos têm as atas com os resultados das mesas de voto para posterior comparação com os resultados da CNE.
Divulgação das mesas de voto
Também os candidatos questionam o porquê de a CNE até então não ter publicado o mapa com locais de votação, para que os eleitores possam saber aonde vão exercer o seu direito de voto no domingo próximo. Os apoiantes dos candidatos da oposição dizem que a não afixação dos locais de votação e dos nomes dos eleitores que vão votar faz parte da estratégia de fraude montada pela CNE para favorecer o candidato do PAICG, Domingos Simões Pereira.
Guinea-Bissau - Wahlzählung Equipas de recenseamento (Foto de arquivo/2018)
"Estão a fazer confusão. Há duas situações aqui completamente infundadas na lei. A CNE não pode afixar a lista definitiva dos eleitores porque não é a CNE quem faz o recenseamento eleitoral, é neste caso o Governo. E mais: o caderno eleitoral que vai ser usado nestas eleições são os das legislativas de março passado. O artigo 50, ponto número 2, é que a CNE só faz publicidade do mapa (locais de votação), o que está a ser feito há muito tempo nos órgãos de comunicação social e através das equipas de sensibilização que estão no terreno", afirma a porta-voz da CNE.
Felisberta Moura Vaz avançou também que todos os candidatos já têm em mãos um dispositivo electrónico (pen drive) que contém o mapa com a localização das mesas de voto e disse que "não há nenhum eleitor que, neste momento, não saiba aonde vai votar, porque são os mesmos (locais) das legislativas de março".
Guinea-Bissau DDR Afrika PAIGC Konrad Naumann bei Luís Cabral in Bissau (Bundesarchiv/Bild183-T0111-320/Glaunsinger)

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