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quarta-feira, 11 de maio de 2022

É HORA DE OS DEMOCRATAS AGIREM.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


O partido do regime, mostra, em cada acto pré-eleitoral, não estar preparado para uma transição democrática. Resiste intra-muros. A democracia interna, no MPLA, só é permitida no texto, porque, se um militante ousar puxar os galões para a materialização, é severamente derrotado, pela ditadura do NOT! É a mesma lógica extra-muros; país, onde são assassinados os processos e procedimentos eleitorais democráticos.

Por William Tonet

Angola vai realizar em Agosto de 2022, as quintas, sendo as terceiras eleições gerais, sob o espectro da traição brutal e início do suicídio da democracia, com o golpe de Estado constitucional, protagonizado pelo MPLA, em 2008/ 2009/2010, ao violar, assassinar e enterrar, definitivamente, a melhor estrofe da liberdade, consignada, no sistema semi-presidencialista da Lei 23/92 de 16 de Setembro.

Ali, naquele ano de triste memória (2008), começaria a exibição da lógica autoritária do regime, que, sub-repticiamente, contou com a cúmplice omissão da oposição e da comunidade internacional, que nada fizeram para denunciar, bloquear e boicotar o enterro da clareza da liberdade democrática, com os assassinatos, principalmente, dos artigos 57.º e 159.º, todos da ex-Lei Constitucional, revista (Lei 23/92 de 16 de Setembro).

Artigo 57.º

1 – O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo, igual, secreto e periódico, pelos cidadãos residentes no território nacional, nos termos da lei.

2 – O Presidente da República é eleito por maioria absoluta dos votos validamente expressos. Se nenhum candidato a obtiver, procede-se a uma segunda votação, à qual só podem concorrer os dois candidatos que tenham obtido o maior número de votos na primeira e não tenham desistido.

A punhalada maior foi acabar com este artigo, que alicerçava o semi-presidencialismo e a possibilidade de cada e todos os cidadãos maiores de 35 anos de idade, como aferia, também, o art.º 60.º, poderem concorrer à Presidência, reunindo apoios partidários ou de cidadania “por um mínimo de cinco mil e um máximo de dez mil cidadãos eleitores”, substituído pelo famigerado art.º 109.º (CRA 2010) defensor covarde de um cabeça-de-lista, escondido debaixo de pano partidário.

Esta é a mais clara demonstração de os dirigentes do MPLA terem tanto temor, como o diabo da cruz, à democracia e lisura eleitoral.

E isso porque para ser líder dessa organização, parece ter deixado de ser requisito fundamental, a competência intelectual, a reputação ilibada e a capacidade oratória-argumentativa dos fenómenos; político, sociais, económicos e linguísticos do cosmos etno-cultural autóctone de Angola.

Basta reunir poder bélico, com o controlo das Forças Armadas, Polícia Nacional, Segurança de Estado, exército de bajuladores, tribunais superiores onde a maioria dos juízes troca a independência e o direito pelas mordomias, para, esmagando a intelectualidade interna, adoptar a ditadura, mandar bugiar a prática democrática republicana e reinar, remando contra a maré plural…

E, numa onda gigante, surfar com “juristas-mercenários” de Portugal e MPLA, para premeditada e conscientemente, assassinarem a mais evolutiva norma, conquistada na abertura democrática de 1992, fundamentalmente, a alínea d) do art.º159.º (cláusula pétrea), visando, não só, esconder a debilidade cognitiva do líder do MPLA, como afastar os demais concorrentes partidários e, ainda, qualquer cidadão apartidário da sociedade civil:

“As alterações à Lei Constitucional e a aprovação da Constituição de Angola têm de respeitar o seguinte:

a) a independência, integridade territorial e unidade nacional.
b) os direitos e liberdades fundamentais e as garantias dos cidadãos;
c) o Estado de direito e a democracia pluripartidária;
d) o sufrágio universal, directo, secreto e periódico na designação dos titulares electivos dos órgãos de soberania e do poder local;
e) a laicidade do Estado e o princípio da separação entre o Estado e as igrejas;
f) a separação e interdependência dos órgãos de soberania e a independência dos Tribunais”.

Quem viola cláusulas pétreas da Constituição, viola toda “vida uterina democrática”, assassinando qualquer sonho de liberdade plural.

O sublinhado na al.ª d) é nosso para enfatizar a subversão da norma jurídico-constitucional que, grosseiramente, a Constituição de Fevereiro de 2010, enterrou, ao transformar, o plural dos titulares electivos dos órgãos de soberania, em singular, acicatando o carácter ditatorial e o espírito discriminador do partido no poder, contra a democracia inclusiva e participativa.

A existência de uma só eleição do tipo: “parlamentar-indefinida” (um conceito abjecto-normativo, exclusivo dos – jurisbajus – do regime), concentrando todo o poder num HOMEM SÓ (presidente do MPLA), elevado a sumidade, qual Luís XIV, do século XXI, debilitando o papel e independência dos três órgãos de soberania: Legislativo, Executivo, Judicial. É o verdadeiro cancro do pluralismo angolano.

Assim, feito TUDÓLOGO, o presidente do MPLA, transforma-se, sem ser eleito, em órgão de soberania, vide art.º 105.º: “são órgãos de soberania o Presidente da República, a Assembleia Nacional e os Tribunais” e, com essa capacidade de mentir, avança para o art.º 106.º: “O Presidente da República e os Deputados à Assembleia Nacional são eleitos por sufrágio universal, directo, secreto e periódico”. Mentira deslavada! Quem, desde 2012, alguma vez elegeu um candidato a Presidente da República? Ninguém!

Isso porque à luz do art.º 109.º, a eleição decorre para partidos ou coligação de partidos políticos, com cabeça-de-lista (falando, futebolisticamente é um capitão de equipa, que não vai a jogo, sozinho), que “podem incluir cidadãos não filiados no partido político ou coligação de partidos políticos concorrentes”, vide n.º 2 do art.º 111.º CRA, logo a eleição em Angola, configura o sistema parlamentar e não presidencialista.

A adopção material do presidencialismo é criminosa, porquanto, em nenhum momento, o candidato abdicou do único mandato, para o qual foi eleito; deputado, estando, desta forma, livre de assumir, em eleição interpares; Assembleia Nacional, o cargo de Presidente da República, por inerência da vitória da lista do seu partido. Logo, quer em 2012, como agora, o mandato de 2017, está ferido de constitucionalidade, ao não ter João Lourenço suspenso e renunciado o mandato de deputado, como recomenda o n.º 3 do art.º 114.º CRA.

Em direito, por flagrante violação constitucional, o actual mandato, também, pode(ia) ser impugnado.

Não basta-se o pesado cenário e o baralho é ainda agravado pela hiper concentração de poderes, consagrados nos artigos 108.º, 119.º, 120.º, 121.º, 122.º, 123.º, colocando tudo e todos sob uma bota militar de viés fascista e ditatorial, incontornável através do voto democrático, quando a batota e a fraude eleitoral, têm assento palaciano.

Neste oceano é improvável não vingar, em Agosto de 2022, a tese do presidente do MPLA, lançada no dia 5 de Março de classificar os angolanos em dois grupos: os espertos e os burros. Vergonhosa linguagem, por ser de baixo coturno, vindo de um Presidente da República, infelizmente, colocado nas vestes de incendiário.

Mas, quem será o esperto? Aquele que subverte as regras do jogo democrático, para se perpetuar no poder, negando lisura e transparência eleitoral? E o burro? O que aceita as regras da transparência, a lisura e as regras da democracia?

A quem serve a carapuça, o leitor, comprometido com a democracia, não terá dificuldade em eleger, para tristeza do criador da infeliz citação.

Os angolanos, diante deste quadro dantesco têm uma grande batalha pela frente. Uma batalha pelas liberdades, pela democracia e pela mudança pacífica de regime. O estado de degradação e da entrega da soberania económica aos estrangeiros, não deixa outra alternativa, senão o caminho da ALTERNÂNCIA!

As eleições de Agosto, ante o sentimento generalizado de ser hora de alternância, são o verdadeiro teste à capacidade de resiliência dos angolanos, na defesa da nossa incipiente democracia.

Não é Adalberto da Costa Júnior a esperança, mas a ALTERNÂNCIA que fervilha na mente de quem quer uma Angola diferente e melhor.

A maioria dos angolanos recusa-se em aceitar ser esta a primeira vez deste sentimento, porque não se pode esperar por uma segunda ou terceira, por ser, diante da degradação sócio-económica e política a única via de esperança para uma Angola, verdadeiramente, soberana do capital estrangeiro.

É HORA DE OS DEMOCRATAS AGIREM

O silêncio de ontem, da tribo partidária e comunidade internacional, mergulhou, hoje, o país num autêntico caos, qual barril de pólvora, sob ameaça de explodir, se nada for feito, por, nunca como em nenhum outro momento da Angola independente, o sentimento de alternância estar a calcorrear, de forma consistente as avenidas mentais da maioria dos cidadãos.

É verdade, também, que a ditadura está a acirrar os seus métodos, inclusive escancarando as riquezas naturais e grandes possessões de terra, aos especuladores internacionais.

Estamos numa verdadeira encruzilhada, agravada pelo facto de haver uma CNE, partidocrata, fraudulenta, com o suporte de duas empresas informáticas, uma espanhola: INDRA e outra israelita: Mitrelli, que subvertem os dados informáticos para beneficiar, ilegal e ilegitimamente, o partido no poder.

É o regabofe da ditadura, no seu máximo esplendor, na lógica de nenhum poder autocrático, sem pressão, sanções internacionais e Comissão Eleitoral independente, capitaneada por figuras independentes, distantes de partidos políticos, abandona o poder através do voto popular.

Por essa razão, é hora da oposição partidária e dos intelectuais da sociedade civil comprometidos com a democracia abandonarem a ingenuidade, quando se assistem movimentações, à luz do dia, das Forças Armadas, Polícia e Segurança de Estado, em concerto permanente, com o presidente do MPLA, que ao violar o art.º 207.º CRA (Constituição) tem escudo para inviabilizar, a tomada de posse de qualquer sonho popular de alternância, em Agosto de 2022.

Um golpe de Estado é, criteriosamente, estruturado, premeditado, armado. Se o artigo atrás citado fala em Forças Armadas apartidárias e tem um comandante-em-chefe, presidente de um partido político concorrente: MPLA, tem-se, nesta equação, o pretexto mais do que legitimado de um golpe de Estado.

A comunidade internacional (União Africana, ONU, Estados Unidos, Rússia, China, África do Sul, União Europeia), ao fazer desfilar esta incongruência e violação, em tapete vermelho, nos areópagos mundiais, desde 2010, com a mercenária contribuição de juristas mercenários de Portugal, na alteração constitucional, mostra ser uma “instituição” defensora de uma democracia selvagem, para Angola e África, no geral. Actualmente, diante dos assassinatos de carácter e físicos de quem pensa diferente, o líder do MPLA, indiferente aos apelos para um jogo democrático limpo, continua a afinar espingardas, colocando-se como incendiário, que tudo faz para continuar no poder, indefinidamente, ante os baixos índices de popularidade.

Nestes cinco anos, segundo sondagens e pesquisas do INE (Instituto Nacional de Estatísticas), a fome, a miséria, o desemprego aumentaram exponencialmente, baixando a qualidade de vida, aumentando a mortalidade.

A aprovação de João Lourenço está hoje, em 23%, quando em 2018, chegou a estar em 52%.

O assassinato de carácter de José Eduardo dos Santos, a perseguição aos seus filhos, a obsessão pelo confisco de empresas de seus camaradas de partido, únicos na galeria de corruptos, até hoje (2022), o fomento do desemprego, a criação de monopólio na comunicação social e a formação de uma elite de oligarcas, capitaneados pela OMATAPALO, CARRINHO, próximos e filhos, não o tornou diferente, pelo contrário.

A obsessão em perseguir Isabel dos Santos, Tchizé dos Santos, Zenú dos Santos, contrasta com a criação de uma elite oligarca emergente, imune a concursos públicos, que adquire um banco comercial público; BCI (conotado com a filha de JLO), por meia dúzia de patacos, através de um laranja…

Recentemente, 04.05.22, o Presidente da República, através de um Decreto Presidencial n.º 98/22 aprovou mais um crédito adicional no OGE, afectando-o ao Ministério da Indústria e Comércio, para a Reserva Estratégica Alimentar (REA), no valor de 55.4 milhões USD, quando em Janeiro havia feito o mesmo, na ordem dos 44,8 milhões, antecedidos de 15,5 milhões autorizados em Dezembro de 2021

Um verdadeiro saco azul, com contornos eleitorais, face à entrada massiva de dinheiro com o aumento do preço do barril do petróleo.

Este valor, alega-se ter como finalidade, “fazer face às despesas de reabilitação e expansão das infra-estruturas de apoio à gestão da Reserva Estratégica Alimentar (REA), gerido, caricatamente, pela Gescesta, pertencente ao amigo, nada oculto, dos grupos Gemcorp e Carrinho.

Por tudo isso, João Lourenço é visto como o futuro coveiro do MPLA, por ser três vezes pior, em todos os sentidos, do que José Eduardo dos Santos.

“Ele é um ditador em potência”, afirma Maria Constância de Cabinda, apontando os índices de desaprovação, neste momento (Maio22), que atingiram 57%, a nível nacional (sondagem secreta encomendada aos brasileiros) e 45% no interior do próprio MPLA, cujas bolsas o consideram, cada vez mais, um produto tóxico, para o MPLA e o país.

“Infelizmente, entre nós, dirigentes do partido, por medo e receio de perdermos as mordomias, existe muita hipocrisia e mesmo vendo o MPLA afundar os mais capazes e dotados nada fazem, com medo de perseguição, prisão e assassinatos, tendo o camarada presidente, os tribunais e as forças armadas na mão”, disse ao F8, Mateque Nzuzi, acrescentando, que “ele terá um fim pior que José Eduardo dos Santos e os filhos juntos, que ele tanto persegue e faz mal, quando lhe entregaram o poder de bandeja. Em eleições internas, no MPLA, ele nunca ganharia, pois temos camaradas mais capazes”.

Em conclusão asseverou: “a sua ambição e maldade de tão desmedidas, não reconhecendo quem lhe fez bem, ‘plantando’ inimigos todas horas e dias, vaticino e assumo: não terá condições de viver em Angola, fora do poder, ao contrário do camarada José Eduardo, que estando em Espanha é sempre lembrado pela oposição, que não perseguiu e as populações, pelo nível de vida que tinham, bem como uma classe de comerciantes angolanos, que ele levou a falência, em benefício de comerciantes financiados pelos fundamentalistas e radicais islâmicos”, concluiu.

fonte: folha8

ANGOLA: RELATORA DA ONU ARRASA O MPLA.

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O diagnóstico tardio da doença de Hansen (lepra) em Angola e as consequentes incapacidades físicas com que estes doentes são identificados surpreendeu a relatora especial da ONU, Alice Cruz, para a eliminação da discriminação contra as pessoas afectadas pela doença. Recorde-se que o Serviço de Combate à Lepra foi criado em 1959 e regulamentado em 1960…

Alice Cruz, que visitou Angola nas últimas duas semanas, disse à agência Lusa que já contava com um país “profundamente marcado pela desigualdade social e pela pobreza”, factores que estão associados à doença de Hansen.

“Fiquei muito surpreendida com a taxa de diagnóstico tardio. A grande maioria [dos doentes] tem diagnóstico muito tardio e com incapacidades físicas já muito desenvolvidas. Confesso que isso me surpreendeu muito”, disse, no final da visita.

Alice Cruz, portuguesa e a primeira Relatora Especial da ONU para a Eliminação da Discriminação contra as Pessoas Afectadas pela Lepra e seus Familiares, considerou que existem vários factores que contribuem para esta situação.

Por um lado, “inicialmente os sintomas da doença de Hansen são negligenciados, porque não são severos”.

A falta de autocuidado e as dificuldades que as pessoas enfrentam no acesso à saúde, principalmente os mais pobres (Angola “só” tem 20 milhões de pobres), também contribuem para este estado das coisas.

A relatora especial alertou ainda para o impacto da “perda de capacidade do sistema de saúde para diagnosticar a doença, depois de esta ser eliminada como problema de saúde pública pela OMS [Organização Mundial de Saúde], em 2005”.

“Pensa-se que a doença não existe, mas existe. É apenas uma questão percentual. A doença continua lá, mas depois desinveste-se”, afirmou.

E acrescentou: “Houve uma redução de espaço cívico em redor da doença de Hansen, levou a uma perda de recursos, perda de conhecimento da doença”.

“Quando as pessoas vão à procura de diagnóstico, muitas vezes fazem uma peregrinação nos diversos serviços de saúde até terem a sua doença diagnosticada”, referiu, acrescentando que “muitas vezes as pessoas vivem longe e têm dificuldade em ir buscar a medicação mensal”.

A relatora especial indicou ainda que identificou muitas crianças com a doença e muitas barreiras, incluindo dificuldades no real apuramento dos dados sobre a doença no país.

Antes da pandemia de Covid-19, a incidência rondava os 600 a 800 novos casos por ano.

Perante a percentagem nas crianças, “que é muito alta, e as incapacidades físicas que as pessoas já apresentam quando são diagnosticadas, então a transmissão está a acontecer”.

“Esta é uma doença que não se pode erradicar, não há vacina. É uma doença que está sempre associada à pobreza, à desigualdade social, à vulnerabilidade”, frisou.

A perita reuniu-se com representantes governamentais, organizações da sociedade civil, especialistas em saúde, direito e ciências sociais, além de pessoas afectadas, os seus familiares e as suas organizações representativas.

Alice Cruz tornou-se em 2017 a primeira Relatora Especial para a Eliminação da Discriminação contra as Pessoas Afectadas pela Lepra e seus Familiares.

Em Janeiro de 2019 (já João Lourenço era dono do país), o secretário de Estado para Saúde Pública, José Viera Dias da Cunha, afirmou que Angola contava com 618 novos casos de lepra, correspondente a uma taxa de detecção de 2.17 por cento por 100 mil habitantes.

Até o início do século passado, os leprosos eram isolados em colónias e condenados a viver distante do resto da sociedade. Há referências à lepra na Bíblia e em papiros egípcios de 1.500 a.C.. Restos ósseos com quase 5 mil anos de idade com evidências dessa patologia foram encontrados na Índia. E como era no tempo colonial?

Segundo o responsável, que falava num acto comemorativo do Dia Mundial da Lepra, que se assinala a 27 de Janeiro, estes números representavam uma taxa de deformidade de 16.20 por cento em novos casos.

Luanda, Huambo, Malanje, Cuando Cubango, Benguela, Bengo, Bié e Moxico estavam entre as províncias que registam maior incidência desta doença no país, onde os últimos dados apontavam para o registo de pouco mais de mil casos.

José Viera Dias da Cunha explicou que o governo (do MPLA há 46 anos), tendo em conta as recomendações da Organização Mundial de Saúde, que tem como principal objectivo reduzir a carga da doença, estava comprometido em tudo fazer para melhorar e ampliar o acesso à informação, diagnóstico precoce, tratamento gratuito e disponível desta enfermidade, referindo que a distribuição de medicamentos para lepra nas unidades sanitárias em todo país é gratuita.

“O grande trabalho de combate à lepra deve ser feito por todos nós. A lepra é uma doença crónica, infecto-contagiosa, que atinge a pele em diferentes partes do corpo e os nervos, cuja magnitude e alto poder incapacitante mantém esta enfermidade como uma preocupação de saúde pública”, referiu.

José Viera Dias da Cunha recordou que, em 2005, Angola declarou a erradicação da lepra como problema de saúde pública e que a taxa de eliminação preconizada era de 1 caso em 10.000 habitantes, mas que a tarefa ficou difícil de cumprir, uma vez que o país ficou sem apoios para o controlo da doença.

Referiu ainda que nove anos depois da declaração desta eliminação, a OMS incluiu Angola num conjunto de 22 países mais endémicos do mundo, com alta carga de lepra em conformidade com os indicadores da doença.

José Viera Dias da Cunha alertou a população para identificar os primeiros sinais da doença e da necessidade de se procurar a unidade sanitária mais próxima da sua residência, pois, esta atitude reduz o risco de deformidade e incapacidade, o que garante que as pessoas afectadas possam levar vidas normais com dignidade. Até 2018, cerca de 20 mil pessoas haviam sido curadas da lepra em Angola.

A lepra transmite-se por gotículas de saliva. O bacilo Mycobacterium é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o acto de falar, espirrar ou tossir. A contaminação faz-se por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva.

O Dia Mundial da Lepra foi instituído em 1954 pela ONU, a pedido de Raoul Follereau, o apóstolo dos leprosos do século XX, que um dia afirmou que “não há sonhos grandes demais”.

Esta efeméride tem o objectivo de sensibilizar as pessoas para a discriminação exercida sobre os doentes com lepra, assim como promover a ajuda dos leprosos e a sua reintegração social.

Foi escolhido o último domingo de Janeiro para a celebração em honra de Gandhi, falecido neste dia, que afirmou que “eliminar a lepra é o único trabalho que não consegui completar na minha vida”. O objectivo mundial é continuar o seu trabalho.

A lepra no tempo colonial

Em 1966, com os avanços no desenvolvimento dos Serviços de Saúde, segundo Rita Alpiarça Barrocas na sua dissertação apresentada, em 2016, à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa no âmbito do 2.º Ciclo de Estudos em História Militar (conducente ao grau de Mestre), era possível contar em Angola um total de 338 hospitais e instituição de cuidados de pacientes, acumulando um total de 5.700 camas (nos hospitais estatais).

Estes números equivaliam a um total de 1.1 cama por cada mil habitantes. Existiam ainda 79 centros médicos especializados (maternidades, enfermarias de tuberculosos e equipas móveis de tripanossomíase). A capacidade do atendimento ambulatório chegava a 865 localizações.

Em termos de pessoal médico, em 1962 foi solicitado um aumento dos quadros para esse ano, de modo a preencher vagas que ficaram em aberto em 1961, e promover novas formações sanitárias, propostas também em 62. O pessoal técnico e auxiliar seleccionado tinha formação nas escolas técnicas em Luanda, Benguela, Carmona, Malanje, Nova Lisboa, Sá da Bandeira e Silva Porto.

No mesmo ano, foram criados, na dependência da delegação da saúde de Camabatela, Cuanza Norte, dois postos sanitários – Tango e Maúa. Para estes novos postos foram colocados: um enfermeiro de 2ª classe e um enfermeiro auxiliar de 1ª classe.

Para o ano de 1963 os dados apontam para um total de 1.787 auxiliares (incluindo: auxiliares parteiras, enfermeiros qualificados, enfermeiros de visita, e sanitários de saúde rural). Em 1965 o número de médicos era de 492, dos quais 352 estavam ao serviço do governo.

No início da década de 1960, em Angola havia dois hospitais centrais – Hospital de Luanda e Hospital de Nova Lisboa. Os hospitais regionais funcionavam nas sedes de distrito e em algumas delegacias da saúde, sendo que quase todas dispunham de instalações de internamento de doentes.

Estas instalações por norma tinham capacidade para receber os doentes evacuados dos postos sanitários onde não existia assistência especializada. Além destes, espalhados pelo território estavam os restantes dispositivos médicos (dispensários, maternidades, leprosarias, etc.). Para o dito território de Luanda existia um dispensário pré-natal, um laboratório farmacêutico, um laboratório de análises químicas, bromatológicas e toxicológicas.

O Serviço de Combate à Lepra foi criado em 1959 e regulamentado em 1960, realizava uma prospecção intensiva por toda a província, com seis circuitos motorizados móveis, leprosarias e postos sanitários, administrando a conveniente terapêutica sulfónica.

fonte: folha8

Senegal: Dubai Porta Potty - a reação de Ahmet Khalifa Niasse

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Para Ahmet Khalifa Niasse, o caso Dubai Porta Potty esconde um mal mais profundo: a falência da sociedade senegalesa. “(Este escândalo) traduz a mentalidade dos senegaleses que têm em comum querer tudo, imediatamente, sem qualquer esforço. O resultado é o que está acontecendo em Dubai”, disse ele nas colunas do L’Observateur na quarta-feira.

Ahmet Khalifa Niasse acredita que o Senegal enfrenta "uma crise geral", que é consequência da precariedade prevalecente. “Se os bolsos estiverem vazios, os doentes não puderem ser tratados, se houver fome e desemprego, se a educação não for de muito de boa qualidade, tudo isso dá um conjunto de resultados negativos. (…) Todo mundo diz: ‘Quero fazer o bem à minha mãe, aos meus pais, aos meus irmãos’. É a sociedade que é pesada."

fonte: seneweb.com

Transferência: Liverpool decidiu por Sadio Mané.

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O momento não é muito surpreendente. Com contrato com o Liverpool até 2023, Sadio Mané fala. Aos 30 anos, o avançado senegalês é um dos ponta-de-lança dos encarnados desde 2016 e é sobretudo o único que pode lutar com Karim Benzema pela Bola de Ouro 2022. Mas a um ano do fim da sua foda, O que ele fará?
Nas últimas horas, a mídia espanhola é unânime: o FC Barcelona se reuniu com a comitiva do jogador em fevereiro passado para testar as águas. Agora incapaz de lutar financeiramente com os outros grandes nomes da Europa no mercado de transferências, o Barça gostaria especialmente de saber se o ex-Messin está pronto para se juntar à Catalunha em um ano, sem qualquer contrato.

 Todo mundo ama Mané
Um cenário que os Reds obviamente nem querem imaginar. Além disso, como se o jogador tivesse que ser lembrado do quanto ele contava, foi uma chuva de elogios que caiu sobre o campeão africano. “Ele é uma máquina, eu disse a ele depois do jogo. Ele é um grande jogador. Sua mistura de técnica, desejo e física. Ele marcou um gol de primeira, é um jogador fantástico de classe mundial”, disse Jürgen Klopp após a vitória sobre o Aston Villa. Questionado sobre o Skysports, o ex-consultor do Red, Jamie Carragher, também elogiou o artilheiro.

“Quando olho para o Liverpool como torcedor, Sadio Mané é meu jogador favorito. Ele e Salah fazem isso há cinco anos, nunca se machucaram! Eles estão lá semana após semana por 90 minutos, aumentando as estatísticas a cada semana. O que eles fizeram por este clube de futebol é incrível. Eu sou um grande fã do Sadio Mané e posso garantir que ele não vai a lugar nenhum, porque eu não vou deixá-lo ir para o Bayern de Munique, ele vai ter a ver comigo! Diga-se, ninguém em Liverpool quer ver o Mané partir!

fonte: seneweb.com

Bola de Ouro, Barça, Bayern: Sadio Mané acalma o jogo.

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Obviamente, Sadio Mané se recusa a espalhar. No final da temporada, quando sua equipe está na pole position para um histórico quádruplo, o atacante senegalês do Liverpool parece querer se concentrar nos últimos prazos que levam a essa façanha, em vez de se dispersar com as notícias sobre ele.

Na disputa pela Bola de Ouro, Sadio Mané vê suas atuações escrutinadas e comparadas às de Karim Benzema, seu principal rival pelo troféu da France Football. E como seu contrato com o Liverpool expira em 2023, ele é anunciado no Bayern de Munique e no Barça.

O avançado senegalês evitou todas estas questões ontem, terça-feira, ao microfone do Canal Plus, depois de ter oferecido a vitória (2-1) à sua equipa ao marcar o seu 15º golo da época frente ao Aston Villa.

"A Bola de Ouro, você não está falando sobre isso ainda?" pergunta o jornalista do Canal Plus. Resposta de Sadio Mané com um toque de humor: “Boa pergunta. Não vou cuspir nele (risos).

E o futuro dele? Nova esquiva: “Honestamente, estou muito feliz aqui (em Liverpool). Eu apenas tento aproveitar cada momento e ajudar meus companheiros. Sem meus companheiros, não sou nada.

fonte: seneweb.com

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