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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Angola: Carlos Gomes Júnior agradece ao Presidente.

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Candidato mais votado nas eleições presidenciais da Guiné-Bissau recebido pelo Presidente da República.
Fotografia: Francisco Bernardo


O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, recebeu ontem Carlos Gomes Júnior, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, deposto no golpe de Estado de 12 de Abril. O encontro decorreu no Palácio da Cidade Alta e Carlos Gomes Júnior foi acompanhado do ministro dos Negócios Estrangeiros, Djaló Pires.
No fim da audiência, Carlos Gomes Júnior disse a jornalistas que o encontro serviu para “agradecer ao povo angolano e ao Presidente José Eduardo dos Santos pela solidariedade prestada ao povo da Guiné-Bissau durante o triste acontecimento que foi o golpe de Estado de 12 de Abril”.
O encontro, disse, serviu também para, formalmente, reconhecer o papel da Missão de Segurança Angolana na Guiné-Bissau (MISSANG). “Era uma missão que foi aprovada pelos governos de Angola e da Guiné-Bissau, e pelas nossas respectivas assembleias nacional e popular, com o único objectivo de fazer o processo da reforma do sector de defesa e segurança”, afirmou.
Carlos Gomes Júnior acrescentou que a Guiné-Bissau tinha a MISSANG como elemento fundamental no processo de normalização da vida nacional. “Pensamos que poderia contribuir grandemente para que a Guiné-Bissau tivesse forças armadas republicanas e com obediência ao poder político, que era o desejado. Infelizmente não foi assim que as pessoas entenderam”, declarou.
Aos angolanos, Carlos Gomes Júnior deixou uma mensagem de fé e esperança: “Queremos é reafirmar ao povo angolano que os nossos laços históricos vêm desde a luta de libertação nacional e mantêm-se vivos. E que tão breve quanto possível faremos tudo para o reforço da cooperação entre os nossos povos e governos.”

Quadro actual



O primeiro-ministro deposto no golpe de 12 de Abril considerou a posição da CEDEAO “um passo errado” ao dar suporte a um processo que não inclui todas as sensibilidades do país e não tem em conta a vontade do povo guineense.  “Pensamos que a CEDEAO, ou melhor, alguns países da CEDEAO, deram um passo errado, mas penso que já reconheceram esse erro”, disse Carlos Gomes Júnior, para quem aquela organização regional “precisa de ser mais inclusiva, discutindo os problemas da Guiné-Bissau e da nossa região com países e organizações internacionais, nomeadamente com a própria ONU”.
Para Carlos Gomes Júnior, a Organização das Nações Unidas é chamada a “assumir as suas responsabilidades”, uma vez que a Guiné-Bissau é também um parceiro da ONU. A residir temporariamente em Portugal, Carlos Gomes Júnior vê com naturalidade o seu regresso à Guiné-Bissau e também o retorno à normalidade constitucional no país.
“O poder é dado nas urnas. Na primeira volta das eleições presidenciais nós vencemos com 49 por cento dos votos e isso tem que ter algum significado. Pensamos que é errado que um partido vença eleições e no dia seguinte alguém decide fazer um golpe de Estado para inviabilizar a vontade do povo”, reclamou.

Futuro político


Carlos Gomes Júnior disse que está fora de hipótese baixar os braços. “Enquanto presidente do PAIGC vou continuar a lutar junto dos meus parceiros, junto de amigos, para que o partido reassuma o poder e a responsabilidade legítima que tem para com o povo da Guiné-Bissau”, declarou o primeiro-ministro que se afirma com “força suficiente para continuar a dar orientação política ao partido que dirige”.
O dirigente guineense destacou os laços históricos entre o PAIGC e o MPLA. “São partidos irmãos desde o tempo da luta de libertação nacional. Naturalmente que há muita acção, e neste contexto geopolítico, vamos continuar o diálogo com todas as forças políticas para que mantenhamos esta cooperação que, como disse, já vem de outros tempos”, sublinhou.

Conferência internacional


No início do mês de Junho, Carlos Gomes Júnior reuniu-se com o Conselho de Segurança da ONU, onde propôs uma conferência internacional para definir uma estratégia com vista à resolução da crise no país. Acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Djaló Pires, Carlos Gomes Júnior esteve em Nova Iorque através de uma iniciativa de Portugal e propôs a convocação de uma conferência internacional sobre a crise no país.
A conferência internacional de alto nível, defendeu, deve ser convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas no sentido de encontrar a definição de uma estratégia para a crise, incluindo a conclusão do processo eleitoral, interrompido pelo golpe de Estado após a primeira volta das presidenciais ganha por Carlos Gomes Júnior.

fonte: jornal de angola



Saber é poder.

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educação


A educação é mais do que a simples aquisição de saber. O conhecimento possibilita o crescimento humano e a participação política. O que nem sempre é do interesse dos poderosos.
“O conhecimento em si mesmo é poder”. A célebre frase escrita pelo filósofo inglês Francis Bacon há quatro séculos serviu de fundamento filosófico à Idade Moderna. A sua tese é hoje mais atual do que nunca e explica porque a aquisição de conhecimento é a condição mais elementar para o crescimento económico e político, a democracia e a justiça social. Factos que podem ser comprovados diariamente em todo o mundo. Nesse sentido, os acontecimentos recentes no mundo árabe e no norte da África, a começar pela Revolução de Jasmim na Tunísia, são particularmente expressivos.
Estudantes e intelectuais assumiram um papel crucial na Revolução de Jasmim na Tunísia
Estudantes e intelectuais assumiram um papel crucial na Revolução de Jasmim na Tunísia
Perdedores passam a vitoriosos
Os movimentos de protesto da primavera Árabe foram sustidos pelos intelectuais e a classe média. Os mais jovens tiveram um papel particularmente ativo. Os estudantes e docentes com 20 a 35 anos sentiam que os regimes lhes tinham roubado todas as perspetivas de um futuro digno. De Rabat a Riade, foram sobretudo os médicos, engenheiros e jornalistas que lutaram por mais liberdade, mais participação, oportunidades justas de emprego e perspetivas reais. O combate ainda não está ganho, porque as conquistas devem agora ser alicerçadas em instituições democráticas.
Mais do que não ocupar espaço, como se diz no mundo que fala português, o saber reforça a participação, fator talvez subestimado pelos governantes árabes. Sem a aposta muito forte no ensino básico, secundário e superior nestes países nos últimos 20 anos, o movimento de protesto provavelmente não teria surgido agora. Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano, há duas décadas os países árabes começaram a facilitar o acesso da população à educação, com excelentes resultados.
O acesso ao ensino varia muito de região para região
O acesso ao ensino varia muito de região para região
Também o Presidente tunisino deposto, Ben Ali, se empenhou a fundo pela reforma do ensino no seu país. Um número crescente de jovens começou a ter acesso a uma boa formação. Mas esta não lhes servia de nada, pois continuava vedado o caminho ao emprego, às oportunidades e à participação política e social. Os empregos e os cargos eram reservados à nomenclatura. Antes da revolução, a taxa de desemprego na Tunísia era de 40%.  Ditadores como Ben Ali decerto não teriam apostado de forma tão consequente na Educação, se conhecessem de antemão o resultado emancipador dos seus esforços.
Um direito humano básico
Sem educação não há formação. Há muito que a comunidade internacional reconheceu o facto que é hoje a base do seu empenho por este direito humano. O segundo Objetivo do Milénio das Nações Unidas exige o ensino básico para todas as pessoas do mundo. Registam-se alguns progressos, mas estes são lentos e divergem muito de região para região. A taxa de crianças que frequentam o ensino básico subiu apenas sete por cento entre 1999 e 2009 para um total de 89%.
Sem educação não há desenvolvimento
Sem educação não há desenvolvimento
Já hoje se sabe que em muitas regiões da África e da Ásia o objetivo não vai ser atingido até 2015. Nas zonas em vias de desenvolvimento apenas 87 em 100 crianças completam o ensino básico. Em muitos países mais pobres, quatro de dez crianças abandonam a escola antes do fim do curso. As que vivem em zonas rurais ou de crise, ainda têm menos oportunidades de ensino. Ainda há muito que fazer.
Não há desenvolvimento humano sem educação
Não obstante, a experiência nos países emergentes, na Índia e na China, demonstra as grandes vantagens económicas da Educação. Nos anos 50 do século passado, as condições de vida na Coreia do Sul eram piores do que em muitos estados africanos hoje. A par como uma melhoria do setor da Saúde e acesso a contracetivos, a construção de um sistema de ensino com oportunidades iguais para homens e mulheres conduziram a uma redução da taxa da natalidade e um «boom» económico.
Milhões de crianças em todo o mundo são exploradas como mão de obra barata e não podem frequentar a escola
Milhões de crianças em todo o mundo são exploradas como mão de obra barata e não podem frequentar a escola
O crescimento económico em flecha da China também é um resultado da sede de saber: a Educação é um valor central para quase todos os chineses com menos de 25 anos. Ela determina a vida dos mais jovens. Mas a China também é um exemplo para o número ainda demasiado elevado de regimes que apostam mais no ensino sem aumentar a liberdade. Este modelo só funcionará enquanto tiverem o apoio da maioria da população.
A vontade de participar
A longo prazo nenhum regime sem legitimação democrática poderá resistir às reivindicações de uma população educada, que conhece os seus direitos. Nessa altura abrem-se as perspetivas para uma transformação democrática, para mais participação política, como provam os acontecimentos em países como a Rússia, e, de forma mais atenuada, na China e nalguns estados do mundo árabe. 
A educação é um direito humano fundamental
A educação é um direito humano fundamental
A situação é mais complicada em países como o Zimbabué, o Afeganistão e a Coreia do Norte. Enquanto a maioria aqui viver na pobreza, isolada do mundo pela propaganda política, sem acesso a educação nem informação independente, sem a possibilidade, portanto, de comparar o seu país com outros, os regimes e ditadores estarão seguros no poder. Mais uma razão para continuar a lutar pelo direito fundamental à educação.  
Autora: Ute Scheffer
Edição: Cristina Krippahl/António Rocha 
fonte: DW

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