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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

ANGOLA: REGRESSO À ESCOLA

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O Comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, durante um encontro, em Luanda, com o presidente do CNJ – Conselho Nacional da Juventude, garantiu que 80 por cento dos agentes da polícia, vão voltar às escolas. Bom seria que ele desse o exemplo e também fosse. E, já agora, levasse o ministro Eugénio Laborinho.

Em Fevereiro deste ano, a Polícia do MPLA (que deveria ser nacional e, portanto, de todos) reconheceu que o seu sistema de segurança pública “é defeituoso”, e que apesar de acções de prevenção e combate à criminalidade, o mesmo deve ter como suportes a reacção e prevenção primária.

Se o governo que tem sido desde 1975 do mesmo partido, o MPLA, é ele próprio “defeituoso”, como é que a Polícia não o seria também?

“O problema está exactamente por nós termos um sistema de segurança pública coxo, porque o sistema devia assentar sobre três pilares essenciais que são a reacção, a prevenção e a prevenção primária”, afirmou José Carlos da Piedade, director de Estudos, Informação e Análise do Comando Geral da Polícia,

Segundo o oficial, a temática da prevenção primária, que deve congregar factores como a integração da criança, o apoio à vítima, o fórum jovem, entre outros, “não é tido em conta no domínio da proactividade policial”.

Os índices criminais de Angola registaram um aumento de 24% nos últimos cinco anos, com uma taxa média anual de 191,8 crimes por cada 100.000 habitantes, sendo que em 2018 e 2019 se registou um “aumento significativo”. Marginalmente recorde-se, é com certeza uma mera coincidência, que estes dois anos já tiveram no comando João Lourenço.

José Carlos da Piedade, que questionou as razões do aumento significativo de crimes em Angola nos últimos dois anos, período em que a corporação desenvolveu acções de prevenção e combate à criminalidade, considera que o sistema de segurança do país precisa de “maior eficiência”.

“A eficiência da prevenção e combate à criminalidade não está na robustez da visibilidade policial, o aumento de polícias na rua, mas embora essas medidas devem continuar a ser tomadas”, indicou.

Para o comissário da Polícia, que defende a criação de um “equilíbrio” a nível do sistema de segurança pública do país, “é indispensável” que o pilar da prevenção primária seja desenvolvido nesse domínio, “o que não acontece”.

No entanto, o director de Estudos, Informação e Análise do Comando Geral da Polícia assegurou que a segurança pública no país “é estável, com resposta policial evidente”, mas que “se impõe o envolvimento de outros actores da sociedade”.

Por seu lado, o comissário chefe António Pedro Candela também apelou à “participação activa” de outros sectores para o combate à criminalidade no país.

“É necessário caminharmos para as parcerias formais entre a polícia nacional, departamentos ministeriais e os demais atores sociais, para que de forma integrada e coesa possamos todos contribuir para uma sociedade mais segura”, afirmou.

O Bureau Político do MPLA, partido no poder em Angola desde 1975, recomendou no dia 21 de Novembro de 2019 aos órgãos de defesa e segurança “medidas adequadas à manutenção da ordem pública e estabilidade social”, face aos assaltos então registados em Luanda. Ou seja, cumprindo ordens do Presidente do partido, João Lourenço, queriam uma outra “Operação Resgate”, mais musculada e letal, para acabar com a gangrena que o próprio MPLA criou.

O comunicado final da quarta reunião ordinária do Bureau Político do MPLA, por sinal orientada pelo líder do partido, João Lourenço, analisou entre outros assuntos os casos de criminalidade registados na capital angolana e que, provavelmente, devem ter na origem nos marimbondos que tudo fazem para denegrir a imagem e o prestígio internacional do “querido líder”.

Recorde-se que o Secretariado do Bureau Político do MPLA, para além de saudar o início, em Novembro de 2018, da Operação Resgate, apelou às estruturas intervenientes no referido processo para cumprirem rigorosamente com as normas e princípios definidos, para que sejam alcançados os objectivos preconizados, da estabilidade, ordem e tranquilidade. Um apelo natural quando não se tem a certeza, e o MPLA não tem, da transparência e da integridade funcional desta operação.

Aliás, o próprio comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, admitiu no dia 26 de Outubro de 2018 que vários agentes policiais praticam “burlas, falsificações e extorsões a cidadãos”, prometendo combater as “batatas podres” no seio da corporação. Ainda bem que, ao que parece, os chefes não armazenam “batatas podres”. Ou será que há? Recorde-se que Paulo Gaspar de Almeida foi ou é (com a Justiça do MPLA nunca se sabe ao certo) arguido num processo apreciado pelo Tribunal Supremo.

Segundo Paulo de Almeida, que falava durante uma formatura dos efectivos da corporação no âmbito da “Operação Resgate”, pelo menos um efectivo da polícia angolana, em média, e “a coberto da farda”, envolve-se diariamente em acções criminais.

Paulo de Almeida lembrou que a operação policial visava essencialmente o “resgate do civismo, da ordem, da conduta sã e da dignidade”, pelo que “a ordem deve começar no seio da polícia”, reconhecendo que vários agentes praticam “burlas, falsificações e extorsões a cidadãos”.

“Estou preocupado com o número de polícias envolvidos em acções criminais. Todas as semanas, para não dizer todos os dias, registamos a participação de um ou outro agente da polícia envolvido em acções criminais. Isso tira-nos a autoridade”, lamentou Paulo de Almeida

“Retira a nossa capacidade, frustra a nossa acção. Quero aqui dizer que, em representação de toda a Polícia do país, temos de combater essas batatas podres no nosso seio”, adiantou Paulo de Almeida.

O comissário-geral da Polícia assegurou mesmo a necessidade de “neutralizar agentes que, a coberto da farda, cometem diariamente crimes diversos”, apelando à “vigilância” aos agentes da polícia e à sociedade para que “denunciem essas práticas”.

A “Operação Resgate”, segundo as autoridades, visou “repor a autoridade do Estado, combater o crime, a imigração ilegal, transgressões administrativas e demais práticas anti-sociais” e terá carácter “repressivo e pedagógico”.

Para Paulo de Almeida, se a Polícia Nacional tenciona impor a ordem, no âmbito desta operação, é necessário, inicialmente, que os efectivos da corporação que tutela “sejam ordeiros e disciplinados para que a operação decorra sem máculas”.

“Não queremos realizar uma operação com essas manchas no nosso seio. É preciso que cada um seja o vigilante do outro, é preciso que cada um identifique e denuncie aqueles que estão com comportamentos marginais no nosso seio. É preciso ganhar e resgatar a confiança da população à polícia nacional”, exortou o oficial superior.

Durante a sua intervenção, o comandante geral da Polícia disse que havia elementos da corporação que se dedicavam à “burla e à falsificação”, considerando que os “batuqueiros e penteadores” serão “banidos da corporação”.

“Não é a extorsão ou o crime, que vos vai (efectivos da Polícia) dar glórias ou oportunidades. As grandes glórias vão sair do vosso empenho e desempenho”, realçou.

Ciente das dificuldades que a Polícia ainda enfrenta, como a carência de “infra-estruturas, de meios de locomoção e dificuldades técnicas e logísticas”, Paulo de Almeida admitiu que as dificuldades “não serão superáveis a curto prazo”.

“Mas a nossa firmeza e determinação vai fazer com que nós ultrapassemos isto. Sem esforço não haverá êxitos na nossa missão”, assegurou.

A “ampla operação”, acrescentou, vai envolver toda a sociedade, órgãos judiciais, de segurança, da administração pública e todos efectivos da polícia nacional.

“Se queremos um país próspero, se queremos desenvolver o país, temos de ter segurança e quem garante a segurança somos nós”, rematou.

fonte: folha8

Presidencial na Guiné-Conakry: a classe política dividida após a auditoria da CEDEAO.

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As reações estão se multiplicando após a auditoria do registro eleitoral por três especialistas da CEDEAO. O campo da maioria presidencial diz que está satisfeito. Mas a oposição guineense está mais desconfiada da confiabilidade dessa lista eleitoral.

Com nosso correspondente em Conakry, Mokhtar Bah

A auditoria do registo eleitoral guineense por três peritos da CEDEAO resultou no cancelamento de "falsos eleitores", menores, pessoas falecidas e duplicados. O partido no poder saúda isso e convida todos para as urnas para as eleições presidenciais em 18 de outubro.

“A CEDEAO, ao dar a sua quitação, prova que o nosso país está realmente no caminho certo. Isso nos satisfaz e acredito que satisfaça quem está concorrendo à eleição presidencial ”, disse Malick Sankon, membro da Diretoria Executiva do RPG no poder. Para ele, o cadastro eleitoral é "bom" e as eleições podem "ser realizadas, conforme planejado" no dia 18 de outubro. “Sempre quisemos que a eleição fosse inclusiva. Então, qualquer coisa que possa tranquilizar quem entra na competição, isso nos deixa felizes ”, finaliza.

Por sua vez, a oposição tem reservas sobre o trabalho dos especialistas. “Mais de 50% dos eleitores que constam do processo guineense não estão registados com base num documento de identidade fiável”, critica Cellou Baldé, vice-presidente da comissão eleitoral da UFDG, principal partido do oposição.

Derrapagem

Segundo ele, havia trabalho a ser feito a montante. “Se a CEDEAO tivesse feito um trabalho sério no apoio técnico do Ceni, as listas deveriam ser validadas, afixadas, feito o controlo do registo, e depois disso, os cartões de eleitor [deveriam ser] impressos para permitir isso que qualquer cidadão guineense em idade de votar, devidamente inscrito, pode ter o seu cartão eleitoral ”.

A campanha eleitoral, iniciada de forma tímida, sofreu alguns retrocessos nos últimos dias, com confrontos entre militantes rivais na Alta Guiné.

fonte: guineconakryinfo

Guiné-Conakry: quem são os 13 candidatos presidenciais declarados?

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A apresentação de candidaturas às eleições presidenciais guineenses terminou terça-feira. O Tribunal Constitucional deve agora validar a lista final.
Com nosso correspondente em Conakry, Moctar Bah

Onze homens e duas mulheres se inscreveram, incluindo o presidente cessante Alpha Condé e seu principal oponente desde 2010, Cellou Dalein Diallo. Alpha Condé é candidato a um terceiro mandato, enquanto Cellou Dalein Diallo tenta pela terceira vez conquistar o cargo supremo. Eles continuam sendo os dois grandes favoritos.

Além desses dois pesos pesados, existem aqueles que conseguem perturbar o sono dos contendores. Ousmane Kaba caça nas mesmas terras que Alpha Condé - e nos últimos anos seu partido fez grandes avanços para se estabelecer na região.

Abdoul Kabélé Camara, ex-presidente da ordem e várias vezes ministro, é natural de Coyah, arredores de Conacri. Também está Abdoulaye Abé Sylla, que está na segunda tentativa.

As duas senhoras, Makalé Sylla e Makalé Traoré, ambas ex-ministras, estão na corrida. Os outros cinco - Moro Mandjouf Sidibé da AFC, Bouya Konaté da UDIR, Laye Souleymane Diallo da PLP, Edouard Zoutomou Kpoghomou da UDRP e Ousmane Doré da MND - são todos novatos.

Encerrada a apresentação das candidaturas, a lista dos candidatos aprovados será conhecida nesta quarta-feira.

fonte: conakryinfo

Guiné-Bissau assinala em grande pompa 47 anos de independência.

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Quatro presidentes da República marcaram presença na festa do 47° aniversário da independência da Guiné-Bissau, asssinalados a 24 de Setembro de 2020 : Macky Sall do Senegal, Muhammadu Buhari da Nigéria, Rock Kaboré do Burkina Faso e Mohamed  Ould Ghazouani da Mauritânia, bem como o primeiro-ministro do Togo e os chefes da diuplomacia de Portugal, Libéria, Gâmbia, ministro da energia do Gana e chefe de gabinete do Presidente da Costa do Marfim.

Quatro presidentes da República marcaram presença na festa da independência da Guiné-Bissau : Macky Sall do Senegal, Muhammadu Buhari da Nigeria, Rock Kaboré do Burkina Faso e Mohamed Ould Ghazouani da Mauritânia.

Ainda participaram o primeiro-ministro do Togo, os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal, da Libéria, da Gâmbia, o ministro da Energia do Gana e o chefe de gabinete do Presidente da Costa do Marfim.

Foi uma cerimónia com muita cor, música, dança e parada militar, organizada no estádio nacional 24 de Setembro, perante cerca de 30 mil pessoas.

O Presidente Umaro Sissoco Embaló aproveitou a ocasião para atribuir medalha Amílcar Cabral aos antigos presidentes do país. A medalha Amílcar Cabral é a mais alta distinção do Estado guineense.

Entre os agraciados, apenas marcaram presença José Mário Vaz, Raimundo Pereira e o próprio Embaló, que recebeu a medalha das mãos do Presidente Buhari da Nigéria.

No seu discurso, Sissoco Embaló pediu aos guineenses para enterrarem o machado de guerra e se empenharem na tarefa da reconstrução do país, dilacerado pela instabilidade política e governativa nos últimos 20 anos.

Os presidentes do Senegal e da Nigéria acabaram por ser as principais atracções das festividades, com ambos a serem agraciados por Umaro Sissoco Embaló com avenidas que vão passar a ostentar os nomes de Macky Sall e Muhammadu Buhari, no centro de Bissau.

O gesto, diz Sissoco Embaló, é o "reconhecimento dos guineenses pelos apoios que o Senegal e a Nigéria têm dado à Guiné-Bissau nos últimos anos".

fonte: RFI

Guiné-Bissau: uma avenida agora leva o nome de Macky Sall

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O presidente Umaru Sissoko Emballo prestou homenagem ao Senegal e ao presidente Macky Sall. Ele batizou uma avenida em homenagem ao Chefe de Estado senegalês que compareceu ao dia da independência da Guiné-Bissau. O presidente nigeriano, Mouhamed Buhari, também tinha direito à mesma honra.

fonte: seneweb.com

Mali : Presidente e vice-presidente de transição tomam hoje posse.

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Esta sexta-feira, no Mali, vão tomar posse o novo presidente de transição, o general na reserva Bah N’Daw, e o novo-vice-presidente, o coronel Assimi Goïta, chefe da junta que depôs o ex-chefe de Estado Ibrahim Boubacar Keïta a 18 de Agosto. A cerimónia aconteceu esta manhã perante a expectativa do levantamento das sanções da CEDEAO.

É uma tomada de posse que abre uma nova etapa no Mali, depois do golpe de Estado de 18 de Agosto. O novo Presidente interino, o general na reserva Bah N’Daw, e o novo-vice-presidente, o coronel Assimi Goïta, chefe da junta militar que depôs o ex-chefe de Estado, iniciam um período de transição que deve durar 18 meses e culminar com novas eleições. Para já, vai permitir a nomeação do primeiro-ministro pelo novo chefe de Estado, algo que pode levar ao levantamento das sanções da CEDEAO, visto que a organização reclama um chefe do executivo civil.

A  nomeação pode acontecer ainda durante esta sexta-feira e assim permitir o levantamento do embargo, até porque o mediador da CEDEAO, Goodluck Jonathan, está há dois dias em Bamako e confirmou que vai participar na tomada de posse, antes de deixar o país esta tarde. Porém, na véspera, várias fontes não excluíam que sejam necessários ainda alguns dias para conhecer o nome do novo chefe do governo de transição.

Outro ponto sensível é a versão definitiva da carta de transição, já que a CEDEAO considerou, inicialmente, que esta conferia poderes presidenciais ao vice-presidente, o que significaria, na prática, manter o país nas mãos da junta militar. Por outro lado, o Presidente é um general na reserva, considerado legalmente como civil.

Esta quinta-feira, o mediador da CEDEAO e antigo Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, reuniu-se com o chefe da junta militar, o coronel Assimi Goïta, e com o novo presidente Bah Ndaw. Na semana passada, a CEDEAO voltou a exigir a nomeação imediata de um Presidente e de um primeiro-ministro de transição civis.

Bah Ndaw, de 70 anos, é um coronel na reserva, foi ministro da Defesa alguns meses em 2014 e vai ser ele a nomear o novo chefe de governo, de acordo com o plano de transição da junta militar. Com a nomeação de um antigo militar para a presidência e do chefe da junta para a vice-presidência, os militares asseguram um importante peso no período de transição, apesar de a CEDEAO insistir na necessidade de civis no poder.

A junta considera que com um coronel na reserva e com a nomeação de um primeiro-ministro-  que os observadores apontam como devendo ser civil - estão preenchidas as exigências da CEDEAO. Nesse sentido, pedem o levantamento das sanções, nomeadamente o fim do embargo sobre as trocas comerciais e financeiras que abalam uma economia frágil. A presença do mediador da CEDEAO na cerimónia da tomada de posse é vista como um sinal favorável.

A CEDEAO conseguiu que os militares deixassem o ex-Presidente deposto sair do país para seguir um tratamento hospitalar no estrangeiro, mas pede, também, a libertação de todos os governantes detidos pelos militares durante o golpe, como, por exemplo, o ex-primeiro-ministro Boubou Cissé.

O investigador moçambicano Régio Conrado considera que o presidente nomeado é a figura consensual porque "do ponto de vista legal, é de facto uma figura civil, mesmo que do ponto de trajectória profissional seja um coronel na reserva". O que se vê é que "o Mali está neste momento sob o controlo profundamente cerrado das Forças Armadas".

fonte: RFI

Luanda Leaks: Resultados das auditorias ao EuroBic permanecem em "segredo"

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A associação cívica Transparência e Integridade exorta o Banco de Portugal a divulgar dados das auditoriais ao EuroBic, banco de Isabel dos Santos, por onde passaram quase 30 milhões de dólares de Angola.



Mais de seis meses depois após o anúncio do ex-governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, sobre a conclusão do relatório de inspeção ao EuroBic, nada se sabe sobre como foram tratadas as operações suspeitas reportadas pelo caso Luanda Leaks.

"Até hoje não temos qualquer informação a propósito disso. Nós consideramos que é de interesse público essa informação, porque nós precisamos de saber o que é que se passa no setor bancário", diz Karina Carvalho, diretora executiva da Transparência e Integridade - Associação Cívica (TIAC).

Karina Carvalho

Karina Carvalho, diretora executiva da Transparência e Integridade – Associação Cívica

Para a associação Transparência e Integridade, o Banco de Portugal deve divulgar os resultados das auditorias ao EuroBic, instituição bancária que volta a estar na mira das autoridades depois de ser mencionada no FinCEN Files, uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação que denuncia operações ilícitas ligadas à empresária angolana Isabel dos Santos e seu marido Sindika Dokolo.

"Creio que é do nosso interesse garantir que a lavagem de dinheiro não se faz com esta escala e que, sobretudo, Portugal não é utilizado como a lavandaria do dinheiro", comenta Karina Carvalho, que salienta que esta semana endereçou uma carta ao governador da instituição, Mário Centeno, ex-ministro português das Finanças, e pedir a divulgação de dados.

"Temos alertado para a circunstância de Portugal muitas vezes servir de plataforma, potenciando a lavagem de dinheiro sujo", reafirma a dirigente da associação portuguesa anticorrupção. "O que esta nova investigação do Consórcio Internacional dos Jornalistas de Investigação, juntamente com a BuzzFeed News e mais de 100 parceiros espalhados pelo mundo, vem demonstrar é que existe um esquema de lavagem de dinheiro à escala global", acrescenta.

Unternehmerin Isabel dos Santos

Gestão da Sonangol de Isabel dos Santos está na mira da Justiça por suspeitas de corrupção

"Portugal fez a transposição de uma série de diretivas europeias contra branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e o que nós temos dito é que não basta transpor as diretivas. É fundamental garantir que elas são eficazmente implementadas", adverte.

PGR de Angola pede congelamento de bens de Irene neto

A Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR) pediu o congelamento de contas e apreensão de bens de Irene Neto, filha do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto. A decisão estará relacionada com a investigação de vários crimes - entre os quais a suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e tráfico de influência, no processo da seguradora AAA, na qual o marido de Irene Neto, o empresário Carlos São Vicente, foi presidente.

Uma fonte judicial disse à agência portuguesa Lusa que foram enviadas cartas rogatórias a Portugal e Luxemburgo, solicitando a colaboração nesta investigação das respetivas autoridades. Contactado pela DW África, o Ministério Público português não confirma nem desmente a existência desse pedido por parte de Angola. 

"As notícias dizem que foram enviados pedidos de colaboração. Temos que confiar que isso tenha acontecido. O caso dele é um caso extraordinário tendo em conta o montante envolvido e que foi congelado na Suíça. A nossa expetativa é que, à semelhança de outros casos - como o caso de Isabel dos Santos - que as autoridades de ambos os países cooperem e que, conjuntamente, consigam investigar tudo aquilo que deve ser investigado e atingir os resultados que todos esperamos", aguarda Karina Carvalho.

Ineficácia de Justiça portuguesa

Paulo de Morais, presidente da Frente Cívica, considera que “a justiça portuguesa não tem sido muito eficaz no tratamento de assuntos que envolvem empresários angolanos”. “Pode ser que, por pressão da Procuradoria angolana e, enfim, das forças políticas hoje dominantes em Luanda, que a Justiça portuguesa seja mais atuante”, diz.

Paulo de Morais

Paulo de Morais, presidente da Frente Cívica

"É um pouco paradoxal que a mesma justiça portuguesa que vá em Portugal perseguir e arrestar bens de alguns dignatários angolanos seja a mesma que permitiu que o processo Fizz a que estava ligado [o deputado do MPLA] Manuel Vicente, [ex-vice Presidente de Angola e ex-administrador da Sonangol], tenha sido canalizado para Angola. Há uma certa incongruência", considera.

O autor de "O Pequeno Livro Negro da Corrupção em Portugal", lançado na semana passada em Lisboa, ainda acredita numa mudança de postura por parte da justiça portuguesa. "De qualquer maneira eu vejo com bons olhos que a justiça portuguesa persiga aqueles que de alguma maneira enganaram o povo angolano e lhes retiraram os recursos", comenta.

"Quando se fala de Irene Neto, filha do ex-presidente Agostinho Neto, que tem bens congelados em Angola, se eventualmente tem bens em Portugal acho que devem ser eles também arrestados tendo em vista, eventualmente, um posterior confisco. O mesmo espero que se passe finalmente com Isabel dos Santos, que tem ainda hoje um enorme património em Portugal. Estou a pensar na NOS, empresa de telecomunicações, no próprio EuroBic, o banco que continua a ser sua propriedade ou [do qual] pelo menos é acionista", afirma.

O ativista português critica a conivência de alguns bancos portugueses e diz que gostaria igualmente de ver processos de arresto dos muitos bens em Portugal do ex-vice Presidente de Angola, Manuel Vicente. "Há muitos bens em Portugal que, claramente, resultam de aquisições feitas por pessoas ligadas ao MPLA ao longo de anos e que não ganharam dinheiro de forma legítima", frisa.

fonte: DW África


MOÇAMBIQUE: Nyusi diz que segurança nacional é um assunto de todos

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As Forças Armadas de Moçambique celebram 56 anos e apesar das críticas face aos ataques no Norte e Centro do país, o Presidente Nyusi elogiou os esforços dos militares, lembrando que a segurança deve mobilizar todos.



As Forças Armadas de Moçambique assinalam esta sexta-feira (25.09) 56 anos de existência no meio de muitas críticas sobre a sua atuação no combate ao terrorismo em Cabo Delgado e insurgência militar no Centro do país. Mas o mal-estar não incomoda o Presidente da República, Filipe Nyusi, que, pelo contrário, pediu solidariedade para com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) no combate ao terrorismo.

"A defesa nacional é um assunto que deve mobilizar todos. As nossas Forças Armadas merecem ainda que o poder, todo ele, solidariamente reconheça a missão que elas desempenham. É fundamental que todos estejamos solidários quando abordamos assuntos relacionados com os objetivos que as nossas Forças Armadas perseguem na alocação de meios e recursos", referiu esta sexta-feira em Maputo.

Mosambik Anschlag in Naunde

Forças Armadas de Defesa de Moçambique são criticadas por não conseguirem impedir os ataques em Cabo Delgado

6 Durante o discurso solene do Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, o Presidente da República informou também que os militares repeliram insurgentes na região de Bilibiza, distrito costeiro de Quissanga - onde em janeiro deste ano foram registados ataques.

Citando o episódio, Nyusi aproveitou para enaltecer o papel das FADM na crise de segurança vivida na província nortenha de Cabo delgado. "Têm demonstrado um alto sentido de patriotismo, bravura, valentia em defesa da nossa soberania e integridade territorial", elogiou.

"Os nossos jovens não vacilam porque estão conscientes da sua missão que é combater o terrorismo, uma versão de guerra diferente das lutas passadas", acrescentou.

Apoio externo?

Diversos círculos políticos e sociais têm aconselhado Moçambique a pedir apoio externo no combate ao terrorismo. Para o antigo Presidente Joaquim Chissano, o mais importante é dar maior capacidade às Forças Armadas moçambicanas.
 

Mosambik Ex-Präsident Joaquim Chissano

Joaquim Chissano, antigo Presidente de Moçambique

"Vamos ter cuidado sobre que tipo de intervenção exterior deve vir, porque nem todos podem ter capacidade de fazer um bom trabalho. Correm o risco de morrer, tendo vindo de fora, o que é pior para os seus países porque morrem em terra estrangeira", comenta.

Para além do discurso solene do Presidente da República, as cerimónias centrais do dia das FADM  foram marcadas pela entrega de medalhas a 30 personalidades da vida política, desportiva e das áreas de ciência e tecnologia em reconhecimento pelos seus feitos em prol do país.

O dia das FADM é uma homenagem aos então jovens combatentes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), atual partido no poder, que em 25 de setembro de 1964 lançaram a guerra de libertação nacional contra o colonialismo português.

A guerra durou dez anos até à proclamação da independência nacional, em 25 de junho de 1975.

fonte: DW África



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